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Mestrado em Contabilidade e

Gestão Pública
Contabilidade Orçamental

Júlio Costa 10 de dezembro de 2022


Contabilidade Orçamental
0 - Apresentação
Júlio Manuel de Sousa Costa

E-mail: jmcosta@iscac.pt

Telem. +351 914 290 724

Docente convidado do ISCAC

Júlio Costa
Gabinete: 2.13

Licenciado em Economia

Mestre em Contabilidade e Gestão Pública

Doutorando em Gestão

Diretor de Departamento de Finanças e Modernização Administrativa 2


no Município da Covilhã
Contabilidade Orçamental
0 - Apresentação

• Como se chamam?

• Formação académica?

Júlio Costa
• Atividade profissional?

• Motivações na escolha do Mestrado em Contabilidade e Gestão Pública?

• Relativamente a esta unidade curricular quais são as expetativas?

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Contabilidade Orçamental
0 - Apresentação
OBJETIVOS:

• Estimular o desenvolvimento de uma nova mentalidade administrativa


tendo em consideração a integração do País na União Europeia.

• Proporcionar o desenvolvimento de competências profissionais no


âmbito da implementação de novos sistemas contabilísticos e

Júlio Costa
financeiros nas entidades públicas.

• Fornecer os instrumentos essenciais para uma eficaz gestão e controlo


do património imobiliário, assim como para uma eficiente e eficaz
gestão dos dinheiros públicos, através de modernas técnicas de gestão
de tesouraria, de gestão do financiamento e de gestão dos
investimentos.

• Acompanhar o processo de normalização no Setor público.


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Contabilidade Orçamental
0 - Apresentação
Programa:
1. Introdução ao Estudo das Finanças Públicas
O conceito de finanças públicas
Relação entre finanças públicas e o papel do Estado
Fundamentos da intervenção do Estado numa economia mista.

2. Caraterização do Setor Público em Portugal


Setor Público Administrativo (SPA)

Júlio Costa
Setor Empresarial do Estado (SEE)
3. Breve resenha histórica
Introdução
A Reforma Pombalina
A Reforma da Administração Financeira do Estado (RAFE)
POCP
SNC-AP

4. Normalização contabilística nacional e internacional aplicável ao Setor Público


Harmonização contabilística: papel e objetivos da IFAC e esforços de harmonização
com a União Europeia 5
Estrutura concetual e apresentação das demonstrações financeiras
Contabilidade Orçamental
0 - Apresentação
Programa:

5. O Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas


Estrutura Geral SNC-AP
Estrutura Concetual
Objetivos e Utilizadores das Demonstrações Financeiras
Elementos das Demonstrações Financeiras

Júlio Costa
Bases de Apresentação das Demonstrações Financeiras
Os princípios contabilísticos
As políticas contabilísticas e suas alterações
NCP 26 - Contabilidade e Relato Orçamental
Principais conceitos
Ciclo Orçamental da Receita
Ciclo Orçamental da Despesa
Classificadores Orçamentais
Plano de contas da contabilidade orçamental
Alterações orçamentais
Encerramento da contabilidade orçamental
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Demonstrações Orçamentais
Consolidação orçamental
Regime Simplificado
Contabilidade Orçamental
0 - Apresentação
Programa:

6. A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do Setor Público


Regimes de autonomia e sistemas contabilísticos
Mecanismos de controlo e fiscalização orçamental
O Regime de Duodécimos, a Execução Orçamental e as especificidades do
encerramento de contas.

Júlio Costa
A Lei dos Compromissos e dos Pagamentos em Atraso.
A Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios de elaboração do Orçamento
Princípios de execução do Orçamento

7. Resolução de exercícios práticos de aplicação das matérias

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Contabilidade Orçamental
0 - Apresentação
Avaliação:

• Apresentação e discussão de um trabalho de investigação subordinado às


temáticas em que o programa da unidade curricular se insere (70%); ·

A escolha do trabalho é efetuada pelo aluno sendo o mesmo aprovado previamente pelo
docente da unidade curricular

Júlio Costa
Data limite para o envio do trabalho: 22 de janeiro de 2023
Apresentação em sala de aula do trabalho: 28 de janeiro de 2023

O trabalho não deve ultrapassar as 30 páginas, letra 12pt, times new roman e
espaçamento 1,5pt

• Realização de uma prova escrita sobre a matéria lecionada no semestre (30%). ·

A prova escrita realizar-se-á em 11 de fevereiro de 2023

Os alunos que não obtiverem 9,5 valores no sistema de avaliação contínua 8


realizarão um exame final escrito.
Contabilidade Orçamental
0 - Apresentação

Temas a investigar:
• Corporate governance no Setor Público

• História da Contabilidade no Setor Público

• Nova Gestão Pública

Júlio Costa
• IPSAS

• SNC-AP

• NCP 26 e a Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso

• NCP 26 e a Lei de Enquadramento Orçamental


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• Outros, desde que relacionados com a unidade curricular
Mestrado em Contabilidade e Gestão Pública
Contabilidade Orçamental
1. Introdução ao Estudo das Finanças Públicas
Contabilidade Orçamental
1 – Introdução ao estudo das Finanças Públicas

Finanças Públicas Natureza Interdisciplinar

Júlio Costa
Abordagem da Ciência Económica

Abordagem da Ciência Política

Abordagem do Direito

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Contabilidade Orçamental
1 – Introdução ao estudo das Finanças Públicas

Necessidade de responder a 3 questões económicas essenciais:

• O que produzir?

• Como produzir?

Júlio Costa
• Para quem produzir?

A afetação de custos
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Contabilidade Orçamental
1 – Introdução ao estudo das Finanças Públicas

Para tal é necessário clarificar :

• Quais os recursos que devem ser utilizados na produção de


bens privados e quais devem ser utilizados na produção de

Júlio Costa
bens públicos

• Qual a melhor forma para produzir e financiar estes bens, e

• Quem beneficiará da respetiva produção

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Contabilidade Orçamental
1 – Introdução ao estudo das Finanças Públicas

Equidade – a análise da equidade visa determinar os efeitos da


distribuição da carga fiscal e dos benefícios da despesa pública no
bem-estar social. Este aspeto está relacionado com o vulgarmente
designado Justiça Social.

Eficiência – no seu sentido económico significa afetar os recursos

Júlio Costa
económicos de forma ótima, ou seja, não é possível melhorar o
bem-estar de um agente económico sem diminuir o bem-estar de
outro. Assim, importa definir qual a dimensão ideal do Setor
Público.

Liberdade – significa que o indivíduo deve reter uma esfera de


autonomia imune à intervenção coerciva do Estado, isto é, deve
haver limites à sua intervenção.
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Contabilidade Orçamental
1 – Introdução ao estudo das Finanças Públicas
Funções do Setor público:

• Afetação – função de provisão de bens e serviços públicos,


correção do comportamento dos agentes económicos através
de impostos ou subsídios e regulação de certas atividades
produtivas.

Júlio Costa
• Distribuição – duplo objetivo de intervir na distribuição do
rendimento e riqueza com vista a adequá-la a uma norma
distributiva considerada mais desejável e provisão em espécie
de certos bens/serviços com vista a contribuir para uma maior
igualdade de oportunidades.

• Estabilização – contribui para um crescimento sustentado da


economia, para níveis de emprego elevados, para uma
estabilidade de preços e para um equilíbrio das contas 15
externas.
Contabilidade Orçamental
1 – Introdução ao estudo das Finanças Públicas

As Finanças Públicas têm no seu cerne duas atividades


fundamentais:

• Gestão dos dinheiros públicos, ou seja, a atividade de gestão


financeira pública, ou simplesmente, a atividade financeira

Júlio Costa
pública; e

• Controlo dos dinheiros públicos, mais precisamente, a


atividade de controlo financeiro externo (gestão e controlo
dos dinheiros públicos).

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Contabilidade Orçamental
1 – Introdução ao estudo das Finanças Públicas

A teoria da Public Choice

• Esta teoria (que é considerada como um ramo da economia)


estuda as formas como as autoridades políticas competentes
tomam as suas decisões.

Júlio Costa
• No âmbito da Teoria da Escolha Pública tem sido dado particular
relevo às chamadas “falhas de governo”,

• Em particular no campo das Finanças Públicas e dos seus


instrumentos, com destaque para o Orçamento, pretendendo
fazer um paralelo com as chamadas “falhas de mercado”.

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Mestrado em Contabilidade e Gestão Pública
Contabilidade Orçamental
2 – Caraterização do Setor Público em Portugal
Contabilidade Orçamental
2 – Caraterização do Setor Público em Portugal
Características do Setor Público

Organismos que integram o sector público apresentam:

• Diferentes caraterísticas:
Económicas

Júlio Costa
Sociais
Políticas
Legais

• Possuem diferentes:
Poderes e responsabilidades
Objetivos
Formas de financiamento
Estruturas organizativas 19
Contabilidade Orçamental
2 – Caraterização do Setor Público em Portugal

Delimitação do Setor Público

Setores institucionais da economia

Júlio Costa
Famílias Empresas Estado

Finanças Privadas Finanças Públicas

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Contabilidade Orçamental
2 – Caraterização do Setor Público em Portugal

Administração
Pública

Júlio Costa
Estado Autónoma

De base De base
Direta Indireta
territorial associativa

Institutos Empresas Regiões Autarquias Associações


Periférica Central
Públicos Públicas Autónomas Locais Públicas

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Contabilidade Orçamental
2 – Caraterização do Setor Público em Portugal

Formas de autonomia segundo Marcelo Caetano:

• Autonomia administrativa – consistirá no poder conferido aos


órgãos de uma pessoa coletiva de direito público de praticar atos
administrativos definitivos que serão executórios desde que

Júlio Costa
obedeçam a todos os requisitos para tal efeito exigidos por lei.

• Autonomia financeira – Quando os rendimentos do património da


pessoa coletiva e outros que a lei lhe permite cobrar sejam
considerados receita própria, aplicável livremente, segundo o
orçamento privativo, às despesas ordenada por exclusiva
autoridade dos seus órgãos.

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Contabilidade Orçamental
2 – Caraterização do Setor Público em Portugal

Enquadramento das entidades, no âmbito das formas de autonomia,


cujo orçamento está total ou parcialmente submetido ao Orçamento do
Estado:

• Serviços com autonomia financeira - Serviços e fundos autónomos


com orçamento próprio sujeito ao Orçamento do Estado e com

Júlio Costa
receitas próprias (ainda que insuficientes).

• Serviços com autonomia administrativa - serviços que pagam as suas


despesas e procedem ao controlo próprio das mesmas, na sua
contabilidade.

• Serviços simples – serviços que têm a gestão financeira assegurada


pela administração do Estado (no âmbito da RAFE estes serviços deixaram
de existir).
23
Contabilidade Orçamental
2 – Caraterização do Setor Público em Portugal
Formas de autonomia financeira:

• Autonomia patrimonial – tem como pressuposto ter personalidade


jurídica, ter património próprio e tomar decisões relativas à gestão
desse património público.

• Autonomia orçamental – é o poder de ter orçamento próprio e gerir

Júlio Costa
as correspondentes despesas e receitas (ou seja decidindo em relação
a elas).

• Autonomia de tesouraria – é o poder de gerir autonomamente os


recursos monetários próprios, em execução ou não do orçamento
(Nota: esta forma de autonomia é rara entre nós, pois que a generalidade das entidades
dependem do Tesouro Público).

• Autonomia creditícia – poder de contrair dívidas e responsabilizar-se 24


pelo seu pagamento.
Mestrado em Contabilidade e Gestão Pública
Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica
Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

Sec. XX (de 1976 a 1985)

1976
Nova Constituição que rompe com o sistema orçamental anterior da "lei de meios"
e restabelece o sistema orçamental democrático de aprovação do Orçamento do
Estado pela Assembleia da República, atualmente vigente, apenas com a diferença

Júlio Costa
de que a Assembleia aprovava apenas as verbas globais de receita e despesa e não o
orçamento totalmente discriminado.

1977
Na sequência de trabalho de raiz encetado no ano anterior, publicação da 1.ª Lei de
Enquadramento do Orçamento do Estado (Lei n.º 64/77, de 26 de Agosto), a qual,
com valor reforçado nos termos da Constituição, significou um outro passo
fundamental para o que virá a ser, mais tarde, a reforma de administração financeira
do Estado.
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Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

Sec. XX (de 1976 a 1985)

1983
Consagração do sistema orçamental plenamente democrático, passando a
Assembleia da República a aprovar, não apenas as verbas globais de receita e

Júlio Costa
despesa do Orçamento do Estado, mas o orçamento totalmente descriminado (Lei de
revisão constitucional).

Publicação, na sequência desta revisão, da 2.ª Lei de enquadramento do Orçamento


do Estado, (Lei n.º 40/83, de 13 de Dezembro), sem outras alterações especialmente
significativas.

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Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

Sec. XX (de 1986 a 2000)

1990
Início formal da Reforma da Administração Financeira do Estado (Lei de bases da
contabilidade pública - Lei n.º 8/90, de 20 de Fevereiro, 1.º texto legal básico da

Júlio Costa
Reforma):
• Revisão dos objectivos da Administração Financeira, na qualidade de prestador de
serviços e de regulador da vida económica e social.
• Consagração dos princípios da descentralização e da responsabilização dos órgãos
dirigentes.
• Restrição do universo dos serviços e fundos autónomos, que dispõem de
autonomia administrativa e financeira.
• Previsão da possibilidade de organização do Orçamento por programas,
consagrando implicitamente a ideia de uma gestão orçamental contínua, que
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supere a ideia tradicional da mera previsão e execução anual. ...
Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

Sec. XX (de 1986 a 2000)

1990
Início formal da Reforma da Administração Financeira do Estado (Lei de bases da
contabilidade pública - Lei n.º 8/90, de 20 de Fevereiro, 1.º texto legal básico da

Júlio Costa
Reforma):
• Alteração da estrutura das contas públicas em correspondência direta com a
estrutura do Orçamento.
• Consagração de um novo sistema de controlo das despesas, assente na regra do
controlo sucessivo.
• Reorganização do sistema de responsabilidade pela execução orçamental.
• Consagração de um novo sistema de pagamentos por via informática (“cheque do
tesouro”) e o respeito escrupuloso e universal do princípio da unidade de
tesouraria.
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Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

RAFE

Júlio Costa
Descentralização Centralização da
da Gestão informação

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Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica
Unidade orçamental / integração dos
Fundos e Serviços Autónomos
Melhor gestão orçamental
Centralização e integração da informação

Gestão do orçamento por programas

Júlio Costa
Auditoria Orçamental

Conhecimento mais atempado


das despesas e das receitas

Informação mais atempada 31


Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica
Descentralização da gestão / diminuição da
Maior economia, eficiência e eficácia
burocracia

Maior autonomia / responsabilização dos serviços

Gestão por objetivos e controlo por projetos / atividades

Júlio Costa
Novo papel do gestor público

Pagamento mais atempado

Controlo à posterior / auditoria 32


Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

Unidade de Tesouraria
Melhor Gestão de Tesouraria

Informação mais atempada sobre as necessidades de


tesouraria e de arrecadação das receitas

O Tesouro, como entidade bancária centralizadora da emissão

Júlio Costa
dos meios de pagamento

Maior rapidez na arrecadação das receitas do Estado e no seu


controlo

Uniformização do processo de cobrança e da informação

... 33
Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica
Melhor Gestão de Tesouraria

Documento único de cobrança

Centralização da informação num cofre único - o Tesouro

Júlio Costa
Maiores facilidades de pagamento para os devedores

Informação mais atempada sobre as dívidas ao estado e sua


cobrança

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Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

Sec. XX (de 1986 a 2000)

1991
3.ª Lei de Enquadramento do Orçamento do Estado (Lei n.º 6/91, de 20 de
Fevereiro), a qual, elaborada já de acordo com os princípios da reforma, passa a

Júlio Costa
constituir o seu 2.º texto legal básico.

1996
Nova lei orgânica do Ministério das Finanças (Decreto-Lei n.º 158/96, de 3 de
Setembro), na qual se prevê a mudança de designação da Direcção-Geral da
Contabilidade Pública para Direção-Geral do Orçamento, sem alteração do essencial
da sua organização e funcionamento.

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Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

Sec. XX (de 1986 a 2000)


1997
Aprovação do Pacto de Estabilidade e Crescimento da União Europeia (Resolução
do Conselho Europeu, de 17 de Julho de 1997), o qual tem profundas implicações no
exercício da soberania financeira dos Estados-membros e reveste uma importância

Júlio Costa
fulcral na sua estabilidade financeira e orçamental, condição sine qua non do seu
desenvolvimento económico e estabilidade política e social.

Publicação do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) (Decreto-Lei n.º


232/97, de 3 de Setembro), aplicável a toda a administração financeira do Estado.

Nova lei orgânica do Tribunal de Contas (Lei n.º 98/97, de 26 de Agosto), o qual, nos
termos da Constituição, é um órgão jurisdicional, com competência para o
julgamento das contas de todo o setor público, acentuando, na linha da sua antiga
tradição, o seu papel essencial no controlo financeiro do Estado. 36
Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

Sec. XXI (de 2001 …)


2001
4.ª Lei de enquadramento do Orçamento do Estado (Lei n.º 91/2001, de 20 de
Agosto), 4.º texto legal da reforma de administração financeira do Estado, com
inovações muito importantes para o sistema orçamental e de contabilidade pública,

Júlio Costa
em aplicação dos princípios da Reforma.

2002
Publicação de uma Lei de estabilidade orçamental (Lei orgânica nº 2/2002, de 20 de
Agosto, que integra esta lei na Lei de enquadramento do Orçamento do Estado - Lei
nº 91/2001), a qual reveste uma importância essencial na disciplina das finanças
públicas, através da consagração do princípio da estabilidade orçamental e da
responsabilidade dos serviços, funcionários e agentes do Estado pelo seu estrito
cumprimento, em aplicação das normas constantes do Tratado da União Europeia e
do Pacto de Estabilidade e Crescimento. 37
Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

Sec. XXI (de 2001 …)


2011
6.ª alteração da Lei de enquadramento do Orçamento do Estado (Lei n.º
52/2011, de 13/10).

Júlio Costa
2013
7.ª alteração da Lei de enquadramento do Orçamento do Estado (Lei n.º 37/2013,
de 14/06).

2014
8.ª alteração da Lei de enquadramento do Orçamento do Estado (Lei n.º 41/2014,
de 10/07).

2015
Publicação de nova Lei de Enquadramento Orçamental (Lei n.º 151/2015, de 11/09). 38
Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

Sec. XXI (de 2001 …)

POCP e a sua aplicação tornam-se assim obrigatórios para a Administração Central,


Local e Regional, com a exceção do setor empresarial e ficam assim criadas as
condições para que a Contabilidade Publica seja ao fim de contas uma conjugação de

Júlio Costa
Contabilidade Patrimonial, Contabilidade Orçamental e Contabilidade Analítica.

A Contabilidade Publica deixa assim de ser um sistema contabilístico Unigráfico –


Base Caixa e passa a ser um sistema contabilístico Digráfico – Base de Acréscimo.

O plano vai permitir então um maior controlo financeiro reforçando assim a


transparência na Administração Pública uma vez que se permite um controlo maior
da execução orçamental na ótica dos fluxos de caixa e dos compromissos.

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Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

Sec. XXI (de 2001 …)

Do POCP derivaram sistemas aplicáveis aos vários Setores públicos:


• POCAL aplicado nas autarquias locais e outras entidades públicas de direito
público;

Júlio Costa
• POC-EDUCAÇAO aplicado ao serviços e organismos do Ministério da Educação e
ainda a organizações de direito privado sem fins lucrativos cuja atividade principal
seja a Educação;

• POCMS aplicado ao Ministério da Saúde e ainda a organizações de direito privado


sem fins lucrativos cuja atividade principal seja a Saúde;

• POCISSSS aplicado a todas as instituições do sistema de solidariedade e de


segurança social (ISSSS) bem como, às instituições do Setor das Regiões 40
Autónomas dos Açores e da Madeira.
Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

Sec. XXI (de 2001 …)

Objefvos do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP):

• Integração dos diferentes aspectos — contabilidade orçamental, patrimonial e

Júlio Costa
analíuca — numa contabilidade pública moderna que consutua um instrumento
de apoio aos gestores;

• O controlo financeiro pelas diferentes enudades envolvidas e a disponibilização


de informação aos diferentes agentes interessados por forma a reforçar a
transparência na Administração Pública;

• A obtenção expedita dos elementos indispensáveis do ponto de vista do cálculo


das grandezas relevantes na ópuca da contabilidade nacional;
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• A disponibilização de informação sobre a situação patrimonial de cada enudade.
Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

Sec. XXI (de 2001 …)

Princípios do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP):

• Princípio da en-dade contabilís-ca.

Júlio Costa
• Princípio da con-nuidade.
• Princípio da consistência.
• Princípio da especialização (ou do acréscimo)
• Princípio do custo histórico.
• Princípio da prudência.
• Princípio da materialidade.
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• Princípio da não compensação.
Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

Sec. XXI (2015)

Aprovação do SNC-AP

Permite implementar a base de acréscimo na contabilidade e relato financeiro das

Júlio Costa
administrações públicas, aruculando-a com a atual base de caixa modificada,
estabelecer os fundamentos para uma orçamentação do Estado em base de
acréscimo, fomentar a harmonização contabilísfca, insutucionalizar o Estado como
uma enfdade que relata, mediante a preparação de demonstrações orçamentais e
financeiras, numa base individual e consolidada, aumentar o alinhamento entre a
contabilidade pública e as contas nacionais e contribuir para a sausfação das
necessidades dos uulizadores da informação do sistema de contabilidade e relato
orçamental e financeiro das administrações públicas

43
Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

Sec. XXI (2015)

SNC-AP

SNC-AP passa a contemplar os subsistemas de contabilidade orçamental,

Júlio Costa
contabilidade financeira e contabilidade de gestão.

O SNC-AP assenta, nomeadamente:


i) numa estrutura concetual da informação financeira pública;
ii) em normas de contabilidade pública convergentes com as IPSAS;
iii) em modelos de demonstrações financeiras;
iv) numa norma relauva à contabilidade orçamental;
v) num plano de contas muludimensional; e
vi) uma norma de contabilidade de gestão.
44
Contabilidade Orçamental
3 – Breve resenha histórica

Sec. XXI (2015)

SNC-AP

A implementação do SNC-AP vai trazer muitos desafios como sejam:

Júlio Costa
• Devem os chamados ativos do património histórico, artístico e cultural serem
reconhecidos ou não? Se sim, como mensurá-los?;
• E os ativos de domínio público?
• Quanto à mensuração pelo justo valor como determinar o valor de mercado?
• E relativamente às perdas por imparidadede um ativo como determiná-la se não
existir um mercado regular para esse ativo e o valor de uso não fôr fácil de
determinar?
• Algumas especificidades dos entes públicos como determinar se é uma
transferência com contraprestação ou se é uma transferência sem
contraprestação? 45
Mestrado em Contabilidade e Gestã o Pú blica
Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional aplicável ao Setor Público
Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público

IFAC – InternaPonal FederaPon of Accountants

A IFAC é uma organização mundial para a profissão de contabilista.

Júlio Costa
Fundada em 1977, a organização é composta por 175 membros e
associados em 130 países e jurisdições, que representam
aproximadamente 2,8 milhões de contabilistas empregados na práuca
pública, indústria e comércio, governo e academia.

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Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público
Fortalecer a profissão contabilista em todo o mundo e contribuir
para o desenvolvimento de economias internacionais fortes
IFAC (Missão)

Criação e promoção da adesão a altos padrões de qualidade


profissional, promovendo a convergência internacional das normas

Júlio Costa
Falar sobre questões de interesse público onde a
especialização da profissão seja mais relevante

Para realizar esta missão, a IFAC trabalha de perto com


os seus membros e organizações regionais de contabilidade

Obtém a contribuição das entidades reguladoras, organismos


de normalização, governos e outros que partilham o seu
compromisso de criação de uma arquitetura financeira global sólida.
48
Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público
IFAC (Papel)

Estabelecer e promover a adesão a padrões


internacionais de alta qualidade

Júlio Costa
Facilitar a colaboração e cooperação
com os organismos membros

Servir como porta-voz internacional da profissão sobre


questões relevantes de polífcas públicas

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Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público

Normas Internacionais de auditoria, seguros,


IFAC (Intervenção)

garanfas e serviços relacionados

Normas Internacionais de controle de qualidade

Júlio Costa
Código Internacional de Ética para a profissão de contabilista

Normas Internacionais de Educação

Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Público

50
Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público

O IPSASB, antigo Public Sector Committee (PSC), é um


Conselho da IFAC criado para desenvolver e emitir sob a
sua própria autoridade Normas Internacionais de
Contabilidade do Sector Público (IPSASs).

Júlio Costa
As IPSASs são normas globais de relato financeiro de alta
qualidade para aplicação pelas entidades do setor
público que não sejam Empresas Comerciais
Governamentais (GBEs).

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Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público

Uma parte importante da estratégia do IPSASB é a


convergência das IPSASs com as International Financial
Reporting Standards (IFRSs) emitidas pelo IASB.

Júlio Costa
Para facilitar esta estratégia, o IPSASB desenvolveu guias de
orientação para modificar as IFRSs para aplicação pelas
entidades do sector público.

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Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público

A importância do Relato Financeiro


Responsabilidade do Governo

É significafva para o aumento do crescimento económico e


do desenvolvimento em todo o mundo

Júlio Costa
É importante para construir e manter a confiança;

O sector público é responsável por cerca


1/3 do PIB na maioria dos países

Com as empresas públicas incluídas muitas vezes


representa mais da metade do PIB

53
Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público

A diferença do Relato Financeiro Público


À necessidade de transparência nas demonstrações financeiras do governo,
Relato Financeiro Público

que são cada vez mais importantes para o interesse público

Os recursos do governo vêm principalmente dos cidadãos / contribuintes

Júlio Costa
As afvidades do governo não são com fins lucrafvos

O capital não é invesfdo para gerar retornos monetários

Os afvos não são usados para gerar cash-flows futuros


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Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público

Estabelecer e promover a adesão a padrões


IPSAS (Missão)

profissionais de alta qualidade

Futura convergência internacional das normas

Júlio Costa
Com a intenção de uso pelas organizações públicas de todo o mundo

Na ófca de demonstrações financeiras de uso geral

Falar sobre questões de interesse público onde


a voz da profissão é mais relevante 55
Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público

Valor acrescentado das IPSAS de base de Caixa

Vantagens Desvantagens

Cobertura integral Muito básico para os

Júlio Costa
de todas as países que estão na
transações em base de acréscimo
numerário modificado

Perímetro de
Consolidação consolidação é
controverso

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Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público

Processo de emissão das IPSAS e RPG

Júlio Costa
57

Fonte: Adaptado de Berger (2012, p. 3)


Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público

Fases de desenvolvimento das IPSAS

Fase 1 Com o apoio de organizações internacionais,


desenvolvimento do primeiro conjunto essencial de

1997-2002 normas (IPSAS 1 – IPSAS 20)

Júlio Costa
Fase 2 Quando relevante para o sector público, foi efetuada
convergência com as IAS/IFRS existentes em 31-12-2008
Emissão de normas relativas a assuntos específicos do
2003-2010 sector público (IPSAS 21 – IPSAS 24)

Fase 3 Desenvolvimento de uma estrutura conceptual para o


sector público.
Relevo para os assuntos específicos do sector público e
Desde 2010 modificações às IPSAS existentes (em função das IFRS).
58
Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público
IPSAS DESIGNAÇÃO OBJETIVO GERAL BASEADA DESIGNAÇÃO
IPSAS 1 Estabelecer os requisitos gerais para a apresentação de
Apresentação de Apresentação de
(Dezembro demonstrações financeiras, estrutura e requisitos IAS 1
Demonstrações Financeiras Demonstrações Financeiras
2006) mínimos de conteúdo.
IPSAS 2 Exigir a prestação de informação acerca das alterações
Demonstrações de Fluxos de Demonstrações de Fluxos de
(Maio históricas de caixa e seus equivalentes através de uma IAS 7
Caixa Caixa
2000) DFC.

Estabelecer os critérios para a seleção e alteração de


IPSAS 3 PoliRcas ContabilísRcas, PoliRcas ContabilísRcas,
políRcas contabilísRcas, juntamente com o tratamento
(Dezembro Alterações em EsRmaRvas IAS 8 Alterações em EsRmaRvas
contabilísRco e divulgação das alterações na políRca,
2006) ContabilísRcas e Erros ContabilísRcas e Erros

Júlio Costa
esRmaRvas contabilísRcas e na correção de erros.

IPSAS 4 Os efeitos de Alterações em Estabelecer como incluir transações e operações em Os efeitos de Alterações em
IAS 21
(Abril 2008) Taxas de Câmbio moeda estrangeira nas Demonstrações Financeiras Taxas de Câmbio

IPSAS 5 Prescrever o tratamento contabilísRco, a norma exige


Custos de EmprésRmos que sejam considerados como gastos do período e Custos de EmprésRmos
(Maio IAS 23
ObRdos permite tratamento alternaRvo para os custos de ObRdos
2000)
emprésRmos obRdos.
Estabelece os requisitos para a preparação e
IPSAS 6 apresentação de DF consolidadas, e para a
Demonstrações Financeiras Demonstrações Financeiras
(Dezembro contabilização de enRdades, enRdades conjuntamente IAS 27
Consolidadas e Separadas Consolidadas e Separadas
2006) controladas e associadas nas DF’S da que controla, do
empreendedor e do invesRdor.
IPSAS 7
(Dezembro Investimentos em Associadas
Proporcionar as bases para a contabilização dos
interesses de propriedade em associadas.
IAS 28 Investimentos em Associadas 59
2006)
Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público
IPSAS DESIGNAÇÃO OBJETIVO GERAL BASEADA DESIGNAÇÃO
IPSAS 8
Interesses em Proporcionar as bases para a contabilização dos interesses Interesses em
(Dezembro IAS 31
empreendimentos conjuntos de propriedade em empreendimentos conjuntos. empreendimentos conjuntos
2006)
Prescrever o tratamento contabilísRco do rédito
IPSAS 9
Rédito de Transações em Troca proveniente de transações e acontecimentos com troca. IAS 18 Rédito
(Julho 2001)
Determina a forma de reconhecimento.

Prescrever o tratamento contabilísRco nas DF’S individuais


e consolidadas de uma enRdade cuja moeda funcional é
IPSAS 10 Relato Financeiro em Relato Financeiro em
de uma economia hiperinflacionária; especificar o IAS 29

Júlio Costa
(Julho 2001) economias Hiperinflacionárias economias Hiperinflacionárias
tratamento contabilísRco caso a economia deixe de ser
hiperinflacionária.

IPSAS 11 Prescrever o tratamento contabilísRco dos custos e


Contratos de Construção IAS 11 Contratos de Construção
(Julho 2001) réditos associados a contratos de construção.

IPSAS 12 Proporcionar orientação práRca para a determinação do


(Dezembro Inventários custo e o seu subsequente reconhecimento como gasto, IAS 2 Inventários
2006) incluindo os ajustamentos para VRL.
IPSAS 13 Prescrever para locatários e Locadores as políRcas
(Dezembro Locações contabilísRcas e divulgação apropriadas a aplicar IAS 17 Locações
2006) relaRvamente às locações financeiras e operacionais.
Prescrever quando uma enRdade deve ajustar as suas
IPSAS 14
Acontecimentos após a data de DF’S relaRvamente a acontecimentos após a data de Acontecimentos após a data do
(Dezembro IAS 10
2006)
Relato relato e quais as divulgações a efetuar acerca da data em
que as DF’S foram autorizadas para emissão.
Balanço 60
Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público
IPSAS DESIGNAÇÃO OBJETIVO GERAL BASEADA DESIGNAÇÃO
IPSAS 16 Prescrever o tratamento contabilístico e respetivos
(Dezembro Propriedade de Investimento requisitos de divulgação para as propriedades de IAS 40 Propriedade de Investimento
2006) investimento.

Prescrever o tratamento contabilísRco para AFT de forma


IPSAS 17
que os uRlizadores das DF’S percebam a informação sobre
(Dezembro ARvos Fixos Tangíveis IAS 16 Ativos Fixos Tangíveis
o invesRmento de uma enRdade e as respeRvas
2006)
alterações.

IPSAS 18
Estabelecer princípios para relatar informação financeira

Júlio Costa
(Junho Relato por Segmentos IAS 14 Relato por Segmentos
por segmentos.
2002)

Definir provisões, passivos contingentes e ativos


IPSAS 19 Provisões, Passivos Provisões, Passivos
contingentes, identificar as circunstâncias em que as
(Outubro ConRngentes e ARvos IAS 37 Contingentes e Ativos
provisões devem ser reconhecidas, mensuradas e quais as
2002) ConRngentes Contingentes
divulgações a efetuar.

Exigir a evidenciação de partes relacionadas onde há́


IPSAS 20
Divulgação de Partes controle e a evidenciação de informação sobre as Divulgações de Partes
(Outubro IAS 24
Relacionadas transações entre a enRdade e as sua partes relacionadas Relacionadas
2002)
em certas circunstâncias.

IPSAS 21 Prescrever procedimentos que uma enRdade deve aplicar


Imparidade de aRvos não
(Dezembro para determinar se um aRvo não gerador de caixa está IAS 36 Imparidade de Ativos
geradores de caixa
2004) com imparidade e assegurar que as perdas são
reconhecidas.
61
Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público
IPSAS DESIGNAÇÃO OBJETIVO GERAL BASEADA DESIGNAÇÃO

IPSAS 22 Divulgação da informação Estabelecer os requisitos de divulgação para os governos


(Dezembro financeira sobre o setor da que optem por apresentar informação acerca do setor da N/A -
2006) administração pública administração pública nas suas DF'S consolidadas.

IPSAS 23 Rédito de transações sem Prescrever os requisitos para o relato financeiros dos
(Dezembro troca (impostos e réditos provenientes de transações sem troca, que não N/A -
2006) transferências) originem uma concentração de entidades.

Requer comparação entre os montantes do orçamento

Júlio Costa
com as quanRas realizadas decorrentes da execução do
IPSAS 24 Apresentação de Informação
orçamento nas DF'S das enRdades designadas a publicar
(Dezembro Orçamental em Demonstrações N/A -
os orçamentos aprovados. Exige divulgação da explicação
2006) Financeiras
das razões das diferenças significaRvas entre orçamento e
as quanRas realizadas.

IPSAS 25
Prescrever a contabilização e divulgação dos benemcios
(Fevereiro Benefícios dos Empregados IAS 19 Benemcios dos Empregados
dos empregados
2008)

Prescrever procedimentos que uma enRdade deve aplicar


IPSAS 26
Imparidade de Ativos para determinar se um aRvo gerador de caixa está em
(Fevereiro IAS 36 Imparidade de ativos
Geradores de Caixa imparidade e assegurar que as perdas são reconhecidas e
2008)
como reverter uma perda por imparidade.

IPSAS 27
(Dezembro Agricultura
Prescrever o tratamento contabilísRco e as divulgações
relaRvas à aRvidade agrícola.
IAS 41 Agricultura 62
2009)
Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público
IPSAS DESIGNAÇÃO OBJETIVO GERAL BASEADA DESIGNAÇÃO
Estabelecer princípios para a apresentação de
IPSAS 28
Instrumentos Financeiros: instrumentos financeiros como passivos ou como Instrumentos Financeiros:
(Janeiro IAS 32
Apresentação ativo/património liquido e para a compensação de ativos Apresentação
2010)
e passivos financeiros.

IPSAS 29 Estabelecer princípios para o reconhecimento e


Instrumentos Financeiros: Instrumentos Financeiros:
(Janeiro mensuração de ativos, passivos financeiros e alguns IAS 39
Reconhecimento e Mensuração Reconhecimento e Mensuração
2010) contratos para comprar ou vender itens não financeiros

Júlio Costa
Exigir que as enRdades proporcionem divulgações nas
IPSAS 30 suas DF'S que permitam que os uRlizadores avaliem, a
Instrumentos Financeiros: Instrumentos Financeiros:
(Janeiro importância dos instrumentos financeiros para a posição IAS 7
Divulgação Divulgações
2010) e desempenho da enRdade e a natureza dos riscos a que
a enRdade está exposta.

Prescrever o tratamento contabilístico dos ativos


IPSAS 31 intangíveis que não sejam tratados noutra norma. Exige o
(Janeiro Ativos Intangíveis reconhecimento do ativo se forem satisfeitos IAS 38 ARvos Intangíveis
2010) determinados critérios; especifica como mensurar a
quantia registada.

Acordos de Concessão de
IPSAS 32 IFRIC 12
Acordos de Concessão de Prescrever a contabilização de acordos de concessão de Serviços
(Outubro
Serviços: Concedente serviços pelo concedente, uma entidade do setor público.
2011) Acordos de Concessão de
SIC 29
Serviços: Divulgações
63
Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público

Dos quadros anteriores, verifica-se que na generalidade as IPSAS são baseadas nas
IAS à exceção da IPSAS 32 que é baseada nas interpretações da IFRIC 12 e da SIC 29.
O Internauonal Public Sector Accounung Standards Board (IPSASB) publicou seis
novas Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Público:
• IPSAS 33 – Adoção pela Primeira Vez da Base do Acréscimo das IPSAS.

Júlio Costa
• IPSAS 34 – Demonstrações Financeiras Separadas
• IPSAS 35 - Demonstrações Financeiras Consolidadas
• IPSAS 36 – Invesumentos em Associadas e Empreendimentos Conjuntos
• IPSAS 37 – Acordos Conjuntos
• IPSAS 38 – Divulgação de Interesses em Outras Enudades
• IPSAS 39 – Beneycios dos empregados
• IPSAS 40 – Concentração de auvidades públicas
Estas cinco novas normas (IPSAS 34 a 38) irão subsutuir as exigências atuais nas
seguintes normas:
64
• IPSAS 6 - Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas;
• IPSAS 7 – Invesumentos em Associadas; e
• IPSAS 8 – Interesses em Empreendimentos Conjuntos.
Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público
NCP que integram o SNC-AP e IPSAS de referência
IPSAS Área Contabilística e de Relato NCP
IPSAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras NCP 1
IPSAS 2 Demonstrações de Fluxos de Caixa NCP 1
Politicas Contabilísticas, Alterações em Estimativas
IPSAS 3 NCP 2
Contabilísticas e Erros

Júlio Costa
IPSAS 4 Os efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio NCP 16
IPSAS 5 Custos de Emprésumos Obudos NCP 7
IPSAS 9 Rédito de Transações em Troca NCP 13
IPSAS 10 Relato Financeiro em economias Hiperinflacionárias Sem NCP
IPSAS 11 Contratos de Construção NCP 12
IPSAS 12 Inventários NCP 10
IPSAS 13 Locações NCP 6
IPSAS 14 Acontecimentos após a data de Relato NCP 17
IPSAS 16 Propriedade de Investimento NCP 8
IPSAS 17 Auvos Fixos Tangíveis NCP 5 65
Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público
NCP que integram o SNC-AP e IPSAS de referência
IPSAS Área Contabilística e de Relato NCP
IPSAS 18 Relato por Segmentos NCP 25
IPSAS 19 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes NCP 15
IPSAS 20 Divulgação de Partes Relacionadas NCP 20
IPSAS 21 Imparidade de ativos não geradores de caixa NCP 9

Júlio Costa
Divulgação da informação financeira sobre o setor da
IPSAS 22 Sem NCP
administração pública
Rédito de transações sem troca (impostos e
IPSAS 23 NCP 14
transferências)
Apresentação de Informação Orçamental em
IPSAS 24 Sem NCP
Demonstrações Financeiras
IPSAS 26 Imparidade de Ativos Geradores de Caixa NCP 9
IPSAS 27 Agricultura NCP 11
IPSAS 28 Instrumentos Financeiros: Apresentação NCP 18
IPSAS 29 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração NCP 18 66
Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público
NCP que integram o SNC-AP e IPSAS de referência

IPSAS Área Contabilística e de Relato NCP


IPSAS 30 Instrumentos Financeiros: Divulgação NCP 18
IPSAS 31 Ativos Intangíveis NCP 3
IPSAS 32 Acordos de Concessão de Serviços: Concedente NCP 4

Júlio Costa
IPSAS 33 Adoção das IPSAS pela primeira vez a)
IPSAS 34 Demonstrações financeira separadas NCP 21
IPSAS 35 Demonstrações financeiras consolidadas NCP 22
IPSAS 36 Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos NCP 23
IPSAS 37 Acordos conjuntos NCP 24
IPSAS 38 Divulgação de interesses em outras entidades NCP 1
IPSAS 39 Beneycios dos Empregados NCP 19
IPSAS 40 Concentração de atividades públicas Sem NCP
Nota:
a) Os requisitos constam do Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro, e no Manual de 67
Implementação (CNC, 2017)
Contabilidade Orçamental
4 – Normalização contabilística nacional e internacional
aplicável ao Setor Público
IPSAS que são específicas ao sector público

IPSAS Área Contabilística e de Relato


IPSAS 21 Imparidade de ativos não geradores de caixa
Divulgação da informação financeira sobre o setor da administração
IPSAS 22
pública

Júlio Costa
Rédito de transações sem troca (impostos e
IPSAS 23
transferências)
Apresentação de Informação Orçamental em Demonstrações
IPSAS 24
Financeiras
IPSAS 32 Acordos de Concessão de Serviços: Concedente
IPSAS 40 Concentração de atividades públicas

68
Mestrado em Contabilidade e Gestão Pública
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilísuca para as Administrações Públicas
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Reforma da Contabilidade Pública

Nova LEO SNC-AP


(Lei n.º 151/2015, de 11/09) (Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11/09)

Júlio Costa
EnVdade ContabilísVca Estado Um único referencial contabilístico
Demonstrações financeiras previsionais Substância económica sobre a forma jurídica
Subsistemas contabilísticos
Estrutura concetual
Custos e resultados das políVcas públicas
Convergência com as IPSAS
Relato intercalar e anual
Modelos de demonstrações orçamentais
Consolidação de contas
Quadros de gestão
Imagem verdadeira e apropriada
Transparência Plano de Contas MulVdimensional

CerVficação da CGE
70
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Âmbito de aplicação (art.º 3.º)

O SNC-AP aplica-se a todos os serviços e organismos da administração


central, regional e local que não tenham natureza, forma e designação de
empresa, ao subsetor da segurança social, e às entidades públicas
reclassificadas. (§ 1)

Júlio Costa
São entidades públicas reclassificadas as entidades que, independentemente
da sua forma ou designação, tenham sido incluídas nos subsetores da
administração central, regional, local e segurança social das administrações
públicas, no âmbito do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, nas
últimas contas setoriais publicadas pela autoridade estatística nacional. (§ 2)

O SNC -AP não é aplicável às empresas públicas reclassificadas com valores


admitidos à negociação em mercado regulamentado, exceto quanto ao
cumprimento dos requisitos legais relativos à contabilidade orçamental. (§ 3) 71
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 34: Aplicação do SNC-AP às EPRs
O SNC-AP aplica-se a todas as enfdades públicas reclassificadas?
Resposta
Em regra, o SNC-AP aplica-se às enfdades públicas reclassificadas (EPR) nos termos do arfgo
3.º, n.os 1 e 2 do Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro.

Júlio Costa
No entanto, o n.º 3 do arfgo 3.º do Decreto-Lei acima referido, na redação dada pelo arfgo
164.º do Decreto-Lei n.º 33/2018, de 15 de maio, doravante DLEO, clarifica que o subsistema da
contabilidade financeira do SNC-AP não se aplica às enfdades públicas reclassificadas
supervisionadas pela Autoridade de Seguros e Fundos de Pensões, pelo Banco de Portugal e
pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, sem prejuízo do cumprimento das
disposições relafvas ao Plano de Contas Central do Ministério das Finanças, atento o disposto
no arfgo 26.º do DLEO, e à contabilidade orçamental, prevista na NCP 26 – Contabilidade e
Relato Orçamental.
Contudo, no caso de a EPR aplicar as IFRS sem decorrer da supervisão das enfdades acima
idenfficadas, mas porque integra um grupo económico que aplica as IFRS nas contas 72
consolidadas, poderá confnuar a aplicar as IFRS na contabilidade financeira, sem prejuízo do
envio de informação nos termos previstos no arfgo 26.º do DLEO.
(Aprovada pelo CNCP em 05 de junho de 2018)
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Organização da Norma

• Objeto
Contabilidade e relato orçamental, financeiro e de gestão

• Elementos principais do sistema

Júlio Costa
Estrutura conceptual, normas, plano de contas e demonstrações
orçamentais e financeiras (DOF)

• Base Contabilística
Caixa modificada para a Contabilidade Orçamental
Acréscimo para a contabilidade financeira (patrimonial) e de
gestão (custos/ analítica)
73
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Organização da Norma

• Estrutura Conceptual
Enquadramento básico do normabvo, estabelecendo os
conceitos para a preparação das DOF;

Júlio Costa
Ajuda a aplicação das normas e no tratamento dos assuntos
nelas omissos, bem como na interpretação da informação nas
DOF

• Regime Geral e Regime Simplificado


Definição do âmbito de aplicação de cada um, sendo que o
regime simplificado também funcionará com contabilidade
financeira
74
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Organização da Norma

• Normas Contabilísticas de Relato Orçamental e Financeiro (NCP)

Regras referentes à apresentação da informação, à posição

Júlio Costa
financeira e ao desempenho económico-financeiro, à
consolidação de contas e outros assuntos relevantes

• Normas interpretativas

Esclarecimento mais exaustivo das NCP

75
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Organização da Norma

• Plano de Contas Mulbdimensional (PCM)

Plano de contas aplicado a todas as enbdades

Júlio Costa
Contabilidade Orçamental
Contabilidade Financeira
Contas nacionais
Cadastro de bens e direitos

• Modelos de DOF

Modelos das demonstrações orçamentais em base caixa modificada,


demonstrações financeiras em base de acréscimo e notas 76
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro

Anexo I -

Júlio Costa
Anexo III – Plano
Estrutura
de Contas
concetual da
Multidimensional
informação
(PCM)
financeira

Anexo II – 27 Normas de
Contabilidade Pública
(NCP)

77
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 23: Criação de novas contas no Plano de Contas Multidimensional (PCM) do SNC-AP
Pode uma entidade, no âmbito da elaboração do seu plano de contas, criar contas não previstas
no Plano de Contas do SNC-AP aprovado pelo Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro e
constante do respetivo Anexo III?
Resposta

Júlio Costa
O plano de contas do SNC-AP aprovado pelo Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro e
constante do respetivo Anexo III, constitui o referencial de normalização para a elaboração da
Conta Geral do Estado e para os sucessivos níveis de consolidação de contas das entidades
públicas. A criação de novas contas, utilizando designadamente para o efeito os intervalos com
reticências constantes do Plano, só pode ser feita pela Comissão de Normalização Contabilística
(CNC), tendo em consideração a materialidade e relevância da respetiva temática, bem como
assegurar a comparabilidade da informação financeira. As novas contas criadas têm imediato
reflexo no Plano de Contas Central (PCC) que constitui o referencial atualizado do plano de
contas do SNC-AP, estando o mesmo disponível no sítio da Unidade de Implementação da Lei de
Enquadramento Orçamental.
78
Deste modo, o PCC ou outros planos como, por exemplo, o da DGAL, são hierarquicamente
dependentes do PCM, ou seja:
....
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 23: Criação de novas contas no Plano de Contas Multidimensional (PCM) do SNC-AP
Resposta
....
• 1º Nível: PCM (Plano de Contas Multidimensional) Compete unicamente à CNC criar
contas no PCM (recorrendo às reticências).
• 2º Nível: PCC (Plano de Contas Central) O PCC, da responsabilidade da UniLEO, é uma

Júlio Costa
desagregação de contas do PCM.
• 3º Nível: PCCSAL (Plano de Contas Central para as entidades da administração local) -
DGAL O PCCSAL é uma desagregação do PCC. A desagregação é livre para as entidades
locais apenas ao nível das contas que foram desagregadas pela DGAL (desagregação de
desagregação da DGAL). A desagregação do PCC (3.º Nível) por outras entidades
apenas é livre ao nível das entidades responsáveis por subsetores e para as entidades
que não estejam sujeitas a nenhum subsetor (e.g., ACSS).
Em resumo, uma alteração do PCM implica a alteração do PCC e subsequentemente do PCCSAL
e equivalentes. Uma alteração do PCC ou do PCCSAL não tem influência para cima, já que terá
sempre que respeitar os planos hierarquicamente superiores. A consideração das
especificidades da atividade de cada entidade deverá, numa primeira instância, ser refletida no 79
respetivo plano de contas da entidade através da criação de níveis de desagregação das contas
constantes do PCC ou PCCSAL e equivalentes.
...
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 23: Criação de novas contas no Plano de Contas Multidimensional (PCM) do SNC-AP
Resposta
....
Contudo, se a solução preconizada no parágrafo anterior não se mostrar viável,
excecionalmente a Comissão de Normalização Contabilística poderá, no quadro duma
solicitação específica por uma entidade pública, ponderar a eventual criação de novas contas no

Júlio Costa
PCM relativas a temáticas que pela sua materialidade e relevância no quadro das
Administrações Públicas o justifiquem.

80

(Aprovada pelo CNCP em 19 de dezembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Finalidades
Evidencia a execução orçamental e o respeKvo desempenho face aos objeKvos da políKca
orçamental;

Permite uma imagem verdadeira e apropriada da posição financeira e das respetivas alterações,
do desempenho financeiro e dos fluxos de caixa de determinada entidade, em termos
individuais ou consolidados;

Proporciona informação para a determinação dos custos dos serviços públicos;

Júlio Costa
Proporciona informação para a elaboração de todo o Kpo de contas, demonstrações e
documentos que tenham de ser enviados à Assembleia da República, ao Tribunal de Contas
e às demais enKdades de controlo e supervisão;

Proporciona informação para a preparação das contas de acordo com o Sistema Europeu de
Contas Nacionais e Regionais;

Permite o controlo financeiro, de legalidade, de economia, de eficiência e de eficácia dos gastos


públicos;

Proporciona informação útil para efeitos de tomada de decisões de gestão. 81


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Integração de lacunas

1.º Normas Internacionais de Contabilidade Pública

2.º SNC

Júlio Costa
3.º Normas Internacionais de Contabilidade adotadas
na União Europeia

4.º Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo


International Accounting Standards Board.

82
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
As funções dos três subsistemas contabilísticos
Controlar os
Contabilidade créditos
Orçamental orçamentais
(Legalidade)

Júlio Costa
Contabilidade Transparência da
situação financeira
Financeira das entidades

Estimar o custo das


Contabilidade políticas públicas e
de Gestão a fixação das taxas,
licenças e preços 83
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Informação proporcionada pelo sistema de contabilidade pública
Sistema de
Contabilidade
Pública

Contabilidade Contabilidade Contabilidade

Júlio Costa
Financeira Orçamental de Gestão

Demonstrações Demonstrações Análise de


Financeiras Orçamentais custos

Indicadores
Indicadores Análise de
Financeiros e
Orçamentais investimentos 84
Económicos
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Estrutura Concetual

Estrutura Concetual (EC) define os conceitos que devem estar


presentes no desenvolvimento de normas de contabilidade pública
(NCP) aplicáveis à preparação e apresentação de demonstrações

Júlio Costa
financeiras e outros relatórios financeiros por parte das entidades
públicas.

As entidades públicas têm algumas características diferenciadoras


que se devem considerar no desenvolvimento de uma EC para as
Administrações Públicas.
85
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Transações sem contraprestação


Caraterís4cas diferenciadoras
das Administrações Públicas

Orçamento do Estado e execução orçamental

Júlio Costa
A natureza dos programas e a longevidade no setor público

A natureza dos ativos e passivos nas Administrações Públicas

O papel regulador das Administrações Públicas

Relação com o relato estatístico


86
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Transações sem contraprestação

Numa transação sem contraprestação, uma enudade ou recebe valor de uma


outra enudade sem dar diretamente em troca valor aproximadamente igual, ou
dá valor a uma outra enfdade sem receber diretamente em troca valor
aproximadamente igual. Os impostos, multas, as taxas que representem uma
retribuição simbólica e as transferências são exemplos de transações sem

Júlio Costa
contraprestação. A prevalência deste upo de transações tem implicações para
avaliar a enudade que presta esses serviços. A natureza involuntária dos
impostos e taxas é a maior razão pela qual a responsabilização pela prestação de
contas (accountability) no setor público é tão importante.

A responsabilização pela prestação de contas é um instrumento de avaliação do


zelo e responsabilidade do órgão de gestão pelos recursos que lhe foram
atribuídos e é abordada na secção «Objeuvos e Uulizadores das Demonstrações
Financeiras de Finalidade Geral»
87
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Orçamento do Estado e execução orçamental

As entidades públicas preparam o orçamento com as suas receitas e despesas. O


Parlamento e outros órgãos controlam os atos de gestão do Governo e das
entidades públicas através da execução orçamental.

Júlio Costa
Também o orçamento é a base da política fiscal e das autorizações para fazer
despesas. Assim, a informação orçamental é crucial porque permite aos
utilizadores fazer comparações entre a receita e a despesa executada e
orçamentada, assim como verificar os eventuais saldos orçamentais. O relato
orçamental é o mecanismo que permite verificar o cumprimento da lei em
termos de finanças públicas. A comparação entre a informação prevista e
realizada também facilita uma avaliação da extensão com que as Administrações
Públicas cumprem os seus objetivos financeiros e, por isso, promove a
responsabilidade pela prestação de contas.
88
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
A natureza dos programas e a longevidade no setor público

Muitos programas do setor público são de longo prazo e a capacidade de fazer


face aos compromissos depende de impostos e contribuições futuras. Muitos
destes compromissos e impostos futuros não reúnem as condições para serem
considerados respetivamente como passivos e ativos. Consequentemente, as
demonstrações financeiras não proporcionam toda a informação que os

Júlio Costa
utilizadores necessitam relativamente aos programas de longo prazo. As
consequências financeiras de muitas decisões podem ter impacto durante vários
anos. Por isso, a informação prospetiva sobre a sustentabilidade das entidades
públicas é necessária para propósitos de responsabilidade pela prestação de
contas e tomada de decisões.

Devido ao poder de soberania, nomeadamente o poder de impor impostos sobre


os cidadãos, o princípio da continuidade que está subjacente à preparação das
demonstrações financeiras nas entidades públicas, dificilmente estará
relacionado com a capacidade de um Estado cumprir as suas obrigações 89
financeiras e dificilmente pode ser avaliado através do património líquido ou
capital próprio
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

A natureza dos ativos e passivos nas Administrações Públicas

Enquanto no setor privado, o objetivo de deter ativos é gerar fluxos de caixa e


lucros, no setor público o objetivo é prestar serviços. Como grande parte dos
ativos são especializados como, por exemplo, as estradas e os equipamentos
militares, pode existir apenas um mercado muito limitado para tais ativos. Este

Júlio Costa
facto tem implicações na mensuração destes ativos. A secção «Mensuração dos
Elementos das Demonstrações Financeiras» aborda as bases de mensuração para
tais ativos.

O Governo nos seus diferentes níveis assume passivos na prestação de serviços,


alguns deles com origem em transações sem contraprestação relacionados com
programas que atribuem benefícios sociais. Outros passivos podem surgir por o
Estado ter de transferir recursos para aqueles que são afetados por desastres.

90
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

O papel regulador das Administrações Públicas

O Governo nos seus diferentes níveis tem poder para regular as entidades que
operam em alguns setores da economia quer diretamente, quer através de
entidades administrativas independentes, normalmente designadas por
entidades reguladoras. O objetivo desta regulação é a salvaguarda do interesse

Júlio Costa
público, de acordo com os objetivos definidos de política económica. A regulação
também pode ocorrer em condições de mercado imperfeitas ou quando há
incapacidade do mercado para proporcionar determinado tipo de serviços ou
para mitigar os efeitos, por exemplo, da poluição. A regulação faz-se de acordo
com processos legais.

91
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Relação com o relato estatístico

Portugal, tal como muitos outros países, prepara dois tipos de informação
financeira: na ótica das contas nacionais com o objetivo de análise
macroeconómica e tomada de decisões, e demonstrações orçamentais e
demonstrações financeiras com vista à tomada de decisões e à responsabilidade

Júlio Costa
pela prestação de contas, a nível individual e consolidado.

As demonstrações financeiras preparadas de acordo com as NCP e os relatos com


base no SEC têm algumas características comuns:
a) A informação é preparada na base do acréscimo;
b) Apresentam os ativos, passivos, rendimentos e gastos das Administrações
Públicas;
c) Apresentam informação sobre fluxos de caixa.

92
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Ajudar os responsáveis pelas demonstrações financeiras na aplicação


Estrutura Concetual

das Normas de Contabilidade Pública na base de acréscimo (NCP) e no


tratamento de matérias que ainda venham a constituir assunto de uma
Finalidades da

dessas normas;
Ajudar a formar opinião sobre a adequação

Júlio Costa
das demonstrações financeiras às NCP

Ajudar os utilizadores na interpretação da informação contida nas


demonstrações financeiras preparadas

Proporcionar às entidades normalizadoras da contabilidade


os conceitos necessários à formulação das NCP

93
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

A estrutura concetual não é uma NCP e, por isso, não


estabelece diretamente critérios para o reconhecimento
ou uma mensuração particular ou tema de divulgação.

Júlio Costa
Em alguns casos pode haver um conflito entre esta
estrutura concetual e uma qualquer NCP. Nos casos em
que haja um conflito, os requisitos da NCP prevalecem
em relação à estrutura concetual
94
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Entidade de relato
A entidade pública pode ser o Governo ou qualquer organização, programa
ou área de atividade identificável do setor público que prepare relatórios
financeiros de finalidade geral.

Uma entidade pública pode compreender duas ou mais entidades separadas

Júlio Costa
que preparam demonstrações financeiras de forma individual—tal entidade é
referida como um grupo público.

As principais características de uma entidade de relato são:


• É uma entidade que recebe recursos dos cidadãos, ou em nome
deles, e ou utiliza recursos para realizar atividades para o seu
benefício; e
• Existem utilizadores do serviço ou fornecedores de recursos que
dependem dos relatórios financeiros da entidade como informação
para efeitos de responsabilização pela prestação de contas ou de 95
tomada de decisões.
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Os normativos de referência para os subsistemas contabilísticos

Sistema de Contabilidade Pública (SNC-AP)


Subsistema da Subsistema da Subsistema da
Contabilidade Orçamental Contabilidade Financeira Contabilidade de Gestão

Júlio Costa
NCP 26 (incluiu requisitos para a
consolidação orçamental) Estrutura concetual NCP 27
Sem IPSAS de referência (convergência com a EC do Sem IPSAS de referência
Uma classe de contas própria IPSASB)
A RPG3 – ReporKng Service
(Classe 0) e classificadores 25 normas de contabilidade Performance InformaKon foi
orçamentais pública baseada nas IPSAS considerada
Método digráfico Plano de contas com as Possibilidade de integração com
Contabilidade das contas a classificações das contas o modelo de orçamentação por
receber e a pagar (registo das nacionais incorporadas programas (sistema de custeio)
fases da receita e da despesa) 96
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Regimes contabilísticos do SNC-AP

Despesa Global orçamental


paga nas duas últimas Regime contabilístico Instrumentos
prestações de contas

Júlio Costa
NCP 26 – Contabilidade e Relato Orçamental
< = € 1.000.000,00 Simplificado - microentidades
Divulgação do inventário do património

NCP – PE
NCP 26 – Contabilidade e Relato Orçamental
> € 1.000.000,00 e <= € 5.000.000,00 Simplificado – pequenas enRdades
NCP 27 – Contabilidade de Gestão
Plano de Contas MulCdimensional

Estrutura Concetual
> € 5.000.000,00 Regime geral Normas de Contabilidade Pública
Plano de Contas Multidimensional

97
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
ANEXO II – 27 Normas de contabilidade pública
NCP 1 — Estrutura e Conteúdo das Demonstrações Financeiras
NCP 2 —Políticas Contabilísticas, Alterações em Estimativas Contabilísticas e Erros
NCP 3 —Ativos Intangíveis
NCP 4 —Acordos de Concessão de Serviços: Concedente

Júlio Costa
NCP 5 —Ativos Fixos Tangíveis
NCP 6 —Locações
NCP 7 —Custos de Empréstimos Obtidos
NCP 8 —Propriedades de Investimento
NCP 9 —Imparidade de Ativos
NCP 10 —Inventários
NCP 11 —Agricultura
NCP 12 —Contratos de Construção
NCP 13 — Rendimento de Transações com Contraprestação
NCP 14 — Rendimento de Transações sem Contraprestação 98
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
ANEXO II – 27 Normas de contabilidade pública
NCP 15 —Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
NCP 16 — Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio
NCP 17 —Acontecimentos Após a Data de Relato
NCP 18 —Instrumentos Financeiros

Júlio Costa
NCP 19 —Benefícios dos Empregados
NCP 20 —Divulgações de Partes Relacionadas
NCP 21 —Demonstrações Financeiras Separadas
NCP 22 —Demonstrações Financeiras Consolidadas
NCP 23 —Investimentos em Associadas e Empreendimentos Conjuntos
NCP 24 —Acordos Conjuntos
NCP 25 —Relato por Segmentos
NCP 26 —Contabilidade e Relato Orçamental
NCP 27 —Contabilidade de Gestão
99
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Temas Subtemas Notas
1. Objetivo da NCP 26 1
2. Âmbito 2
3. Definições 3
Receita 4
4. Ciclo orçamental
Despesa 5
Receita - natureza económica
5. Classificadores orçamentais Despesa – natureza económica, administrativa, 6 a 18
funcional e programática
6. Reconhecimento e mensuração 19 e 20
Objetivo 21

Júlio Costa
Identificação das entidades que constituem o 22 a 24
perímetro de consolidação
Método e procedimentos de consolidação: 25 a 29
7. Consolidação Regras gerais
Homogeneização prévia 30 a 32
Agregação 33
Eliminações 34
Método de consolidação orçamental 35 e 36
Plano de contas 37
8. Plano de contas da contabilidade orçamental
Notas de enquadramento às contas 38 e 39
9. Finalidade das demonstrações orçamentais 40 a 43
10. Responsabilidade pelas demonstrações orçamentais 44 e 45
Demonstrações previsionais
11. Componentes das demonstrações orçamentais Demonstrações de relato 46 e 48
Demonstrações orçamentais consolidadas 100
12. Anexos às demonstrações orçamentais Estrutura
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Obje^vo

O objeuvo desta Norma é o de regular a contabilidade orçamental,


estabelecendo os conceitos, regras e modelos de demonstrações orçamentais

Júlio Costa
de finalidades gerais (individuais, separadas e consolidadas), componentes
principais do relato orçamental de uma enudade pública ou de um perímetro
de consolidação, de forma a assegurar a comparabilidade, quer com as
respeuvas demonstrações de períodos anteriores, quer com as de outras
enudades.

101
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Âmbito

A presente Norma aplica-se a todas as entidades sujeitas ao SNC-AP, devendo o


relato consubstanciar-se nas demonstrações orçamentais que se destinam a

Júlio Costa
satisfazer as necessidades de utilizadores que não estejam em posição de exigir
relatórios elaborados para ir ao encontro das suas necessidades particulares de
informação.

Os utilizadores dessas demonstrações orçamentais de finalidades gerais incluem


cidadãos em geral, membros do Parlamento e do governo nos seus diferentes
níveis, financiadores, fornecedores, órgãos de comunicação social e
trabalhadores.

Tais demonstrações incluem as que são apresentadas separadamente ou em 102


conjunto com outro documento público.
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Previsão inicial de receita Orçamento inicial
Execução e
Previsão corrigida de receita Orçamento final
Fases da Orçamento
Liquidação de receita Orçamento de despesa
receita
Recebimentos Orçamento de receita
Despesa de ativos financeiros orçamentais Alteração orçamental modificativa
Despesa de passivos financeiros orçamentais Alteração orçamental permutativa
Despesa efetiva

Júlio Costa
Alteração orçamental de inscrição ou reforço
Despesa primária Alteração
Alteração orçamental de anulação ou diminuição
Despesas correntes orçamental
Alteração orçamental por crédito especial
Despesa Despesas de capital
Cativo
Despesa paga
Despesa total Descativo
Crédito ordinário Dotação inicial
Crédito especial Dotação corrigida
Reposição abatida ao pagamento Dotação disponível
Receita de ativos financeiros orçamentais Cabimento
Execução e
Receita de passivos financeiros orçamentais Compromisso
Fases da
Receita cobrada Compromisso continuado
despesa
Receitas correntes Compromisso plurianual
Receitas de capital Compromisso pontual
Receita
Receita efetiva Obrigação orçamental 103
Receita total Pagamentos
Reembolso
Reposição não abatida ao pagamento (RNAP)
Restituição
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Classe zero Saldo corrente
Plano de Contas Central Saldo de capital
Contas
Plano de Contas Local Saldos Saldo de gerência
Plano de contas multidimensional Saldo global
Demonstrações orçamentais combinadas Saldo primário

Júlio Costa
Demonstrações Demonstrações orçamentais consolidadas Operações de
Operações de tesouraria
orçamentais Demonstrações orçamentais separadas tesouraria
Anexo Data de relato
Caixa Relato
Período contabilístico
Caixa Equivalentes de caixa
Fluxos de caixa
Entidade consolidante
Entidade Contabilística Estado
Hierarquias de consolidação
Consolidação
Níveis de consolidação
Operação interna
Perímetro de consolidação orçamental.
104
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Alterações orçamentais consutuem um instrumento de gestão orçamental
que permite a adequação do orçamento à execução orçamental ocorrendo a
despesas inadiáveis, não previsíveis ou insuficientemente dotadas, ou receitas
imprevistas. As alterações orçamentais podem ser modificauvas ou

Júlio Costa
permutauvas, assumindo a forma de inscrição ou reforço, anulação ou
diminuição ou crédito especial.

Alteração orçamental modificaPva é aquela que procede à inscrição de


uma nova natureza de receita ou de despesa ou da qual resulta o aumento do
montante global de receita, de despesa ou de ambas, face ao orçamento que
esteja em vigor.

Alteração orçamental permutaPva é aquela que procede à alteração da


105
composição do orçamento de receita ou de despesa da enudade, mantendo
constante o seu montante global.
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Alteração orçamental de inscrição ou reforço consubstancia a integração
de uma natureza de receita ou despesa não prevista no orçamento ou o
incremento de uma previsão de receita ou dotação de despesa.

Júlio Costa
Alteração orçamental de anulação ou diminuição consubstancia a
exunção de uma natureza de receita ou despesa prevista no orçamento que não
terá́ execução orçamental ou a redução de uma previsão de receita ou dotação
de despesa.

Alteração orçamental por crédito especial corresponde a um incremento


do orçamento de despesa com compensação no aumento da receita cobrada.

106
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Anexo consutui informação adicional à apresentada nas demonstrações
orçamentais de finalidades gerais (individuais, consolidadas ou separadas),
proporcionando descrições ou desagregações de itens dessas demonstrações,
bem como informações acerca de itens que não reúnem condições para

Júlio Costa
reconhecimento nas mesmas.

Cabimento é a reserva de dotação disponível para o processo de despesa que


se pretende realizar. O seu registo tem suporte num documento interno, pelo
montante dos encargos prováveis, e visa assegurar a existência de dotação para
a assunção do compromisso, fundamentando a autorização da despesa.

Caixa compreende dinheiro e depósitos à ordem.


107
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


CaPvo é o montante da dotação orçamental indisponível para a realização de
processos de despesa.

Classe zero consutui a classe de contas exclusiva para o registo contabilísuco

Júlio Costa
das transações e outros acontecimentos orçamentais.

Compromisso é a assunção perante terceiros da responsabilidade por um


possível passivo, em contraparuda do fornecimento de bens e serviços ou da
sausfação de outras condições, implicando alocação de dotação orçamental,
independentemente do pagamento. Os compromissos consideram-se
assumidos quando é executada uma ação formal pela enudade, como seja a
emissão de ordem de compra, nota de encomenda ou documento equivalente,
ou a assinatura de um contrato, acordo ou protocolo.
108
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Compromisso conPnuado é um compromisso de caráter permanente, que
gera responsabilidades recorrentes durante um período indeterminado de
tempo, nomeadamente, salários, rendas, consumo de eletricidade ou de água.

Júlio Costa
Compromisso pontual é um compromisso que gera uma única
responsabilidade ou uma série de responsabilidades durante um período de
tempo determinado.

Compromisso plurianual é um compromisso que quando assumido gera


responsabilidades para a enudade em mais do que um período orçamental, ou
pelo menos em período diferente daquele em que é assumido.

109
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Crédito ordinário é aquele que se encontra inscrito no orçamento de despesa
aprovado pela enudade competente.

Crédito especial é aquele que é inscrito em adição aos créditos ordinários.

Júlio Costa
Data de relato significa a data do úlumo dia do período de relato a que se
referem as demonstrações orçamentais.

110
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Demonstrações orçamentais combinadas são as demonstrações
orçamentais de um grupo de enudades de relato que visam sausfazer
determinados objeuvos de relato orçamental.

Júlio Costa
Demonstrações orçamentais consolidadas são as demonstrações
orçamentais do conjunto de enudades que compõem o perímetro de
consolidação apresentadas como se de uma única enudade se tratasse.

Demonstrações orçamentais separadas são as demonstrações orçamentais


apresentadas pelas enudades públicas que também apresentam demonstrações
orçamentais consolidadas.

111
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


DescaPvo é montante que se encontrava cauvo e foi liberto para a realização
de processos de despesa.

Despesa de aPvos financeiros orçamentais consutuem operações

Júlio Costa
financeiras quer com a aquisição de •tulos de crédito, incluindo obrigações,
ações, quotas e outras formas de parucipação, quer com a concessão de
emprésumos e adiantamentos ou subsídios reembolsáveis.

Despesa de passivos financeiros orçamentais consutuem operações


financeiras, englobando as de tesouraria e as de médio e longo prazos, que
envolvam pagamentos decorrentes quer da amoruzação de emprésumos,
utulados ou não, quer da regularização de adiantamentos ou de subsídios
reembolsáveis, quer, ainda, da execução de avales ou garanuas, bem como os
112
prémios ou descontos que possam ocorrer na amoruzação dos emprésumos.
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Despesa efePva corresponde à despesa total deduzida da despesa com auvos
e passivos financeiros de natureza orçamental.

Despesa primária corresponde à despesa efeuva deduzida dos juros pagos.

Júlio Costa
Despesas correntes são despesas efeuvas que assumem um caráter regular e
correspondem à aquisição de serviços e bens a consumir no período
orçamental, podendo abranger, pela sua irrelevância material, bens de
equipamento.

Despesas de capital são despesas efeuvas que alteram o património


duradouro da enudade, assumem um caráter pontual e contribuem para a
formação bruta de capital fixo e para o bem-estar coleuvo, como por exemplo
113
quaisquer invesumentos.
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Despesa paga são os pagamentos por execução do orçamento de despesa.

Despesa total corresponde à despesa efeuva adicionada da despesa


resultante de auvos e passivos financeiros.

Júlio Costa
Dotação inicial é a quanua escriturada em cada rubrica de despesa no
orçamento inicialmente aprovado pela enudade competente para pagamento
de compromissos e obrigações transitadas de períodos contabilísucos anteriores
ou assumidos no período contabilísuco corrente. Consutui o limite máximo de
recursos financeiros alocados por uma enudade pública a uma dada natureza de
despesa, para um dado período contabilísuco.

114
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Dotação corrigida é a quanua escriturada em cada rubrica de despesa, no
decurso da execução orçamental, abrangendo a dotação inicial e as
modificações entretanto ocorridas.

Júlio Costa
Dotação disponível de despesa é a quanua que, em cada momento, se
encontra liberta para iniciar novos processos de despesa, designadamente para
cabimentação. Dito de outra forma, é a dotação corrigida, considerando
cauvos/descauvos, cabimentos e reposições abaudas aos pagamentos.

Equivalentes de caixa são invesumentos a curto prazo de elevada liquidez,


facilmente conver•veis para quanuas conhecidas de dinheiro e que estão
sujeitos a um risco insignificante de alterações no valor.
115
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


EnPdade ContabilísPca Estado é a representação contabilísuca das receitas,
despesas, auvos, passivos, rendimentos e gastos que se referem ao Estado,
enquanto ente soberano em que diferentes agentes atuam por sua conta e
nome, e está incluída na Administração Central.

Júlio Costa
EnPdade consolidante é a enudade pública com a responsabilidade de
preparar as demonstrações orçamentais consolidadas.

Fluxos de caixa são influxos e exfluxos de caixa e equivalentes de caixa.

Hierarquias de consolidação desunam-se a organizar as enudades do


perímetro de consolidação em subperímetros de consolidação estabelecendo os
níveis de consolidação.
116
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Liquidação de receita é o direito que se consutui em contas a receber do qual
se espera influxos de caixa futuros.

Níveis de consolidação são os níveis em que são executados os lançamentos

Júlio Costa
de eliminação das operações internas e emiudas as demonstrações orçamentais
consolidadas.

Operação interna é qualquer operação, independentemente da sua natureza,


em que os intervenientes sejam enudades pertencentes ao perímetro de
consolidação.

Operações de tesouraria são as que geram influxos ou exfluxos de caixa


(movimentam a tesouraria) mas não representam operações de execução 117
orçamental.
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Obrigação orçamental é um compromisso orçamental que se consutui em
contas a pagar.

Orçamento de despesa é uma previsão de exfluxos de caixa, para um dado

Júlio Costa
período contabilísuco.

Orçamento de receita é uma previsão de influxos de caixa, para um dado


período contabilísuco.

Orçamento final é o orçamento inicial, com todas as alterações que tenham


sido efetuadas no decurso do período contabilísuco.

Orçamento inicial é o orçamento inicialmente aprovado para o período 118


contabilísuco.
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Pagamentos são exfluxos de caixa ou saídas em espécie do património da
enudade, devendo neste úlumo caso a enudade reconhecer um influxo de caixa
no valor da dívida pela alienação virtual do bem e, simultaneamente, um
exfluxo de caixa pela regularização da dívida.

Júlio Costa
Perímetro de consolidação orçamental é o perímetro de consolidação das
administrações públicas que compreende a Administração Central, a Segurança
Social, a Administração Local e as Regiões Autónomas.

Período contabilísPco corresponde ao ano civil, sem prejuízo do


cumprimento de obrigações de relato intercalar.

119
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições
Plano de Contas Central é o plano de contas aplicado pela enudade
consolidante que deve ser consistente com o plano de contas muludimensional,
sem prejuízo da desagregação das suas contas de movimento, servindo para a
agregação dos saldos das contas dos planos de contas locais.

Júlio Costa
Plano de Contas Local é o plano de contas aplicado pelas enudades
consolidadas que deve ser consistente com o plano de contas central, sem
prejuízo da desagregação das contas de movimento previstas no plano de
contas central.

Plano de contas mulPdimensional é o plano de contas que compreende as


contas das classes 1 à 8 desunando-se à escrituração contabilísuca das
transações e outros acontecimentos em base de acréscimo, à classificação das
operações por natureza em base de caixa modificada quando os códigos se
120
encontram associados a contas da classe zero e, ainda, ao apuramento da
informação relevante para as contas nacionais.
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Previsão corrigida de receita é a quanua inscrita em cada rubrica de receita
no decurso da execução orçamental, abrangendo a previsão inicial e as
modificações entretanto ocorridas.

Júlio Costa
Previsão inicial de receita é a quanua escriturada em cada rubrica de receita
no orçamento inicialmente aprovado pelo órgão competente. Consutui os
recursos a obter por uma enudade pública relauvamente a uma dada natureza
de receita, para um dado período contabilísuco.

Recebimentos são influxos de caixa ou entradas em espécie no património da


enudade, devendo neste úlumo caso a enudade reconhecer um influxo de caixa
pela regularização da dívida e, simultaneamente, um exfluxo de caixa no valor
da dívida pela aquisição virtual do bem. 121
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Receita de aPvos financeiros orçamentais compreende o produto da
alienação e amoruzação de •tulos de crédito, designadamente obrigações e
ações ou outras formas de parucipação, assim como as resultantes do
reembolso de emprésumos ou subsídios concedidos.

Júlio Costa
Receita de passivos financeiros orçamentais compreende a receita
proveniente da emissão de obrigações e de emprésumos contraídos a curto e a
médio e longo prazos.

Receita cobrada são recebimentos por execução do orçamento de receita.

122
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Receitas correntes incidem sobre o património não duradouro da enudade,
provêm de ganhos do período orçamental e esgotam-se no período de um ano.
São aquelas que, regra geral, se renovam em todos os períodos de relato.
Rendimentos de propriedade, como sejam juros e rendas, vendas de bens e

Júlio Costa
serviços correntes com reduções no património não duradouro, consutuem
exemplos de receitas correntes.

Receitas de capital alteram o património duradouro da enudade; são receitas


cobradas ocasionalmente, isto é, que se revestem de caráter transitório e que,
regra geral, estão associadas a uma diminuição do património duradouro ou
aumento dos auvos e passivos de médio/longo prazos. São exemplos de receitas
de capital as que resultam da venda de imóveis e emprésumos.
123
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


Receita efePva corresponde às quanuas recebidas que aumentam caixa e
equivalentes de caixa, sem gerarem obrigações orçamentais.

Receita total corresponde à receita efeuva adicionada da receita resultante de

Júlio Costa
auvos e passivos financeiros orçamentais e do saldo da gerência anterior
expurgado da componente de operações de tesouraria.

Reembolso corresponde à devolução ao sujeito passivo de imposto do valor


das entregas por conta do imposto devido a final, por si efetuados ou por uma
terceira enudade, na parte em que exceda o montante da receita liquidada.

124
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições
Reposição aplica-se nas circunstâncias em que ocorra por parte de uma enudade
pública um pagamento a uma pessoa singular ou coleuva efetuado indevidamente ou
por um valor que se revele excessivo. Nestes casos, aquela enudade deverá proceder
ao pedido de reposição do valor pago indevidamente ou em excesso através da
emissão de uma nota de débito.

Júlio Costa
Após a emissão da nota de débito duas situações podem ocorrer:
• A pessoa singular ou coleuva procede à devolução do respeuvo valor no mesmo
período contabilísuco em que foi efetuado o pagamento (indevido ou em excesso)
por parte da enudade pública, então a devolução designa-se “reposição abafda
aos pagamentos” (RAP) sendo contabilizada como correção à despesa paga;
• A pessoa singular ou coleuva procede à devolução do respeuvo valor num período
contabilísuco posterior àquele em que foi efetuado o pagamento (indevido ou em
excesso) por parte da enudade pública, caso em que a devolução se designa
“reposição não abafda aos pagamentos” (RNAP), sendo contabilizada como 125
receita cobrada associando-se às contas da classe zero aplicáveis o código 15 —
Reposições não abaudas aos pagamentos.
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições


ResPtuição corresponde à devolução ao devedor do montante total ou parcial por
este já pago, quando a enudade pública tenha liquidado indevidamente a receita em
causa ou aquela liquidação se revele excessiva face a um facto superveniente ou
ainda quando se verifique que não a deveria ter recebido, no caso de autoliquidação,

Júlio Costa
ou quando por erro do devedor este a tenha pago em excesso.

126
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental - Definições
Saldo corrente corresponde à diferença entre receitas correntes e despesas
correntes.

Saldo de capital corresponde à diferença entre receitas de capital e despesas de


capital.

Júlio Costa
Saldo de gerência corresponde ao saldo de caixa apurado à data de relato. Este
saldo de decompõe-se em saldo de operações orçamentais e saldo de operações de
tesouraria. Para efeitos de inscrição e disponibilização do saldo de operações
orçamentais deve ser associado às contas da classe zero aplicáveis o código 16 —
Saldo orçamental da gerência anterior.

Saldo global corresponde à diferença entre receita efeuva e despesa efeuva.

Saldo primário corresponde à diferença entre a receita efeuva e a despesa efeuva 127
deduzida dos juros.
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contab. e Rel. Orç. – Ciclo orçamental da receita

RECEITA
CONCEITO PRECEITOS LEGAIS
(LEO – Lei 151/2015 – art.º 52º)
“Qualquer recurso, em princípio

Júlio Costa
uma soma de numerário, obtido • Têm de ser legais (correta inscrição e
durante um determinado classificação orçamental).
período, em benefício de um • Só podem ser liquidadas (determinação
sujeito público, orientado para a do montante a cobrar pelo Estado) e
satisfação das despesas públicas cobradas (entrada nos cofres do Estado)
que estão a seu cargo.”. se estiverem previstas no orçamento na
(In Dicionário Jurídico da adequada classificação, podendo
Administração Pública) exceder o montante previsto.

128
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contab. e Rel. Orç. – Ciclo orçamental da receita

O ciclo orçamental da receita deverá obedecer às seguintes fases executadas


de forma sequencial: inscrição de previsão de receita, liquidação e recebimento.

Inscrição de

Júlio Costa
previsão da Liquidação Recebimento
receita

Sem prejuízo de eventuais anulações de receita emiuda que corrijam a


liquidação ou de eventuais reembolsos e resutuições que corrijam o
recebimento e, eventualmente, a liquidação.

A liquidação pode exceder a previsão de receita, sendo que só́ poderão ser
liquidadas as receitas previstas em orçamento. 129
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contab. e Rel. Orç. – Ciclo orçamental da despesa
DESPESA PÚBLICA
CONCEITO PRECEITOS LEGAIS
(LEO – Lei 151/2015 – art.º 52º)
Dispêndio de bens e Têm de ser legais
serviços (afetação de • Conformidade legal – facto gerador de obrigação deve
recursos) por parte respeitar as normas legais aplicáveis

Júlio Costa
dos entes públicos • Regularidade financeira – inscrição orçamental
(sujeito), para criarem (programa, serviço ou entidade), correspondente
ou adquirirem bens, cabimento e adequada classificação
ou prestarem • Economia, eficiência e eficácia –máximo rendimento;
serviços, suscetíveis mínimo de dispêndio; utilidade e prioridade da
de satisfazer despesa; acréscimo de produtividade daí decorrente
necessidades públicas
Não podem exceder o montante previstas no orçamento
(finalidade);
– modificações orçamentais.
concretizam a
finalidade da Compromisso e programação de pagamentos 130
atividade financeira assegurados pelo orçamento de tesouraria – FUNDOS
do Estado. DISPONÍVEIS
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NCP 26 — Contab. e Rel. Orç. – Ciclo orçamental da despesa

O ciclo orçamental da despesa deverá obedecer às seguintes fases executadas


de forma sequencial: inscrição de dotação orçamental, cabimento, compromisso,
obrigação e pagamento

Júlio Costa
Inscrição
da dotação Cabimento Compromisso Obrigação Pagamento
orçamental
Sem prejuízo de eventuais reposições abaudas aos pagamentos que para além de
corrigirem os pagamentos podem igualmente corrigir todas as fases a montante até
ao cabimento.

O cabimento não pode exceder a dotação disponível, assim como o compromisso


não pode exceder o respeuvo cabimento. A obrigação não pode exceder o valor do
compromisso, assim como o pagamento não pode exceder o valor da obrigação. Os 131
limites definidos devem ser aferidos por transação ou evento e segundo as
classificações orçamentais vigentes.
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contab. e Rel. Orç. – Ciclo orçamental da despesa
Concurso Publico
CINCO FASES DISTINTAS: Concurso limitado
Consulta Prévia
Ajuste Direto
Elaboração de
uma proposta de Autorização do

Júlio Costa
Inscrição de procedimento e
aquisição de bens Informação de
dotação Adjudicação
ou serviços e cabimento da despesa
orçamental (Código Contratos
indicação do
procedimento Públicos)

Emissão Processamento
Registo requisição da fatura e Autorização de Pagamento
compromisso oficial/ Nota registo da pagamento
LCPA – Lei dos
encomenda Obrigação 132
Compromissos
e Pagamentos
em Atraso
Contabilidade Orçamental
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ORÇAMENTO DE ESTADO – Conceito


“ (...) uma previsão, em regra anual, das despesas a realizar pelo Estado e dos
processos de as cobrir, incorporando a autorização concedida à Administração
Financeira para cobrar as receitas e realizar despesas e, limitando os poderes
financeiros da Administração em cada período anual”.

Júlio Costa
Franco, António de Sousa (1992), Finanças Públicas e Direito Financeiro, Vol. I, 4.ª Edição,
Coimbra, pág. 54

133
Contabilidade Orçamental
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Técnicas de elaboração do Orçamento de Despesa

Orçamentos incrementais por naturezas

Orçamentos de desempenho ou funcionais

Júlio Costa
Orçamento planeado por programas (PPBS)

Orçamento de base zero

Orçamento por a<vidades

Orçamentação para a melhoria con?nua


134
Contabilidade Orçamental
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Orçamentos incrementais por naturezas - Caraterísticas

É o método tradicional, que consiste na avaliação direta, que, para a previsão das
despesas do ano seguinte, toma como referência o orçamento aprovado para o
ano em curso, considerando igualmente a execução orçamental até ao momento

Júlio Costa
Na prática tem consistido na revisão das verbas atribuídas no orçamento em curso,
aumentando-as, sem efetuar qualquer avaliação quanto à eficiência e eficácia dos
recursos utilizados, o que se designa pela adoção do método diferencial

Não comportam, assim, qualquer análise das despesas exigidas face aos objeuvos,
mas sim as despesas de cada serviço, e, consequentemente, não se confrontam os
custos e as vantagens das soluções alternauvas para o exercício das mesma
auvidade 135
Contabilidade Orçamental
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Orçamentos incrementais por naturezas - Crí^cas

Não conduz a um planeamento a longo prazo, pois trata-se de um processo anual

Não permite, só por si, associar o orçamento com os objeuvos traçados (controlo
de eficácia), nem permite relacionar as despesas com os resultados (controlo da

Júlio Costa
eficiência)

O controlo não incide sobre os programas, as atividades, os resultados, as políticas,


mas sobre o número de telefones ou de viaturas, o montante de vencimentos, etc

Não permite equacionar métodos alternativos de atingir os objetivos

Encoraja a disputa entre os departamentos para a obtenção dos fundos disponíveis


e não esumula a sua colaboração para programas que tenham objeuvos
semelhantes 136
Contabilidade Orçamental
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Orçamentos incrementais por naturezas - Conclusão

As críucas afiguram-se perunentes, mas a orientação de controlo que lhe subjaz é


essencial na administração pública

Júlio Costa
Assim, continua a justificar-se a sua utilização, mas tem vindo a ser
complementado com certos aspetos das abordagens por programas e da base zero

137
Contabilidade Orçamental
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Orçamentos de desempenho ou funcionais - Caraterísticas


Desloca a ênfase das naturezas das despesas para o desempenho mensurável das
auvidades e dos programas de trabalho

O orçamento consutui uma espécie de “contrato de desempenho” entre o

Júlio Costa
órgão legislauvo / deliberauvo e o órgão execuuvo

O orçamento para o ano seguinte obtém-se muluplicando o número esumado de


unidades de auvidade necessárias para o ano pelos custos padrão unitários das
auvidades

É necessário responder às seguintes questões:


• Quais os objetivos?
• Quais os programas ou atividades?
• Qual o volume de trabalho ou os níveis de atividade? 138
Contabilidade Orçamental
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Orçamentos de desempenho ou funcionais - Conclusão

Nunca teve grande aplicação plena

Júlio Costa
Focaliza a eficiência na execução das auvidades, mas ignora a questão da sua
necessidade

139
Contabilidade Orçamental
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Orçamentos planeado por programas - Caraterísticas


É uma abordagem orientada para o planeamento que se focaliza nos programas,
nas funções e nas atividades

O ponto de paruda consiste em definir, o melhor possível, os objeuvos da

Júlio Costa
organização ou de partes da organização

Trata-se de um orçamento cujo formato evidencia o custo total dos programas ou


das funções sem atender ao número de unidades, departamentos ou serviços que
estarão envolvidos na sua execução (por exemplo: o custo de um programa de
combate à pobreza envolve auvidades das áreas da saúde, da segurança social, da
educação, da formação, da habitação, etc.)

140
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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Orçamentos planeado por programas - Caraterísticas


As suas vantagens são, essencialmente, as que decorrem do facto de fornecer um
quadro para tomar decisões racionais

Júlio Costa
Requer que todos os anos os programas sejam analisados ou de forma quantitativa
ou meramente narrativa, ponderando sistematicamente hipóteses alternativas

Dá ênfase, portanto, ao planeamento de longo prazo, em que os objeuvos gerais e


os intermédios sejam clara e explicitamente formulados e as alternauvas para os
aungir sejam objeto de avaliação quanto aos seus custos e beneycios

141
Contabilidade Orçamental
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Orçamentos planeado por programas - Fases

Planning (que consiste na definição


de objetivos de ação governamental
respetiva no prazo de 20 anos)

Júlio Costa
Programming (que comporta a
análise dos programas e a definição dos
meios aptos a prosseguir esses
objeuvos a médio prazo (5 anos)

Budgeting (que é a definição da parcela


anual dos diversos programas a incluir no
orçamento estadual, para lhes dar
autorização política e vinculação jurídica) 142
Contabilidade Orçamental
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Orçamentos planeado por programas - Vantagens

Dá informação sobre os objetivos da organização

Ultrapassa divisões convencionais de responsabilidades e de estruturas


departamentais, juntando as atividades por um objetivo

Júlio Costa
Expões programas que coincidem ou que são contraditórios em termos de objeuvos

Concentra-se nos efeitos a longo prazo

Fornece informação sobre o impacto que os programas existentes e os alternauvos


terão nos objeuvos e os custos associados aos objeuvos
Permite que a escolha da afetação dos recursos seja feita na base da relação de
143
beneycios/custos
Contabilidade Orçamental
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Orçamentos planeado por programas - Crítica


É diycil que um qualquer governo faça uma declaração explícita de objeuvos com os
quais a generalidade esteja de acordo
O prazo que os eleitos consideram relevante é normalmente o que falta para
acabarem os seus mandatos, pelo que se tende a privilegiar os resultados

Júlio Costa
imediatos ou de curto prazo em detrimento dos custos com efeitos no longo prazo
Exige uma apropriada base de dados e um alto grau de processamento analíuco dos
mesmos, que normalmente não se encontra nos serviços do Estado
Ao incidir sobre os programas, afasta-se das preocupações tradicionais sobre o
controlo dos custos por natureza, o que encontra resistências por parte das
autoridades de tutela ou de supervisão
A construção de programas de ação, a sua avaliação independentemente da sua
afetação a cada um dos departamentos envolvidos e as preocupações de controlo
dos custos por natureza 144
Contabilidade Orçamental
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Orçamentos planeado por programas - Conclusão

Implica que um orçamento PPBS inclua mapas de


dupla entrada que façam cruzamento entre:

Júlio Costa
• Por um lado, os programas e os projetos, e
• Por outro lado, os departamentos e
respeuvas naturezas de custo

145
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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Orçamentos de base zero - Caraterísticas


Consiste em as despesas serem avaliadas em cada ano (ou de dois em dois anos, ou
em cinco anos) como se fossem feitas pela primeira vez, como se não tivessem
existido no passado, como se o passado fosse zero

Júlio Costa
O objeuvo é o de evitar a sua avaliação rouneira com base nas despesas do ano
anterior

A ideia essencial é que não deve ser dada como garanuda a conunuação da
existência de auvidades ou de programas – cada serviço deverá, em cada ano (ou
de tantos em tantos anos) fazer a sua integral jusuficação
146
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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Orçamentos de base zero - Caraterísticas


A sua preocupação é a economia de custos, procurando que se faça uma revisão
anual de todos os programas, de todas as auvidades, de todas as despesas, com o
objeuvo de:
• Idenuficar programas atrasados e níveis de serviço desnecessariamente

Júlio Costa
elevados;
• Concentrar a atenção sobre os custos e os beneycios dos serviços, bem como
sobre outras possibilidades menos onerosas de assegurar o serviço ou de
aungir os seus objeuvos

Consubstancia, portanto, um apelo óbvio à sociedade, que exige, cada vez mais,
que lhe sejam dadas certezas sobre a melhor maneira de afetar os escassos
recursos públicos
147
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Orçamentos de base zero - Crí^cas

Abordagem formal e racional do orçamento, num sistema que é essencialmente


baseado na escolha e controlo político

Júlio Costa
É muito burocrático (exige muitos documentos e trabalho técnico)

É diycil obter dados para o cálculo de soluções alternauvas

Implica, por isso, relevantes custos adicionais quando visa exatamente a sua
redução 148
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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Orçamentação por a^vidades - Caraterís^cas

Eliminação das atividades que não trazem valor acrescentado

Júlio Costa
Dá enfase à determinação dos custos das atividades desenvolvidas

149
Contabilidade Orçamental
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Orçamentação para a melhoria con^nua - Caraterís^cas

Os orçamentos são feitos com base nos procedimentos operauvos futuros


desejados

Júlio Costa
150
Contabilidade Orçamental
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Elaboração do Orçamento da Despesa - Conclusão

Mantém-se no essencial a necessidade da abordagem tradicional do orçamento


por unidades orgânicas e por naturezas, que continuarão a ser a base primária do
relato orçamental e da prestação de contas

Júlio Costa
Os restantes métodos podem contribuir para a sua melhoria (o PPBS em termos de
planeamento e o base zero ao nível da fixação das dotações)

151
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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Técnicas de elaboração do Orçamento da Receita

Critérios Modelos
Clássicos Econométricos

Júlio Costa
PenúlRmo Modelos de
exercício previsão

Penúltimo Modelos de
exercício corrigido decisão

Contas previsionais
Média dos úlRmos da nação ou
exercícios orçamentos
económicos

Avaliação direta
152
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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Critérios Clássicos

• Para cada receita há que orçamentar exatamente o mesmo


Penúl2mo montante que se verificou na realização do orçamento do
exercício penúlSmo exercício (o úlSmo ano de que existem dados

Júlio Costa
completos da execução orçamental)

• Toma-se igualmente como base da previsão os resultados


Penúltimo conhecidos do penúltimo exercício, mas eles são corrigidos
exercício em função de um fator que corresponde à tendência para o
aumento ou para a diminuição que se tenha registado nos
corrigido últimos anos relativamente àquela receita
153
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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Critérios Clássicos

Média • Este critério assenta na média dos resultados registados nos últimos três ou
dos cinco anos (para calcular o valor de uma receita que irá ser inscrito no
orçamento, opta-se pela média anual apurada nesse período
úl=mos • Trata-se de um método aplicável às receitas com tendência para uma variação

Júlio Costa
irregular de ano para ano, mas com certa estabilidade durante períodos longos
exercícios

• Em relação às receitas novas ou àquelas cujo montante resulta da lei ou

Avaliação contrato, ou às que sofrem modificações substanciais, não há possibilidade de


aplicar qualquer métodos referidos

direta • Assenta na sensibilidade e capacidade de previsão dos serviços


• Trata-se de um método aplicável às receitas com tendência para uma variação
irregular de ano para ano, mas com certa estabilidade durante períodos longos
154
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Critérios clássicos - Crí^cas

Revelam vantagens (simplicidade, regularidade financeira e até contenção do


aumento das verbas orçamentais), mas estão completamente divorciados de
qualquer perspeuvação global da vida económica (são inadequados à prossecução

Júlio Costa
de políucas económicas através do orçamento)

Falham com as receitas completamente novas ou cujos montantes sejam fixados


por lei ou contrato

Falham em conjunturas instáveis e de expetativas incertas

Provocam, normalmente, um aumento regular e sistemáuco do orçamento das


despesas 155
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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Modelos Econométricos – Situação atual

Tendência no senudo de impor uma maior racionalidade na previsão orçamental

Júlio Costa
Para isso, terá de ser efetuada cada vez mais à luz da programação global da
políuca económica e financeira e das grandes variáveis da contabilidade nacional e
cada vez menos a parur de métodos empíricos e de rouna administrauva

156
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Modelos Econométricos – Modelos de previsão

Corresponde a um conjunto de equações que se uulizam, integrando-as em dados


esta•sucos de que se dispõe, a fim de os projetar no tempo

Júlio Costa
Parte-se do princípio de que, se no passado determinadas variáveis evoluírem de
certa forma, pelo que no futuro irão evoluir de maneira idenucamente
determinada

É possível prever, através destes métodos, a evolução dos rendimentos sujeitos a


imposto e, em função dessa evolução, calcular o montante provável dos impostos.
Por exemplo: calculando-se que os lucros das empresas vão subir acentuadamente
porque a economia está em expansão, pode prever-se um aumento substancial da
157
cobrança de IRC ou IVA
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Modelos econométricos

• Através deles pretende-se esclarecer as consequências da adoção de


uma determinada medida ou estratégia de politica económica
Modelos de • Este tipo de método permite, por exemplo, saber quais as
decisão consequências, em diversos domínios, da fixação de uma

Júlio Costa
determinada taxa para um imposto, comparando-as com outras taxas
alternativas através da simulação das respetivas situações

Contas
previsionais • Procuram, a parMr dos dados do passado, projetar para o futuro o
da nação ou rendimento nacional de um dado ano, o que facilita obviamente a
previsão orçamental, integrada como está na contabilidade nacional
orçamentos
económicos 158
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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NCP 26 — Contab. e Rel. Orç. – Classificadores orçamentais

As transações orçamentais são classificadas de diversas formas, surgindo o


conceito de classificadores orçamentais.

Júlio Costa
Os classificadores orçamentais são um elemento estruturante de qualquer
sistema de gestão orçamental, pois definem a forma como os orçamentos
são apresentados, executados e relatados, tendo uma correlação direta
com a transparência e coerência do orçamento.

159
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contab. e Rel. Orç. – Classificadores orçamentais

A classificação das receitas e das despesas é importante para:


1) a formulação de políucas e análise do desempenho;
2) alocação eficiente de recursos entre os setores;

Júlio Costa
3) assegurar o cumprimento dos limites orçamentais aprovados pelos
órgãos competentes; e
4) para a gestão corrente do orçamento.

Em regra, os sistemas orçamentais classificam as receitas de acordo com a


natureza económica e fundos e as despesas segundo a natureza
económica, administrafva, funcional e programáfca, esta úluma
associada à orçamentação por programas ou por desempenho. Cada uma
destas classificações pode ter diferentes níveis de detalhe.
160
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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NCP 26 — Contab. e Rel. Orç. – Classificadores orçamentais
Arugo 17.º
Especificação
1 - As despesas inscritas nos orçamentos dos serviços e organismos dos subsetores
da administração central e da segurança social são estruturadas em programas,
por fonte de financiamento, por classificadores orgânico, funcional e económico.

Júlio Costa
2 - As receitas são especificadas por classificador económico e fonte de
financiamento.
3 - São nulos os créditos orçamentais que possibilitem a existência de dotações
para uflização confidencial ou para fundos secretos, sem prejuízo dos regimes
especiais legalmente previstos de uulização de verbas que excecionalmente se
jusufiquem por razões de segurança nacional, autorizados pela Assembleia da
República, sob proposta do Governo.
4 - A estrutura dos códigos dos classificadores orçamentais é definida em diploma
próprio, no prazo de um ano após a entrada em vigor da lei que aprova a presente
161
lei.
Lei n.º 151/2015, de 11 de setembro - Lei de Enquadramento Orçamental
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contab. e Rel. Orç. – Classificadores orçamentais
2017/11/24 - Classificador complementar 1
O Decreto-Lei nº 192/2015 de 11 de setembro, que aprova o SNC-AP, apresenta no
anexo III-Plano de Contas Muludimensional (PCM) um classificador de enudades
(classificador complementar 1). Este classificador só seria necessário se o PCM
viesse a subsftuir o classificador económico para a contabilidade orçamental.

Júlio Costa
Como tal não irá acontecer, este classificador complementar 1 deixa de ser
necessário, pelo que será excluído da próxima revisão do PCM.
2017/11/24 - Classificadores económico e funcional
Nos termos da nova Lei de Enquadramento Orçamental (LEO), irão ser publicados
os novos classificadores orçamentais, nomeadamente o económico e o funcional.
Estes novos classificadores apenas irão ser aplicados a parur da entrada em vigor
da nova LEO.
Assim, os classificadores em vigor, como é o caso do Decreto Lei nº 26/2002, irão 162
manter-se em 2018.
In: hqps://www.unileo.gov.pt/unileo/informacoes
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contab. e Rel. Orç. – Classificadores orçamentais

Estrutura da Classificação Económica


Despesas Receitas

Júlio Costa
Correntes Correntes
Capital Capital
Outras Outras 163
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contab. e Rel. Orç. – Classificadores orçamentais

Estrutura da Classificação Económica


Despesas Receitas

Júlio Costa
Agrupamento Capítulo

Subagrupamento Grupo

Rubrica Artigo

Alínea Subar>go
164
Subalíneas
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NCP 26 — Contab. e Rel. Orç. – Classificadores orçamentais

Tipos de Modificações Orçamentais

Receita (013) Despesa (023)

Júlio Costa
Reforços (0131) Reforços (0231)

Anulações (0132) Anulações (0232)

Créditos especiais (0133) Créditos especiais (0233)

Dotações reSdas (0234) 165


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contab. e Rel. Orç. – Classificadores orçamentais

Tipos de Modificações Orçamentais

Permutativa ModificaPva

Júlio Costa
Orçamento Orçamento
inicial inicial

Orçamento
Orçamento Orçamento corrigido
corrigido corrigido 166
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 22: Alteração orçamental permutativa
A norma 26 refere que quando a receita é superior ao orçamento, se deverá fazer uma
alteração orçamental. Essa alteração deve ser feita sempre que ocorre um desfasamento ou
somente no final do ano, quando se apurar que o global da receita é superior ao orçado? A
despesa pode ser reforçada em simultâneo com esse aumento de receita? A contabilização é
por conta de crédito especial?

Júlio Costa
Resposta
Esclarece-se que o referido na norma 26 pretende evitar a existência de execuções acima de
100% em determinadas receitas, quando existam outras com execução baixa, devendo nesse
caso serem efetuadas alterações orçamentais permutativas, mas poderá acontecer, quando o
orçamento da receita está globalmente acima dos 100%, que não seja possível fazer essas
alterações.
No que concerne ao reforço da despesa, acaso a mesma seja efetuada por contrapartida de
um excesso de receita já arrecadado, estar-se-á de facto perante um crédito especial.
Neste âmbito chama-se a atenção para o facto de que o ponto 8.3.1. do POCAL se mantém
em vigor e a menos que se esteja perante uma receita consignada ou produto de 167
empréstimos, a inscrição desse crédito especial traduz uma revisão ao orçamento, que teria
que ser aprovada pela Assembleia Municipal.
(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contab. e Rel. Orç. – Classificadores orçamentais

Elementos que
Elementos da Previsão / influenciam o saldo da
Dotação Corrigida Dotação Disponível
• + Previsão / Dotação Inicial • + Dotação Inicial

Júlio Costa
(aprovada) (aprovada)
• + Inscrição ou reforço • +/- Alterações orçamentais
• - Anulação ou diminuição • - Cativos
• + Crédito especial • + Descativos
• - Cabimentos
• + Reposições abatidas aos
pagamentos
168
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contab. e Relato Orçamental – Plano de Contas
01 Receita do período corrente
011 Previsões iniciais
Receita do período corrente

012 Previsões corrigidas


013 Alterações orçamentais
0131 Reforços
01311 Reforços em previsões corrigidas

Júlio Costa
01312 Reforços em previsões por liquidar
0132 Anulações
01321 Anulações em previsões corrigidas
01322 Anulações em previsões por liquidar
0133 Créditos especiais
01331 Créditos especiais em previsões corrigidas
01332 Créditos especiais em previsões por liquidar
014 Previsões por liquidar
015 Liquidações
0151 Liquidações transitadas
0152 Liquidações emitidas 169
0153 Liquidações recebidas
0154 Liquidações a transitar
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contab. e Relato Orçamental – Plano de Contas

01 Receita do período corrente


Receita do período corrente

016 Liquidações anuladas


0161 Liquidações transitadas anuladas
0162 Liquidações emifdas anuladas

Júlio Costa
0163 Previsões por liquidar anuladas
017 Recebimentos
0171 Recebimentos do período
0172 Recebimentos de períodos findos
0173 Recebimentos diferidos
018 Reembolsos e resStuições
0181 Reembolsos e resftuições emifdos
0182 Reembolsos e resftuições pagos
0183 Reembolsos e resftuições transitados
0184 Reembolsos e resftuições a transitar
170
Contabilidade Orçamental
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02 Despesa do período corrente
021 Dotações iniciais
Despesa do período corrente

022 Dotações corrigidas


023 Modificações orçamentais
0231 Reforços

Júlio Costa
02311 Reforços em dotações corrigidas
02312 Reforços em dotações disponíveis
0232 Anulações
02321 Anulações em dotações corrigidas
02322 Anulações em dotações disponíveis
0233 Créditos especiais
02331 Créditos especiais em dotações corrigidas
02332 Créditos especiais em dotações disponíveis
0234 Dotações retidas
02341 Cativos 171
02342 Descativos
024 Dotações disponíveis
Contabilidade Orçamental
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02 Despesa do período corrente
025 Cabimentos
Despesa do período corrente

0251 Cabimentos registados


0252 Cabimentos com compromisso
026 Compromissos
0261 Compromissos assumidos

Júlio Costa
0262 Compromissos com obrigação
0263 Compromissos a transitar
027 Obrigações
0271 Obrigações processadas
0272 Obrigações pagas
0273 Obrigações a transitar
028 Pagamentos
0281 Pagamentos do período
0282 Pagamentos de períodos findos
172
029 Reposições abatidas aos pagamentos
0291 RAP emitidas
0292 RAP recebidas
Contabilidade Orçamental
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Receita de períodos futuros

03 Receita de períodos futuros


031 Orçamento
0311 Período (n+1)
0312 Período (n+2)

Júlio Costa
0313 Período (n+3)
0314 Período (n+4)
0315 Períodos seguintes
032 liquidações
0321 Período (n+1)
0322 Período (n+2)
0323 Período (n+3)
0324 Período (n+4)
0325 Períodos seguintes
173
Contabilidade Orçamental
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Despesa de períodos futuros

04 Despesa de períodos futuros


041 Orçamento
0411 Período (n+1)
0412 Período (n+2)

Júlio Costa
0413 Período (n+3)
0414 Período (n+4)
0415 Períodos seguintes
042 Compromissos assumidos
0421 Período (n+1)
0422 Período (n+2)
0423 Período (n+3)
0424 Período (n+4)
0425 Períodos seguintes
174
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contab. e Relato Orçamental – Plano de Contas
Despesa de períodos futuros

04 Despesa de períodos futuros


043 Compromissos com obrigação
0431 Período (n+1)
0432 Período (n+2)

Júlio Costa
0433 Período (n+3)
0434 Período (n+4)
0435 Períodos seguintes
044 Obrigações
0441 Período (n+1)
0442 Período (n+2)
0443 Período (n+3)
0444 Período (n+4)
0445 Períodos seguintes
175
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contab. e Relato Orçamental – Plano de Contas

07 Operações de tesouraria
Operações de Tesouraria

071 Recebimentos por operações de tesouraria


0711 Intermediação de fundos
0712 Cobrança de receita por conta de outrem

Júlio Costa
0713 Constituição e reforço de cauções e garantias
0714 Cobrança de recursos próprios comunitários
0715 Receção de receitas próprias – duplo cabimento
0716 Retenções - Transição para o SNC-AP
...
0719 Outras receitas de operações tesouraria

176
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contab. e Relato Orçamental – Plano de Contas

072 Pagamentos por operações de tesouraria


Operações de Tesouraria

0721 Intermediação de fundos


0722 Entrega de receita cobrada por conta de outrem
0723 Devolução de cauções e garanfas

Júlio Costa
0724 Entrega de recursos próprios comunitários
0725 Entrega de receitas próprias – duplo cabimento
0726 Retenções - Transição para o SNC-AP
...
0729 Outras despesas de operações de tesouraria
...
079 Conta refleSda
0791 Recebimentos por operações de tesouraria
0792 Pagamentos por operações de tesouraria

177
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contab. e Relato Orçamental – Plano de Contas

08 Encerramento contabilidade orçamental


Contabilidade Orçamental

081 Encerramento do orçamento


082 Desempenho orçamental
0821 Desempenho orçamental do período
Encerramento de

Júlio Costa
0822 Desempenho orçamental de períodos anteriores

178
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contab. e Relato Orçamental – Plano de Contas
09 Contas de ordem
091 Passivos contingentes
0911 Processos judiciais em curso
0912 Processos expropriativos
0913 Contratos onerosos
Contas de Ordem

Júlio Costa
0914 Acidentes no trabalho e doenças profissionais
0915 Matérias ambientais
0916 Garantias concedidas
...
0919 Outros passivos contingentes
092 Cauções não pecuniárias e garantias obtidas
093 Contas de controlo
...
099 Conta refletida
0991 Responsabilidades contingentes 179
0992 Cauções não pecuniárias e garantias obtidas
0993 Contas de controlo
Contabilidade Orçamental
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POCP – SNC-AP (NCP26) Contabilidade e relato orçamental
Contas de controlo orçamental e de ordem Plano de contas da contabilidade orçamental
Fases de registo da receita na classe 0, por classificação Fases de registo da receita na classe 0, por classificação
económica económica
• 031 Orçamento Inicial • 011 Orçamento Inicial
• 032/033/034Modificações • 013 Modificações
Fases de registo da receita na conta 25, por classificação • 015 Liquidação
económica • 017 Recebimento
• 251Cobrança
Fases de registo da despesa na classe 0, por classificação Fases de registo da despesa na classe 0, por classificação

Júlio Costa
económica económica
• 021 Orçamento • 021 Orçamento inicial
• 022 Modificações • 023 Modificações
• 026 Cabimentos • 025 Cabimentos
• 027 Compromissos • 026 Compromissos
Fases de registo da receita na conta 25, por classificação
económica • 027 Obrigação
• 252 Pagamento • 028 Pagamento
• 251 Devedores pela execução do orçamento • 015 Liquidações e 017 recebimentos
• 252 Credores pela execução do orçamento • 027 Obrigações e 028 Pagamentos
Despesa de períodos futuros Despesa de períodos futuros
• 04 Orçamento de despesa de exercícios futuros • 041 Orçamento de despesa de períodos futuros
• 05 Compromissos de exercícios futuros • 042 Compromissos assumidos
• 043 Compromissos com obrigações 180
• 044 Obrigações
Receita de períodos futuros Receita de períodos futuros
• - • 031 Orçamento de receitas de períodos futuros
• 032 Liquidações
Contabilidade Orçamental
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Contabilidade Orçamental Contabilidade Financeira Contabilidade de Gestão
Operações (Classe 0 para todas as fases da
(Classes 1 a 8) (Classe 9)
despesa e da receita)
Carregamento do Orçamento
1. Orçamento - Receita
-Despesa
Carregamento do Orçamento
2. Modificações ao Orçamento - Receita
-Despesa

Júlio Costa
3. Execução do orçamento da Liquidação Direito Rendimento
receita Recebimento Recebimento
Cabimento
Compromisso
4. Execução do orçamento da
Obrigação, gasto ou variação
despesa Obrigação Custo (gasto)
do património
Pagamento Pagamento

Constituição, Processamento e Constituição, Processamento


5. Fundo de Maneio
Reposição e Reposição

Compromisso
6. Compromissos e Liquidações -
Exercícios Futuros Liquidação

7. Operações extraorçamentais
Operações de tesouraria
Factos patrimoniais 181
(cauções recebidas ...) permutativos
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Abertura do Orçamento da Receita

012 – Previsões 011 – Previsões 014 – Previsões


Corrigidas Iniciais Por liquidar
1

Júlio Costa
€ €
2
€ €

1. Introdução do orçamento de receita inicial;


2. Transferência do orçamento para a previsão corrigida
182
Nota: A conta “011 – Previsões Iniciais” é apenas movimentada no momento
da aprovação do orçamento e apresenta saldo nulo
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Reforços ao Orçamento da Receita

012 – Previsões 01311 – Reforços em


Corrigidas Previsões Corrigidas
1

Júlio Costa
€ €

01312 – Reforços em 014 – Previsões


Simultaneamente: Previsões por Liquidar Por liquidar

2
€ €
183
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Créditos Especiais - Receita

012 – Previsões 01331 – Créditos Especiais em


Corrigidas Previsões Corrigidas
1

Júlio Costa
€ €

01332 – Créditos Especiais em 014 – Previsões


Simultaneamente: Previsões por Liquidar Por liquidar

2
€ €
184
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Anulações ao Orçamento da Receita

01321 – Anulações em 012 – Previsões


Previsões Corrigidas Corrigidas
1

Júlio Costa
€ €

Simultaneamente: 014 – Previsões 01322 – Anulações em


Por liquidar Previsões por Liquidar

2
€ €
185
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Liquidações e Cobranças da Receita

Pela liquidação (1): 014 – Previsões 0152 – Liquidações


Por Liquidar emitidas

Júlio Costa
1
€ €

Pela cobrança (2): 0153 – Liquidações


recebidas 017... – Recebimentos

2
€ € 186
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Anulações de liquidações da Receita

0152 – Liquidações 0162 – Liquidações


Emitidas Emifdas Anuladas
1

Júlio Costa
€ €

Simultaneamente: 0163 – Previsões 014 – Previsões


Por liquidar Anuladas por Liquidar

2
€ €
187
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Reembolsos e restituições da Receita

0181 – Reembolsos e 0153 – Liquidações


restituições emitidos Recebidas

Júlio Costa
€ €

Simultaneamente: 017... – 0182 – Reembolsos e


Recebimentos restituições pagos

2
€ €
188
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 9: Tratamento contabilístico de restituição de receita cobrada no(s) ano(s)
anterior(es)
Como deve ser tratado contabilisticamente a restituição de receita no ano “n” que foi cobrada
em “n-1”?
Resposta

Júlio Costa
A NCP 26 - Contabilidade e Relato Orçamental prevê o tratamento contabilístico a dar aos
reembolsos e restituições, sendo que, conforme decorre das notas explicativas das contas
0181 — Reembolsos e restituições emitidos e 0182 — Reembolsos e restituições pagos, os
mesmos são sempre tratados por abate à receita e não através da despesa.
No caso de pagamento no ano N de reembolsos ou restituições de receita liquidada e cobrada
no ano N-1, debitar-se-á a conta 0182 — Reembolsos e restituições pagos pelo pagamento do
reembolso ou da restituição, previamente emitidos, por contrapartida da conta 0172
Recebimentos de períodos findos.
De facto, isso poderá originar uma receita líquida negativa, significando que no ano em apreço,
à data da restituição, na classificação económica da receita em causa o valor das restituições é
189
superior ao valor da cobrança.
...
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 9: Tratamento contabilístico de restituição de receita cobrada no(s) ano(s)
anterior(es)
Como deve ser tratado contabilisticamente a restituição de receita no ano “n” que foi cobrada
em “n-1”?
Resposta

Júlio Costa
...

Em resumo, independentemente do ano da cobrança, os reembolsos e restituições ocorrem


sempre por abate à receita, podendo ocorrer a situação de determinada rubrica de receita
apresentar um valor negativo, significando que os reembolsos ou restituições foram superiores
à cobrança verificada no ano em curso, podendo esta última até ser nula.

190

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 11: Âmbito de uSlização da conta 0173-Recebimentos diferidos
Relafvamente à conta 0173-Recebimentos diferidos, esta deve ser uflizada por todas as
enfdades públicas beneficiárias de rendimentos sujeitos a retenção na fonte efetuadas por
terceiros?
Resposta

Júlio Costa
A conta 0173-Recebimentos diferidos só se aplica às retenções na fonte de IRC aplicadas aos
rendimentos da enfdade e que tenham natureza de imposto por conta, ao contrário da
retenção a wtulo definifvo.

Esta conta, em princípio, só será uflizada pelas empresas públicas reclassificadas no setor
insftucional das administrações públicas e por esse mofvo sujeitas ao SNC-AP, nos termos do
arfgo 3.º do Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro.

A conta 0173-Recebimentos diferidos foi abolida do classificador pelo que não devem ter a
mesma em consideração nem a presente FAQ da CNCP
191

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 33: ResStuições e reembolsos a transitar (emiSdos e não totalmente pagos no
mesmo ano)
Como tratar na contabilidade orçamental, no âmbito do encerramento da classe 0, os
reembolsos e resftuições que tenham sido emifdos por um montante superior ao pago?
Resposta

Júlio Costa
De modo a reconhecer na transição para o ano seguinte o montante de reembolsos e
resftuições que foram emifdos e não chegaram a ser pagos no período de relato, numa
próxima alteração ao Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro, serão introduzidas as
contas “0183 - Reembolsos e resftuições transitados” e a “0184 - Reembolsos e resftuições a
transitar”.
Assim, o montante de reembolsos e resftuições emifdos, que à data de relato, não tenha sido
objeto de pagamento, deve dar origem, no processo de encerramento da contabilidade
orçamental, ao crédito da conta “0184 Reembolsos e resftuições a transitar” por
contraparfda da conta “0181 Reembolsos e resftuições emifdos”. Depois deste lançamento
executado, o qual será integrado na alínea b) do número 39 da NCP 26, a conta “0181
192
Reembolsos e resftuições emifdos” e a conta “0182 Reembolsos e resftuições pagos” terão
saldos iguais, sendo possível saldar uma por contraparfda da outra, em cumprimento da
alínea c) do número 39 da NCP 26.
...
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 33: ResStuições e reembolsos a transitar (emiSdos e não totalmente pagos no
mesmo ano)
Resposta
...

Júlio Costa
No ano seguinte, no âmbito da abertura da contabilidade orçamental, a conta “0183
Reembolsos e resftuições transitados” é movimentada a crédito por contraparfda da conta
“0153 Liquidações recebidas”. O pagamento da resftuição executar-se-á da forma prevista na
NCP 26.

193

(Aprovada pelo CNCP em 08 de maio de 2018)


Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Receita de exercícios futuros

031 – Receita de 032- Liquidações

Júlio Costa
períodos futuros

€ €

194
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 3: Subcontas de natureza orçamental relativas a períodos futuros
As subcontas relativas a períodos futuros abrangem as faturas ou documentos equivalentes
emitidos pela própria entidade com data prevista de recebimento em anos futuros à data de
lançamento e no caso de faturas ou documentos equivalentes emitidos por terceiros com data
de vencimento prevista em anos futuros à data de lançamento?

Júlio Costa
Resposta
As liquidações com incidência em períodos futuros têm que ter correspondência no ativo da
entidade, reconhecido na contabilidade financeira como ativos financeiros (contas a receber),
pelo que devem estar enquadradas em contratos (ainda que implícitos) que, podendo ser
assumidos no período corrente, preveem direitos a receber e recebimentos em períodos
futuros, de acordo com datas de vencimento contratualizadas para exercícios futuros.
Por exemplo, se, relativamente às propinas de um dado ano letivo, a instituição assume, na
nota de liquidação da propina anual, que há prestações para o ano seguinte, podendo indicar
até as referências multibanco e o valor dessas prestações, assume-se que essas prestações
relativas a N+1 foram contabilizadas no ano N, dado que preenchem o conceito de ativo
195
financeiro, ao abrigo dos requisitos da NCP 18 – Instrumentos Financeiros, mas cujo
recebimento ocorrerá em N+1 ou exercícios seguintes e, portanto, podem considerar-se, no
ano N e na contabilidade orçamental como liquidações de períodos futuros.
...
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 3: Subcontas de natureza orçamental relaSvas a períodos futuros
...
Por outro lado, uma fatura registada contabilisfcamente em N que não foi cobrada até ao final do
ano N, mas que estava prevista como receita a cobrar em N, não consftui uma liquidação de
exercícios futuros, mas sim uma liquidação a transitar, uma vez que o direito a receber e a receita
são de N e não de anos seguintes.

Júlio Costa
Raciocínio equivalente deve ser estabelecido para as faturas e documentos equivalentes emifdos
por terceiros, cuja data de vencimento esteja enquadrada em ano seguinte ao da data de
lançamento do documento.
Note-se que as liquidações do período e de períodos futuros na receita são simétricas às
obrigações do período e de períodos futuros na despesa (não em relação a compromissos).
No caso de ser rececionada uma fatura ou documento equivalente no final do ano “n”, com data
de emissão desse momento (final do ano “n”) e com data de vencimento enquadrada no ano
“n+1”, deve ser lançada no momento da receção (com data de lançamento coincidente com a data
de emissão), portanto trata-se de uma dívida a terceiros assumida no ano “n” e escriturada nesse
ano (não uma dívida assumida em “n+1”), devendo no final do ano integrar o saldo da conta 0273 196
Obrigações a transitar. Em suma, a fatura de dezembro, emifda por terceiros nos termos legais, é
compromisso e obrigação do ano, que segundo a data de vencimento poderá ser paga no ano
seguinte. ...
Contabilidade Orçamental
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Pergunta 3: Subcontas de natureza orçamental relativas a períodos futuros
...
As obrigações de períodos futuros exigem que seja reconhecida a totalidade do passivo na
contabilidade financeira, para que o subsistema da contabilidade orçamental proporcione o
escalonamento plurianual dos pagamentos. No momento do reconhecimento, o total do passivo
no subsistema da contabilidade financeira deve ser igual ao total das obrigações (do período

Júlio Costa
acrescido de períodos futuros) no subsistema da contabilidade orçamental, caso, por exemplo, de
empréstimos contraídos, locações financeiras, acordos de pagamento e operações análogas.

Em suma, dir-se-á que a conta 027-Obrigações apresentará apenas as obrigações de curto prazo.
As obrigações de médio e longo prazo deverão estar refletidas na conta 044-Despesa de períodos
futuros-Obrigações.

197

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
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Pergunta 20: Contabilização orçamental decorrente de um acordo de
recebimentos/pagamentos
Quais os registos contabilísticos a efetuar no subsistema orçamental quando, por exemplo, o
município para recuperar um valor a receber de habitação social realiza um acordo de
pagamentos com o inquilino?

Júlio Costa
Resposta
Se o acordo implicar o recebimento a mais de 12 meses, deverá anular em parte as liquidações
transitadas, pois já não serão liquidações do ano e deverá registar também receita de períodos
futuros, nomeadamente na conta 032, já que deixará de ter apenas um ativo corrente e
passará a ter também um ativo não corrente no valor que seja para receber a mais de um ano.

198

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
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Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Abertura do Orçamento da Despesa

024 – Dotações 021 – Dotações 022 – Dotações


Disponíveis Iniciais Corrigidas

Júlio Costa
1
€ €
2
€ €

1. Introdução do orçamento de despesa inicial;


2. Transferência do orçamento para a dotação corrigida
199
Nota: A conta “021 – Dotações Iniciais” é apenas movimentada no momento
da aprovação do orçamento e apresenta saldo nulo
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Ca^vos e Congelamentos

Cafvação (1): 02341 – Cafvos 024 – Dotações


Disponíveis

Júlio Costa
1
€ €

Descafvação (2): 024 – Dotações 02342 – Descativos


Disponíveis

2
€ € 200
Contabilidade Orçamental
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Reforços ao Orçamento da Despesa

02311 – Reforços em 022 – Dotações


dotações corrigidas corrigidas
1

Júlio Costa
€ €

Simultaneamente: 024 – Dotações 02312 – Reforços em


disponíveis dotações disponíveis

2
€ €
201
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Créditos Especiais da Despesa

02331 – Créditos Especiais 022 – Dotações


em dotações corrigidas corrigidas
1

Júlio Costa
€ €

Simultaneamente: 024 – Dotações 02332 – Créditos Especiais


disponíveis em dotações disponíveis

2
€ €
202
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Anulações da Despesa

022 – Dotações 02321 – Anulações em


corrigidas dotações corrigidas
1

Júlio Costa
€ €

Simultaneamente: 02322 – Anulações em 024 – Dotações


dotações disponíveis disponíveis

2
€ €
203
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Cabimento e Compromisso

Cabimento (1): 0251 – Cabimentos 024 – Dotações


registados Disponíveis

Júlio Costa
1
€ €

Compromisso (2): 0261 – Compromissos 0252 – Cabimentos


assumidos com compromissos

2
€ € 204
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Processamento e Pagamento

Processamento (1): 0271 – Obrigações 0262 – Compromissos


processadas com obrigações

Júlio Costa
1
€ €

Pagamento (2): 028... – Pagamentos 0272 – Obrigações


pagas

2
€ € 205
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 27: Momento do reconhecimento contabilístico da obrigação orçamental
Quando é que uma fatura deve ser registada como obrigação orçamental (contas a pagar)?

Resposta

Júlio Costa
Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 62/2013, de 10 de maio,
o prazo máximo do processo de aceitação ou verificação (receção e conferência) para
determinar a conformidade dos bens ou dos serviços não pode, em regra, exceder 30 dias a
contar da data da receção dos mesmos. Assim, com o recebimento e conferência da fatura,
dentro do prazo atrás citado, deverá debitar-se a conta 0262 – compromissos com obrigação e
creditar-se a conta 0271 – Obrigações processadas.

Na contabilidade financeira, a conferência da fatura origina a sua transferência para a conta


corrente do fornecedor.

206

(Aprovada pelo CNCP em 02 de janeiro de 2018)


Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 1: Contabilização orçamental do processamento de vencimentos

A escrituração no subsistema da contabilidade orçamental do SNC-AP relativo ao


processamento de vencimentos e respetivos pagamentos é diferente do que se utiliza
atualmente no âmbito do POCP e planos setoriais?

Júlio Costa
Resposta
Sim. As retenções em remunerações auferidas que serão entregues a entidades terceiras (e.g.
Autoridade Tributária e Aduaneira, Segurança Social, ADSE) deixaram de ser considerados
operações de tesouraria, com o objetivo de salvaguardar a imagem verdadeira e apropriada
que as demonstrações orçamentais devem apresentar em relação à execução orçamental.
Nesse sentido, as obrigações são processadas pelos valores brutos, no quadro do
processamento de remunerações. O pagamento total das obrigações será repartido pelo
pagamento dos valores líquidos aos beneficiários das remunerações e pela entrega das
retenções ou descontos às entidades beneficiárias.

...
207
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 1: Contabilização orçamental do processamento de vencimentos
...
O saldo da conta 0271-Obrigações processadas conjugado com o saldo da conta 0281-
Pagamentos do período evidencia por natureza da despesa o montante refdo na fonte que
ainda não foi objeto de entrega às respefvas enfdades credoras, devendo este montante ser
consistente com o saldo da conta 24-Estado e outros entes públicos e outros terceiros
aplicáveis, discriminado em função do fpo de enfdade credora das retenções.

Júlio Costa
Assim, a despesa orçamental paga com natureza de “despesas com o pessoal”, será escriturada
no subsistema da contabilidade orçamental do SNC-AP, nos momentos em que ocorrer a
escrituração dos exfluxos de caixa no subsistema da contabilidade financeira.
O procedimento preconizado pela NCP 26 difere do que sucede atualmente com o POCP e
planos setoriais em que a conta 252-Credores pela execução do orçamento é movimentada a
débito e a crédito pelo montante dos vencimentos ilíquidos quando na realidade ocorre o
pagamento dos vencimentos líquidos (a execução da despesa orçamental proporciona
erradamente a leitura de que está tudo pago, mesmo exisfndo retenções na fonte por
entregar), exigindo a leitura dos saldos de operações extraorçamentais para se apurar o
montante das retenções na fonte que não foram ainda objeto de entrega às respefvas 208
enfdades credoras e cuja responsabilidade de pagamento impende sobre as enfdades
processadoras.
(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 31: Classificação orçamental e financeira de contratos em regime de tarefa e
avença
Qual a classificação orçamental e financeira adequada para o registo da situação dos contratos
de tarefa e avença?
Resposta

Júlio Costa
De acordo com o Decreto-Lei 26/2002, de 14 de fevereiro, as despesas em questão devem ser
classificadas na rubrica 01.01.07 - Pessoal em regime de tarefa ou de avença, onde se
“consideram, rigorosa e limitafvamente, apenas, os indivíduos que se encontrem abrangidos
pelos contratos de tarefa ou pelos contratos de avença, celebrados nos termos da legislação
em vigor”.

No entanto, apesar de ser classificada orçamentalmente como uma despesa com pessoal, no
subsistema da Contabilidade Financeira ela será reconhecida no âmbito da conta 6224 –
Honorários (e não como gastos com o pessoal) onde, nos termos da Portaria n.º 189/2016, de
14 de julho, se registam “as remunerações atribuídas aos trabalhadores independentes, que se
encontrem abrangidos por contratos de prestação de serviços em regime de tarefa ou avença”.
209

(Aprovada pelo CNCP em 13 de março de 2018)


Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Reposições abatidas aos Pagamentos (RAP)

0272 – Obrigações 0291 – RAP emifdas


pagas

Júlio Costa
1
€ €

Recebimento (2): 0292 – RAP recebidas 028... – Pagamentos

2
€ € 210
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 4: Pedido de reposição de dinheiros públicos
Quando o organismo deteta a necessidade de pedir uma reposição a terceiros como deve ser
tratada?
Resposta

Júlio Costa
As reposições têm um tratamento específico na contabilidade orçamental. Assim, após a
emissão da nota de débito pela entidade pública duas situações podem ocorrer:
• A pessoa singular ou coletiva procede à devolução do respetivo valor no mesmo
período contabilístico em que foi efetuado o pagamento (indevido ou em excesso)
por parte da entidade pública, então a devolução designa-se “reposição abatida aos
pagamentos” (RAP) sendo contabilizada como correção à despesa paga;
• A pessoa singular ou coletiva procede à devolução do respetivo valor num período
contabilístico posterior àquele em que foi efetuado o pagamento (indevido ou em
excesso) por parte da entidade pública, caso em que a devolução se designa
“reposição não abatida aos pagamentos” (RNAP), sendo contabilizada como receita
cobrada, associando-se às contas da classe zero aplicáveis: capítulo 15 da classificação
económica de receita aprovada pelo Decreto-Lei n.º 26/2002, de 14 de fevereiro.
211

...
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 4: Pedido de reposição de dinheiros públicos
Quando o organismo deteta a necessidade de pedir uma reposição a terceiros como deve ser
tratada?
Resposta
...

Júlio Costa
Conforme dispõe a nota de enquadramento da conta 0291-RAP emitida, a movimentação da
conta ocorre no momento da cobrança. Assim sendo, a emissão de uma nota de débito não
implica qualquer registo na contabilidade orçamental, pois o mesmo só irá ocorrer aquando da
efetiva devolução a qual poderá constituir uma RAP ou RNAP, ou seja, o registo no subsistema
da contabilidade orçamental do SNC-AP associado à emissão da nota de débito e do seu
recebimento ocorrerá neste último momento, que é aquele em que se tem a certeza se a nota
de débito deve ser tratada como RAP ou RNAP.

212

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 32: Reconhecimento, no subsistema da Contabilidade Orçamental, de notas de
crédito relativas a faturas pagas no ano anterior
Como deve ser reconhecida no subsistema da Contabilidade Orçamental a cobrança das notas
de crédito relativas a faturas pagas no ano anterior?
Resposta

Júlio Costa
As notas de crédito relativas a faturas pagas que transitem para o ano seguinte, consistem em
reposições não abatidas aos pagamentos (RNAP), uma vez que ocorreram pagamentos
indevidos ou excessivos em N-1 e a cobrança da respetiva reposição teve lugar apenas em N,
ou seja, em período contabilístico posterior ao do pagamento que pretende corrigir. Assim, nos
termos da NCP 26, o respetivo influxo será considerado como receita cobrada.

Deste modo, uma nota de crédito relativa a uma fatura que já tenha sido paga, que transite
para o ano seguinte, deverá dar origem ao reconhecimento de uma RNAP no ano N.

Nas situações em que seja compensada numa outra fatura do fornecedor, no momento do
pagamento dessa fatura deve reconhecer-se, simultaneamente, um recebimento pelo valor da
213
RNAP e um pagamento pelo valor bruto da fatura, ocorrendo um exfluxo de caixa pela
diferença.
...
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 32: Reconhecimento, no subsistema da Contabilidade Orçamental, de notas de
crédito relaSvas a faturas pagas no ano anterior

Resposta
...

Júlio Costa
Salienta-se que, em quaisquer circunstâncias em que se detete que uma fatura foi paga em
excesso ou indevidamente, a enfdade deverá solicitar a nota de crédito respefva e emifr a
nota de débito de reposição correspondente (na ausência de nota de crédito, a nota de débito
de reposição deverá produzir efeitos também na contabilidade financeira).

214

(Aprovada pelo CNCP em 08 de maio de 2018)


Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Compromissos para exercícios futuros

042 – Compromissos 041- Orçamento

Júlio Costa
assumidos

€ €

215
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Contas a pagar de exercícios futuros

044 – Obrigações 043 – Compromissos


com obrigação

Júlio Costa
€ €

216
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 10: Âmbito de uSlização da conta 04 Despesa de períodos futuros
As contas 041 e 042 são movimentadas por todos os compromissos assumidos para anos
futuros (deem ou não origem a obrigações a pagar em anos futuros) ou apenas pelos
compromissos assumidos para anos futuros que ainda não geraram obrigações a pagar em
anos futuros, dado que essas estarão contempladas nas contas 043 e 044?

Júlio Costa
Resposta
As contas 041 e 042 são movimentadas por todos os compromissos assumidos com incidência
em anos futuros.
As obrigações em períodos futuros, ou seja, contas a pagar reconhecidas no período corrente
no subsistema de contabilidade financeira, mas com efeitos de tesouraria futuros, ao nível da
contabilidade orçamental, são registadas nas contas 043-Compromissos com obrigação e 044-
Obrigações, sendo que previamente terá que ser reconhecido nas contas 041-Orçamento e
042-Compromissos assumidos, os valores dos compromissos respefvos.
Assim sendo, para reconhecer uma obrigação de anos futuros a enfdade deverá proceder ao
débito da conta 041 por contraparfda da 042 e de seguida ao débito da 043 por contraparfda
217
da conta 044.
...
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 10: Âmbito de uSlização da conta 04 Despesa de períodos futuros
...
Os compromissos com efeitos de tesouraria (pagamentos) futuros são registados apenas nas
contas 041-Orçamento e 042-Compromissos assumidos.

Júlio Costa
Assim, as operações que somente impliquem o registo de um compromisso na contabilidade
orçamental, e que não implicam o reconhecimento de um passivo na contabilidade financeira
(conta a pagar), sendo que esse compromisso tem efeitos de tesouraria (pagamentos) para
além do período em que é assumido, levam a que esses efeitos de tesouraria futuros sejam
expressos nas contas 041 e 042, acima referidas.

218

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
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Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 21: Liquidações/obrigações de períodos futuros
Se um município atribuir a uma freguesia um subsídio corrente por três anos para que esta
desenvolva um conjunto específico de atividades deve no subsistema da contabilidade
orçamental o município registar o compromisso do ano referente ao valor a transferir no
próprio ano e em compromissos de anos futuros o valor dos restantes dois anos e a freguesia
registar na rubrica 03 receita de períodos futuros o valor a receber nos próximos dois anos?

Júlio Costa
Resposta
A resposta concreta a esta questão dependerá dos compromissos contratuais assumidos.
Contudo, esclarece-se que a freguesia só deverá registar como receita de períodos futuros se
do lado do município esse contrato refletir obrigações de anos futuros e não compromissos de
anos futuros.
O município só pode registar nas contas de obrigações de anos futuros caso tenha reconhecido
um passivo (conta a pagar) na contabilidade financeira.
No entanto, a situação descrita, sem prejuízo da necessidade de uma análise concreta dos
termos e condições do protocolo, sugere que o registo da obrigação por parte do município só 219
vá ocorrendo à medida que a freguesia desenvolva as atividades no âmbito do protocolo.

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Operações de Tesouraria - Recebimentos

0791 – Recebimentos por 071 – Recebimentos por

Júlio Costa
operações de tesouraria operações de tesouraria

€ €

220
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Operações de Tesouraria - Pagamentos

072 – Pagamentos por 0792 – Pagamentos por

Júlio Costa
operações de tesouraria operações de tesouraria

€ €

221
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 6: Saldo de operações de tesouraria no final do ano
Quando e de que forma se saldam as subcontas da conta 07-Operações de Tesouraria?
Resposta
O saldo das operações de tesouraria é apurado na “Demonstração de desempenho

Júlio Costa
orçamental”. No final do ano debita-se a 072-Pagamentos por operações de tesouraria por
contraparfda da 071-Recebimentos por operações de tesouraria e o saldo da 071-
Recebimentos por operações de tesouraria corresponderá ao valor do saldo das operações de
tesouraria.

Este saldo consftuirá o saldo de abertura das operações de tesouraria do ano seguinte.

222

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 7: Devolução de verbas contabilizadas como operações de tesouraria
Como devem ser contabilisticamente tratadas as eventuais devoluções de operações de
tesouraria?
Resposta

Júlio Costa
No que concerne aos recebimentos de operações de tesouraria sempre que existir um erro no
seu registo deverá proceder-se à sua correção através do estorno dos lançamentos efetuados.
No que concerne a devolução de eventuais verbas arrecadadas deverá utilizar-se a respetiva
subconta da 072-Pagamentos por operações de tesouraria.

223

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 13: Tratamento contabilístico das retenções a fornecedores devido a situação
tributária ou contributiva não regularizada
Considerando que as operações de tesouraria referente a descontos e retenções em
vencimentos passam a ser contabilizados como orçamentais, coloca-se a questão sobre o
tratamento contabilístico a adotar no caso das retenções efetuadas a fornecedores quando

Júlio Costa
estes não apresentem em tempo útil a declaração de situação contributiva regularizada ou o
acesso a consulta, por exemplo. Será contabilizado como operações de tesouraria ou
orçamental?
Resposta
As retenções (penhoras) para a AT, segurança social, tribunais, solicitadores, das dívidas
contraídas por trabalhadores em funções públicas e fornecedores deixam de ser consideradas
em SNC-AP operações de tesouraria e passam a ser consideradas como orçamentais, ficando o
valor registado como obrigação até ser efetivamente pago.

224

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 28: Tratamento contabilístico das retenções a fornecedores para garantia
As retenções a fornecedores para constituição ou reforço de garantia deixam de ser operações
de tesouraria?
Resposta

Júlio Costa
As retenções a fornecedores para constituição ou reforço de garantia continuam a ser
operações de tesouraria.

O reconhecimento das garantias pecuniárias na contabilidade orçamental mantém-se idêntico,


como operações de tesouraria, independentemente do mecanismo utilizado para a sua
cobrança ser via retenção ou pagamento direto pelo terceiro. No caso de o mecanismo ser por
retenção, é registado o pagamento orçamental pelo montante bruto e, simultaneamente,
reconhecido na conta 07 “Operações de tesouraria” o montante da caução ou garantia obtida
deste modo. A subconta 0713 “Constituição e reforço de cauções e garantias” poderá ser
subdividida para cada entidade terceira entre constituição e reforço.

Na contabilidade financeira estas operações são registadas na conta 277 “Cauções”.


225

(Aprovada pelo CNCP em 02 de janeiro de 2018)


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 29: Suporte documental e tratamento contabilísSco da emissão e cobrança de
receita reparSda
Qual o suporte documental e tratamento contabilísfco da emissão e cobrança de receita
reparfda?
Resposta

Júlio Costa
Considera-se receita reparfda aquela que, por prerrogafva legal, deva estar consignada a
diversas enfdades incluindo a própria enfdade que a emite.

A fpicidade de documento de receita, no senfdo de proceder à liquidação da mesma,


depende da natureza da receita e não do facto desta poder vir a ser reparfda por diferentes
desfnatários. Deste modo, no âmbito de venda de bens ou prestação de serviços, o Código do
IVA estabelece que o documento a uflizar será a fatura (ver art.º 1º e art.º 36º). No caso de
tributos, mais concretamente impostos, multas ou outras penalidades, pressupõe-se a
uflização de uma nota de liquidação ou guia de liquidação (também idenfficada como “guia
de receita”). No caso das taxas, seja para a remoção de um obstáculo jurídico, para a uflização
de um bem de domínio público, ou outra circunstância, dever-se-á atender à situação
226
tributária em sede de IVA, poderes de autoridade ou sujeito a IVA (mesmo que isento),
uflizando-se fatura ou nota de liquidação conforme as circunstâncias.
...
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 29: Suporte documental e tratamento contabilísSco da emissão e cobrança de
receita reparSda
Qual o suporte documental e tratamento contabilísfco da emissão e cobrança de receita
reparfda?
Resposta

Júlio Costa
...
A contabilização orçamental e financeira do documento de receita que deva ser reparfda por
diversos desfnatários deve ter em linha de conta o prescrito nas NCP 26 Contabilidade e
Relato Orçamental para a contabilização orçamental e NCP 13 Rendimentos de Transações com
contraprestação (§11) e NCP 14 Rendimentos de Transações sem contraprestação (§10) para a
contabilização financeira.

Deste modo, na contabilização financeira do documento de receita dever-se-ão uflizar


simultaneamente contas de rendimentos (atenta a periodização económica do rendimento) e
contas correntes em nome das enfdades terceiras (e de IVA, se aplicável) a crédito por
contraparfda da conta corrente do devedor, cliente, utente ou contribuinte, a débito. 227

....
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 29: Suporte documental e tratamento contabilísSco da emissão e cobrança de
receita reparSda
Qual o suporte documental e tratamento contabilísfco da emissão e cobrança de receita
reparfda?
Resposta

Júlio Costa
...
A NCP 26 prescreve no seu §3 que operações de tesouraria são “as que geram influxos ou
exfluxos de caixa (movimentam a tesouraria) mas não representam operações de execução
orçamental” e que a liquidação de receita “é o direito que se consftui em contas a receber do
qual se espera influxos de caixa futuros”. A nota explicafva da 0152 - Liquidações emifdas
prevê que pela emissão da nota de liquidação, fatura ou, quando aplicável, da nota de débito
“deve ser reconhecido o direito a receber por natureza da receita na contabilidade orçamental
em paralelo com o reconhecimento do direito a receber por fpo de enfdade devedora na
contabilidade financeira” e a nota explicafva da 07 — Operações de tesouraria que esta conta
serve para o “registo contabilísfco das operações que geram influxos ou exfluxos de caixa
(movimentam a tesouraria) mas não representam operações de execução orçamental”,
228
prevendo uma subconta 071 — Recebimentos por operações de tesouraria para ser uflizada
“(…) pelos recebimentos de operações de tesouraria (…) devendo uflizar-se a subconta que
melhor reflete a natureza da operação realizada”.
...
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 29: Suporte documental e tratamento contabilístico da emissão e cobrança de
receita repartida
Qual o suporte documental e tratamento contabilístico da emissão e cobrança de receita
repartida?
Resposta

Júlio Costa
...

Deste modo, na contabilização orçamental do documento de receita dever-se-ão utilizar contas


de liquidações emitidas (conta 0152 por contrapartida da 014) apenas na componente
orçamental própria (a receita que seja da própria entidade), e aquando do recebimento,
simultaneamente a respetiva conta de recebimentos (conta 017 pela 0153) pela parte
orçamental própria e a conta de operações de tesouraria apropriada (conta 071 pela 0791)
pela componente a repartir.

229

(Aprovada pelo CNCP em 09 de janeiro de 2018)


Contabilidade Orçamental
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Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Contas de Ordem

091 – Passivos 0991 – Passivos

Júlio Costa
Confngentes Confngentes

€ €

230
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 14: Contabilização orçamental do IVA intracomunitário não dedubvel
Como deve ser contabilizado orçamentalmente (NCP26) o IVA intracomunitário não deduwvel.
Deve o valor do imposto ser acrescido no momento da criação do cabimento e do
compromisso, originando duas obrigações, uma ao fornecedor e outra ao Estado?
Resposta

Júlio Costa
O tratamento do IVA em termos orçamentais está definido na Circular, Série A, n.º 1345, da Direção-Geral do
Orçamento.
O presente esclarecimento não abrange o enquadramento fiscal do IVA, matéria da competência da
Autoridade Tributária e Aduaneira.
A situação exposta leva a que tenham de se considerar dois aspetos:
1. A fatura do fornecedor que suporta o registo da obrigação da contabilidade orçamental, sendo
que o cabimento e o compromisso devem ter em conta o valor a pagar ao fornecedor, não
considerando o IVA;
2. O IVA liquidado e não deduhvel. Este terá de ser incluído na respeKva declaração periódica e é o
resultado desta que permite verificar se resulta uma receita ou uma despesa no apuramento do
IVA. Nesse senKdo, se da declaração periódica resultar um IVA a pagar, regista-se a sua entrega
ao Estado em classificação económica de despesa 06.02.03 – Outras; se resultar da declaração 231
periódica um IVA a recuperar e for solicitado o seu reembolso, a classificação económica da
receita a considerar é a 08.01.99 – Outras.
(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 16: Contabilização orçamental de um bem recebido como dação em pagamento
Um bem recebido como dação em pagamento por um município para liquidação de um valor a
receber de um cliente deverá ter reflexo na execução orçamental da receita?

Resposta

Júlio Costa
Conforme consta da NCP 26, Recebimentos são influxos de caixa ou entradas em espécie no
património da entidade, devendo neste último caso a entidade reconhecer um influxo de caixa
pela regularização da dívida e, simultaneamente, um exfluxo de caixa no valor da dívida pela
aquisição virtual do bem.

Assim sendo, quando a entidade recebe um bem como dação em pagamento,


orçamentalmente deverá registar o recebimento do montante em dívida, como se o tivesse
efetivamente arrecadado e também uma despesa, pelo mesmo valor, com a aquisição do bem
que foi recebido.

232

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 17: Contabilização orçamental das retenções efetuadas no processamento de
vencimentos – Primeiro ano de aplicação do SNC-AP
O saldo de tesouraria apurado atualmente inclui retenções de quotizações sociais e outras
decorrentes do processamento de vencimentos que em SNC-AP deixam de incluir o saldo de
tesouraria. No primeiro ano de aplicação do SNC-AP como devem ser tratados estes saldos?

Júlio Costa
Resposta
O saldo inicial de operações de tesouraria no primeiro ano de aplicação do SNC-AP será igual
ao saldo de operações de tesouraria apurado no âmbito do POCP ou plano setorial.

De facto, no âmbito do SNC-AP as retenções deixam de ser tratadas como operações de


tesouraria e passam a constar como contas por pagar até ao seu pagamento efetivo.

Assim sendo, desde o primeiro momento da adoção do SNC-AP que as mesmas deixarão de ser
consideradas como operações de tesouraria. A única exceção é para o saldo de operações de
tesouraria que transite do ano anterior, que continuará a ser considerado como operações de
tesouraria até ao seu efetivo pagamento. 233

...
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 17: Contabilização orçamental das retenções efetuadas no processamento de
vencimentos – Primeiro ano de aplicação do SNC-AP
...
Este procedimento excecional justifica-se porque as referidas quantias serão consideradas
despesa orçamental em dezembro de 2017 aquando do pagamento dos valores líquidos que
lhes estejam associados e não podem voltar a ser consideradas como despesa orçamental

Júlio Costa
quando ocorrer o exfluxo de caixa de entrega às respetivas entidades credoras em 2018.

Para o efeito deverão ser utilizadas as seguintes contas: 0716 – Retenções – Transição para o
SNC-AP e 0726 – Retenções – Transição para o SNC-AP (as quais só vigoram para o ano de
2018).

A conta 0716 deverá ser debitada pelas quantias retidas existentes à data de 31 de dezembro
de 2017, por contrapartida da 0791 – Recebimentos por operações de tesouraria.

A conta 0726 deverá ser creditada por contrapartida da conta 0792 – Pagamentos por
operações de tesouraria aquando da entrega às respetivas entidades credoras. 234

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Orçamento inicial

A enudade pública A inscreveu no orçamento de receita do ano N uma previsão


com natureza de taxas florestais no valor de €100 000 e uma previsão de

Júlio Costa
receita com natureza de transferências correntes no valor de €50 000.

A enudade inscreveu, igualmente, no orçamento de despesa dotações com


natureza de Comunicações (CE 020209), Estudos, Pareceres, Projetos e
Consultadoria (CE 020214), Ediycios (CE 070103) e Equipamento de Informáuca
(CE 070107) no valor de €20 000, €50 000, €45 000, e €35 000 respeuvamente.

Nos termos da NCP 26, pretende-se os lançamentos contabilísucos associados a


esta operação, da enudade A.
235

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Orçamento inicial
Lançamentos contabilísticos
Descrição Classe 0 Classificação Económica Débito Crédito
040106 Taxas florestais 100 000
011 Previsões iniciais
[Janeiro ano N] Aprovação do 060301 Transferências correntes 50 000
orçamento de receita 040106 Taxas florestais 100 000
012 Previsões corrigidas
060301 Transferências correntes 50 000
040106 Taxas florestais 100 000

Júlio Costa
[Janeiro ano N] Transferência 014 Previsões por liquidar
060301 Transferências correntes 50 000
do orçamento de receita para
040106 Taxas florestais 100 000
previsões por liquidar 011 Previsões iniciais
060301 Transferências correntes 50 000
020209 Comunicações 20 000
020214 Estudos, pareceres ... 50 000
022 Dotações corrigidas
070103 Edifícios 45 000
[Janeiro ano N] Aprovação do 070107 Equipamento informático 35 000
orçamento da despesa 020209 Comunicações 20 000
020214 Estudos, pareceres ... 50 000
021 Dotações iniciais
070103 Edifícios 45 000
070107 Equipamento informático 35 000
020209 Comunicações 20 000
020214 Estudos, pareceres ... 50 000
021 Dotações iniciais
070103 Edifícios 45 000
[Janeiro ano N] Transferência
070107 Equipamento informático 35 000 236
do orçamento da despesa para
020209 Comunicações 20 000
previsões por liquidar
Fonte: 020214 Estudos, pareceres ... 50 000
024 Dotações disponíveis
UniLEO 070103 Edifícios 45 000
070107 Equipamento informático 35 000
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Registo inicial
A entidade B, pertencente às Administrações Públicas, no final do ano N-1, apurou as seguintes
situações a considerar na abertura do ano N:
a) Liquidações por cobrar à data de relato, na classificação economia 04.01.06, no valor de
€5.000
b) Obrigações por pagar na classificação economia 02.02.09-Comunicações, no valor de €1.500.

Júlio Costa
c) Identificação de um contrato de empreitada, por 4 anos (tendo a adjudicação/assinatura do
contrato ocorrido no ano de 2017 e já ter sido paga uma parcela), para uma grande obra no
edifício onde a entidade está instalada, de acordo com o seguinte escalonamento plurianual
(restantes 3 anos):
o 2018 = €10.000
o 2019 = €15.000
o 2020 = €17.650

Nota: Deste contrato não resultou o reconhecimento de um passivo (contas a pagar) na contabilidade
financeira, pelo que não há lugar a registo de obrigações.

Nos termos da NCP 26, pretende-se os lançamentos contabilísticos associados a esta operação, da 237
entidade B.
Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Registo inicial
Lançamentos contabilísticos

Descrição Classe 0 Classificação Económica Débito Crédito


Alínea a) [Janeiro ano N] 0151 Liquidações transitadas 040106 Taxas florestais 5 000
Liquidações a transitar 014 Previsões por liquidar 040106 Taxas florestais 5 000
024 Dotações disponíveis 020209 Comunicações 1 500

Júlio Costa
Alínea b) [Janeiro ano N]
0251 Cabimentos registados 020209 Comunicações 1 500
Obrigações a transitar
0252 Cabimentos com compromisso 020209 Comunicações 1 500
(implica o registo do
0261 Compromissos assumidos 020209 Comunicações 1 500
respetivo cabimento e
0262 Compromissos com obrigação 020209 Comunicações 1 500
compromisso)
0271 Obrigações processadas 020209 Comunicações 1 500
024 Dotações disponíveis 070103 Edifícios 10 000
Alínea c) [Janeiro ano N] 0251 Cabimentos registados 070103 Edifícios 10 000
Compromisso de 2018 0252 Cabimentos com compromisso 070103 Edifícios 10 000
(implica o registo do 0261 Compromissos assumidos 070103 Edifícios 10 000
respetivo cabimento) e 0411 Orçamento . Período (n+1) 070103 Edifícios 15 000
compromisso para anos 0421 Compromissos assumidos - Período (n+1) 070103 Edifícios 15 000
futuros 0412 Orçamento . Período (n+2) 070103 Edifícios 17 650
0422 Compromissos assumidos - Período (n+2) 070103 Edifícios 17 650
238

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos - Alteração orçamental permutativa

Uma entidade pública deu início à instrução de um processo de realização de


despesa para aquisição de um computador, por 800 euros. Na fase do

Júlio Costa
cabimento, o serviço responsável verificou insuficiência orçamental na dotação
da respetiva CE.

Este facto gerou uma alteração orçamental permutativa, ao nível do orçamento


global (alterou-se a composição, mas não o valor), com um reforço da dotação
da CE 07.01.07 e uma diminuição da dotação da CE 02.01.21, pelo mesmo valor
(50 euros).

239

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos - Alteração orçamental permutativa
Balancete analítico da Classe 0
Movimentos acumulados Saldos
CE/Conta
Débito Crédito Débito Crédito
CE 02.01.21 Outros bens duradouros

Júlio Costa
021 Dotações iniciais 5 000 5 000
022 Dotações corrigidas 5 000 5 000
02321 Anulações em dotações corrigidas
02322 Anulações em dotações disponíveis
024 Dotações disponíveis 5 000 5 000
CE 07.01.07 Equipamentos de informática
021 Dotações iniciais 750 750
022 Dotações corrigidas 750 750
02321 Anulações em dotações corrigidas
02322 Anulações em dotações disponíveis
024 Dotações disponíveis 750 750
240
TOTAL 5 750 5 750 5 750 5 750

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos - Alteração orçamental permutativa
Lançamentos contabilísticos

Descritivo Conta CE Débito Crédito

Júlio Costa
022 020121 50
Diminuição 02321 020121 50
Orçamental 02322 020121 50
024 020121 50

022 070107 50
Reforço 02311 070107 50
Orçamental 02312 070107 50
024 070107 50
241

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos - Alteração orçamental permutativa
Balancete analítico da Classe 0
Movimentos acumulados Saldos
CE/Conta
Débito Crédito Débito Crédito

Júlio Costa
CE 02.01.21 Outros bens duradouros
021 Dotações iniciais 5 000 5 000
022 Dotações corrigidas 5 000 50 4 950
02321 Anulações em dotações corrigidas 50 50
02322 Anulações em dotações disponíveis 50 50
024 Dotações disponíveis 50 5 000 4 950
CE 07.01.07 Equipamentos de informática
021 Dotações iniciais 750 750
022 Dotações corrigidas 800 800
02321 Anulações em dotações corrigidas 50 50
02322 Anulações em dotações disponíveis 50 50
024 Dotações disponíveis 800 800
TOTAL 11 700 11 700 5 850 5 850 242

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos - Alteração orçamental permutativa
Demonstração de alterações orçamentais
Despesa

Alterações Orçamentais

Júlio Costa
Rúbricas Tipo Descrição Dotações Observações
dotações corrigidas
Iniciais Inscrições/ Diminuições/ Créditos
Reforços anulações Especiais

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)=(4)+(5)-(6)+(7) (9)

D2 P Aquisição de bens e serviços 5 000 50 4 950

D7 P Investimento 750 50 800

TOTAL 5 750 50 50 5 750

243

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos - Alteração orçamental modificativa – Crédito Especial

Faz-se agora referência à aprovação da integração e utilização do saldo


orçamental do ano anterior, por um montante de 3.200 euros, a utilizar na

Júlio Costa
aquisição de software.

Por se tratar de um “crédito especial” - incremento da despesa por aumento de


receita, o valor do orçamento global é alterado, gerando-se uma alteração
modificativa.

Este facto origina uma inscrição da CE 16.01.01 no orçamento da receita e uma


inscrição da CE 07.01.08 no orçamento da despesa, pelo mesmo valor (3.200
euros).
244

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos - Alteração orçamental modificativa – Crédito Especial
Lançamentos contabilísticos
Descritivo Conta CE Débito Crédito
012 160101 3 200

Júlio Costa
Crédito
Especial 01331 160101 3 200
Receita 01332 160101 3 200
014 160101 3 200

022 070108 3 200


Crédito
02331 070108 3 200
Especial
Despesa 02332 070108 3 200
024 070108 3 200
245

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos - Alteração orçamental modificativa – Crédito Especial
Balancete analítico da Classe 0
Movimentos acumulados Saldos
CE/Conta
Débito Crédito Débito Crédito
CE 16.01.01 Saldo da gerência anterior

Júlio Costa
012 Previsões corrigidas 3 200 3 200
01331 Créditos especiais em previsões corrigidas 3 200 3 200
01332 Créditos especiais em previsões por liquidar 3 200 3 200
014 Previsões por liquidar 3 200 3 200
TOTAL 3 200 3 200 3 200 3 200

Movimentos acumulados Saldos


CE/Conta
Débito Crédito Débito Crédito
CE 07.01.08 Software
022 Dotações corrigidas 3 200 3 200
02331 Anulações em dotações corrigidas 3 200 3 200
02332 Anulações em dotações disponíveis 3 200 3 200
024 Dotações disponíveis 3 200 3 200 246
TOTAL 3 200 3 200 3 200 3 200

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos - Alteração orçamental modificativa – Crédito Especial
Demonstração de alterações orçamentais
Receita
Alterações Orçamentais
Rúbricas Tipo Descrição Dotações Observações
Inscrições/ Diminuições/ Créditos dotações corrigidas
Iniciais

Júlio Costa
Reforços anulações Especiais
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)=(4)+(5)-(6)+(7) (9)

R14 M Saldo da gerência anterior. 0 3 200 3 200


Operações Orçamentais
TOTAL 0 0 0 3 200 3 200

Despesa
Alterações Orçamentais
Rúbricas Tipo Descrição Dotações Observações
Inscrições/ Diminuições/ Créditos dotações corrigidas
Iniciais
Reforços anulações Especiais
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)=(4)+(5)-(6)+(7) (9)
D7 M Aquisição de bens e serviços 0 3 200 3 200
TOTAL 0 0 0 3 200 3 200 247

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos - Alteração orçamental – Cativação e descativação

Considerando um orçamento inicial aprovado de 9.000.000 euros, para o ano n,


foi determinado através da Lei do Orçamento do Estado para esse ano, uma

Júlio Costa
cativação de 20% sobre as dotações iniciais do agrupamento 02, para o que
concorrem as rubricas 02.02.13 (10.000 euros) e 02.02.14. (500.000 euros).

Pressupondo que a cativação é uniformemente distribuída pelas várias rubricas,


devem ser registadas duas cativações, uma de 2.000 euros na CE 02.02.13 e outra
de 100.000 euros na CE 02.02.14, reduzindo o orçamento global disponível para
8.898.000 euros.

248

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos - Alteração orçamental modificativa – Crédito Especial
Lançamentos contabilísticos

Descritivo Conta CE Débito Crédito

Júlio Costa
02341 020213 2 000
024 020213 2 000
Cativação
02341 020214 100 000
024 020214 100 000

249

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos - Alteração orçamental modificativa – Crédito Especial
Balancete analítico da Classe 0

Movimentos acumulados Saldos


CE/Conta
Débito Crédito Débito Crédito

Júlio Costa
CE 02.02.13 Deslocações e estadas
021 Dotações iniciais 10 000 10 000
022 Dotações corrigidas 10 000 10 000
02341 Cativos 2 000 2 000
024 Dotações disponíveis 2 000 10 000 8 000
CE 02.02.14 Estudos, pareceres, projetos e consultoria
021 Dotações iniciais 500 000 500 000
022 Dotações corrigidas 500 000 500 000
02341 Cativos 100 000 100 000
024 Dotações disponíveis 100 000 500 000 400 000
TOTAL 1 122 000 1 122 000 510 000 510 000
250

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos - Alteração orçamental – Cativação e descativação

No decurso da execução orçamental é aprovada a descativação de 2.000 euros na


CE 02.02.13, para fazer face a deslocações consideradas inadiáveis.

Júlio Costa
251

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos - Alteração orçamental modificativa – Crédito Especial
Lançamentos contabilísticos

Júlio Costa
Descritivo Conta CE Débito Crédito

02342 020213 2 000


Descativação
024 020213 2 000

252

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos - Alteração orçamental modificativa – Crédito Especial
Balancete analítico da Classe 0

Movimentos acumulados Saldos

Júlio Costa
CE/Conta
Débito Crédito Débito Crédito
CE 02.02.13 Deslocaçõe e estadas
021 Dotações iniciais 10 000 10 000
022 Dotações corrigidas 10 000 10 000
02341 Cativos 2 000 2 000
02342 Descativos 2 000 2 000
024 Dotações disponíveis 2 000 12 000 10 000
TOTAL 24 000 24 000 12 000 12 000

253

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Liquidação da receita

A entidade Alfa responsável pela gestão do potencial vitivinícola do País


orçamentou na classificação económica 04.01.07 Taxas vinícolas € 1.000.000. A 2

Júlio Costa
de janeiro do ano N emite uma liquidação no valor de € 6.000 que é cobrada em
10 de janeiro de N.

Proceda à escrituração de acordo com o subsistema da contabilidade orçamental


do SNC-AP.

254

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Liquidação da receita
Lançamentos contabilísticos

Descrição Classe 0 Classificação Económica Débito Crédito

Júlio Costa
[02.01.N] 0152 Liquidações emitidas 040107 Taxas vinícolas 6 000

Liquidação 014 Previsões por liquidar 040107 Taxas vinícolas 6 000

[10.01.N] 0171 Recebimentos período 040107 Taxas vinícolas 6 000

Recebimento 0153 Liquidações recebidas 040107 Taxas vinícolas 6 000

255

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Restituição de receita

A entidade Beta aplicou a um agricultor a taxa, por arroba, de comercialização de


cortiça em pilha tendo-lhe liquidado e cobrado em 23.04.N o valor de €

Júlio Costa
42.000,00. Na verdade, deveria ter-lhe aplicado a taxa, por arroba, de
comercialização de cortiça na árvore ascendendo a liquidação e cobrança a €
37.000,00. Pouco depois de ter pago a taxa foi alertado por um colega para o
lapso e após reclamação foi-lhe reconhecida razão, tendo a entidade Beta em
18.05.N procedido à restituição da quantia cobrada em excesso e à anulação da
respetiva liquidação.

Proceda à escrituração de acordo com o subsistema da contabilidade orçamental


do SNC-AP.
256

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Restituição de receita
Lançamentos contabilísticos
Descrição Classe 0 Classificação Económica Débito Crédito
[23.04.N] 0152 Liquidações emitidas 040106 Taxas florestais 42 000
Liquidação 014 Previsões por liquidar 040106 Taxas florestais 42 000

Júlio Costa
[23.04.N] 0171 Recebimentos período 040106 Taxas florestais 42 000
Recebimento 0153 Liquidações recebidas 040106 Taxas florestais 42 000

[18.05.N] 0162 Liquidações emitidas anuladas 040106 Taxas florestais 5 000


Liquidação anulada 0152 Liquidações emitidas 040106 Taxas florestais 5 000

[18.05.N] 014 Previsões por liquidar 040106 Taxas florestais 5 000


Reposição de previsões por liquidar 0163 Previsões por liquidar anuladas 040106 Taxas florestais 5 000

[18.05.N] 0153 Liquidações recebidas 040106 Taxas florestais 5 000


Restituição emitida 0181 Reembolsos e restituições emitidas 040106 Taxas florestais 5 000

[18.05.N] 0182 Reembolsos e restituições pagos 040106 Taxas florestais 5 000 257
Restituição paga 0171 Recebimentos período 040106 Taxas florestais 5 000

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Restituição de receita

O Hospital Alfa recebe em 13.04.N um paciente transportado de ambulância em


resultado de um acidente de viação, o qual foi atendido nas urgências e depois,

Júlio Costa
apesar de sair pelos seus próprios meios, por lapso, não se dirige ao balcão de
atendimento para pagar a respetiva taxa moderadora. Alguns dias depois, em
17.04.N, o Hospital Alfa emite a fatura com o valor de € 37,00 e os respetivos
códigos de entidade e referência para que o utente possa efetuar o pagamento
via multibanco. Este, quando efetua o pagamento em 29.04.N, por distração paga
€ 47,00. O Hospital Alfa devolve ao utente o valor cobrado em excesso em
25.05.N.

Proceda à escrituração destes eventos de acordo com o subsistema da


contabilidade orçamental do SNC-AP. 258

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Restituição de receita
Lançamentos contabilísticos

Júlio Costa
Descrição Classe 0 Classificação Económica Débito Crédito
[17.04.N] 0152 Liquidações emitidas 040108 Taxas moderadoras 37
Liquidação 014 Previsões por liquidar 040108 Taxas moderadoras 37

[29.04.N] 0171 Recebimentos período 040108 Taxas moderadoras 47


Recebimento 0153 Liquidações recebidas 040108 Taxas moderadoras 47

[25.05.N] 0153 Liquidações recebidas 040108 Taxas moderadoras 10


Restituição emitida 0181 Reembolsos e restituições emitidas 040108 Taxas moderadoras 10

[25.05.N] 0182 Reembolsos e restituições pagos 040108 Taxas moderadoras 10


Restituição paga 0171 Recebimentos período 040108 Taxas moderadoras 10

259

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Processo de despesa
No início do ano N uma entidade da AP pretende adquirir diversos equipamentos
informáticos para as suas novas instalações. Sabendo que:
• A dotação disponível na classificação económica 07.01.07 (Equipamento
Informático) é de € 500.000.
• A 2 de fevereiro do ano N recebeu o orçamento do fornecedor Alfa, Lda. no valor

Júlio Costa
de € 100.000 para adquirir o equipamento pretendido. Deste modo, procedeu ao
registo do respetivo cabimento.
• A 28 de fevereiro do ano N obteve a autorização de despesa e procedeu ao registo
do compromisso, tendo sido emitida a Nota de Encomenda e enviada ao
fornecedor.
• Em 15 de março do ano N foi rececionado o equipamento informático nas novas
instalações da entidade, assim como foi recebida a respetiva fatura nos Serviços
Financeiros.
• Em 1 de abril do ano N foi autorizado o pagamento e procedeu-se à emissão da
ordem para efetuar a respetiva transferência bancária. 260
Nos termos da NCP 26, proceda aos lançamentos contabilísticos de natureza
orçamental.
Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Processo de despesa
Lançamentos contabilísticos

Júlio Costa
Descrição Classe 0 Classificação Económica Débito Crédito
[02.02.N] 0251 Cabimentos registados 070107 Equipamento de informática 100 000
Cabimento 024 Dotações disponíveis 070107 Equipamento de informática 100 000
[28.02.N] 0261 Compromissos assumidos 070107 Equipamento de informática 100 000
Compromisso 0252 Cabimentos com compomisso 070107 Equipamento de informática 100 000
[15.03.N] 0271 Obrigações processadas 070107 Equipamento de informática 100 000
Obrigação 0262 Compromissos com obrigação 070107 Equipamento de informática 100 000
[01.04.N] 0281 Pagamentos do período 070107 Equipamento de informática 100 000
Pagamento 0272 Obrigações pagas 070107 Equipamento de informática 100 000

261

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Reposição de pagamento

Em 12 de abril do ano N foi detetada uma anomalia num dos computadores, pelo
que o mesmo foi devolvido ao fornecedor para possível troca. No entanto, o
fornecedor informou que não tinha o equipamento em stock pelo que foi emitida

Júlio Costa
uma Nota de Débito ao fornecedor paga por este em 28 de maio do ano N no
valor de € 600.

Nos termos da NCP 26, proceda aos lançamentos contabilísticos de natureza


orçamental.

262

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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Casos práticos – Reposição de pagamento
Lançamentos contabilísticos

Descrição Classe 0 Classificação Económica Débito Crédito

Júlio Costa
[28.05.N] 0272 Obrigações pagas 070107 Equipamento de informática 600
Reposição emitida 0291 RAP emitidas 070107 Equipamento de informática 600
[28.05.N] 0292 RAP recebidas 070107 Equipamento de informática 600
Reposição recebida 0281 Pagamentos do período 070107 Equipamento de informática 600
[28.05.N] 0262 Compromissos com obrigação 070107 Equipamento de informática 600
Regularização da obrigação 0271 Obrigações processadas 070107 Equipamento de informática 600
[28.05.N] 0252 Cabimentos com compromisso 070107 Equipamento de informática 600
Regularização do compromisso 0261 Compromissos assumidos 070107 Equipamento de informática 600
[28.05.N] 024 Dotações disponíveis 070107 Equipamento de informática 600
Regularização do cabimento 0251 Cabimentos registados 070107 Equipamento de informática 600

263

Fonte: UniLEO
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Fases de encerramento da contabilidade orçamental

• Anulação dos cabimentos


1

Júlio Costa
• Transição dos saldos para o período seguinte
2

• Encerramento das contas, saldando subcontas entre si


3

• Encerrar o orçamento
4

• Apurar o desempenho orçamental 264


5
Contabilidade Orçamental
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O encerramento da contabilidade orçamental deve obedecer à seguinte
sequência de procedimentos:

1. Anulação dos cabimentos — Anulação dos cabimentos em excesso, ou seja,


anulação dos cabimentos que não deram origem a compromissos, assim
como da parcela de cabimentos que excedeu os respeuvo compromissos

Júlio Costa
assumidos, através do seguinte lançamento contabilísuco: debita-se a conta
“0251 Cabimentos registados” por contraparuda da conta “024 Dotações
disponíveis”;

2. Transição de saldos para o período seguinte — As contas “a transitar”


relauvas a liquidações, compromissos e obrigações servem para acomodar o
montante de liquidações não recebidas, compromissos não converudos em
obrigações e obrigações não pagas, respeuvamente, no período corrente.
Estas contas serão movimentadas da seguinte forma no âmbito do processo
de encerramento da contabilidade orçamental: 265
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i. “0154 — Liquidações a transitar” debita-se pelo montante de liquidações não
recebidas à data de relato por contraparuda da conta “0151 Liquidações
transitadas” nos casos em que não se cobrou a totalidade das liquidações de
períodos anteriores ou da conta “0152 Liquidações emiudas”. No âmbito do
processo de abertura do período contabilísuco seguinte o saldo da conta em

Júlio Costa
referência será́ objeto de registo a débito da conta “0151 Liquidações
transitadas” por contraparuda da conta “014 Previsões por liquidar”;
ii. “0263 — Compromissos a transitar” credita-se pelo montante de compromissos
não converudos em obrigações à data de relato por contraparuda de “0261
Compromissos assumidos”, dando origem a novos cabimentos e compromissos
no âmbito do processo de abertura do período contabilísuco seguinte;
iii. “0273 — Obrigações a transitar” credita-se pelo montante das obrigações não
pagas à data de relato por contraparuda de “0271 Obrigações processadas”,
dando origem a novos cabimentos, compromissos e obrigações no âmbito do 266
processo de abertura do período contabilísuco seguinte.
Contabilidade Orçamental
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3. O encerramento das contas a seguir indicadas ocorre saldando entre si as
respetivas subcontas, ou seja, saldando entre si as subcontas de:
i. 0131 — Alterações orçamentais receita — Reforços;
ii. 0132 — Alterações orçamentais receita — Anulações;
iii. 0133 — Alterações orçamentais receita — Créditos especiais;

Júlio Costa
iv. 015 — Liquidações;
v. 016 — Liquidações anuladas;
vi. 018 — Reembolsos e restituições;
vii. 0231 — Alterações orçamentais despesa — Reforços
viii. 0232 — Alterações orçamentais despesa — Anulações
ix. 0233 — Alterações orçamentais despesa — Créditos especiais
x. 025 — Cabimentos;
xi. 026 — Compromissos;
xii. 027 — Obrigações;
xiii. 029 — Reposições abatidas aos pagamentos 267
Contabilidade Orçamental
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4. Encerrar o orçamento — Saldar as contas de “012 Previsões corrigidas”, “014
Previsões por liquidar”, “022 Dotações corrigidas” e “024 Dotações
disponíveis” por contraparuda da conta “081 Encerramento do Orçamento”. O
saldo desta conta caduca com o ano tal como acontece com o orçamento.

Júlio Costa
5. Apurar o desempenho orçamental — Saldar as contas “0171 Recebimentos do
período” e “0172 Recebimentos de períodos findos” (saldo devedor) e “0281
Pagamentos do período” e “0282 Pagamentos de períodos findos” (saldo
credor) por contraparuda, respeuvamente, do débito e do crédito da conta
“0821 Desempenho orçamental do período”. Esta conta como envolve todas as
classificações orçamentais apresentará sempre saldo nulo ou devedor (caso
em que teríamos um excedente orçamental). A conta “0822 Desempenho
orçamental de períodos anteriores” será́ debitada no início do período de
relato por contraparuda de “0821 Desempenho orçamental do período” que
ficará saldada. 268
Contabilidade Orçamental
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Encerramento e Desempenho

1. Anulação dos cabimentos – anulação dos cabimentos que não deram origem a
compromissos, e da parcela de cabimentos que excedeu os respetivo compromissos
assumidos

Júlio Costa
024 – Dotações 0251 – Cabimentos
disponíveis registados

€ €

269
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2. Transição de saldos para o período seguinte – contas “a transitar”

i. Liquidações não recebidas

Júlio Costa
0151 – Liquidações 0154 – Liquidações a
transitadas transitar

€ €

0152 – Liquidações
emitidas

€ 270
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2. Transição de saldos para o período seguinte – contas “a transitar”

i. Na abertura do ano seguinte (o saldo da conta liquidações a transitar)

Júlio Costa
014 – Previsões por 0151 – Liquidações
liquidar transitadas

€ €

271
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Encerramento e Desempenho

2. Transição de saldos para o período seguinte – contas “a transitar”

ii. Compromissos não convertidos em obrigações

Júlio Costa
0263 – Compromissos a 0261 – Compromissos
transitar assumidos

€ €

Dá origem a novos cabimentos e compromissos no âmbito do processo de


abertura do período contabilístico seguinte. 272
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2. Transição de saldos para o período seguinte – contas “a transitar”

iii. Obrigações não pagas

Júlio Costa
0273 – Obrigações a 0271 – Obrigações
transitar processadas

€ €

Dá origem a novos cabimentos, compromissos e obrigações no âmbito do


processo de abertura do período contabilísuco seguinte. 273
Contabilidade Orçamental
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Encerramento e Desempenho
3. O encerramento das contas saldando entre si as subcontas de:
• 0131 — Alterações orçamentais receita — Reforços;
• 0132 — Alterações orçamentais receita — Anulações;
• 0133 — Alterações orçamentais receita — Créditos especiais;

Júlio Costa
• 015 — Liquidações;
• 016 — Liquidações anuladas;
• 018 — Reembolsos e resutuições;
• 0231 — Alterações orçamentais despesa — Reforços
• 0232 — Alterações orçamentais despesa — Anulações
• 0233 — Alterações orçamentais despesa — Créditos especiais
• 025 — Cabimentos;
• 026 — Compromissos;
• 027 — Obrigações; 274
• 029 — Reposições abaudas aos pagamentos
Contabilidade Orçamental
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3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

i. Alterações orçamentais receita - Reforços

Júlio Costa
01311 – Reforços em 01312 – Reforços em
previsões corrigidas previsões por liquidar

€ €

O encerramento das contas a seguir indicadas ocorre saldando entre si as


respeuvas subcontas 275
Contabilidade Orçamental
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Encerramento e Desempenho

3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

ii. Alterações orçamentais receita - Anulações

Júlio Costa
01322 – Anulações em 01321 – Anulações em
previsões por liquidar previsões corrigidas

€ €

O encerramento das contas a seguir indicadas ocorre saldando entre si as


respetivas subcontas 276
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental – Encerramento
Encerramento e Desempenho

3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

iii. Alterações orçamentais receita – Créditos especiais

Júlio Costa
01331 – Créditos especiais 01332 – Créditos especiais
em previsões corrigidas em previsões por liquidar

€ €

O encerramento das contas a seguir indicadas ocorre saldando entre si as


respetivas subcontas 277
Contabilidade Orçamental
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Encerramento e Desempenho

3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

iv. Liquidações

Júlio Costa
0151 – Liquidações 0153 – Liquidações
transitadas recebidas

€ €

pelo montante das liquidações recebidas relauvas a períodos findos


278
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3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

v. Liquidações

Júlio Costa
0152 – Liquidações 0153 – Liquidações
emitidas recebidas

€ €

pelo montante das liquidações recebidas relauvas ao período corrente


279
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3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

vi. Liquidações anuladas

Júlio Costa
0161 – Liquidações 0163 – Previsões por
transitadas anuladas liquidar anuladas

€ €

pelo montante das liquidações anuladas relativas a períodos findos


280
Contabilidade Orçamental
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3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

vii. Liquidações anuladas

Júlio Costa
0161 – Liquidações 0163 – Previsões por
emifdas anuladas liquidar anuladas

€ €

pelo montante das liquidações anuladas relativas ao períodos corrente


281
Contabilidade Orçamental
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3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

viii. Reembolsos e resftuições

Júlio Costa
0182 – Reembolsos e 0181 – Reembolsos e
restituições pagos restituições emitidos

€ €

282
Contabilidade Orçamental
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3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

ix. Alterações orçamentais da despesa - Reforços

Júlio Costa
02312 – Reforços em 02311 – Reforços em
dotações disponíveis dotações corrigidas

€ €

283
Contabilidade Orçamental
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3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

x. Alterações orçamentais da despesa - Anulações

Júlio Costa
02321 – Anulações em 02322 – Anulações em
dotações corrigidas dotações disponíveis

€ €

284
Contabilidade Orçamental
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3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

xi. Alterações orçamentais da despesa – Créditos especiais

Júlio Costa
02332 – Créditos especiais 02321 – Créditos especiais
em dotações disponíveis em dotações corrigidas

€ €

285
Contabilidade Orçamental
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3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

xii. Dotações retidas

Júlio Costa
024 – Dotações 02341 – Cafvos
disponíveis

€ €

pelo montante dos cativos não objeto de descativação 286


Contabilidade Orçamental
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3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

xiii. Dotações retidas

Júlio Costa
02342 – Descafvos 02341 – Cafvos

€ €

pelo montante dos cativos objeto de descativação 287


Contabilidade Orçamental
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3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

xiv. Cabimentos

Júlio Costa
0252 – Cabimentos com 0251 – Cabimentos
compromisso registados

€ €

288
Contabilidade Orçamental
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3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

xv. Compromissos

Júlio Costa
0262 – Compromissos com 0261 – Compromissos
obrigação assumidos

€ €

289
Contabilidade Orçamental
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3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

xvi. Obrigações

Júlio Costa
0272 – Obrigações 0271 – Obrigações
pagas processadas

€ €

290
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3. O encerramento das contas prevista na alínea c), § 39, NCP 26

xvii. Reposições abatidas aos pagamentos

Júlio Costa
0291 – RAP emifdas 0292 – RAP recebidas

€ €

291
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Encerramento e Desempenho
4. Encerrar o orçamento
Saldar as contas de “012 Previsões Saldo caduca
corrigidas”, “014 Previsões por liquidar”,
“022 Dotações corrigidas” e “024 Dotações
com o ano

Júlio Costa
disponíveis” por contrapartida da conta “081
Encerramento do Orçamento”
014 – Previsão por 081 – Encerramento 012 – Previsões
liquidar do Orçamento Corrigidas

€ € € €

022 – Dotações 024 – Dotações


Corrigidas Disponiveis 292

€ €
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Encerramento e Desempenho Saldo nulo ou
5. Apurar o desempenho orçamental devedor
(excedente)
0171 – Recebimentos 0821 – Desempenho 0281 – Pagamentos

Júlio Costa
do Período Orçamental do Período do Período

€ € € €

0172 – Recebimentos de 0252 – Pagamentos de


Períodos Findos Períodos Findos

€ €
293
Contabilidade Orçamental
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Encerramento e Desempenho
5. Apurar o desempenho orçamental – períodos anteriores

0821 – Desempenho 0822 – Desempenho Orçamental


orçamental do Período de Períodos anteriores

Júlio Costa
No início do período de relato...
€ €
Saldo da gerência (anterior)

Saldo nulo ou
devedor
294
(excedente)
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 5: Conta 081 – Encerramento do Orçamento
Questiona-se como deve ser tratado o saldo desta conta. Deve transitar para o período
seguinte ou no processo de encerramento automático do ano, quando se procede à
transferência de saldos para o ano seguinte, dá-se a indicação ao sistema para este saldo não
transitar?

Júlio Costa
Resposta
A conta 081-Encerramento do orçamento será usada no processo de encerramento da
contabilidade orçamental, nos termos previstos no ponto 39 da NCP 26 – Contabilidade e
Relato Orçamental, sendo movimentada por contrapartida das contas 012 Previsões corrigidas,
014 Previsões por liquidar, 022 Dotações corrigidas e 024 Dotações disponíveis, as quais
ficarão saldadas. O saldo da conta 081 Encerramento do orçamento caduca com o ano, na
medida em que o orçamento é anual, não transitando para o período contabilístico seguinte
saldos de dotações orçamentais, pelo que o saldo da conta em referência também não deverá
transitar.
295

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Encerramento do orçamento
O balancete analítico relativo à classe 0 da entidade A, pertencente às
Administrações Públicas, apresenta os seguintes saldos finais para o período de
2017, antes do processo de encerramento:
Antes do encerramento
Classe 0 Classificação Económica
Débito Crédito

Júlio Costa
020118 Livros e documentação técnica 0 0
021 Dotações iniciais
020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 0
Total 0 0
020118 Livros e documentação técnica 4 900 000 0
022 Dotações corrigidas
020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 3 800 000 0
Total 8 700 000 0
02311 Reforços em 020118 Livros e documentação técnica 0 0
dotações corrigidas 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 300 000
Total 0 300 000
02312 Reforços em 020118 Livros e documentação técnica 0 0
dotações disponíveis 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 300 000 0 296
Total 300 000 0
Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Encerramento do orçamento
Antes do encerramento
Classe 0 Classificação Económica
Débito Crédito
02321 Anulações em 020118 Livros e documentação técnica 300 000 0
dotações corrigidas 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 0
Total 300 000 0

Júlio Costa
02322 Anulações em 020118 Livros e documentação técnica 0 300 000
dotações disponíveis 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 0
Total 0 300 000
020118 Livros e documentação técnica 0 440 000
02341 Cativos
020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 0
Total 0 440 000
020118 Livros e documentação técnica 300 000 0
02342 Descativos
020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 0
Total 300 000 0
024 Dotações 020118 Livros e documentação técnica 0 210 000
disponíveis 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 450 000 297
Total 0 660 000
Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Encerramento do orçamento
Antes do encerramento
Classe 0 Classificação Económica
Débito Crédito
0251 Cabimentos 020118 Livros e documentação técnica 0 4 550 000
registados 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 3 350 000
Total 0 7 900 000

Júlio Costa
0252 Cabimentos com 020118 Livros e documentação técnica 4 400 000 0
compromisso 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 3 350 000 0
Total 7 750 000 0
0261 Compromissos 020118 Livros e documentação técnica 0 4 400 000
assumidos 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 3 350 000
Total 0 7 750 000
0262 Compromissos 020118 Livros e documentação técnica 4 300 000 0
com obrigação 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 3 100 000 0
Total 7 400 000 0
0263 Compromissos a 020118 Livros e documentação técnica 0 0
transitar 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 0 298
Total 0 0
Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Encerramento do orçamento
Antes do encerramento
Classe 0 Classificação Económica
Débito Crédito
0271 Obrigações 020118 Livros e documentação técnica 0 4 300 000
processadas 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 3 100 000
Total 0 7 400 000

Júlio Costa
020118 Livros e documentação técnica 4 300 000 0
0272 Obrigações pagas
020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 2 400 000 0
Total 6 700 000 0
0273 Obrigações a 020118 Livros e documentação técnica 0 0
transitar 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 0
Total 0 0
0281 Pagamentos do 020118 Livros e documentação técnica 0 3 650 000
período 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 2 400 000
Total 0 6 050 000
0282 Pagamentos de 020118 Livros e documentação técnica 0 650 000
períodos findos 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 0 299
Total 0 650 000
Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Encerramento do orçamento
Antes do encerramento
Classe 0 Classificação Económica
Débito Crédito
020118 Livros e documentação técnica 50 000 0
0291 RAP emitidas
020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 0
Total 50 000 0

Júlio Costa
020118 Livros e documentação técnica 0 50 000
0292 RAP recebidas
020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 0
Total 0 50 000

300

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Encerramento do orçamento
Antes do encerramento
Classe 0 Classificação Económica
Débito Crédito
040122 Propinas 0 0
011 Previsões iniciais
060301 Transferências correntes 0 0
Total 0 0

Júlio Costa
040122 Propinas 0 1 400 000
012 Previsões corrigidas
060301 Transferências correntes 0 8 200 000
Total 0 9 600 000
014 Previsões por 040122 Propinas 5 000 0
liquidar 060301 Transferências correntes 1 400 000 0
Total 1 405 000 0
0152 Liquidações 040122 Propinas 1 395 000 0
emitidas 060301 Transferências correntes 6 800 000 0
Total 8 195 000 0
0153 Liquidações 040122 Propinas 0 1 295 000
recebidas 060301 Transferências correntes 0 6 200 000 301
Total 0 7 495 000
Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Encerramento do orçamento
Antes do encerramento
Classe 0 Classificação Económica
Débito Crédito
0154 Liquidações a 040122 Propinas 0 0
transitar 060301 Transferências correntes 0 0

Júlio Costa
Total 0 0
0162 Liquidações 040122 Propinas 5 000 0
emitidas anuladas 060301 Transferências correntes 200 000 0
Total 205 000 0
0163 Previsões por 040122 Propinas 0 5 000
liquidar anuladas 060301 Transferências correntes 0 200 000
Total 0 205 000
0171 Recebimentos do 040122 Propinas 1 295 000 0
período 060301 Transferências correntes 6 200 000 0
Total 7 495 000 0
302

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Encerramento do orçamento
Antes do encerramento
Classe 0 Classificação Económica
Débito Crédito
0181 Reembolsos e 040122 Propinas 0 5 000
restituições emitidos 060301 Transferências correntes 0 0
Total 0 5 000

Júlio Costa
0182 Reembolsos e 040122 Propinas 5 000 0
restituições pagos 060301 Transferências correntes 0 0
Total 5 000 0
081 Encerramento do 040122 Propinas 0 0
orçamento 060301 Transferências correntes 0 0
Total 0 0
0821 Desempenho 040122 Propinas 0 0
orçamental do período 060301 Transferências correntes 0 0
Total 0 0
Nos termos da NCP 26, e tendo em consideração os saldos finais apurados nas
contas da classe 0 identificadas no balancete acima, pretende-se os lançamentos 303
contabilísticos associados ao encerramento da contabilidade orçamental.
Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Encerramento do orçamento

1 - Anulação dos cabimentos que não deram origem a compromissos

Descrição Classe 0 Classificação Económica Débito Crédito

Júlio Costa
0251 Cabimentos 020118 Livros e documentação
Anulação dos cabimentos 150 000
registados técnica
que não deram origem a
024 Dotações 020118 Livros e documentação
compromissos 150 000
disponíveis técnica

304

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Encerramento do orçamento

2 - Transição de saldos para o período seguinte


Descrição Classe 0 Classificação Económica Débito Crédito
0152 Liquidações emitidas 040122 Propinas 100 000
Liquidações não

Júlio Costa
0154 Liquidações a transitar 040122 Propinas 100 000
recebidas à data
0152 Liquidações emitidas 060301 Transferências correntes 600 000
de relato
0154 Liquidações a transitar 060301 Transferências correntes 600 000
Compromissos 0261 Compromissos assumidos 020118 Livros e documentação técnica 100 000
não convertidos 0263 Compromissos a transitar 020118 Livros e documentação técnica 100 000
em obrigações à 0261 Compromissos assumidos 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 250 000
data de relato 0263 Compromissos a transitar 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 250 000
Obrigações não 0271 Obrigações processadas 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 700 000
pagas à data de
0271 Obrigações a transitar 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 700 000
relato

305

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Encerramento do orçamento
3 - Encerramento das contas previstas na alínea (c) do ponto 39 da NCP 26
Descrição Classe 0 Classificação Económica Débito Crédito
Encerramento das 02311 Reforços em dotações corrigidas 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 300 000
contas de 02312 Reforços em dotações disponíveis 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 300 000
alterações 02321 Anulações em dotações corrigidas 020118 Livros e documentação técnica 300 000
orçamentais 02322 Anulações em dotações disponíveis 020118 Livros e documentação técnica 300 000

Júlio Costa
02341 Cativos 020118 Livros e documentação técnica 140 000
Encerramento das
024 Dotações disponíveis 020118 Livros e documentação técnica 140 000
contas de cativos
02341 Cativos 020118 Livros e documentação técnica 300 000
e descaivos
0242 Descativos 020118 Livros e documentação técnica 300 000
0251 Cabimentos registados 020118 Livros e documentação técnica 4 400 000
Encerramento das
0252 Cabimentos com compromissos 020118 Livros e documentação técnica 4 400 000
contas de
0251 Cabimentos registados 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 3 350 000
cabimentos
0252 Cabimentos com compromissos 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 3 350 000
0261 Compromissos assumidos 020118 Livros e documentação técnica 4 300 000
Encerramento das
0262 Compromissos com obrigação 020118 Livros e documentação técnica 4 300 000
contas de
0261 Compromissos assumidos 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 3 100 000
compromissos
0262 Compromissos com obrigação 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 3 100 000
0271 Obrigações processadas 020118 Livros e documentação técnica 4 300 000 306
Encerramento das
0272 Obrigações pagas 020118 Livros e documentação técnica 4 300 000
contas de
0271 Obrigações processadas 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 2 400 000
obrigações
Fonte: UniLEO
0272 Obrigações pagas 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 2 400 000
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Encerramento do orçamento
3 - Encerramento das contas previstas na alínea (c) do ponto 39 da NCP 26
Descrição Classe 0 Classificação Económica Débito Crédito
Encerramento das 0291 RAP emitidas 020118 Livros e documentação técnica 50 000
contas de RAP 0292 RAP recebidas 020118 Livros e documentação técnica 50 000
0152 Liquidações emitidas 040122 Propinas 1 295 000

Júlio Costa
Encerramento das
0153 Liquidações recebidas 040122 Propinas 1 295 000
contas de
0152 Liquidações emitidas 060301 Transferências correntes 6 200 000
liquidações
0153 Liquidações recebidas 060301 Transferências correntes 6 200 000
Encerramento das 0162 Liquidações emitidas anuladas 040122 Propinas 5 000
contas de 0163 Previsões por liquidar anuladas 040122 Propinas 5 000
liquidações 0162 Liquidações emitidas anuladas 060301 Transferências correntes 200 000
anuladas 0163 Previsões por liquidar anuladas 060301 Transferências correntes 200 000
Encerramento das
0181 Reembolsos e restituições emitidos 040122 Propinas 5 000
contas de
reembolsos e
0182 Reembolsos e restituições pagos 040122 Propinas 5 000
restituiçoes pagos

307

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Casos práticos – Encerramento do orçamento
4 - Encerramento do orçamento
Descrição Classe 0 Classificação Económica Débito Crédito
022 Dotações corrigidas 020118 Livros e documetação técnica 4 900 000
022 Dotações corrigidas 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 3 800 000
Encerramento do

024 Dotações disponíveis 020118 Livros e documetação técnica 500 000*

Júlio Costa
orçamento

024 Dotações disponíveis 020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 450 000
012 Previsões corrigidas 040122 Propinas 1 400 000
012 Previsões corrigidas 060301 Transferências correntes 8 200 000
014 Previsões por liquidar 040122 Propinas 5 000
014 Previsões por liquidar 060301 Transferências correntes 1 400 000
081 Encerramento do orçamento 10 105 000 10 550 000

* O saldo credor da conta "024 - Dotações disponíveis", para além dos 210.000€ que constam no
balancete antes do processo de encerramento, é também influenciado pela anulação dos
cabimentos que não deram origem a compromissos no valor de 150.000€ (ponto 1 desta
resolução) e pelo encerramento da conta "02341 Cativos", apenas no valor dos cativos que não
foram objeto de descativação e que corresponde a 140.000€ (ponto 3 desta resolução). O valor a 308
debitar é então de 500.000€.
Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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Casos práticos – Encerramento do orçamento
5 - Apuramento do desempenho orçamental

Descrição Classe 0 Classificação Económica Débito Crédito


0281 Pagamentos do período 020118 Livros e documetação técnica 3 650 000
Apuramento do
desempenho

0281 Pagamentos do período 020214 Estudos, parec., proj e consult. 2 400 000
orçamental

Júlio Costa
0282 Pagamentos de períodos findos 020118 Livros e documetação técnica 650 000
0171 Recebimento do período 040122 Propinas 1 295 000
0171 Recebimento do período 060301 Transferências correntes 6 200 000
0821 Desempenho orçamental do período 060301 Transferências correntes 7 495 000 6 700 000

309

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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Casos práticos – Encerramento do orçamento
Balancete analítico após o encerramento da contabilidade orçamental
Antes do
Classe 0 Classificação Económica encerramento
Débito Crédito
020118 Livros e documetação técnica 0 100 000

Júlio Costa
0263 Compromissos a transitar
020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 250 000
Total 0 350 000
020118 Livros e documetação técnica 0 0
0273 Obrigações a transitar
020214 Estudos, pareceres, proj e consult. 0 700 000
Total 0 700 000
040122 Propinas 100 000 0
0154 Liquidações a transitar
060301 Transferências correntes 600 000 0
Total 700 000 0
081 Encerramento do orçamento 0 445 000
0821 Desempenho orçamental do período 795 000 0
Total 795 000 445 000
310

Fonte: UniLEO
Contabilidade Orçamental
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Demonstrações Orçamentais – Finalidade

As demonstrações orçamentais são uma representação estruturada da


execução e desempenho orçamental de uma entidade. Consequentemente, os
objetivos das demonstrações orçamentais de finalidades gerais são o de

Júlio Costa
proporcionar informação acerca do orçamento inicial, das alterações
orçamentais, da execução das despesas e das receitas orçamentadas, dos
pagamentos e recebimentos e do desempenho orçamental.

O relato orçamental pode também proporcionar aos utilizadores informação


que indique:
a) Se os recursos foram obtidos e usados de acordo com o orçamento
legalmente adotado; e
b) Se os recursos foram obtidos e usados de acordo com requisitos legais e
contratuais, incluindo limites financeiros estabelecidos pelas autoridades 311
legislativas competentes.
Contabilidade Orçamental
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Demonstrações Orçamentais – Responsabilidade

Uma dada enfdade pode disfnguir entre quem é responsável pela elaboração
das demonstrações orçamentais e quem é responsável pela sua aprovação ou
apresentação. São exemplos de pessoas ou de cargos que podem ser

Júlio Costa
responsáveis pela preparação das demonstrações orçamentais de enudades
individuais (tais como direções-gerais, insututos públicos ou suas equivalentes),
o indivíduo que preside à enudade (o diretor-geral ou o presidente).

A preparação das demonstrações orçamentais consolidadas do Estado é


geralmente uma responsabilidade do Ministério das Finanças.

312
Contabilidade Orçamental
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Demonstrações Orçamentais – Componentes
Um conjunto completo de demonstrações orçamentais compreende, para as
entidades obrigadas a apresentar demonstrações orçamentais individuais os
seguintes documentos:
1 — Demonstrações previsionais:

Júlio Costa
(a) O orçamento, enquadrado num plano orçamental plurianual; (NCP 26)
(b) O plano plurianual de investimentos; (NCP 26)
(c) As demonstrações financeiras previsionais, designadamente balanço,
demonstração dos resultados por natureza e demonstração dos fluxos de
caixa; (NCP 1)
2 — Demonstrações de relato:
(a) Uma demonstração do desempenho orçamental;
(b) Uma demonstração de execução orçamental da receita;
(c) Uma demonstração de execução orçamental da despesa; 313
(d) Uma demonstração da execução do Plano Plurianual de Investimentos;
(e) O anexo às demonstrações orçamentais.
Contabilidade Orçamental
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Demonstrações Orçamentais – Componentes
As entidades que estão obrigadas a apresentar demonstrações orçamentais
separadas e consolidadas devem ainda apresentar:
3 — Demonstrações orçamentais consolidadas
(a) Uma demonstração consolidada do desempenho orçamental;

Júlio Costa
(b) Uma demonstração consolidada de direitos e obrigações por natureza.

314
Contabilidade Orçamental
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Orçamento da Receita

Júlio Costa
315
Contabilidade Orçamental
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Orçamento da Despesa

Júlio Costa
316
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Plano Plurianual de Investimento (PPI)

Júlio Costa
317
Contabilidade Orçamental
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Informação para cada projeto de investimento, considerando-se para o efeito a


seguinte definição:

• Projeto de investimento — conjunto de ações inter-relacionadas, delimitadas


no tempo, com vista à concretização de um objetivo que contribua para a

Júlio Costa
formação bruta de capital fixo.
• O número atribuído a cada projeto é sequencial em cada ano e acompanha o
projeto até à sua conclusão.
• As rubricas orçamentais devem ser as constantes do orçamento.
• Formas de realização — utilizar os códigos: (A) para administração direta; (E)
para empreitadas; (O) para fornecimentos e outras.
• Fontes de financiamento: (RP) receitas próprias, (RG) receitas gerais, (UE)
financiamento da UE e (EMPR) contração de empréstimos.
• Fase de execução — utilizar os códigos: 0 — não iniciada; 1 — com projeto
técnico; 2 — adjudicada; 3- execução física até 25%; 4 — execução física até
50%; 5 — execução física até 75%; 6 — execução física superior a 75%. 318
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 8: Fonte de financiamento a utilizar na execução de despesa sujeita a reembolso
comunitário
Qual a fonte de financiamento a utilizar na execução de despesa que era suposto ter
financiamento comunitária, uma vez que funciona mediante reembolso?
Resposta

Júlio Costa
A fonte de financiamento para as entidades integradas na Administração Local só deve ser
indicada no momento do pagamento. Portanto, não é aplicável na fase do orçamento, sem
prejuízo do plano plurianual de investimentos indicar a distribuição por fontes de
financiamento da cobertura financeira prevista da despesa de investimento. A eventual
alteração das fontes de financiamento da despesa prevista neste mapa deverá ser considerada
uma alteração do mapa em questão e não uma alteração ao orçamento. A entidade no
momento do pagamento deve indicar a fonte de financiamento que efetivamente deu
cobertura à despesa, mesmo que fosse suposto a despesa ser financiada por fundos
comunitários e não foi devido ao financiamento mediante sistema de reembolso. Igualmente,
em momento posterior, após reembolso comunitário, pode ser indicada a fonte de
financiamento comunitária para dar cobertura a despesa que era suposto serem cobertas por
319
receitas próprias, por exemplo.

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Estão sujeitos à prestação de contas ao Tribunal, nos termos da Lei n.º 20/2015 , de 9 de
março, na redação conferida pela nona alteração à lei de organização e processo do
tribunal de contas, aprovada pela Lei n.º 98/97, de 26 de agosto, as seguintes enSdades:

Artigo 51.º autonomia administrativa ou de autonomia


Das entidades que prestam contas administrativa e financeira, incluindo os

Júlio Costa
a) A Presidência da República; fundos autónomos e organismos em regime de
b) A Assembleia da República; instalação;
c) Os tribunais; g) O Estado-Maior-General das Forças Armadas
d) As Assembleias Legislativas das regiões e respetivos ramos;
autónomas; h) A Santa Casa da Misericórdia e o seu
e) Outros órgãos constitucionais; Departamento de Jogos;
f) Os serviços do Estado e das regiões i) A Agência de Gestão da Tesouraria e da
autónomas, incluindo os localizados no Dívida Pública (IGCP, EPE);
estrangeiro, personalizados ou não, qualquer j) A Caixa Geral de Aposentações;
que seja a sua natureza jurídica, dotados de l) As juntas e regiões de turismo; 320
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
m) As autarquias locais, suas associações e prestação de contas:
federações e seus serviços autónomos, áreas a) Os serviços que exerçam funções de caixa
metropolitanas e assembleias distritais; da Direção-Geral do Tesouro, da Direção-
n) Os conselhos administrativos ou comissões Geral das Alfândegas e da Direção-geral dos
administrativas ou de gestão, juntas de Impostos;

Júlio Costa
caráter permanente, transitório ou eventual, b) Os estabelecimentos com funções de
outros administradores ou responsáveis por tesouraria;
dinheiros ou outros ativos do Estado ou de c) Os cofres de qualquer natureza de todos os
estabelecimentos que ao Estado pertençam, organismos e serviços públicos, seja qual for a
embora disponham de receitas próprias; origem e o destino das suas receitas;
o) As entidades previstas no n.º 2 do artigo d) As entidades obrigadas à elaboração de contas
2.º; consolidadas, sem prejuízo da prestação de contas
p) Outras entidades ou organismos a definir separadas pelas entidades previstas no artigo 2.º
por lei. que integram os respetivos perímetros de
2 — Estão ainda sujeitos à elaboração e consolidação 321
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Artigo 52.º de abril do ano seguinte àquele a que
Da prestação de contas respeitam, sem prejuízo de as contas
1 — As contas são prestadas por anos consolidadas serem remetidas até 30 de junho.
económicos e elaboradas pelos responsáveis da 5 — Nos casos previstos nos n.º 2 e 3, o prazo
respetiva gerência ou, se estes tiverem cessado para apresentação das contas é de 45 dias a

Júlio Costa
funções, por aqueles que lhes sucederem, sem contar da data da substituição dos
prejuízo do dever de recíproca colaboração. responsáveis.
2 — Quando, porém, dentro de um ano 6 — As contas são elaboradas e documentadas
económico houver substituição do responsável de acordo com as instruções aprovadas pelo
ou da totalidade dos responsáveis nas Tribunal.
administrações coletivas, as contas são 7 — A falta injustificada de remessa das contas
prestadas em relação a cada gerência. nos prazos fixados nos n.º 4 e 5 pode, sem
3 — A substituição parcial de gerentes em prejuízo da correspondente sanção, determinar
administrações colegiais por motivo de a realização de uma auditoria, tendo em vista
presunção ou apuramento de qualquer infração apurar as circunstâncias da falta cometida e da
financeira dá lugar à prestação de contas, que eventual omissão da elaboração dam contas, a 322
são encerradas na data em que se fizer a qual procede à reconstituição e exame da
substituição. respetiva gestão financeira, para fixação do
4 — As contas são remetidas ao Tribunal até 30 débito aos responsáveis, se possível.
Contabilidade Orçamental
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Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
O valor de receita ou de despesa abaixo do qual as enfdades sujeitas à prestação de contas
ficam dispensadas de as remeter ao Tribunal de Contas é:
a) Municípios, Freguesias, Áreas Metropolitanas, Comunidades Intermunicipais, Associações de
Municípios, Associações de Freguesias e Assembleias Distritais − € 1.000.000;
b) Enfdades prestadoras de cuidados de saúde bem como os estabelecimentos do ensino
básico, secundário (incluindo os respefvos agrupamentos) e profissional — € 5.000.000;

Júlio Costa
c) Outras enfdades − € 2.500.000.

Estas entidades, ou seja, entidades dispensadas da remessa das contas de gerência, devem
enviar ao Tribunal de Contas, nos prazos legais de prestação de contas, os seguintes
documentos, se e quando aplicável:
a) Mapa da conta de gerência ou mapa de fluxos financeiros ou mapa de fluxos de caixa;
b) Conta de operações de tesouraria ou documento equivalente;
c) Balanço e demonstração de resultados;
d) Ata de aprovação das contas pelo órgão competente;
e) Relatório e parecer do órgão de fiscalização e cópia da certificação legal de contas; 323
f) Relação nominal dos responsáveis, relativa ao período a que se reporta a prestação de contas.
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Demonstração de Desempenho Orçamental

Júlio Costa
324
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 2: Demonstração do desempenho orçamental
Como deve ser preenchida a linha Restituição do saldo operações Orçamentais constante da
Demonstração do desempenho orçamental?
Resposta

Júlio Costa
A linha da Demonstração de Desempenho Orçamental designada Restituição do saldo de
operações orçamentais apresentará valor na circunstância em que a devolução do saldo da
gerência anterior seja contabilizada como restituição na classificação económica de receita
16.01.00, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 26/2002, de 14 de fevereiro, caso em que o valor
devolvido será processado como abate ao saldo da gerência anterior transitado do período de
relato anterior.
O montante inscrito na linha em referência permitirá justificar a diferença entre o montante
apresentado como “Saldo de gerência anterior” de “Operações orçamentais” sinalizado por [1]
na demonstração de desempenho orçamental do período “n” e o montante apresentado como
“Saldo para a gerência seguinte” de “Operações orçamentais” sinalizado como [8] na
demonstração de desempenho orçamental do período “n-1”, pois em regra estes montantes 325
são coincidentes.

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 12: Liquidação e cobrança orçamental do saldo da gerência anterior
A liquidação e cobrança do saldo da gerência anterior não implica a duplicação do valor na
“Demonstração do Desempenho Orçamental”, dado que o saldo da gerência seguinte é
calculado pela soma do saldo da gerência anterior com a receita cobrada deduzida da despesa
paga?

Júlio Costa
Resposta
O movimento de liquidação e cobrança do saldo de gerência não deve ser reflefdo na
demonstração de desempenho orçamental ao nível dos recebimentos. No layout deste mapa
está contemplado um campo próprio para o saldo de gerência anterior. No entanto, o mesmo
deve constar na demonstração de execução orçamental da receita, nos termos do modelo
definido pela NCP 26.

326

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Decreto-Lei n.º
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental 192/2015, de 11
de setembro
Demonstração de Execução
Orçamental da Receita

Júlio Costa
327
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental Norma Técnica
n.º 1/2017, de
20 de junho
UniLEO
Demonstração de Execução
Orçamental da Receita

Júlio Costa
328
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Decreto-Lei n.º
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental 192/2015, de 11
de setembro
Demonstração de Execução
Orçamental da Despesa

Júlio Costa
329
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Norma Técnica
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental n.º 1/2017, de
20 de junho
UniLEO
Demonstração de Execução
Orçamental da Despesa

Júlio Costa
330
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental

Demonstração de Execução Decreto-Lei n.º


192/2015, de 11
do Plano Plurianual de Investimento (PPI) de setembro

Júlio Costa
331
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental Norma Técnica
n.º 1/2017, de
Demonstração de Execução 20 de junho
UniLEO
do Plano Plurianual de Investimento (PPI)

Júlio Costa
332
Contabilidade Orçamental
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NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Decreto-Lei n.º
192/2015, de 11
de setembro
Alterações Orçamentais da Receita
Demonstração de Execução das

Júlio Costa
333
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental

Formação
UniLEO
Alterações Orçamentais da Receita
Demonstração de Execução das

Júlio Costa
334
Contabilidade Orçamental
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Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental

Legenda:
Alterações Orçamentais da Receita
Demonstração de Execução das

(1) Rubricas: rubricas de despesa normalizadas pelo SNC-AP


(2) Tipo: (P) Alteração permutativa / (M) Alteração modificativa
(3) Descrição da rubrica da RECEITA

Júlio Costa
(4) Previsões iniciais: Débito da conta 011 – Previsões iniciais
(5) Inscrições/reforços: Saldo devedor da conta 01311 – Reforços em
previsões corrigidas
(6) Diminuições/anulações: Saldo credor da conta 01321 – Anulações em
previsões corrigidas
(7) Créditos especiais: Saldo devedor da conta 01331 – Créditos especiais
em previsões corrigidas
(8) Previsões corrigidas: Saldo credor da conta 012 – Previsões corrigidas ou
através da fórmula indicada
(9) Eventuais esclarecimentos ou notas
335
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Decreto-Lei n.º
192/2015, de 11
de setembro
Alterações Orçamentais da Despesa
Demonstração de Execução das

Júlio Costa
336
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental

Formação
Alterações Orçamentais da Despesa

UniLEO
Demonstração de Execução das

Júlio Costa
337
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental

Legenda:
Alterações Orçamentais da Despesa
Demonstração de Execução das

(1) Rubricas: rubricas de despesa normalizadas pelo SNC-AP


(2) Tipo: (P) Alteração permutativa / (M) Alteração modificativa
(3) Descrição da rubrica da DESPESA

Júlio Costa
(4) Dotações iniciais: Crédito da conta 021 – Dotações iniciais
(5) Inscrições/reforços: Saldo credor da conta 02311 – Reforços em
dotações corrigidas
(6) Diminuições/anulações: Saldo devedor da conta 02321 – Anulações em
dotações corrigidas
(7) Créditos especiais: Saldo credor da conta 02331 – Créditos especiais em
dotações corrigidas
(8) Dotações corrigidas: Saldo devedor da conta 022 – Dotações corrigidas
ou através da fórmula indicada
(9) Eventuais esclarecimentos ou notas
338
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental

Demonstração de Execução das Alterações


Orçamentais do Plano Plurianual de Investimento

Júlio Costa
339
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental

Demonstração das Operações de Tesouraria

Júlio Costa
340
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental

Contratação Administrativa – Situação dos contratos Decreto-Lei n.º


192/2015, de 11
de setembro

Júlio Costa
341
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Norma Técnica
n.º 1/2017, de
Contratação Administrativa – Situação dos contratos 20 de junho
UniLEO

Júlio Costa
342
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental

Contratação Administrativa – Adjudicações por tipo de contrato

Júlio Costa
343
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental

Transferências e Subsídios Concedidos

Júlio Costa
344
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental

Transferências e Subsídios Recebidos

Júlio Costa
345
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental – Consolidação

O perímetro de consolidação das administrações públicas compreende os


subperímetros referentes à Administração Central, Segurança Social,
Administração Local e Regiões Autónomas.

Júlio Costa
As entidades que compõem cada um destes subperímetros são, no caso da
Administração Central e da Segurança Social, as entidades que em cada
período contabilístico integrarem o Orçamento do Estado e, no caso das
Regiões Autónomas, as entidades que em cada período contabilístico
integrarem o Orçamento da Região Autónoma da Madeira e o Orçamento da
Região Autónoma dos Açores.

No caso da Administração Local, o perímetro de consolidação será composto


pelo conjunto de entidades incluídas neste subsetor nas últimas contas
setoriais publicadas pela autoridade estatística nacional, em cumprimento do 346
Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais.
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental – Consolidação

A entidade consolidante é responsável pela elaboração de documentos e


elementos de apoio ao processo de consolidação orçamental,
designadamente o manual de consolidação e o dossiê de consolidação. Sendo
que integram o manual de consolidação, nomeadamente: o plano de contas

Júlio Costa
central; o calendário das operações; as hierarquias de consolidação; o nível dos
classificadores orçamentais a que será executada a consolidação; os
procedimentos de homogeneização e agregação dos dados e de eliminação das
operações internas, bem como as instruções para a elaboração do dossiê de
consolidação.

O dossiê de consolidação será composto, designadamente, pelas:


demonstrações orçamentais e anexos; elementos sobre operações internas e
outras informações que se revelem pertinentes.
347
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental – Consolidação

Para efeitos de consolidação, as demonstrações orçamentais das entidades


pertencentes ao perímetro de consolidação devem ser preparadas na mesma
base contabilística, no caso a base de caixa modificada.

Júlio Costa
O método e procedimentos de consolidação, a adotar de acordo com a
presente norma, devem ser aplicados de forma consistente entre sucessivos
períodos contabilísticos.

348
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental – Consolidação

As demonstrações orçamentais consolidadas são preparadas combinando as


demonstrações orçamentais das entidades que compõem o perímetro de
consolidação, numa base de linha a linha, adicionando rubricas idênticas de
obrigações, de pagamentos, de liquidações e de recebimentos.

Júlio Costa
No sentido de as demonstrações orçamentais consolidadas apresentarem
informação orçamental relativa às entidades que compõem o perímetro de
consolidação como se de uma única entidade se tratasse, deve ser utilizado
como método de consolidação: o método da consolidação simples.

349
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental – Consolidação

As demonstrações orçamentais consolidadas, constituindo um complemento, e


não um substituto, das demonstrações orçamentais individuais, são elaboradas
após a realização das homogeneizações e das eliminações de operações

Júlio Costa
internas, nomeadamente as referidas seguidamente, para que seja possível
obter uma imagem verdadeira e apropriada das obrigações, pagamentos,
liquidações e recebimentos das entidades que compõem o perímetro de
consolidação.

350
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental – Consolidação

Consolidação de Contas
(art.º 7.º, DL 192/2015)

Júlio Costa
Perímetro de Perímetro de
consolidação consolidação
financeira orçamental das AP

Administração Central e SS – Perímetro OE Administração Central e SS – Perímetro OE


Regiões Autónomas – Perímetro do OR Regiões Autónomas – Perímetro do OR
Administração Local – Perímetro Estatístico Administração Local – Perímetro Estatístico

351
EnKdades controladas pelas AP
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 18: Perímetro de consolidação de natureza orçamental (NCP26) e de natureza
financeira (NCP22)
As entidades incluídas no perímetro de consolidação orçamental podem ser diferentes das que
constam do perímetro de consolidação financeira, dado que o perímetro de consolidação da
NCP26 – Contabilidade e Relato Orçamental é mais restrito do que o da NCP22 –

Júlio Costa
Demonstrações Financeiras Consolidadas pois está limitado às entidades reclassificadas pelo
INE? São neste caso apresentadas duas prestações de contas consolidadas diferentes?
Resposta
As demonstrações consolidadas orçamentais e financeiras terão de facto perímetros
diferentes. Não obstante não se tratará de duas prestações de contas consolidadas diferentes,
mas sim mapas distintos na mesma prestação de contas consolidada. Assim sendo, aquando da
apresentação da prestação de contas consolidadas os Municípios, por exemplo, apresentarão
os mapas orçamentais com o perímetro orçamental e os mapas financeiros com o perímetro
de controlo.
352

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 21 — Demonstrações Financeiras Separadas

Demonstrações financeiras consolidadas são as demonstrações


financeiras de um grupo público em que os ativos, passivos, patrimónios
líquidos, rendimentos, gastos e fluxos de caixa da entidade que controlada e
das suas controladas são apresentados como respeitantes a uma única

Júlio Costa
entidade.

Demonstrações financeiras separadas são as que são apresentadas por


uma entidade, em que a mesma pode escolher, sujeita aos requisitos desta
Norma, a contabilização dos seus investimentos em entidades controladas,
associadas e empreendimentos conjuntos ao custo, de acordo com a NCP 18
— Instrumentos Financeiros, ou segundo o método da equivalência
patrimonial, nos termos da NCP 23 — Investimentos em Associadas e
Empreendimentos Conjuntos.
353
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 21 — Demonstrações Financeiras Separadas

Tipos de
demonstrações
financeiras

Júlio Costa
Separadas Consolidadas Individuais

As demonstrações financeiras de
uma entidade que não controla
outra entidade, nem tem interesses
em associadas ou em
empreendimentos conjuntos, não
são demonstrações financeiras
separadas
354
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 21 — Demonstrações Financeiras Separadas

Quando a entidade pública prepara demonstrações financeiras consolidadas as


suas demonstrações financeiras individuais coincidem com as demonstrações
financeiras separadas.

Júlio Costa
Quando uma entidade preparar demonstrações financeiras separadas, deve
contabilizar os investimentos em entidades controladas, empreendimentos
conjuntos e associadas:
(a) Pelo custo;
(b) Em conformidade com a NCP 18; ou
(c) Pelo método da equivalência patrimonial conforme descrito na NCP 23.

355
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 22 — Demonstrações Financeiras Consolidadas

Grupo Público consiste na enudade que controla e as suas enudades


controladas. Um grupo público pode incluir enudades com objeuvos sociais e
outras com objeuvos comerciais.

Júlio Costa
Interesses que não controlam é a parcela do património líquido ou do
capital próprio (conforme apropriado) de uma enudade controlada não
imputável, direta ou indiretamente, a uma enudade que controla.

Poder consiste em direitos existentes que proporcionam a capacidade de


dirigir as auvidades relevantes de outra enudade.

356
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 22 — Demonstrações Financeiras Consolidadas
Não
A enKdade tem poder sobre a outra enKdade?

Sim Elemento poder


Tem exposição, ou direitos, aos benefícios Não Presença

Júlio Costa
decorrentes do seu envolvimento com a outra
entidade? simultânea
dos três
Sim Elemento Benewcios elementos
Tem a capacidade de exercer o seu poder sobre
a outra entidade de modo a afetar a natureza e a
Não
quantia dos benefícios decorrentes do
envolvimento com essa entidade?
Elemento ligação entre
Sim poder e benefícios
Não é uma entidade controlada 357
É uma entidade controlada
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Reunir as demonstrações financeiras da entidade que controla e
1 das entidades controladas

Ajustamentos de
2 Uniformizar as demonstrações financeiras
pré-consolidação

3 Combinar os itens semelhantes do Balanço e da DR

Júlio Costa
Eliminar o investimento da entidade que controla na(s)
4 entidade(s) controlada(s)

5 Reconhecer os interesses que não controlam


Procedimentos de
consolidação
6 Eliminar os saldos e transações intra-grupo público

7 Alocar os resultados

358

Apresentação de Demonstrações Financeiras Consolidadas


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental – Consolidação
Homogeneização temporal — As contas das enudades a consolidar deverão
reportar-se ao mesmo período temporal. Se, durante o período contabilísuco, uma
enudade deixar de fazer parte integrante do perímetro de consolidação, deverão ser
considerados os pagamentos e recebimentos realizados até à data em que
abandonou o perímetro, mas não a sua posição de obrigações e liquidações
apurada a essa data, devendo este facto e o seu efeito serem explicitados no anexo

Júlio Costa
às demonstrações orçamentais consolidadas.

Homogeneização de operações internas — Quando da realização de operações


internas resultem, por inexaudão, omissão ou deficiente classificação orçamental,
registos não coincidentes nas contas orçamentais das enudades intervenientes
nessas operações, deverão realizar-se os ajustamentos necessários para que se
possa posteriormente proceder às respeuvas eliminações.

Homogeneização de estrutura — Sempre que a estrutura das demonstrações


orçamentais anuais de uma enudade a consolidar não coincida com a das demons- 359
trações orçamentais consolidadas deverão efetuar-se as necessárias reclassificações
às rubricas orçamentais aplicadas individualmente.
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental – Consolidação

Agregação

A preparação das demonstrações orçamentais consolidadas realizar-se-á pela


agregação das diferentes rubricas de obrigações, de pagamentos, de liquidações e

Júlio Costa
de recebimentos, segundo a natureza das operações, constantes das
demonstrações orçamentais anuais individuais homogeneizadas, sem prejuízo das
eliminações que se vierem a verificar e que se descrevem no numero seguinte.

360
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental – Consolidação

Eliminações

A eliminação das operações internas deve obedecer, designadamente às seguintes


eliminações:

Júlio Costa
(a) Eliminações recíprocas de natureza orçamental — Para a elaboração da
demonstração consolidada de direitos e obrigações, devem eliminar-se os
créditos e débitos recíprocos por natureza registados em contas da classe
zero pelas enudades que integram o perímetro de consolidação;

(b) Eliminações de pagamentos e recebimentos orçamentais — Para a


elaboração da demonstração consolidada de desempenho orçamental
devem eliminar-se os pagamentos e recebimentos, por natureza,
resultantes de operações internas, registados em contas da classe zero
361
pelas enudades que integram o perímetro de consolidação;
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental – Consolidação

Método de consolidação orçamental

O método da consolidação simples aplica-se para efeitos de preparação de


demonstrações orçamentais consolidadas sendo suportado pelas contas da Classe
zero — Contabilidade Orçamental.

Júlio Costa
Este método traduz-se na soma algébrica de rubricas equivalentes de obrigações,
de pagamentos, de liquidações e de recebimentos das demonstrações orçamentais
individuais das entidades pertencentes ao perímetro de consolidação e na
posterior eliminação, tendo em consideração as entidades dependentes de cada
um dos níveis de consolidação, dos saldos resultantes de obrigações e liquidações
recíprocas por natureza, assim como dos saldos de pagamentos e recebimentos de
operações internas por natureza.
362
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 35: Consolidação de Municípios com Serviços Municipalizados ou
Intermunicipalizados na Contabilidade Orçamental e Financeira
Como consolidar Serviços Municipalizados ou Intermunicipalizados na Contabilidade
Orçamental e Financeira?
Resposta

Júlio Costa
Ao nível da consolidação orçamental deverá ser seguida a NCP 26 – Contabilidade e Relato
Orçamental, utilizando o método de consolidação simples (na totalidade nos Serviços
Municipalizados e na proporção nos Intermunicipalizados da participação/poder).

De acordo com este método, na circunstância de Serviços Intermunicipalizados, como existe


um controlo conjunto, cada entidade deve integrar o acordo conjunto nas suas demonstrações
orçamentais consolidadas proporcionalmente à respetiva participação.

Ao nível da contabilidade financeira, nos termos da NCP 23 — Investimentos em associadas e


empreendimentos conjuntos, o método de consolidação a aplicar aos Serviços
Intermunicipalizados será o da equivalência patrimonial, enquanto que nos Serviços 363
Municipalizados será aplicada a consolidação integral.

(Aprovada pelo CNCP em 27 de junho de 2018)


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Demonstração Consolidada de
Desempenho Orçamental

Júlio Costa
364
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
direitos e obrigações por natureza
Demonstração Consolidada de

Júlio Costa
365
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Regime Simplificado

O Regime Simplificado é aplicável às enudades que integrando o âmbito do


Sistema de Normalização Contabilísuca para as Administrações Públicas (SNC-AP),
definido no arugo 3.º, do Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro, cumpram
os requisitos para serem consideradas pequenas enudades ou microenudades,

Júlio Costa
desde que as primeiras não optem pela aplicação do regime geral do SNC-AP e as
segundas pela aplicação desse regime ou do regime simplificado das pequenas
enudades.

O disposto no número anterior não prejudica a possibilidade de, com base numa
análise de risco prevista no arugo 5.º, do Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de
setembro, o membro do governo responsável pela área das finanças determinar a
aplicação do regime geral do SNC-AP a uma pequena enudade ou uma
microenudade, ou do regime simplificado para as pequenas enudades a uma
microenudade, incluindo a data a parur da qual a alteração de um regime para o 366
outro deva ser aplicada.
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Regime Simplificado

Pequenas Entidades
São consideradas pequenas entidades aquelas que, integrando o âmbito do
SNC-AP definido no artigo 3.º, do Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de
setembro, apresentem nas duas últimas prestações de contas um montante

Júlio Costa
global de despesa orçamental paga superior a 1.000.000 € e inferior ou igual a
5.000.000 €.

Microentidades
São consideradas microentidades aquelas que, integrando o âmbito do SNC-AP
definido no artigo 3.º, do Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro,
apresentem nas duas últimas prestações de contas um montante global de
despesa orçamental paga inferior ou igual a 1.000.000 €.

367
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 19: Aplicação dos limites previstos no Regime Simplificado do SNC-AP
A aplicação do regime simplificado para micros e pequenas enfdades está dependente da
despesa orçamental paga dos úlfmos dois anos. Como deve ser entendido o limite à despesa
global de 1 milhão de euros (micro enfdades) e 5 milhões de euros (pequenas enfdades)?
Resposta

Júlio Costa
Os valores a considerar são anuais e a observação dos limites tem que verificar-se durante dois
anos consecufvos. Isto é:
• Pequena Enfdade é aquela que durante dois anos consecufvos registou um
montante global anual de despesa orçamental paga superior a 1 milhão e inferior a 5
milhões de euros;
• Microenfdade é aquela que durante dois anos consecufvos registou um montante
global anual de despesa orçamental paga inferior a 1 milhão de euros.
Pode colocar-se a questão, na transição, de enfdades que apenas num dos anos tenham
observado estes limites. Sem prejuízo de as enfdades poderem sempre optar por um
normafvo mais exigente do que aquele em que eventualmente se enquadrem, é
entendimento da CNC que, para efeitos de transição, quando nos úlfmos dois anos, um ano 368
esfver acima do limiar e no outro abaixo, a enfdade poderá optar pelo regime que lhe parecer
mais adequado.
...
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
NCP 26 — Contabilidade e Relato Orçamental
Pergunta 19: Aplicação dos limites previstos no Regime Simplificado do SNC-AP
Resposta
...

Júlio Costa
Por forma a evitar alterações constantes de regime nos casos fronteira (por exemplo, uma
enfdade cuja despesa orçamental paga esteja sempre no limiar superior dos limites (1 milhão
ou 5 milhões), a enfdade deve optar pelo regime que mais estabilidade dá ao relato tendo em
conta as previsões dos orçamentos dos anos seguintes.

369

(Aprovada pelo CNCP em 07 de novembro de 2017)


Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Regime Simplificado

Regime Simplificado — Pequenas En^dades

O regime simplificado para as pequenas enudades é composto pelos seguintes


elementos:

Júlio Costa
1. Norma de Contabilidade Pública — Pequenas Enudades (NCP-PE);

2. Norma de Contabilidade Pública 26 — Contabilidade e Relato Orçamental


e Norma de Contabilidade Pública 27 — Contabilidade de Gestão,
constantes do Anexo II, do Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro;

3. Plano de Contas Muludimensional (PCM), que consutui o Anexo III


referido no arugo 2.º, do Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro.
370
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Regime Simplificado

Regime Simplificado — Microen^dades


O regime simplificado para as microenudades é composto pelos seguintes
elementos:

Júlio Costa
1. Norma de Contabilidade Pública 26 — Contabilidade e Relato Orçamental,
a qual integra o Anexo II referido no arugo 2.º, do Decreto-Lei n.º
192/2015, de 11 de setembro;

2. Divulgação do inventário do património.

371
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Regime Simplificado

Consolidação de Contas
Quando exisur um grupo público que integre pequenas enudades ou
microenudades que controlem outras enudades deve ser observado o

Júlio Costa
seguinte quanto à consolidação:

a) No caso de se tratar de uma pequena enudade, esta terá


obrigatoriamente de adotar o regime geral do SNC-AP se for este o
regime aplicado por alguma das suas enudades controladas;

b) No caso de se tratar de uma microenudade, esta terá obrigatoriamente


de adotar ou o regime geral do SNC-AP ou o regime simplificado para as
pequenas enfdades consoante sejam estes os regimes aplicados por
alguma das suas enudades controladas 372
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Regime Simplificado

Consolidação de Contas
As entidades controladas integrantes de um grupo público, quer sejam
pequenas entidades ou quer sejam microentidades, devem aplicar as

Júlio Costa
políticas contabilísticas adotadas pelas entidades que as controlam, e seguir
as orientações delas emanadas para assegurar a consistência e uniformidade
das políticas contabilísticas do grupo público.

As microentidades controladas por outras entidades integrantes de um grupo


público, não podem exercer o direito de opção pelo regime simplificado para
as microentidades, devendo adotar no mínimo o regime simplificado para as
pequenas entidades.

373
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Regime Simplificado
Manual de implementação

O manual de implementação do SNC-AP, a elaborar pela Comissão de


Normalização Contabilísuca nos termos do arugo 12.º do Decreto-Lei n.º
192/2015, de 11 de setembro, contém, designadamente, a descrição do

Júlio Costa
processo de transição para o regime simplificado, as orientações para a
aplicação da NCP-PE, assim como para a divulgação do inventário do
património.
Nesta matéria podem surgir questões relafvas a enfdades que estejam muito perto dos
limites ou em que em alguns anos ultrapassam os limites, mas em outros não. Por forma a
evitar alterações constantes de regime nos casos fronteira, a enSdade deve optar pelo regime
que mais estabilidade dá ao relato tendo em conta as previsões dos orçamentos dos anos
seguintes.

As situações que se suscitem neste âmbito devem ser esclarecidas através da Unidade de 374
Implementação da Lei de Enquadramento Orçamental (UniLEO)

in Manual de Implementação
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Regime Simplificado

Integração de lacunas

Quando a NCP-PE não contemplar o tratamento contabilísuco de determinada


transação ou evento, auvidade ou circunstância, deve-se obedecer supleuvamente

Júlio Costa
à seguinte hierarquia de normas, tendo em vista somente a superação dessa
lacuna:

a) a) As Normas de Contabilidade Pública que integram o regime geral do SNC-AP;

b) As Normas de Contabilidade e Relato Financeiro que integram o Sistema de


Normalização Contabilísuca.

Compete à Comissão de Normalização Contabilísuca interpretar e dar resposta às


questões relacionadas com o Regime Simplificado do SNC-AP que lhe venham a ser 375
colocadas pelas enudades públicas.
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Regime Simplificado
A presente norma tem como objetivo estabelecer os requisitos de
reconhecimento, mensuração e relato financeiro das transações e outros
acontecimentos, com as adaptações inerentes às entidades sujeitas a este regime.

Esta norma incluiu:

Júlio Costa
• Considerações gerais sobre reconhecimento;
• Desreconhecimento;
• Estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras
• Elementos das demonstrações financeiras

376
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Regime Simplificado
As demonstrações financeiras devem ser apresentadas pelo menos anualmente,
sendo o período de relato coincidente com o ano civil.

Um conjunto completo de demonstrações financeiras compreende:

Júlio Costa
• Balanço;
• Demonstração dos resultados por natureza;
• Demonstração de fluxos de caixa;
• Demonstração das alterações no património líquido; e
• Anexo às demonstrações financeiras.

377
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Regime Simplificado
O Anexo às demonstrações financeiras incluiu:

a) Apresentar informação acerca das bases de preparação das


demonstrações financeiras e das políticas contabilísticas usadas;

Júlio Costa
b) Divulgar a informação decorrente dos capítulos desta Norma que não
seja apresentada no balanço e na demonstração dos resultados; e

c) Proporcionar informação adicional que não seja apresentada no


balanço e na demonstração dos resultados, mas que seja relevante
para a sua melhor compreensão.

378
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
Regime Simplificado
Capítulos da NCP PE:
• Políucas contabilísucas, alterações nas esumauvas contabilísucas e erros;
• Auvos fixos tangíveis;
• Auvos fixos intangíveis;
• Locações;
• Custos de emprésumos obudos;

Júlio Costa
• Propriedades de invesumento;
• Inventários;
• Rendimento de transações com contraprestação;
• Rendimento de transações sem contraprestação;
• Provisões, passivos conungentes e auvos conungentes;
• Efeitos de alterações em taxas de câmbio;
• Instrumentos financeiros;
• Beneycios de empregados;
• Acontecimentos após a data de relato; 379
• Agricultura;
• Imparidade
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas
REGIME GERAL REGIME SIMPLIFICADO MICRO ENTIDADES
Subsistemas de
contabilidade Entidades com um montante
Entidades com um montante
aplicáveis vs. Entidades um montante global global de despesa orçamental
global de despesa orçamental
normas de de despesa orçamental paga paga nas 2 ultimas prestações
paga nas 2 ultimas prestações
contabilidade nas 2 ultimas prestações de de contas superior a 1.000.000
de contas inferior ou igual a
pública contas superior a 5.000.000 € € e inferior ou igual a
1.000.000 €
5.000.000 €
Contabilidade

Júlio Costa
NCP 26 NCP 26 NCP 26
orçamental
Estrutura conceptual -- --
Contabilidade NCP 1 a NCP 25 -- --
financeira PCM PCM --
-- NCP-PE --
Contabilidade de
custos e de NCP 27 NCP 27 --
gestão
Ponto 7 do Plano de Contas Ponto 7 do Plano de Contas Ponto 7 do Plano de Contas
Multidimensional Multidimensional Multidimensional
Classificador complementar 2 Classificador complementar 2 Classificador complementar 2
Inventário e
— Cadastro e vidas úteis dos — Cadastro e vidas úteis dos — Cadastro e vidas úteis dos
380
cadastro
ativos fixos tangíveis, ativos fixos tangíveis, ativos fixos tangíveis,
intangíveis e propriedades de intangíveis e propriedades de intangíveis e propriedades de
investimento investimento investimento
Contabilidade Orçamental
5 – O Sistema de Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Setor Sistema contabilístico aplicável


Administração Central SNC - AP
Administração Local SNC - AP
Administração Regional SNC – AP
Segurança Social SNC – AP

Júlio Costa
Entidades públicas reclassificadas* SNC – AP
Empresas públicas reclassificadas* – com valores admitidos à
SNC + NCP26 ou IFRS + NCP 26
negociação em mercado regulamento

* Entende-se por enfdades públicas reclassificadas as enfdades que,


independentemente da sua forma ou designação, tenham sido incluídas nos
subsetores da administração central, regional, local e segurança social das
administrações públicas, no âmbito do Sistema Europeu de Contas Nacionais e
Regionais, nas úlumas contas setoriais publicadas pela autoridade esta•suca 381
nacional.
Mestrado em Contabilidade e Gestão Pública
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso

Enquadramento

O controlo da execução orçamental e, em parucular, da despesa pública


consftuiu um elemento crífco para garanfr o cumprimento das metas

Júlio Costa
orçamentais do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF),
celebrado com a União Europeia (UE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e
o Banco Central Europeu (BCE). Neste âmbito, o controlo dos pagamentos em
atraso (arrears) assume uma relevância parucular, sendo a não acumulação de
dívidas vencidas um critério permanente de avaliação.

O princípio fundamental é o de que a execução orçamental não pode conduzir


à acumulação de pagamentos em atraso.

383
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso

Enquadramento

Neste senudo, foi aprovada a Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro - Lei dos
Compromissos e dos Pagamentos em Atraso (LCPA) e o Decreto-Lei n.º

Júlio Costa
127/2012, de 21 junho.

O Decreto-Lei n.º 127/2012, de 21 de junho, veio proceder à regulamentação


da LCPA, dando cumprimento ao estabelecido no arugo 14.º da mesma e veio
esclarecer alguns dos conceitos e expressões nela uulizadas. Entre outros
aspetos, simplifica o processo de assunção de compromissos decorrentes de
despesas urgentes e imprevisíveis, agiliza o processo decisório na assunção de
compromissos plurianuais pelos municípios, dos insututos públicos de regime
especial, das insutuições de ensino superior públicas de natureza fundacional e
das enudades públicas empresariais no senudo do reconhecimento de boas 384
práucas.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Objetivos

A LCPA visa:
a) Impedir que a dívida atual de vários organismos públicos aumente,
dificultando a assunção de compromissos quando não existem
garantias de seu pagamento a curto prazo, isto é, 90 dias após a data

Júlio Costa
limite de pagamento;

b) Diminuir o prazo de pagamento a fornecedores;

c) Controlar os compromissos plurianuais;

d) Responsabilizar e sancionar os dirigentes, gestores e responsáveis


pela contabilidade, por não observaram a lei, especialmente se
assumirem compromissos sem fundos disponíveis e aumentarem os
pagamentos em atraso. 385
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso

Âmbito

A LCPA aplica-se a todas as enudades previstas, no arugo 2.º, da lei de


enquadramento orçamental, e a todas as enudades públicas do Serviço
Nacional de Saúde.

Júlio Costa
Sem prejuízo do princípio da independência orçamental, os princípios conudos
na presente lei são aplicáveis aos subsetores regional e local, incluindo as
enudades públicas reclassificadas nestes subsetores.

Com exceção do disposto no arugo 7.º excluem-se do âmbito de aplicação da


presente lei as enudades públicas reclassificadas que não recebam
transferências do Orçamento do Estado ou de serviços e organismos da
administração direta e indireta do Estado, cujas receitas próprias não
provenham de um direito atribuído pelo Estado 386
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso

Conceitos

Compromissos são as obrigações de efetuar pagamentos a terceiros em


contraparuda do fornecimento de bens e serviços ou da sausfação de outras
condições. Os compromissos consideram-se assumidos quando é executada

Júlio Costa
uma ação formal pela enudade, como seja a emissão de ordem de compra,
nota de encomenda ou documento equivalente, ou a assinatura de um
contrato, acordo ou protocolo, podendo também ter um carácter permanente e
estarem associados a pagamentos durante um período indeterminado de
tempo, nomeadamente, salários, rendas, eletricidade ou pagamentos de
prestações diversas.

387
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso

Conceitos

Compromisso ConPnuado é um compromisso de caráter permanente, que


gera responsabilidades recorrentes durante um período indeterminado de
tempo (Exemplos: salários, rendas, consumo de eletricidade ou de água).

Júlio Costa
Compromisso pontual é um compromisso que gera uma única
responsabilidade ou uma série de responsabilidades durante um período de
tempo determinado (Exemplos: empreitada, aquisição de bens e serviços).

388
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Conceitos
Data do compromisso – data da ordem de compra, nota de
encomenda, ou documento equivalente e que deve corresponder à
data de registo nos sistemas contabilísbcos locais, que deve ocorrer em
regra, pelo menos três meses antes da data prevista de pagamento,

Júlio Costa
para os compromissos conhecidos nessa data.

Data de vencimento do compromisso – data em que o valor da fatura ou


documento equivalente é exigível.

Compromissos plurianuais são os compromissos que consutuem obrigação


de efetuar pagamentos em mais do que um ano económico ou em anos
económicos disuntos do ano em que o compromisso é assumido. Exigem
autorização prévia da enudade competente e registo no sistema informáuco
389
central das enudades responsáveis pelo controlo orçamental em cada um dos
subsectores da Administração Pública.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Conceitos

Passivos são as obrigações presentes da enudade proveniente de


acontecimentos passados, cuja liquidação se espera que resulte num exfluxo de
recursos da enudade que incorporam beneycios económicos. Uma
caracterísuca essencial de um passivo é a de que a enudade tenha uma

Júlio Costa
obrigação presente (consutuída, por exemplo, aquando da entrega dos bens
com a guia de remessa, contabilizados em receção e conferência, ou com a
fatura ou documento equivalente, provisões para riscos e encargos, ou em
resultado de emprésumos contraídos).

Obrigação é um dever ou responsabilidade para agir ou executar de certa


maneira e pode ser legalmente imposta como consequência de:
a) Um contrato vinculauvo (por meio de termos explícitos ou implícitos);
b) Legislação; 390
c) Requisito estatutário; ou
d) Outra operação da lei.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Conceitos

Contas a pagar são o subconjunto dos passivos certos, líquidos e exigíveis


(ex.: fatura ou documento equivalente, notas de abono, talões nos termos do
CIVA).

Júlio Costa
Pagamentos em atraso são representados pelas contas a pagar que
permaneçam nessa situação mais de 90 dias posteriormente à data de
vencimento acordada ou especificada na fatura, contrato, ou documentos
equivalentes.

391
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Conceitos

Excluem-se do conceito de Pagamentos em atraso, para efeitos de aplicação da


LCPA e do Decreto-Lei n.º 127/2012 (n.º 2, do arugo 4.º):
• As obrigações de pagamento objeto de impugnação judicial até que
sobre elas seja proferida decisão final e executória, as quais devem ser

Júlio Costa
consideradas no passivo, mas não em “contas a pagar”, uma vez que as
provisões para riscos e encargos não consutuem um passivo certo,
líquido e exigível;
• As situações de impossibilidade de cumprimento por ato imputável ao
credor, as quais devem ser consideradas em “contas a pagar”, visto que
a dívida se mantém, ainda que não incorra em mora;
• Os montantes objeto de acordos de pagamento desde que o
pagamento seja efetuado dentro dos prazos acordados, os quais
permanecem em “contas a pagar”, acrescendo aos compromissos do
mês/período/ano em que vão ser liquidados. 392
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso

Passivo Obrigações consbtuídas

Júlio Costa
Contas a Certas, Exigíveis, Liquidas ...
pagar

Pagamentos
em atraso Há mais de 90 dias

393
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Conceitos
Fundos disponíveis são as verbas disponíveis a muito curto prazo.
Os fundos disponíveis (FD) incluem, quando aplicável, e desde que não tenham
sido compromeudos ou gastos:
a) A dotação corrigida líquida de cauvos, relauva aos três meses seguintes;

Júlio Costa
b) As transferências ou subsídios com origem no Orçamento do Estado,
relauvos aos três meses seguintes;
c) A receita efeuva própria que tenha sido cobrada, incluindo a receita de
auvos e passivos financeiros, ou recebida como adiantamento;
d) A previsão da receita efeuva própria a cobrar nos três meses seguintes,
incluindo a previsão de receita de auvos e passivos;
e) O produto de emprésumos contraídos nos termos da lei;
f) As transferências ainda não efetuadas decorrentes de programas e projetos
do QREN e de outros programas estruturais, cujas faturas se encontrem
liquidadas e devidamente ceruficadas ou validadas. 394
g) Outros montantes autorizados nos termos do arugo 4.º da LCPA.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Conceitos
Integram ainda os fundos disponíveis (n.º 3, do arugo 5.º, do Decreto-Lei n.º
127/2012, de 21 de junho):
a) Os saldos transitados do ano anterior cuja uulização tenha sido
autorizada nos termos da legislação em vigor;

Júlio Costa
b) Os recebimentos em atraso existentes entre as enudades referidas no
arugo 2.º da LCPA, desde que integrados em plano de liquidação de
pagamentos em atraso da enudade devedora no respeuvo mês de
pagamento.
c) A receita relauva a auvos financeiros e a outros passivos financeiros.

395
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Conceitos auxiliares
Para efeito da aplicação da LCPA, e para o cálculo dos fundos disponíveis,
importa definir:

Conformidade legal corresponde à prévia existência de lei que autorize a

Júlio Costa
despesa (n.º 2, do arugo 22.º, do Decreto-Lei n.º 155/92, de 28 de julho).

Regularidade financeira depende da inscrição orçamental, correspondente


cabimento e adequada classificação da despesa (n.º 2, do arugo 22.º, do
Decreto-Lei n.º 155/92, de 28 de julho).

Dívida vencida corresponde às obrigações que ultrapassaram a data de


vencimento do pagamento.
396
Dívida vincenda corresponde às obrigações que ainda não aungiram a data
limite de pagamento.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Conceitos auxiliares

Fonte de financiamento idenufica a origem do financiamento, constando da


circular anual com as instruções para a elaboração do Orçamento do Estado a
sua upificação.

Júlio Costa
Dotação corrigida líquida de caPvos corresponde às verbas inscritas no
orçamento, financiadas por receitas gerais, considerando as alterações
orçamentais e abaudas dos cauvos legais.

Transferências ou subsídios com origem no OE, incluem as dotações


orçamentais disponibilizadas, as indemnizações compensatórias e outros
subsídios inscritos no Orçamento do Estado e os adiantamentos no âmbito de
contratos, desde que tenham origem no OE (Receitas Gerais).
397
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Conceitos auxiliares

Receita própria inclui, para efeitos de apuramento dos Fundos Disponíveis, as


receitas consignadas à enudade, as receitas provenientes de cofinanciamento
comunitário e as transferências das Administrações Públicas que não tenham
origem no OE. Incluem-se ainda neste conceito as transferências de receitas

Júlio Costa
gerais provenientes de outros organismos.

Para efeitos de delimitação do regime excecional previsto no n.º 5, do arfgo 11.º, do


Decreto-Lei n.º 127/2012, de 21 de junho, deve ser adotado um conceito restrito de
receita própria (“receitas próprias propriamente ditas”), atendendo à noção constante do
n.º 1, do arfgo 47.º, do Decreto-Lei n.º 155/92, de 28 de julho.

Receita extraordinária inclui as receitas que não têm um caráter repeuuvo


ou con•nuo, nomeadamente, quando resulte da alienação de bens imóveis ou
da aceitação de heranças e doações (arugo 15.º, do Decreto-Lei n.º 127/2012, 398
de 21 de junho).
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Anuais
Compromissos
Plurianuais

Júlio Costa
Conceitos Fundos
Principais disponíveis

Contas a Pagamentos
Passivos
pagar em atraso

399
Fonte: Adaptado do Manual de implementação da DGO
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Principais diplomas legais

A Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso (LCPA) – Lei n.º 8/2012,


de 21 de fevereiro, estabelece as regras aplicáveis à assunção de

Júlio Costa
compromissos e aos pagamentos em atraso das enudades públicas.

O Decreto-Lei n.º 127/2012, de 21 de junho, contempla as normas


legais disciplinadoras dos procedimentos necessários à aplicação da LCPA e à
operacionalização da prestação de informação constante do arugo 10.º da
mesma lei.

400
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Calculo dos fundos disponíveis
Compromisso Pontual – Regime Ordinário – (n.º 1, art.º 8 do DL 127/2012)
A assunção de compromissos no âmbito dos contratos com duração limitada ao ano
civil, independentemente da sua forma e natureza jurídica, deve ser efetuada
pelo seu valor integral aquando da outorga do respeuvo contrato, emissão da

Júlio Costa
ordem de compra, nota de encomenda ou documento equivalente.

Compromisso Confnuado – Regime Extraordinário – (n.º2, art.º 8 do DL 127/2012)


Independentemente da duração do respeuvo contrato, se o montante
efePvamente a pagar não puder ser determinado no momento da
celebração do contrato, nomeadamente, por depender dos consumos a efetuar
pela enudade adjudicante, a assunção do compromisso é efetuada aquando
da emissão da nota de encomenda se for o caso ou pelo valor esPmado de
encargos relaPvos ao período temporal de apuramento dos fundos 401
disponíveis.
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Calculo dos fundos disponíveis
salários, comunicações, rendas, Comprometer
Despesas consumo de eletricidade ou de água, mensalmente
permanentes fornecimentos anuais ou plurianuais para o período

Júlio Costa
(por exemplo: fornecimento de de três meses
refeições escolares)

Despesas não Obras de reparação, aquisição de Comprometer a


permanentes equipamentos... totalidade

402
Fonte: Adaptado do Manual de implementação da DGO
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Calculo dos fundos disponíveis

Reconhecimento das despesas nos fundos disponíveis no mês Janeiro

Júlio Costa
Empreitada de remodelação de uma Escola EB1 Maravilha

Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
Valor 300 200 400 500 900 120 300 400 200 900 200 100 4 520

Consumo de água na Escola EB1 Maravilha


Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
Valor 30 20 40 50 90 12 30 40 20 90 20 10 452
403
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Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Verbas Brutas (1) 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200
Compromissos - Regime Geral (2)
Compromissos - Regime Excecional (3) 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
Saldo de Tesouraria mensal 150 150 150 150 150 150 150 150 150 150 150 150
Jan 450

Júlio Costa
Fev 600
Mar 750
(4)=(1)-(2)-(3) Abr 900
Fundos Mai 1 050
disponíveis para Jun 1 200
a assunção de Jul 1 350
novos Ago 1 500
compromissos Set 1 650
Out 1 800
Nov 1 800 404
Dez 1800
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Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Verbas Brutas (1) 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200
Compromissos – Regime Geral (2) 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120
Compromissos - Regime Excecional (3) 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
Saldo de Tesouraria mensal 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30
Jan -990

Júlio Costa
Fev -840
Mar -690
(4)=(1)-(2)-(3) Abr -540
Fundos Mai -390
disponíveis para Jun -240
a assunção de Jul -90
novos Ago 60
compromissos Set 210
Out 360
Nov 360
405
Dez 360
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Sob pena da respeuva nulidade, e sem prejuízo das responsabilidades


criminal, financeira, disciplinar e civil aplicáveis, bem como do disposto nos
arugos 9.º e 10.º, do Decreto-Lei n.º 127/2012, nenhum compromisso
pode ser assumido sem que tenham sido cumpridas as seguintes

Júlio Costa
condições (n.º 3, do arugo 7.º, do Decreto-Lei n.º 127/2012, de 21 de
junho):
• Verificada a conformidade legal e a regularidade financeira da
despesa, nos termos da lei;
• Registado no sistema informáuco de apoio à execução orçamental;
• Emiudo um número de compromisso válido e sequencial que é
refleudo na ordem de compra, nota de encomenda ou documento
equivalente.

406
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Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho, que aprova o Regime Jurídico da


realização das despesas públicas e da contratação pública, transpõe para a
ordem jurídica interna as Diretivas n.º 592/50/CEE, do Conselho, de 18 de
Junho, 93/36/CEE, do Conselho, de 14 de Junho, e 97/52/CE, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 13 de Outubro, e estabelece o regime de realização

Júlio Costa
de despesas públicas com locação e aquisição de bens e serviços, bem como da
contratação pública relativa à locação e aquisição de bens móveis e serviços.

IMPORTANTE:
• Este diploma foi revogado pela al. f), do art.º 14.º, do Decreto-Lei n.º
18/2008, de 29 de janeiro, com exceção dos artigos 16.º a 22.º e 29.º;
• Por seu turno o Decreto-Lei n.º 40/2011, de 22/03 veio revogar estes artigos;
• Posteriormente repristinados pela Resolução da Assembleia da República
n.º 86/2011, de 11/04
407
Contabilidade Orçamental
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Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho

Artigo 16.º
Unidade da despesa
1 - Para efeitos do presente diploma, a despesa a considerar é a do custo total

Júlio Costa
da locação ou da aquisição de bens ou serviços.
2 - É proibido o fracionamento da despesa com a intenção de a subtrair ao
regime previsto no presente diploma.

408
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Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho
Artigo 17.º
Competência para autorizar despesas
1 - São competentes para autorizar despesas com locação e aquisição de bens e
serviços as seguintes entidades:

Júlio Costa
a) Até 20000 contos, os diretores-gerais ou equiparados e os órgãos máximos
dos serviços com autonomia administrativa;
b) Até 40000 contos, os órgãos máximos dos organismos dotados de
autonomia administrativa e financeira, com ou sem personalidade jurídica;
c) Até 750000 contos, os ministros;
d) Até 1500000 contos, o Primeiro-Ministro;
e) Sem limite, o Conselho de Ministros.
2 - As despesas devidamente discriminadas incluídas em planos de actividade que
sejam objeto de aprovação ministerial podem ser autorizadas:
a) Até 30000 contos, pelos diretores-gerais ou equiparados e pelos órgãos 409
máximos dos serviços com autonomia administrativa;
b) Até 60000 contos, pelos órgãos máximos dos organismos dotados de
autonomia administrativa e financeira, com ou sem personalidade jurídica.
Contabilidade Orçamental
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Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho

Artigo 17.º
Competência para autorizar despesas
...
3 - As despesas relativas à execução de planos ou programas plurianuais

Júlio Costa
legalmente aprovados podem ser autorizadas:
a) Até 100.000 contos, pelos diretores-gerais ou equiparados e pelos órgãos
máximos dos serviços com autonomia administrativa;
b) Até 200.000 contos, pelos órgãos máximos dos organismos dotados de
autonomia administrativa e financeira, com ou sem personalidade jurídica;
c) Sem limite, pelos ministros e pelo Primeiro-Ministro.

410
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Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho

Artigo 18.º
Competência para autorizar despesas no âmbito das autarquias locais
1 - São competentes para autorizar despesas com locação e aquisição de bens e
serviços as seguintes entidades:

Júlio Costa
a) Até 30.000 contos, os presidentes de câmara e os conselhos de
administração dos serviços municipalizados;
b) Sem limite, as câmaras municipais, as juntas de freguesia, o conselho de
administração das associações de autarquias locais e o órgão executivo de
entidades equiparadas a autarquias locais.
2 - As câmaras municipais e as juntas de freguesia podem autorizar a realização
de obras ou reparações por administração direta até, respetivamente, 30.000
contos e 10.000 contos, podendo estes valores ser aumentados pelas respetivas
assembleias deliberativas.
411
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Artigo 19.º
Despesas com seguros
1 - As despesas com seguros que, em casos excecionais, seja considerado
conveniente fazer carecem de prévia autorização do respetivo ministro e do

Júlio Costa
Ministro das Finanças.
2 - Excecionam-se do disposto no número anterior as despesas com seguros:
a) De viaturas oficiais, desde que limitados ao seguro obrigatório de
responsabilidade civil automóvel;
b) Que, por imposição de leis locais ou do titular do direito a segurar,
tenham de efetuar-se no estrangeiro;
c) De bens culturais e outros casos previstos em norma especial.
3 - O regime previsto no presente artigo não é aplicável às entidades referidas
nas alíneas d) e e) do artigo 2.º
412
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Artigo 20.º
Contratos de arrendamento
1 - Sem prejuízo do regime especial previsto no Decreto-Lei n.º 228/95, de 11
de Setembro, são competentes para autorizar despesas com arrendamento de

Júlio Costa
imóveis para instalação de serviços do Estado e dos organismos dotados de
autonomia administrativa e financeira, com ou sem personalidade jurídica:
a) O respetivo ministro, quando a renda anual não exceda 40.000 contos;
b) O respetivo ministro e o Ministro das Finanças, quando a renda anual
seja superior a 40.000 contos.
2 - As despesas com contratos de arrendamento de imóveis sitos no
estrangeiro dispensam a autorização do Ministro das Finanças prevista na
alínea b) do número anterior.
3 - Os contratos de arrendamento escritos em idioma estrangeiro devem ser
remetidos à sede do serviço em Portugal, acompanhados da respetiva 413
tradução oficial.
4 - O regime previsto no n.º 1 não é aplicável às entidades referidas nas alíneas
d) e e) do artigo 2.º
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Arugo 21.º
Alteração do montante da despesa autorizada
1 - A competência fixada nos termos do arugo 17.º mantém-se para as
despesas provenientes de alterações, variantes, revisões de preços e contratos

Júlio Costa
adicionais, desde que o respeuvo custo total não exceda 10% do limite da
competência inicial.
2 - Quando for excedido o limite percentual estabelecido no número anterior,
a autorização do acréscimo da despesa compete à enudade que, nos termos
do arugo 17.º, detém a competência para autorizar a realização do montante
total da despesa.

414
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Artigo 22.º
Ano económico
1 - Sem prejuízo do disposto no n.º 3, a abertura de procedimento relativo a
despesas que deem lugar a encargo orçamental em mais de um ano

Júlio Costa
económico ou em ano que não seja o da sua realização, designadamente com
a aquisição de serviços e bens através de locação com opção de compra,
locação financeira, locação-venda ou compra a prestações com encargos, não
pode ser efetivada sem prévia autorização conferida em portaria conjunta do
Ministro das Finanças e do respetivo ministro, salvo quando:
a) Resultem de planos ou programas plurianuais legalmente aprovados;
b) Os seus encargos não excedam o limite de 20.000 contos em cada um dos
anos económicos seguintes ao da sua contração e o prazo de execução de três
anos.
2 - Os contratos e as portarias a que se refere o número anterior devem fixar o 415
limite máximo do encargo correspondente a cada ano económico.
...
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Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho
Artigo 22.º
Ano económico
...
3 - Dentro dos 60 dias anteriores ao fim do ano económico, podem ser

Júlio Costa
efetuadas adjudicações de bens ou serviços ou celebrados contratos de
arrendamento cujos efeitos se iniciem no começo do ano económico imediato,
desde que se verifiquem, cumulativamente, as seguintes condições:
a) Constituir o fim da adjudicação ou da celebração do contrato despesa
certa e indispensável;
b) Os encargos contraídos não excederem a importância de dois
duodécimos da verba consignada a despesas da mesma natureza no
orçamento do ano em que se fizer a adjudicação ou se celebrar o
contrato;
c) Seja devidamente declarado que no projeto de orçamento aplicável foi 416
inscrita a verba adequada para suportar a despesa.
...
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Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho
Artigo 22.º
Ano económico
...
4 - A declaração referida na alínea c) do número anterior supre a informação

Júlio Costa
de cabimento exigida no instrumento do contrato e obedece à condição do
encargo vir a ser suportado pela correspondente verba do orçamento do ano
económico imediato.
5 - As despesas resultantes de situações imprevistas ou de fornecimentos a
mais, cujos contratos iniciais tenham sido precedidos da portaria a que se
refere o n.º 1 e desde que os novos encargos tenham cabimento no orçamento
em vigor à data do adicional, são autorizadas nos termos do artigo anterior,
sendo, neste caso, dispensada a publicação de nova portaria.
6 - No caso da entidade adjudicante ser uma das referidas nas alíneas d) ou e)
do artigo 2.º, a portaria a que se refere o n.º 1 é substituída por autorização do 417
respetivo órgão deliberativo.
...
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LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho
Artigo 22.º
Ano económico
...

Júlio Costa
7 - Podem ser excecionados do disposto no presente artigo determinado tipo
de contratos que se revelem imprescindíveis ao funcionamento das entidades
referidas no artigo 2.º e que sejam incompatíveis com as regras relativas às
despesas plurianuais, mediante despacho conjunto do Ministro das Finanças e
do ministro da tutela.

418
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Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho
Artigo 29.º
Autarquias locais
1 - As competências atribuídas às câmaras municipais pelo presente diploma
podem ser delegadas nos conselhos de administração dos serviços

Júlio Costa
municipalizados, no âmbito das respetivas atribuições.
2 - As competências atribuídas pelo presente diploma às câmaras municipais,
às juntas de freguesia e aos conselhos de administração dos serviços
municipalizados podem ser delegadas nos seus presidentes até 150.000
contos, 20.000 contos e 50.000 contos, respetivamente.
3 - Pode ser delegada nos dirigentes municipais a competência para autorizar
despesas até 10.000 contos.

419
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Aumento temporário dos fundos disponíveis

Regra: Os fundos disponíveis não devem exceder os montantes previstos nas


subalíneas i) a vi) da alínea f) do artigo 3.º, da LCPA e (alíneas a) a f) do artigo 5.º,
do Decreto-Lei n.º 127/2012, de 21 de junho).

Júlio Costa
Exceção: Os fundos disponíveis podem ser aumentados, a título excecional,
desde que expressamente autorizados pelas entidades competentes indicadas
neste artigo, através da inclusão de montantes que excedam o previsto nas
subalíneas i) ii), iv), v) e vi) da alínea f) do artigo 3.o (alíneas a), b), d), e) e f) do
artigo 5.º, do Decreto-Lei n.º 127/2012, de 21 de junho).

420
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Aumento temporário dos fundos disponíveis

Subjacente ao pedido de exceção atrás referido deve constar a fundamentação do


pedido, informação de cabimento orçamental por parte da enudade, a idenuficação
da fonte de financiamento objeto do pedido, o escalonamento mensal do

Júlio Costa
pagamento do compromisso e da compensação, dado que tratando-se de
antecipação de receita, deve ser indicado o escalonamento mensal em que a
mesma vai ser uulizada, no caso de receita geral, em que vai ser cobrada, no caso
de receita própria ou em que será recebida, no caso de produto de emprésumo.

O n.º 3 deste arugo determina que “a autorização a que se refere o n.º 1 é


dispensada quando esteja em causa a assunção de compromissos suportados por
receitas consignadas no que se refere à despesa que visa suportar”, entendendo-se
que esta formulação apenas visa contemplar situações cuja consignação esteja
expressa em lei, como sejam o caso das doações, da receita proveniente de venda 421
de património ou outras situações similares.
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Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Verbas Brutas (1) 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200
Compromissos - Regime Excecional (2) 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120
Compromissos - Regime Geral (3) 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
Aumento temporário de fundos (4) 1080 -120 -120 -120 -120 -120 -120 -120 -120 -120

Júlio Costa
Saldo de Tesouraria mensal 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30
Jan 90
Fev 120
Mar 150
Abr 180
(5)=(1)-(2)-(3)+(4) Mai 210
Fundos disponíveis para Jun 240
a assunção de novos Jul 270
compromissos Ago 300
Set 330 422
Out 360
Nov 360
Dez 360
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Assunção de compromissos (art.º 5.º, LCPA)
Os titulares de cargos políticos, dirigentes, gestores e responsáveis pela contabilidade
não podem assumir compromissos que excedam os fundos disponíveis.
As entidades têm obrigatoriamente sistemas informáticos que registam os fundos
disponíveis, os compromissos, os passivos, as contas a pagar e os pagamentos em
atraso, especificados pela respetiva data de vencimento.

Júlio Costa
Os sistemas de contabilidade de suporte à execução do orçamento emitem um
número de compromisso válido e sequencial que é refletido na ordem de compra,
nota de encomenda, ou documento equivalente, e sem o qual o contrato ou a
obrigação subjacente em causa são, para todos os efeitos, nulos.
A nulidade prevista no parágrafo anterior pode ser sanada por decisão judicial
quando, ponderados os interesses públicos e privados em presença, a nulidade do
contrato ou da obrigação se revele desproporcionada ou contrária à boa-fé.
A autorização para a assunção de um compromisso é sempre precedida pela 423
verificação da conformidade legal da despesa, nos presentes termos e nos demais
exigidos por lei.
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Violação das regras relativas a assunção de compromissos (art.º 11.º, LCPA)

Os titulares de cargos políticos, dirigentes, gestores ou responsáveis pela


contabilidade que assumam compromissos em violação do previsto na presente lei
incorrem em responsabilidade civil, criminal, disciplinar e financeira, sancionatória

Júlio Costa
e ou reintegratória, nos termos da lei em vigor.

O disposto no parágrafo anterior não prejudica a demonstração da exclusão de


culpa, nos termos gerais de direito.

424
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Lei n.º 66--B/2012, de 31 de dezembro (LOE2013) introduz duas alterações


à Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro (art.º 175.º)
O artigo 4.º da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, alterada pela Lei n.º 20/2012, de 14 de maio,

Júlio Costa
passa a ter a seguinte redação acrescentando um n.º 3:
“A autorização a que se refere o n.º 1 é dispensada quando esteja em causa a
assunção de compromissos suportados por receitas consignadas no que se
refere à despesa que visa suportar.”

O artigo 8.º, da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, alterada pela Lei n.º 20/2012, de 14 de
maio, passa a ter a seguinte redação acrescentando um n.º 5:
“O impedimento referido no presente artigo não é aplicável à assunção de
compromissos suportados por receitas consignadas no que se refere à despesa que visa
suportar.”
425
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ACÓRDÃO N.º 3/2015– 27.JAN--1ªS/PLENÁRIO


Tribunal de Contas

“e) O cumprimento das prestações em causa no ato objeto do presente processo (Fornecimento de refeições
escolares ao pré-escolar e primeiro ciclo no concelho de Aveiro) constitui relevante interesse público e

Júlio Costa
consubstancia a concretização da proteção de direitos fundamentais das populações delas beneficiárias.”
“f) O Município não tem outra forma de fornecer essas refeições que não seja através da deliberação em
causa.”
“g) Por isso, o Município, em ordem a cumprir o princípio da legalidade em toda a sua extensão (…) está
obrigado ao fornecimento das refeições em causa, o que não pode ignorar.”
“h) No que também releva que o provimento de refeições escolares corresponde à prossecução de atribuições
municipais (…) e que”
“i) a tal o Município está também obrigado através das relações contratuais que vem estabelecendo com a
Administração Central (…)”
“k) Ao que acresce que o Município se deparou no caso concreto com motivos de urgência imperiosa, tendo
atuado em verdadeiro Estado de Necessidade (…)”
“n) Ao que acresce que o facto de estarem em causa receitas consignadas, implica que não haja violação da
LCPA, como ficou alegado e demonstrado, conforme previsão do artigo 4.º da LCPA, na atual redação, 426
introduzida precisamente para salvaguardar este tipo de situações.”
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Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso

ACÓRDÃO N.º 3/2015– 27.JAN--1ªS/PLENÁRIO


Tribunal de Contas
Decisão:

“Assim, pelos fundamentos expostos, acorda-se em Plenário da 1ª Secção em dar

Júlio Costa
provimento ao recurso, revogando o acórdão recorrido e concedendo o visto ao acto de
renovação do contrato acima identificado.

Recomenda--se que, de futuro, o Município de Aveiro cumpra rigorosamente o


estabelecido nos artigos 5.º da LCPA e 7.º do Decreto--Lei n.º 127/2012, quanto aos
registos, declarações e numeração dos compromissos assumidos por conta de receitas
consignadas.

São devidos emolumentos ...”

427
Recomenda-se uma leitura integral do acórdão disponível em:
https://www.tcontas.pt/pt/actos/acordaos/2015/1spl/ac003-2015-1spl.pdf
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Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Descrição Fevereiro Março Abril Total
Transferências ou subsídios com origem OE 100 100 100 300
Previsão da receita efetiva própria 200 200 200 600
Produto de empréstimos
Ativos e Outros Passivos Financeiros
Previsão de ativos e outros passivos financeiros

Júlio Costa
Transferências do QREN
Correções por recebimento efetivo
Outros montantes autorizados nos termos do art.º 4.º
De receitas próprias
De receitas gerais
De empréstimos
De aplicação de SG ou ativos financeiros
Correções de receitas próprias
Correções de receitas gerais
Correções de empréstimos
Fundos Disponíveis-Subtotal 300 300 300 900
Comp. Assum. em Reportes Anteriores 1 300 428
Pagamentos em reportes anteriores 100
Compromissos assumidos por pagar 1 200
Fundos Disponíveis -300
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LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Descrição Fevereiro Março Abril Total
Transferências ou subsídios com origem OE 100 100 100 300
Previsão da receita efetiva própria 200 200 200 600
Produto de empréstimos
Ativos e Outros Passivos Financeiros
Previsão de ativos e outros passivos financeiros

Júlio Costa
Transferências do QREN
Correções por recebimento efetivo
Outros montantes autorizados nos termos do art.º 4.º
De receitas próprias Pode a entidade pública assumir
De receitas gerais um compromisso de 100
De empréstimos
De aplicação de SG ou ativos financeiros
recorrendo a receitas próprias.
Correções de receitas próprias NÃO
Correções de receitas gerais
Correções de empréstimos
Fundos Disponíveis-Subtotal 300 300 300 900
Comp. Assum. em Reportes Anteriores 1 300 429
Pagamentos em reportes anteriores 100
Compromissos assumidos por pagar 1 200
Fundos Disponíveis -300
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LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Descrição Fevereiro Março Abril Total
Transferências ou subsídios com origem OE 100 100 100 300
Previsão da receita efetiva própria 200 200 200 600
Produto de empréstimos
Ativos e Outros Passivos Financeiros
Previsão de ativos e outros passivos financeiros

Júlio Costa
Transferências do QREN
Correções por recebimento efetivo
Outros montantes autorizados nos termos do art.º 4.º
De receitas próprias 100 100
De receitas gerais
De empréstimos Pode a entidade pública assumir um
De aplicação de SG ou ativos financeiros compromisso de 100 recorrendo 85 de
Correções de receitas próprias receitas do Portugal 2020 e a 15 receitas
Correções de receitas gerais
próprias. NÃO
Correções de empréstimos
Fundos Disponíveis-Subtotal 400 300 300 1 000
Comp. Assum. em Reportes Anteriores 1 300 430
Pagamentos em reportes anteriores 100
Compromissos assumidos por pagar 1 200
Fundos Disponíveis -200
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LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Descrição Fevereiro Março Abril Total
Transferências ou subsídios com origem OE 100 100 100 300
Previsão da receita efetiva própria 200 200 200 600
Produto de empréstimos
Ativos e Outros Passivos Financeiros
Previsão de ativos e outros passivos financeiros

Júlio Costa
Transferências do QREN
Correções por recebimento efetivo
Outros montantes autorizados nos termos do art.º 4.º
De receitas próprias 100 100
De receitas gerais
De empréstimos Pode a entidade pública assumir um
De aplicação de SG ou ativos financeiros compromisso de 100 recorrendo 85 de
Correções de receitas próprias receitas do Portugal 2020 e a 15 de
Correções de receitas gerais
contrato programa. SIM
Correções de empréstimos
Fundos Disponíveis-Subtotal 400 300 300 1 000
Comp. Assum. em Reportes Anteriores 1 300 431
Pagamentos em reportes anteriores 100
Compromissos assumidos por pagar 1 200
Fundos Disponíveis -200
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LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Despesas urgentes e inadiáveis (art.º 9.º, DL 127/2012)

Nas despesas urgentes e inadiáveis, devidamente fundamentadas, do mesmo


tipo ou natureza cujo valor, isolada ou conjuntamente, não exceda o montante
de (euro) 10.000, por mês, a assunção do compromisso é efetuada até ao 5.º

Júlio Costa
dia útil após a realização da despesa.

Nas situações em que estejam em causa o excecional interesse público ou a


preservação da vida humana, a assunção do compromisso é efetuada no prazo
de 10 dias após a realização da despesa.

Excluem-se do âmbito de aplicação do disposto no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 127/2012,


de 21 de junho, alterado pelas Leis n.ºs 64/2012, de 20 de dezembro, e 66-B/2012, de 31
de dezembro, e pelo Decreto-Lei n.º 99/2015, de 2 de junho, as despesas urgentes e
inadiáveis a efetuar pelos municípios quando resultantes de incêndios e ou catástrofes
naturais e cujo valor, isolada ou cumulativamente, não exceda o montante de 50.000 €. 432
Art.º 60, da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março – OE2016
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LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Fundo de maneio (art.º 10.º, DL 127/2012)

Os pagamentos efetuados pelo fundo de maneio são objeto de compromisso


pelo seu valor integral aquando da sua constituição e reconstituição, a qual
deve ter caráter mensal e registo da despesa em rubrica de classificação

Júlio Costa
económica adequada.

433
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LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Compromissos plurianuais (art.º 6.º, LCPA)

A assunção de compromissos plurianuais, independentemente da sua forma


jurídica, incluindo novos projetos de investimento ou a sua reprogramação,
contratos de locação, acordos de cooperação técnica e financeira com os

Júlio Costa
municípios e parcerias público-privadas, está sujeita a autorização prévia:
a) Por decisão conjunta dos membros do Governo responsáveis pela área das
finanças e da tutela, quando envolvam entidades pertencentes ao subsetor
da administração central, direta ou indireta, e segurança social e entidades
públicas do Serviço Nacional de Saúde, salvo quando resultarem da
execução de planos plurianuais legalmente aprovados;
b) Do membro do Governo Regional responsável pela área das finanças,
quando envolvam entidades da administração regional;
c) Da assembleia municipal, quando envolvam entidades da administração
local; 434
d) Da assembleia de freguesia, quando estejam em causa freguesias.
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6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
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LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Compromissos plurianuais (art.º 11.º, DL 127/2012)
A autorização prévia do membro do Governo responsável pela área das finanças
a que se refere a alínea a) do n.º 1 do artigo 6.º da LCPA é efetuada nas situações
em que a assunção de compromissos plurianuais depende de portaria de
extensão de encargos, mediante aprovação e assinatura desta portaria ou do

Júlio Costa
ato de excecionamento a que se refere o n.º 7 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º
197/99, de 8 de junho.
Nas situações que não se encontram previstas no parágrafo anterior, a
autorização para assunção de encargos plurianuais, a que se refere a alínea a) do
n.º 1 do artigo 6.º da LCPA, por parte dos membros do Governo responsáveis
pela área das finanças e da tutela pode ser dada mediante despacho genérico,
conjunto ou individual.
O regime previsto para a assunção de compromissos plurianuais aplica-se aos
procedimentos de despesa que dão lugar a encargo orçamental em ano 435
económico que não seja o da sua realização.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Compromissos plurianuais (art.º 11.º, DL 127/2012)

Exclui-se do âmbito de aplicação do n.º 1 do artigo 6.º da LCPA a assunção de


compromissos relativos a despesas com pessoal independentemente da
natureza do vínculo.

Júlio Costa
No caso dos institutos públicos de regime especial, das instituições de ensino
superior públicas de natureza fundacional e das entidades públicas empresariais
que não tenham pagamentos em atraso, a competência para a assunção de
compromissos plurianuais que apenas envolvam receita própria e ou receitas
provenientes de cofinanciamento comunitário é do respetivo órgão de direção.

Por despacho dos membros do Governo responsáveis pela área das finanças e da
tutela pode ser delegada nos órgãos de direção das entidades referidas no
parágrafo anterior e circunscrita às situações nele referidas a competência 436
referida no n.º 1 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de junho.
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Compromissos plurianuais (art.º 9.º, LCPA)
Nenhum pagamento pode ser realizado, incluindo os relativos a despesas com
pessoal e outras despesas com caráter permanente, sem que o respetivo
compromisso tenha sido assumido em conformidade com as regras e procedimentos
previstos na presente lei e em cumprimento dos demais requisitos legais de execução

Júlio Costa
de despesas.
Os agentes económicos que procedam ao fornecimento de bens ou serviços sem que
o documento de compromisso, ordem de compra, nota de encomenda ou documento
equivalente possua a clara identificação do emitente e o correspondente número de
compromisso válido e sequencial, obtido nos termos do n.º 3 do artigo 5.º da presente
lei, não poderão reclamar do Estado ou das entidades públicas envolvidas o
respetivo pagamento ou quaisquer direitos ao ressarcimento, sob qualquer forma.
Sem prejuízo do disposto no artigo 11.º, os responsáveis pela assunção de
compromissos em desconformidade com as regras e procedimentos previstos na 437
presente lei respondem pessoal e solidariamente perante os agentes económicos
quanto aos danos por estes incorridos.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso

Atrasos nos pagamentos (art.º 7.º, LCPA)


A execução orçamental não pode conduzir, em qualquer momento, a um
aumento dos pagamentos em atraso.

Júlio Costa
Para efeitos do cumprimento do disposto no artigo 7.º da LCPA, no final de cada
mês os pagamentos em atraso não podem ser superiores aos verificados no final
do mês anterior.
(art.º 14.º, do DL 127/2012)

438
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
Entidades com pagamentos em atraso (art.º 8.º, LCPA)
Nas entidades com pagamentos em atraso em 31 de dezembro do ano anterior, a
previsão da receita efetiva própria a cobrar nos três meses seguintes prevista na
subalínea iv) da alínea f) do artigo 3.º tem como limite superior 75 /prct. da
média da receita efetiva cobrada nos dois últimos anos nos períodos homólogos,

Júlio Costa
deduzida dos montantes de receita com caráter pontual ou extraordinário.

A aplicação do disposto no parágrafo anterior às entidades nele referidas cessa


quando estas deixem de ter pagamentos em atraso.

As entidades que violem o disposto no artigo 7.º da LCPA:


a) Não podem beneficiar da utilização da previsão da receita efetiva
própria a cobrar nos três meses seguintes para efeitos de determinação
dos fundos disponíveis definidos na alínea f) do artigo 3.º;
b) Apenas podem beneficiar da aplicação da exceção constante do n.º 1 do 439
artigo 4.º mediante prévia autorização do membro do Governo
responsável pela área das finanças.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso

Entidades com pagamentos em atraso (art.º 8.º, LCPA)

O impedimento previsto no número 3 do art.º 8, LCPA, cessa no momento em que


as entidades nele referidas retomem o valor dos pagamentos em atraso anterior
à violação do disposto no artigo 7.º, da LCPA,

Júlio Costa
O impedimento referido no presente artigo não é aplicável à assunção de
compromissos suportados por receitas consignadas no que se refere à despesa
que visa suportar.

440
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso

Prestação de informação (art.º 10.º, LCPA)

As entidades procedem mensalmente ao registo da informação sobre a receita a


cobrar ou a receber para o conjunto do ano, fundos disponíveis, compromissos
assumidos, saldo inicial das contas a pagar, movimento mensal e saldo das contas

Júlio Costa
a pagar a transitar para o mês seguinte e pagamentos em atraso acumulados no
suporte informático das instituições referidas no n.º 5 do artigo 7.º do Decreto-Lei
n.º 127/2012, de 21 de junho .

441
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso

Prevalência (art.º 13.º, LCPA)

Os artigos 3.º a 9.º e 11.º da LCPA têm natureza imperativa, prevalecendo sobre
quaisquer outras normas legais ou convencionais, especiais ou excecionais que
disponham em sentido contrário.

Júlio Costa
Deste modo, para efeitos da LCPA ficam prejudicadas todas as leis especiais das
entidades previstas no artigo 2.o da LCPA.

442
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LCPA – Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso

Relembra-se o Princípio fundamental LCPA

Júlio Costa
A execução orçamental não
pode conduzir à acumulação
de pagamentos em atraso
443
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Introdução

As alterações dos últimos anos e agora esta reforma alteram o paradigma


da Lei de Enquadramento Orçamental, trazendo a influência da teoria

Júlio Costa
económica e da gestão pública.

O novo processo orçamental reflete sobretudo as influências da literatura


internacional, mormente do FMI e da OCDE.

444
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Introdução
A Lei 151/2015, de 11 de setembro procede à reforma da Lei de
Enquadramento Orçamental, publicando um novo normativo que revoga a
anterior Lei de Enquadramento Orçamental, a Lei 91/2001, de 20 de

Júlio Costa
agosto.

Esta Lei agora aprovada, que não altera a anterior Lei de Enquadramento
Orçamental, mas sim revoga-a (embora algumas partes da nova Lei não
tenham aplicação imediata), muda de forma significativa o processo
orçamental.

Trata-se de uma reforma da arquitetura orçamental pública, como uma


reforma da Lei de Enquadramento Orçamental.
445
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Introdução
A reforma produzida pela Lei 151/2015, tem duas grandes vertentes:
• Por um lado, iniciar uma verdadeira orçamentação por programas em
Portugal.
• Por outro lado, dá continuidade à adequação do processo orçamental
às novas regras orçamentais Europeias, nomeadamente as

Júlio Costa
decorrentes do Tratado Orçamental (oficialmente designado por
Tratado Sobre Estabilidade, Coordenação e Governação na União
Económica e Monetária), entre outros.

A nova Lei procura também assegurar que a orçamentação por programas está
de facto focada na obtenção de resultados, suscetíveis de serem avaliados
por indicadores, alterando o paradigma de funcionamento da administração
pública.
446
A Lei procura melhorar o relato financeiro e a qualidade da informação
orçamental.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Vigência

A nova Lei optou por criar um período de transição na aplicação do novo


processo orçamental.

A aplicação do novo processo orçamental, previsto nos art.º 20 a 76 é feita

Júlio Costa
apenas 3 anos após a publicação da Lei.

O art.º 8 do preâmbulo que aprova a Lei 151/2015, estabelece que a nova Lei
entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, mas também estabelece
uma derrogatória de três anos para a produção de efeitos dos art.º 20 a 76.

Isto significa, para esses artigos, uma “vacatio legis” até 2018.

447
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Vigência

Ou seja, como é referido no nº2 do art.º 8 do preambulo, durante estes três


anos mantêm-se em vigor as normas da Lei 91/2001, de 20 de agosto com as
suas sucessivas revisões:
• Relativas ao processo orçamental,

Júlio Costa
• Ao conteúdo e estrutura do orçamento do estado,
• À execução orçamental,
• Às alterações orçamentais,
• Ao controlo orçamental e responsabilidade financeira,
• Ao desvio significativo e mecanismo de correção,
• Às contas,
• À estabilidade orçamental,
• As garantias da estabilidade orçamental,
• As disposições finais.
448
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Vigência
Adicionalmente, o Governo (deveria) aprovará, no prazo de um ano após a
entrada em vigor da nova Lei, alteração dos seguintes diplomas, de forma a
compatibilizá-los com a nova Lei de Enquadramento Orçamental:
• Lei n.º 8/90, de 20 de fevereiro (Lei de bases da Contabilidade Pública);
• Lei n.º 43/91, de 27 de julho (Lei Quadro do Planeamento);

Júlio Costa
• Lei n.º 112/97, de 16 de setembro, alterada pelas Leis n.ºs 64/2012, de 20 de dezembro, e 82-
B/2014, de 31 de dezembro (avales e fianças prestadas pelo estado);
• Lei n.º 7/98, de 3 de fevereiro, alterada pela Lei n.º 87-B/98, de 31 de dezembro (Regime
Geral de Emissão e Gestão da Dívida Pública);
• Lei n.º 3/2004, de 15 de janeiro (lei quadro dos institutos públicos);
• Lei n.º 4/2004, de 15 de janeiro (princípios e normas a que deve obedecer a organização da
administração direta do Estado);
• Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, alterada pelas Leis n.ºs 20/2012, de 14 de maio, 64/2012,
de 20 de dezembro, 66-B/2012, de 31 de dezembro, e 22/2015, de 17 de março (LCPA);
• Lei n.º 28/2012, de 31 de julho, alterada pelas Leis n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro,
51/2013, de 24 de julho, 83-C/2013, de 31 de dezembro, 75- A/2014, de 30 de setembro, e
82-B/2014, de 31 de dezembro (quadro plurianual de programação orçamental para o
período de 2013 a 2016); 449
• Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro [aprova o Código dos Contratos Públicos (CCP) ].
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Vigência

No prazo de seis meses o Governo aprova o decreto-lei previsto no art.º 45,


nº13 da Lei 151/2015, de 11 de setembro, que regulamente os programas
orçamentais a serem implementados.

Júlio Costa
Adicionalmente, no prazo de um ano, o Governo aprovará um decreto-lei que
contém as especificações e as orientações relativas à concretização dos
programas orçamentais junto de todos os serviços e organismos dos subsetores
da administração central e da segurança social.

Em 2018, o Governo aprovará um decreto-lei, de duração e alcance limitados,


com vista a regular, nesses primeiros anos de vigência, a sua compatibilização
com a legislatura em curso e com os limites globais e parcelares de despesa
resultantes, para esse período, da lei das grandes opções.
450
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Vigência

O sistema de informação de desempenho é introduzido gradualmente, no prazo


de três anos a contar da data da entrada em vigor da presente lei, nos termos a
definir por decreto-lei.

Júlio Costa
O Governo aprovará a demais regulamentação necessária à execução da Lei de
Enquadramento Orçamental.

Será criada uma unidade de implementação da Lei de Enquadramento


Orçamental (UniLEO).

Esta entidade tem por missão assegurar a implementação da Lei de


Enquadramento Orçamental nas dimensões jurídica, técnica, comunicacional,
informática e de controlo, de forma a proporcionar ao Estado e aos seus serviços
451
e organismos maior eficácia das políticas públicas numa lógica de resultados.
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Estrutura

Título I- Objeto e Âmbito (artigos 1 a 5)


Título lI - Politica orçamental, principias e regras orçamentais e relações
financeiras entre administrações públicas
• Capitulo I - Política orçamental (artigos 6 a 8)

Júlio Costa
• Capítulo II- Princípios orçamentais (artigos 9 a 19)
• Capitulo III- Regras orçamentais
• Secção 1 - Regras gerais (artigas 20 a 26)
• Secção 2- Regras especificas (artigos 27 a 29)
• Capitulo IV - Relações financeiras entre subsetores (artigos 30 a 31)
Titulo III - Processo orçamental
• Capitulo I-Primeira fase do processo orçamental (artigos 32 a 35)
• Capitulo II-Segunda fase do processo orçamental (artigos 36 a 38)
• Capitulo III -Processo orçamental em situações especiais (artigo 39)
452
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Estrutura

Titulo IV - Sistematização da lei orçamental e estrutura do Orçamento do


Estado
• Capitulo I - Sistematização da Lei Orçamental e conteúdo do articulado
(artigos 40 a 44)

Júlio Costa
• Capitulo II- Estrutura do Orçamento do Estado
• Seção 1 - Programas orçamentais (artigos 45 a 48)
• Seção 2 - Conteúdo dos orçamentos da Entidade Contabilística
Estado e demais entidades públicas (artigos 49 a 51)
Titulo V - Execução do Orçamento do Estado e processo de revisão e alteração
orçamental
• Capitulo I – Regime geral da execução orçamental
• Seção 1 - Principios de execução orçamental (artigos 52 a 57)
• Capítulo II- Regime transitório de execução orçamental (artigo 58)
453
• Capítulo II - Processo de revisão e alteração orçamental (artigos 59 a 61)
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Estrutura

Titulo VI -Contabilidade, relato, controlo e transparência


• Capítulo I- Sistema contabilístico (artigos 62 a 64)
• Capítulo II- Relato anual da Entidade Contabilística Estado e das
entidades públicas (artigos 65 a 67)

Júlio Costa
• Capítulo III- Controlo e responsabilidades (artigos 68 a 72)
• Capítulo IV - Transparência (artigos 73 a 76)

454
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Objeto

A nova Lei de Enquadramento Orçamental tem como objeto:


• Os princípios e as regras orçamentais aplicáveis ao setor das
administrações públicas;

Júlio Costa
• O regime do processo orçamental;
• As regras de execução, de contabilidade e reporte orçamental e
financeiro;
• As regras de fiscalização, de controlo e auditoria orçamental e
financeira, respeitantes ao perímetro do subsetor da administração
central e do subsetor da segurança social.

455
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Âmbito Institucional
O setor das administrações públicas abrange todos os serviços e entidades
dos subsetores da administração central, regional, local e da segurança social,
que não tenham natureza e forma de empresa, de fundação ou de associação

Júlio Costa
públicas.

Sem prejuízo do princípio da independência orçamental, o disposto no título II


e nos artigos 44.º e 74.º é aplicável aos subsetores da administração regional
e local, com as devidas adaptações, cabendo às respetivas leis de
financiamento concretizar os termos dessa aplicação.

Dentro do setor das administrações públicas, entende-se por subsetor da


segurança social o sistema de solidariedade e segurança social, constituído
pelo conjunto dos sistemas e dos subsistemas definidos na respetiva lei de 456
bases, as respetivas fontes de financiamento e os organismos responsáveis
pela sua gestão.
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Âmbito Institucional
Integram ainda o setor das administrações públicas as entidades que,
independentemente da sua natureza e forma, tenham sido incluídas em cada
subsetor no âmbito do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, na

Júlio Costa
última lista das entidades que compõem o setor das administrações públicas
divulgada até 30 de junho, pela autoridade estatística nacional, designadas por
entidades públicas reclassificadas.

Às entidades públicas reclassificadas referidas é aplicável o regime dos serviços


e entidades do subsetor da administração central podendo as mesmas
beneficiar de um regime simplificado de controlo da execução orçamental a
definir por decreto-lei.

Possuem autonomia especial para gestão de receitas próprias as entidades 457


previstas no n.º 3 do artigo 57.º
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Âmbito orçamental e contabilístico
O orçamento da administração central integra os orçamentos dos serviços e
entidades públicas e da Entidade Contabilística Estado (ECE), doravante
designada por ECE.

Júlio Costa
Para efeitos da Lei de Enquadramento Orçamental é criada a ECE, a qual é
constituída pelo conjunto das operações contabilísticas da responsabilidade do
Estado e integra, designadamente, as receitas gerais, as responsabilidades e os
ativos do Estado.

A gestão da ECE compete ao membro do Governo responsável pela área das


finanças.

458
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Valor reforçado

O disposto na Lei de Enquadramento Orçamental prevalece sobre todas as


normas que estabeleçam regimes orçamentais particulares que a contrariem.

Júlio Costa
459
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Política orçamental

O quadro jurídico fundamental da política orçamental e da gestão financeira,


concretizado na Lei de Enquadramento Orçamental, resulta da Constituição da
República Portuguesa e das disposições do Tratado sobre o Funcionamento da

Júlio Costa
União Europeia, do Pacto de Estabilidade e Crescimento em matéria de défice
orçamental e de dívida pública e, bem assim, do disposto no Tratado sobre a
Estabilidade, Coordenação e Governação da União Económica e Monetária.

A política orçamental deve ser definida para um horizonte de médio prazo,


conciliando as prioridades políticas do Governo com as condicionantes que
resultam da aplicação do disposto no parágrafo anterior.

460
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Conselho das Finanças Públicas

O Conselho das Finanças Públicas tem por missão pronunciar-se sobre os


objetivos propostos relativamente aos cenários macroeconómico e
orçamental, à sustentabilidade de longo prazo das finanças públicas e ao

Júlio Costa
cumprimento da regra sobre o saldo orçamental, da regra da despesa da
administração central e das regras de endividamento das regiões autónomas e
das autarquias locais previstas nas respetivas leis de financiamento.

461
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Previsões macroeconómicas
As projeções orçamentais subjacentes aos documentos de programação orçamental
previstos na Lei de Enquadramento Orçamental devem basear-se no cenário
macroeconómico mais provável ou num cenário mais prudente.

Júlio Costa
Os documentos de programação orçamental devem incluir:
• O cenário macroeconómico e orçamental, com explicitação das hipóteses
consideradas;
• A comparação com as últimas previsões efetuadas pelo Governo e a
explicação das revisões efetuadas;
• A comparação com as previsões de outros organismos nacionais e
internacionais para o mesmo período;
• A análise de sensibilidade do cenário macro orçamental a diferentes
hipóteses para as principais variáveis.
Os documentos de programação orçamental devem indicar se o cenário subjacente 462
foi apreciado pelo Conselho das Finanças Públicas.
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios orçamentais
• Princípio da Unidade e da Universalidade
• Princípio da estabilidade orçamental
• Princípio da sustentabilidade orçamental
• Princípio da solidariedade recíproca

Júlio Costa
• Princípio da equidade geracional
• Princípio da anualidade e plurianualidade
• Princípio da não compensação
• Princípio da não consignação
• Princípio da especificação
• Princípio da economia, eficiência e eficácia
• Princípio da transparência orçamental

463
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios orçamentais
Unidade e universalidade

O Orçamento do Estado é unitário e compreende todas as receitas e despesas

Júlio Costa
das entidades que compõem o subsetor da administração central e do
subsetor da segurança social.

Os orçamentos das regiões autónomas e das autarquias locais são


independentes do Orçamento do Estado e compreendem todas as receitas e
despesas das administrações regional e local, respetivamente.

464
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios orçamentais
Estabilidade orçamental

O setor das administrações públicas, incluindo todas as entidades e serviços

Júlio Costa
que o integram, está sujeito, na aprovação e execução dos respetivos
orçamentos, ao princípio da estabilidade orçamental.

A estabilidade orçamental consiste numa situação de equilíbrio ou excedente


orçamental.

A concretização do princípio da estabilidade depende do cumprimento das


regras orçamentais numéricas estabelecidas na Lei de Enquadramento
Orçamental sem prejuízo das regras previstas nas leis de financiamento
regional e local. 465
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios orçamentais
Sustentabilidade das finanças públicas

Os subsetores que constituem o setor das administrações públicas, bem como

Júlio Costa
os serviços e entidades que os integram, estão sujeitos ao princípio da
sustentabilidade.

Entende-se por sustentabilidade a capacidade de financiar todos os


compromissos, assumidos ou a assumir, com respeito pela regra de saldo
orçamental estrutural e da dívida pública, conforme estabelecido na presente
lei.

466
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios orçamentais
Solidariedade recíproca
A preparação, a aprovação e a execução dos orçamentos dos subsetores que
compõem o setor das administrações públicas estão sujeitas ao princípio da
solidariedade recíproca.

Júlio Costa
O princípio da solidariedade recíproca obriga todos os subsetores, através dos
respetivos serviços e entidades, a contribuírem proporcionalmente para a
realização da estabilidade orçamental referida no artigo 10.º e para o
cumprimento da legislação europeia no domínio da política orçamental e das
finanças públicas.

As medidas que venham a ser implementadas são enviadas ao Conselho de


Acompanhamento das Políticas Financeiras e ao Conselho de Coordenação 467
Financeira e devem constar da síntese de execução orçamental do mês a que
respeitam.
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios orçamentais
Equidade intergeracional

A atividade financeira do setor das administrações públicas está subordinada


ao princípio da equidade na distribuição de benefícios e custos entre

Júlio Costa
gerações, de modo a não onerar excessivamente as gerações futuras,
salvaguardando as suas legítimas expectativas através de uma distribuição
equilibrada dos custos pelos vários orçamentos num quadro plurianual.

O relatório e os elementos informativos que acompanham a proposta de lei do


Orçamento do Estado devem conter informação sobre os impactos futuros das
despesas e receitas públicas, sobre os compromissos do Estado e sobre
responsabilidades contingentes.

468
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios orçamentais
Equidade intergeracional
A verificação do cumprimento da equidade intergeracional implica a
apreciação da incidência orçamental das seguintes matérias:
a) Dos investimentos públicos;

Júlio Costa
b) Do investimento em capacitação humana, cofinanciado pelo Estado;
c) Dos encargos com os passivos financeiros;
d) Das necessidades de financiamento das entidades do setor empresarial
do Estado;
e) Dos compromissos orçamentais e das responsabilidades contingentes;
f) Dos encargos explícitos e implícitos em parcerias público-privadas,
concessões e demais compromissos financeiros de caráter plurianual;
g) Das pensões de velhice, aposentação, invalidez ou outras com
características similares;
469
h) Da receita e da despesa fiscal, nomeadamente aquela que resulte da
concessão de benefícios tributários.
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios orçamentais
Anualidade e plurianualidade

O Orçamento do Estado e os orçamentos dos serviços e das entidades que


integram o setor das administrações públicas são anuais.

Júlio Costa
Os orçamentos dos serviços e das entidades que compõem os subsetores da
administração central e da segurança social integram os programas
orçamentais e são enquadrados pela Lei das Grandes Opções em matéria de
Planeamento e da Programação Orçamental Plurianual.

O ano económico coincide com o ano civil.

O disposto não prejudica a possibilidade de existir um período complementar


de execução orçamental, nos termos previstos no decreto-lei de execução 470
orçamental.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios orçamentais
Não compensação

Todas as receitas são previstas pela importância integral em que foram


avaliadas, sem dedução alguma para encargos de cobrança ou de qualquer

Júlio Costa
outra natureza.

A importância integral das receitas tributárias corresponde à previsão dos


montantes que, depois de abatidas as estimativas das receitas cessantes em
virtude de benefícios tributários e os montantes estimados para reembolsos e
restituições, são efetivamente cobrados.

471
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios orçamentais
Não compensação
Todas as despesas são inscritas pela sua importância integral, sem dedução de
qualquer espécie, ressalvadas as seguintes exceções:
a) As operações relativas a ativos financeiros;

Júlio Costa
b) As operações de gestão da dívida pública direta do Estado, que são
inscritas nos respetivos programas orçamentais, nos seguintes termos:
i. As despesas decorrentes de operações de derivados financeiros são deduzidas das
receitas obtidas com as mesmas operações, sendo o respetivo saldo sempre inscrito
como despesa;
ii. As receitas de juros resultantes de operações associadas à emissão de dívida pública
direta do Estado e ou à gestão da Tesouraria do Estado são abatidas às despesas da
mesma natureza;
iii. As receitas de juros resultantes das operações associadas à aplicação dos excedentes
de Tesouraria do Estado, assim como as associadas aos adiantamentos de tesouraria,
são abatidas às despesas com juros da dívida pública direta do Estado;
iv. As receitas de juros resultantes de operações ativas da Direção-Geral do Tesouro e 472
Finanças são abatidas às despesas com juros da dívida pública direta do Estado.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios orçamentais
Não compensação
A inscrição orçamental dos fluxos financeiros decorrentes de operações
associadas à gestão da carteira de ativos dos fundos sob administração do
Instituto de Gestão dos Fundos de Capitalização da Segurança Social, I. P., é

Júlio Costa
efetuada de acordo com as seguintes regras:
a) As receitas obtidas em operações de derivados financeiros são
deduzidas das despesas correntes das mesmas operações, sendo o
respetivo saldo sempre inscrito como receita;
b) Os juros recebidos de títulos de dívida são deduzidos dos juros
corridos pagos na aquisição do mesmo género de valores, sendo o
respetivo saldo sempre inscrito como receita.

473
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios orçamentais
Não consignação
Não pode afetar-se o produto de quaisquer receitas à cobertura de determinadas
despesas.

Júlio Costa
Excetuam-se do disposto do referido:
a) As receitas das reprivatizações;
b) As receitas relativas aos recursos próprios comunitários tradicionais;
c) As receitas afetas ao financiamento da segurança social e dos seus
diferentes sistemas e subsistemas, nos termos legais;
d) As receitas que correspondam a transferências provenientes da União
Europeia e de organizações internacionais;
e) As receitas provenientes de subsídios, donativos e legados de particulares,
que, por vontade destes, devam ser afetados à cobertura de determinadas
despesas; 474
f) As receitas que sejam, por razão especial, afetas a determinadas despesas
por expressa estatuição legal ou contratual.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios orçamentais
Especificação
As despesas inscritas nos orçamentos dos serviços e organismos dos subsetores da
administração central e da segurança social são estruturadas em programas, por
fonte de financiamento, por classificadores orgânico, funcional e económico.

Júlio Costa
As receitas são especificadas por classificador económico e fonte de
financiamento.
São nulos os créditos orçamentais que possibilitem a existência de dotações para
utilização confidencial ou para fundos secretos, sem prejuízo dos regimes especiais
legalmente previstos de utilização de verbas que excecionalmente se justifiquem
por razões de segurança nacional, autorizados pela Assembleia da República, sob
proposta do Governo.
A estrutura dos códigos dos classificadores orçamentais é definida em diploma 475
próprio, no prazo de um ano após a entrada em vigor da lei que aprova a presente
lei.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios orçamentais
Economia, eficiência e eficácia
A assunção de compromissos e a realização de despesa pelos serviços e pelas
entidades pertencentes aos subsetores que constituem o setor das administrações
públicas estão sujeitas ao princípio da economia, eficiência e eficácia.

Júlio Costa
A economia, a eficiência e a eficácia consistem na:
a) Utilização do mínimo de recursos que assegurem os adequados padrões de
qualidade do serviço público;
b) Promoção do acréscimo de produtividade pelo alcance de resultados
semelhantes com menor despesa;
c) Utilização dos recursos mais adequados para atingir o resultado que se
pretende alcançar.
Pelo exposto, a avaliação da economia, da eficiência e da eficácia de investimentos
públicos que envolvam montantes totais superiores a cinco milhões de euros, 476
devem incluir, sempre que possível, a estimativa das suas incidências orçamental e
financeira líquidas ano a ano e em termos globais.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios orçamentais
Transparência orçamental

A aprovação e a execução dos orçamentos dos serviços e das entidades que


integram o setor das administrações públicas estão sujeitas ao princípio da
transparência orçamental, nos termos dos números seguintes e no Capítulo IV do

Júlio Costa
Título VI.

A transparência orçamental implica a disponibilização de informação sobre a


implementação e a execução dos programas, objetivos da política orçamental,
orçamentos e contas do setor das administrações públicas, por subsetor.

A informação disponibilizada deve ser fiável, completa, atualizada, compreensível


e comparável internacionalmente, de modo a permitir avaliar com precisão a
posição financeira do setor das administrações públicas e os custos e benefícios das
477
suas atividades, incluindo as suas consequências económicas e sociais, presentes e
futuras.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios orçamentais
Transparência orçamental

O princípio da transparência orçamental inclui:


a) O dever de informação pelo Governo à Assembleia da República, no
quadro dos poderes de fiscalização orçamental que a esta competem;

Júlio Costa
b) O dever de informação financeira entre os subsetores;
c) O dever de disponibilização de informação à entidade com competência de
acompanhamento e controlo da execução orçamental, nos termos e prazos
a definir no decreto-lei de execução orçamental.

478
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Regra do saldo orçamental estrutural
O objetivo orçamental de médio prazo é o definido no âmbito e de acordo
com o Pacto de Estabilidade e Crescimento.

A trajetória de convergência anual para alcançar o objetivo de médio prazo

Júlio Costa
consta do Programa de Estabilidade.

O saldo estrutural, que corresponde ao saldo orçamental das administrações


públicas, definido de acordo com o Sistema Europeu de Contas Nacionais e
Regionais, corrigido dos efeitos cíclicos e líquido de medidas extraordinárias e
temporárias, não pode ser inferior ao objetivo de médio prazo constante do
Programa de Estabilidade, tendo por objetivo alcançar um limite de défice
estrutural de 0,5 /prct. do produto interno bruto (PIB) a preços de mercado.
479
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Regra do saldo orçamental estrutural
A metodologia para o apuramento do saldo estrutural é a definida no âmbito
e de acordo com o Pacto de Estabilidade e Crescimento.

“annual structural balance of the general government" refers to the anual

Júlio Costa
cyclically-adjusted balance net of one-off and temporary measures
[ Treaty on stability, coordination and governance in the Economic and
Monetary Union – nº.3, artº. 3º.]

Saldo estrutural = Saldo Global - Efeitos do ciclo Económico – Efeito


de medidas extraordinárias e temporárias

480
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Regra do saldo orçamental estrutural
Os Ciclos Económicos correspondem a oscilações do produto, do rendimento
e do emprego, cuja duração corresponde geralmente a um período de 2 a 10
anos e são caracterizados pela expansão ou pela contração generalizada na
maioria dos sectores económicos.

Júlio Costa
Cada Ciclo Económico apresenta duas fases principais: a expansão e a
recessão.

Os pontos de viragem dos ciclos são designados por picos (pontos de viragem
de uma expansão para uma recessão) e por fundos (pontos de viragem de
uma recessão para uma expansão).

PIB potencial, produto interno bruto potencial :


Indicador económico que corresponde ao valor total dos bens e serviços finais
481
que poderiam ser produzidos num país, num determinado período de tempo,
se na sua economia existisse pleno emprego
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Regra do saldo orçamental estrutural
Os Ciclos Económicos :

Júlio Costa
482
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Regra do saldo orçamental estrutural

"De cada vez que se calcula, o saldo estrutural muda”

“O Conselho de Finanças Públicas tem a responsabilidade de avaliar se o país

Júlio Costa
cumpre as regras europeias, nomeadamente na redução do saldo orçamental
estrutural (o que ajusta ao efeito do ciclo económico e das medidas
estruturais). Teodora Cardoso diz que ainda não o consegue fazer e revela que
há mais flexibilidade do que se poderia imaginar num indicador inscrito no
Tratado Orçamental.”

Professora Doutora Teodora Cardoso


[Presidente do Conselho Superior do Conselho de Finanças Públicas]

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas_publicas/orcamento_do_estado/detalhe/de_c 483
ada_vez_que_se_calcula_o_saldo_estrutural_muda.html
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Regra do saldo orçamental estrutural

Júlio Costa
https://www.portugal.gov.pt/download-ficheiros/ficheiro.aspx?v=263f7f9f-7971-4726-98e1- 484
880023dfe900
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Regra do saldo orçamental estrutural
Sempre que a relação entre a dívida pública e o PIB a preços de mercado for
significativamente inferior a 60 /prct. e os riscos para a sustentabilidade a
longo prazo das finanças públicas forem reduzidos, o limite para o objetivo de
médio prazo pode atingir um défice estrutural de, no máximo, 1 /prct. do

Júlio Costa
PIB.

Enquanto não for atingido o objetivo de médio prazo, o ajustamento anual do


saldo estrutural não pode ser inferior a 0,5 /prct. do PIB, e a taxa de
crescimento da despesa pública, líquida de medidas extraordinárias,
temporárias ou discricionárias do lado da receita, não pode ser superior à
taxa de referência de médio prazo de crescimento do PIB potencial, conforme
definido no Pacto de Estabilidade e Crescimento.
485
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Excedentes orçamentais
Os excedentes da execução orçamental são usados preferencialmente na:
a) Amortização da dívida pública, enquanto se verificar o incumprimento
do limite da dívida pública prevista no n.º 1 do artigo 25.º;
b) Constituição de uma reserva de estabilização, destinada a

Júlio Costa
desempenhar uma função anticíclica em contextos de recessão
económica, quando se verificar o cumprimento do limite referido na
alínea anterior.

Os excedentes anuais do sistema previdencial revertem a favor do Fundo de


Estabilização Financeira da Segurança Social, nos termos da Lei de Bases do
Sistema de Segurança Social.

486
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Desvio significativo
A identificação de um desvio significativo face ao objetivo de médio prazo ou
face ao saldo previsto na trajetória de convergência constantes, respetivamente,
dos n.º 1 e 2, do artigo 20.º é feita com base na análise comparativa entre o valor
verificado e o valor previsto.
Para tal, o valor verificado é calculado com base nos dados constantes da

Júlio Costa
notificação do procedimento por défices excessivos efetuada pelas autoridades
estatísticas.
Estando em trajetória de convergência, considera-se que existe um desvio
significativo quando se verifique, pelo menos, uma das seguintes situações:
a) O desvio apurado face ao saldo estrutural previsto for, no mínimo, de 0,5
/prct. do PIB, num só ano, ou de pelo menos 0,25 /prct. do PIB em média
anual em dois anos consecutivos;
b) A evolução da despesa líquida de medidas extraordinárias e temporárias
em matéria de receita tiver um contributo negativo no saldo das 487
administrações públicas de, pelo menos, 0,5 /prct. do PIB, num só ano, ou
cumulativamente em dois anos consecutivos.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Desvio significativo
Para efeitos de determinação de um desvio significativo não é considerado o
previsto na alínea b) do número anterior, se o objetivo de médio prazo tiver
sido superado, tendo em conta a possibilidade de receitas excecionais
significativas, e se os planos orçamentais estabelecidos no Programa de

Júlio Costa
Estabilidade não colocarem em risco aquele objetivo ao longo do período de
vigência do Programa.

O desvio pode não ser considerado significativo nos casos em que resulte de
ocorrência excecional não controlável pelo Governo, nos termos previstos no
artigo 24.º, com impacto significativo nas finanças públicas, e em caso de
reformas estruturais que tenham efeitos de longo prazo na atividade
económica, desde que tal não coloque em risco a sustentabilidade orçamental
a médio prazo.
488
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Desvio significativo

Caso se verifiquem as circunstâncias previstas nos números anteriores, deve o


Conselho das Finanças Públicas alertar o Governo para a necessidade de
reconhecimento da existência de desvio significativo.

Júlio Costa
O reconhecimento da existência de um desvio significativo é da iniciativa do
Governo, mediante prévia consulta do Conselho das Finanças Públicas, ou da
iniciativa do Conselho da União Europeia, através da apresentação de
recomendação dirigida ao Governo, nos termos do n.º 2 do artigo 6.º do
Regulamento (CE) n.º 1466/97, do Conselho, de 7 de julho de 1997.

Reconhecido o desvio significativo é ativado o mecanismo de correção.

489
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Mecanismo de correção do desvio
Quando se reconheça a situação prevista no n.º 3 do artigo 22 da Lei de
Enquadramento Orçamental, o Governo deve apresentar à Assembleia da
República no prazo de 30 dias, um plano de correção com as medidas necessárias
para garantir o cumprimento dos objetivos constantes do artigo 20.º.

Júlio Costa
A correção do desvio reconhecido nos termos do artigo anterior efetua-se
mediante redução em, pelo menos, dois terços do desvio apurado, com o mínimo
de 0,5 /prct. do PIB, a efetuar até ao final do ano subsequente àquele em que foi
reconhecido, devendo o remanescente do desvio ser corrigido no ano seguinte,
salvo se se verificarem circunstâncias excecionais, nos termos previstos no artigo
seguinte.

O ajustamento a efetuar nos termos do número anterior não pode, em qualquer


caso, ser inferior ao que resulta da regra prevista no artigo 25.º da LEO. 490
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Mecanismo de correção do desvio
O plano de correção privilegia a adoção de medidas de redução da despesa
pública, bem como a distribuição do ajustamento entre os subsetores das
administrações públicas em obediência ao princípio da solidariedade recíproca.

Júlio Costa
O plano de correção referido no n.º 1 com as medidas necessárias ao
cumprimento dos objetivos constantes do artigo 20.º deve ser precedido de
parecer não vinculativo do Conselho das Finanças Públicas.

Do Plano de correção constam:


a) A avaliação do Conselho das Finanças Públicas;
b) A justificação para a eventual não consideração ou aceitação da
avaliação do Conselho das Finanças Públicas.

491
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Situações excecionais
A admissão de um desvio face ao objetivo de médio prazo ou face ao saldo
previsto na trajetória de ajustamento constante apenas é permitida
temporariamente e em situações excecionais, não controláveis pelo Governo e
desde que não coloquem em risco a sustentabilidade orçamental no médio

Júlio Costa
prazo, resultantes, nomeadamente:
a) De recessão económica profunda em Portugal, na área do euro ou em
toda a União Europeia;
b) De catástrofes naturais ou outras situações excecionais com significativo
impacto orçamental.

A correção do desvio é efetuada mediante a incorporação no Programa de


Estabilidade das medidas necessárias para garantir o cumprimento dos objetivos
constantes do artigo 20.º. Ocorrendo a situação excecional, a correção da
trajetória de convergência deve ser efetuada, no máximo, nos quatro exercícios 492
orçamentais subsequentes e de acordo com o previsto no número anterior.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Acompanhamento do plano de correção e encerramento de
desvio significativo
Compete ao Conselho das Finanças Públicas efetuar anualmente uma avaliação
pública do cumprimento dos objetivos do plano de correção.

Júlio Costa
Caso tenha sido reconhecida uma situação de excecionalidade, nos termos do n.º
2 do artigo 24.º, na avaliação referida no número anterior o Conselho das
Finanças Públicas deverá analisar se essa situação de excecionalidade deve ser
prorrogada ou revogada.
O prolongamento ou revogação da situação de excecionalidade é objeto de
proposta do Governo e de apreciação pela Assembleia da República, precedida
do parecer não vinculativo do Conselho das Finanças Públicas referido no número
anterior.
493
Compete ao Governo encerrar o mecanismo de correção do desvio, mediante
prévia consulta do Conselho das Finanças Públicas.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Limite da dívida pública
Quando a relação entre a dívida pública e o PIB exceder o valor de referência de
60 /prct., o Governo está obrigado a reduzir o montante da dívida pública, na
parte em excesso, como padrão de referência, tal como previsto no artigo 2.º do
Regulamento (CE) n.º 1467/97, do Conselho, de 7 de julho de 1997, com a

Júlio Costa
redação que lhe foi dada pelo Regulamento (UE) n.º 1177/2011, do Conselho, de
8 de novembro de 2011.

Para efeitos de verificação do disposto no número anterior, considera-se a dívida


pública conforme definida no n.º 5 do artigo 1.º do Regulamento (CE) n.º
479/2009, do Conselho, de 25 de maio de 2009.

Para efeitos de determinação do valor da redução na dívida é considerada a


influência do ciclo económico, nos termos do Regulamento (UE) n.º 1177/2011,
do Conselho, de 8 de novembro de 2011. 494
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Limites de endividamento
Em cumprimento das obrigações de estabilidade orçamental decorrentes do
Programa de Estabilidade, a lei do Orçamento do Estado estabelece limites
específicos de endividamento anual da administração central, das regiões

Júlio Costa
autónomas e das autarquias locais compatíveis com o saldo orçamental
calculado para o conjunto das administrações públicas.

Os limites de endividamento a que se refere o número anterior podem ser


inferiores aos que resultariam das leis financeiras especialmente aplicáveis a cada
subsetor.

495
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Saldos orçamentais

Os serviços e entidades integrados nas missões de base orgânica do subsetor da


administração central devem apresentar na elaboração, aprovação e execução,
um saldo global nulo ou positivo, bem como resultados positivos antes de

Júlio Costa
despesas com impostos, juros, depreciações, provisões e perdas por imparidade,
salvo se a conjuntura do período a que se refere o orçamento, justificadamente, o
não permitir.

O subsetor da segurança social deve apresentar um saldo global nulo ou


positivo, salvo se a conjuntura do período a que se refere o orçamento,
justificadamente, o não permitir.

As entidades públicas reclassificadas apresentam saldo primário positivo.


496
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Regras específicas para os subsetores da administração
regional e local

As regras do saldo orçamental e do limite à dívida, aplicáveis aos subsetores das


administrações regional e local, constam das respetivas leis de financiamento.

Júlio Costa
497
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Transferências do Orçamento do Estado

Para assegurar o cumprimento dos princípios da estabilidade orçamental e da


solidariedade recíproca, a lei do Orçamento do Estado pode determinar
transferências do Orçamento do Estado de montante inferior àquele que

Júlio Costa
resultaria da aplicação das leis financeiras especialmente aplicáveis aos
subsetores da administração regional e local, sem prejuízo dos compromissos
assumidos pelo Estado no âmbito do sistema de solidariedade e de segurança
social.

A possibilidade de redução prevista depende da verificação de circunstâncias


excecionais imperiosamente exigidas pela rigorosa observância das obrigações
decorrentes do Programa de Estabilidade e dos princípios da proporcionalidade,
não arbítrio e solidariedade recíproca e carece de audição prévia dos órgãos
competentes dos subsetores envolvidos. 498
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Início do processo orçamental

O processo orçamental inicia-se com a apresentação, pelo Governo, na


Assembleia da República, dos seguintes documentos:
a) Atualização anual do Programa de Estabilidade;

Júlio Costa
b) Proposta de lei das Grandes Opções em Matéria de Planeamento e da
Programação Orçamental Plurianual, doravante designada por Lei das
Grandes Opções.

O Governo apresenta à Assembleia da República a atualização do Programa de


Estabilidade e a proposta de lei das Grandes Opções até ao dia 15 de abril.

499
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Lei das Grandes Opções
A Lei das Grandes Opções é estruturada em duas partes:
a) Identificação e planeamento das opções de política económica;
b) Programação orçamental plurianual, para os subsetores da
administração central e segurança social.

Júlio Costa
A programação orçamental plurianual concretiza-se através do quadro plurianual
das despesas públicas.

O quadro plurianual das despesas públicas dos subsetores da administração


central e da segurança social define, para o respetivo período de programação:
a) O limite da despesa total, compatível com os objetivos constantes do
Programa de Estabilidade;
b) Os limites de despesa para cada missão de base orgânica;
c) As projeções de receitas, por fonte de financiamento. 500
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Elaboração e apresentação da proposta de lei do
Orçamento do Estado
O Governo elabora e apresenta à Assembleia da República, até 1 de outubro de
cada ano, a proposta de lei do Orçamento do Estado para o ano económico
seguinte.

Júlio Costa
O Governo envia ainda à Comissão Europeia para efeitos de emissão das
recomendações nacionais específicas a proposta de lei do Orçamento do Estado.

501
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Prazo de apresentação e votação da proposta de lei do
Orçamento em situações especiais

O prazo referido – 1 de outubro – não se aplica nos casos em que:

Júlio Costa
a) A tomada de posse do novo Governo ocorra entre 15 de julho e 30 de
setembro;
b) O Governo em funções se encontra demitido em 1 de outubro;
c) O termo da legislatura ocorra entre 1 de outubro e 31 de dezembro.

Nestes casos, a proposta de lei do Orçamento do Estado para o ano económico


seguinte, é apresentada pelo Governo à Assembleia da República e enviada à
Comissão Europeia no prazo de 90 dias a contar da tomada de posse do Governo.

502
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Discussão e votação
A proposta de lei do Orçamento do Estado é discutida e votada nos termos do
disposto na Constituição, na presente lei e no Regimento da Assembleia da
República.

A votação da proposta de lei do Orçamento do Estado realiza-se no prazo de 50

Júlio Costa
dias após a data da sua admissão pela Assembleia da República.

O Plenário da Assembleia da República discute e vota na generalidade, e discute


na especialidade, a proposta de lei do Orçamento do Estado, nos termos e nos
prazos estabelecidos no Regimento da Assembleia da República.

Com exceção das matérias votadas na especialidade pelo Plenário nos termos do
n.º 4 do artigo 168.º da Constituição, a votação na especialidade da proposta de
lei do Orçamento do Estado decorre na comissão parlamentar competente e tem
503
por objeto o articulado, os mapas contabilísticos e as demonstrações orçamentais
e financeiras constantes daquela proposta de lei.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Sistematização da lei do Orçamento do Estado

A lei do Orçamento do Estado integra:


a) Um articulado;
b) Os mapas contabilísticos;

Júlio Costa
c) Demonstrações orçamentais e financeiras.
d) Respetivo relatório;

504
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Conteúdo do articulado
O articulado da lei do Orçamento do Estado contém, nomeadamente:
a) As normas necessárias para orientar a execução orçamental, incluindo as
relativas ao destino a dar aos fundos resultantes excedentes dos
orçamentos das entidades do subsetor da administração central e as
respeitantes a eventuais reservas;

Júlio Costa
b) A aprovação dos mapas contabilísticos;
c) A determinação do montante máximo do acréscimo de endividamento
líquido e as demais condições gerais a que se deve subordinar a emissão de
dívida pública fundada pelo Estado e pelos serviços e entidades do subsetor
da administração central;
d) A indicação das verbas inscritas em cada missão de base orgânica a título de
reserva e as respetivas regras de gestão;
e) A determinação dos montantes suplementares ao acréscimo de
endividamento líquido autorizado, nos casos em que se preveja o recurso ao
505
crédito para financiar as despesas com as operações a que se refere a alínea
c) ou os programas de ação conjuntural;
...
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Conteúdo do articulado
O articulado da lei do Orçamento do Estado contém, nomeadamente:
...
f) A determinação das condições gerais a que se devem subordinar as
operações de gestão da dívida pública legalmente previstas;
g) A determinação do limite máximo das garantias pessoais a conceder pelo

Júlio Costa
Estado e pelos serviços e entidades do subsetor da administração central,
durante o ano económico;
h) A determinação do limite máximo dos empréstimos a conceder e de outras
operações de crédito ativas, cujo prazo de reembolso exceda o final do ano
económico, a realizar pelo Estado e pelos serviços e entidades do subsetor
da administração central;
i) A determinação do limite máximo das antecipações a efetuar, nos termos da
legislação aplicável;
j) A determinação do limite máximo de eventuais compromissos a assumir
506
com contratos de prestação de serviços em regime de financiamento
privado ou outra forma de parceria dos setores público e privado;
...
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Conteúdo do articulado
O articulado da lei do Orçamento do Estado contém, nomeadamente:
...
k) A determinação dos limites máximos do endividamento das regiões
autónomas, nos termos previstos na respetiva lei de financiamento;
l) A eventual atualização dos valores abaixo dos quais os atos, contratos e

Júlio Costa
outros instrumentos geradores de despesa ou representativos de
responsabilidades financeiras diretas ou indiretas ficam isentos de
fiscalização prévia pelo Tribunal de Contas;
m) O montante global máximo de autorização financeira ao Governo para
satisfação de encargos com as prestações a liquidar referentes a contratos
de investimento público no âmbito da Lei de Programação Militar, sob a
forma de locação;
n) As demais medidas que se revelem indispensáveis à correta gestão
financeira dos serviços e entidades dos subsetores da administração central
507
e da segurança social no ano económico a que respeita a lei do Orçamento
do Estado.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Mapas contabilísticos
A lei do Orçamento do Estado contém os seguintes mapas contabilísticos:
a) Mapa 1 - Mapa das despesas por missão de base orgânica, desagregadas
por programas dos subsetores da administração central e da segurança
social;
b) Mapa 2 - Mapa relativo à classificação funcional das despesas do subsetor

Júlio Costa
da administração central;
c) Mapa 3 - Mapa relativo à classificação económica das despesas do subsetor
da administração central;
d) Mapa 4 - Mapa relativo à classificação orgânica das despesas do subsetor da
administração central;
e) Mapa 5 - Mapa relativo à classificação económica das receitas públicas do
subsetor da administração central;
f) Mapa 6 - Mapa relativo às despesas com vinculações externas e despesas
obrigatórias;
508
g) Mapa 7 - Mapa relativo à classificação funcional das despesas de cada
sistema e subsistema e do total do subsetor da segurança social;
...
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Mapas contabilísticos
A lei do Orçamento do Estado contém os seguintes mapas contabilísticos:
...
h) Mapa 8 - Mapa relativo à classificação económica das despesas de cada
sistema e subsistema e do total do subsetor da segurança social;
i) Mapa 9 - Mapa relativo à classificação económica das receitas de cada

Júlio Costa
sistema e subsistema e do total do subsetor da segurança social;
j) Mapa 10 - Mapa relativo às receitas tributárias cessantes dos subsetores
da administração central e da segurança social;
k) Mapa 11 - Mapa relativo às transferências para as regiões autónomas;
l) Mapa 12 - Mapa relativo às transferências para os municípios;
m) Mapa 13 - Mapa relativo às transferências para as freguesias;
n) Mapa 14 - Mapa relativo às responsabilidades contratuais plurianuais das
entidades dos subsetores da administração central.
509
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Demonstrações orçamentais e financeiras
As demonstrações orçamentais e financeiras são as seguintes:
a) Demonstração consolidada do desempenho orçamental, preparada segundo
a contabilidade orçamental para os subsetores da administração central e da
segurança social, onde se demonstre o cálculo dos saldos orçamentais;
b) Demonstração consolidada do desempenho orçamental de cada missão de

Júlio Costa
base orgânica, preparada segundo a contabilidade orçamental, onde se
demonstre o cálculo dos saldos orçamentais;
c) Demonstração do desempenho orçamental, preparada segundo a
contabilidade orçamental, para o subsetor da segurança social;
d) Estimativas para o ano em curso para as demonstrações indicadas nas
alíneas anteriores;
e) Plano de recursos humanos e respetivo orçamento;
f) Demonstração da evolução da dívida direta do Estado por instrumento;
g) Dotações para pagamentos de cada programa orçamental, desdobradas
pelas respetivas ações; 510
h) Demonstrações financeiras consolidadas para os subsetores da
administração central e da segurança social, contendo uma estimativa para
a execução do ano em curso.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Relatório que acompanha a proposta de lei do Orçamento
do Estado
O relatório que acompanha a proposta de lei do Orçamento do Estado contém a
apresentação e a justificação da política orçamental proposta e inclui a análise
dos seguintes aspetos:

Júlio Costa
a) Evolução, previsões e projeções das principais variáveis orçamentais e
macroeconómicas relevantes e respetiva análise de sensibilidade;
b) Linhas gerais da política orçamental e a sua adequação às obrigações
decorrentes do Pacto de Estabilidade e Crescimento e do Tratado sobre a
Estabilidade, Coordenação e Governação da União Económica e
Monetária;
c) Evolução da situação financeira global do setor das administrações
públicas e de cada subsetor e dos setores empresariais públicos,
incluindo informação sobre o respetivo endividamento global;
511
d) Sustentabilidade da dívida pública, incluindo a análise da sua dinâmica
de evolução;
....
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Relatório que acompanha a proposta de lei do Orçamento
do Estado
O relatório que acompanha a proposta de lei do Orçamento do Estado contém a
apresentação e a justificação da política orçamental proposta e inclui a análise
dos seguintes aspetos:

Júlio Costa
....
e) Informação sobre a previsão da receita fiscal, permitindo verificar o
montante da receita bruta, reembolsos e transferência para outros
subsetores;
f) Situação das operações de tesouraria e das contas do Tesouro;
g) Composição da despesa anual de cada um dos programas orçamentais,
por missão de base orgânica;
h) Medidas de racionalização da gestão orçamental;
i) Medidas de política orçamental de natureza temporária e permanente;
j) Análise de riscos orçamentais; 512
k) Memória descritiva das razões que justificam o recurso a parcerias dos
setores público e privado;
...
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Relatório que acompanha a proposta de lei do Orçamento
do Estado
O relatório que acompanha a proposta de lei do Orçamento do Estado contém a
apresentação e a justificação da política orçamental proposta e inclui a análise
dos seguintes aspetos:
...

Júlio Costa
l) Informação global e individualizada sobre despesas anuais e plurianuais
com parcerias público-privadas e sobre a situação de endividamento
global respetiva;
m) Informação sobre os encargos assumidos e em execução e sobre a
totalidade das responsabilidades contingentes do Estado;
n) Evolução dos pagamentos em atraso em cada missão de base orgânica;
o) Demonstração do desempenho orçamental consolidada, preparada de
acordo com o SEC2015, onde se evidenciam os diferentes subsetores do
setor das administrações públicas, e se demonstra o cálculo das
513
necessidades ou da capacidade líquida de financiamento;
p) Outras matérias consideradas relevantes para a justificação da decisão
orçamental.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Relatório que acompanha a proposta de lei do Orçamento
do Estado
O relatório é ainda acompanhado, pelo menos, dos seguintes elementos
informativos:
a) Desenvolvimentos orçamentais que individualizem cada um dos
programas, desagregados por serviços e entidades, evidenciando os

Júlio Costa
respetivos custos e fontes de financiamento;
b) Estimativa para o ano em curso e previsão da execução orçamental
consolidada do setor das administrações públicas e por subsetor, na
ótica da contabilidade pública e da contabilidade nacional;
c) Memória descritiva das razões que justificam as diferenças entre valores
apurados, na ótica da contabilidade pública e da contabilidade nacional;
d) Os quadros que integram o Projeto de Plano Orçamental, a remeter à
Comissão Europeia;
e) Situação financeira e patrimonial das entidades que compõem o
subsetor da administração central e o subsetor da segurança social; 514
f) Transferências financeiras entre Portugal e o exterior com incidência no
Orçamento do Estado;
...
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Relatório que acompanha a proposta de lei do Orçamento do
Estado
O relatório é ainda acompanhado, pelo menos, dos seguintes elementos
informativos:
...

Júlio Costa
g) Transferências orçamentais para as regiões autónomas;
h) Transferências orçamentais para as autarquias locais e entidades
intermunicipais;
i) Transferências orçamentais para entidades não integradas no setor da
administração central;
j) Benefícios tributários, estimativas de receitas cessantes, sua justificação
económica e social e, bem assim, a identificação de medidas destinadas à
cobertura da receita cessante que resulte da criação ou alargamento de
quaisquer benefícios fiscais.
k) Montantes das verbas sujeitas a cativação em cada programa orçamental, 515
por classificação orgânica e funcional, discriminada por serviços integrados
e serviços e fundos autónomos.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental

Orçamentação por programas


A orçamentação por programas, embora muito exigente, representa uma
melhoria substancial da qualidade do processo orçamental e da eficiência

Júlio Costa
dos gastos públicos.

A Orçamentação por Programas (OP) compreende a criação de um ciclo


plurianual de planeamento, programação, orçamentação, controlo e
avaliação do desempenho da atuação do Estado.

Com vista a garantir aos contribuintes uma melhor aplicação dos seus
impostos, contribuindo para uma despesa pública que maximize os efeitos
socioeconómicos (outcomes) capazes de melhorar o seu nível de bem-estar,
isto é, potenciar o value-formoney dos cidadãos. 516
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental

Orçamentação por programas


Assim, com a OP pretende-se aprimorar o processo de alocação dos
recursos públicos, tornando a atuação das entidades envolvidas mais clara,

Júlio Costa
responsável e transparente, enquadrada por três princípios base:
• Accountability,
• Plurianualidade e
• Enfoque nos resultados..

517
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Diferenças entre a elaboração do OE nos moldes tradicionais e de acordo com
as regras da orçamentação por programas:
Orçamentação Orçamento por
Tradicional programas

Fase com maior relevância: Fase com maior relevância:

Júlio Costa
execução planeamento

Enfoque: recursos Enfoque: Resultados / Impactos

Período: Plurianual, +/- 4 anos,


Período: anual
revisto e aprovado em cada ano

Fixação da despesa e previsão da


Fixação da despesa coma respetiva
receita de uma forma 518
associação a Objetivos e Metas
incrementalista

Fonte: Adaptado de Sarmento (2016)


Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Caracterização dos programas orçamentais
Os programas orçamentais incluem as receitas e as despesas inscritas nos
orçamentos dos serviços e das entidades dos subsetores da administração central e
da segurança social.
O nível mais agregado da especificação por programas corresponde à missão de

Júlio Costa
base orgânica.
Para o efeito da apresentação e especificação dos programas orçamentais, a
desagregação da missão de base orgânica faz-se por programas e ações.
A missão de base orgânica inclui o conjunto de despesas e respetivas fontes de
financiamento que concorrem para a realização das diferentes políticas públicas
setoriais, de acordo com a lei orgânica do Governo.
Os programas orçamentais correspondem ao conjunto de ações, de duração
variável, a executar pelas entidades previstas no n.º 1, tendo em vista a realização 519
de objetivos finais, associados à implementação das políticas públicas e permitem
a aferição do custo total dos mesmos.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Dotações dos programas orçamentais
Sem prejuízo do referencial contabilístico aplicável, as dotações associadas a cada
um dos programas orçamentais são aprovadas anualmente apenas numa base de
caixa.

Júlio Costa
O primeiro ano de execução das despesas inseridas em programas plurianuais
deve corresponder ao ano da criação do programa.

Em caso de sucessão de programas, com características e objetivos idênticos, o


programa sucessor deve incluir uma informação segregada sobre encargos
transitados

520
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Entidade gestora dos programas orçamentais
Compete à entidade gestora dos programas orçamentais, designadamente:
a) Definir e fazer aplicar de forma sistemática um modelo de gestão de riscos,
identificando e promovendo as melhores práticas no âmbito da prevenção e mitigação
de riscos financeiros e de governação;
b) Propor e desenvolver os programas da missão de base orgânica e avaliar a necessidade

Júlio Costa
de alterações orçamentais;
c) Elaborar os orçamentos de tesouraria relativos a cada um dos programas, exigindo e
recolhendo os elementos das entidades abrangidas pelos mesmos, e fazendo as
correções necessárias, na sequência da monitorização e controlo da gestão da
tesouraria;
d) Acompanhar o controlo orçamental e financeiro do programa, garantindo o
cumprimento dos objetivos de cada programa e a fiabilidade, tempestividade e
comparabilidade da prestação de informação orçamental, financeira e de custeio;
e) Definir os indicadores que permitam a avaliação do programa orçamental, em
plataforma partilhada e transparente para as entidades que concorrem para a sua
execução; 521
f) Preparar informação orçamental, financeira e de tesouraria consolidada por programa,
incluindo um apuramento de custos das ações do programa.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Orçamento da Entidade Contabilística Estado
No orçamento da ECE são inscritas, nomeadamente:
a) As receitas gerais do Estado provenientes de impostos, taxas, coimas,
multas, rendimentos resultantes de valores mobiliários e imobiliários,
derivados da sua detenção ou alienação e transferências de fundos da

Júlio Costa
União Europeia;
b) As despesas com aplicações financeiras do Estado, encargos da dívida,
dotações específicas, financiamento do setor empresarial do Estado,
transferências para as demais entidades públicas, transferências que
resultam de imperativos legais e vinculações externas, incluindo aquelas
que se destinam a outros subsetores das administrações públicas.

A ECE apresenta uma demonstração de desempenho orçamental, preparada


segundo a contabilidade na base de caixa, onde se evidenciam as despesas e
receitas, os saldos global, corrente, de capital e primário. 522
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Orçamento das entidades públicas
As entidades integradas no subsetor da administração central apresentam:
a) Orçamento da receita, especificado por fonte de financiamento e
classificação económica;
b) Orçamento da despesa, especificado por programa, por fonte de

Júlio Costa
financiamento, e por classificação económica e funcional;
c) Demonstração com o desempenho orçamental, preparada segundo a
contabilidade orçamental, evidenciando os saldos global, corrente, de
capital e primário;
d) Encargos plurianuais, por fontes de financiamento;
e) Demonstrações financeiras previsionais, sendo a respetiva
regulamentação aprovada por decreto-lei;
f) Plano de investimentos, por fontes de financiamento, sendo a respetiva
regulamentação aprovada em decreto-lei.
523
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Orçamento da segurança social
O orçamento do subsetor da segurança social apresenta:
a) As receitas, especificadas por classificação económica, para o total do
subsetor por sistema e subsistema;
b) As despesas, especificadas por classificação económica, para o total do

Júlio Costa
subsetor por sistema e subsistema;
c) As despesas do subsetor, especificadas por programa e por classificação
funcional, as quais são igualmente especificadas por sistema e subsistema
e total do subsetor;
d) As receitas cessantes do subsetor da segurança social;
e) As despesas de administração por classificação económica e orgânica.

O orçamento da segurança social contempla ainda:


a) A demonstração do desempenho orçamental preparada segundo a
contabilidade orçamental, evidenciando os saldos global, corrente, de 524
capital e primário;
b) Demonstrações financeiras previsionais.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios gerais de receita
Nenhuma receita pode ser liquidada ou cobrada sem que, cumulativamente:
a) Seja legal;
b) Tenha sido objeto de correta inscrição orçamental;
c) Esteja classificada.

Júlio Costa
A liquidação e a cobrança de receita podem ser efetuadas para além dos valores
previstos na respetiva inscrição orçamental.

525
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios gerais da despesa
Nenhuma despesa pode ser autorizada sem que, cumulativamente:
a) O facto gerador da obrigação respeite as normas legais aplicáveis;
b) Disponha de inscrição orçamental no programa e no serviço ou na
entidade, tenha cabimento e identifique se os pagamentos se esgotam no

Júlio Costa
ano ou em anos futuros no período previsto para o programa;
c) Satisfaça os requisitos de economia, eficiência e eficácia.

Nenhuma despesa pode ser paga sem que o compromisso e a respetiva


programação de pagamentos previstos sejam assegurados pelo orçamento de
tesouraria da entidade.

O montante anual de um programa estabelece o teto máximo de pagamentos que


podem ser feitos.
526
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios gerais da receita e da despesa
As operações de execução do orçamento das receitas e das despesas obedecem ao
princípio da segregação das funções de liquidação e de cobrança, quanto às
primeiras, e de autorização da despesa e do respetivo pagamento, quanto às
segundas.

Júlio Costa
A segregação de funções a que se refere o número anterior pode estabelecer-se
entre diferentes serviços ou entre diferentes agentes do mesmo serviço.

Os compromissos que dão origem a pagamentos em ano económico, que não seja
o ano da sua realização, ou em vários anos económicos constantes dos programas,
podem ser assumidos pelas entidades e serviços sem pagamentos em atraso,
mediante prévia autorização do ministro da tutela.

Cabe às entidades gestoras do programa assegurar o cumprimento por parte das 527
entidades e dos serviços do registo tempestivo nos sistemas local e central dos
compromissos referidos no número anterior.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Unidade de tesouraria
A gestão da tesouraria do Estado e das entidades que integram o subsetor da
administração central obedece ao princípio da unidade de tesouraria, que consiste
na centralização e manutenção dos dinheiros públicos na Tesouraria Central do
Estado.

Júlio Costa
O conceito de dinheiros públicos compreende as disponibilidades de caixa ou
equivalentes de caixa que estejam à guarda dos referidos serviços e entidades.

O princípio da unidade de tesouraria concretiza-se através da gestão integrada da


Tesouraria Central do Estado e da dívida pública direta do Estado.

As entidades dispensadas do cumprimento do princípio da unidade de tesouraria


ficam obrigadas a cumprir as normas de gestão de risco de intermediação
aprovadas pelo membro do Governo responsável pela área das finanças, mediante 528
parecer do IGCP, E. P. E.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Regime transitório de execução orçamental
A vigência da lei do Orçamento do Estado é prorrogada quando se verifique:
a) A rejeição da proposta de lei do Orçamento do Estado;
b) A tomada de posse do novo Governo, se esta tiver ocorrido entre 1 de
julho e 30 de setembro;

Júlio Costa
c) A caducidade da proposta de lei do Orçamento do Estado em virtude da
demissão do Governo proponente;
d) A não votação parlamentar da proposta de lei do Orçamento do Estado.

A prorrogação da vigência da lei do Orçamento do Estado abrange o respetivo


articulado e os correspondentes mapas, bem como decretos-leis de execução
orçamental.

529
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Revisões orçamentais
Competem à Assembleia da República as revisões orçamentais que envolvam:
a) O aumento da despesa total do subsetor da administração central;
b) O aumento da despesa total de cada missão de base orgânica;
c) Alteração dos programas orçamentais que acarretem o aumento dos compromissos
do Estado;

Júlio Costa
d) Transferências de verbas entre programas correspondentes a diferentes missões de
base orgânica com exceção das efetuadas por recurso a verbas do programa
referido na primeira parte do n.º 11 do artigo 45.º;
e) Um acréscimo dos respetivos limites do endividamento líquido fixados na lei do
Orçamento do Estado;
f) O aumento das despesas do orçamento da segurança social, com exceção das
despesas referentes a prestações sociais devidas aos beneficiários do sistema de
segurança social;
g) Transferências de verbas do orçamento da segurança social entre diferentes grandes
funções ou funções no respeito pela adequação seletiva das fontes de
financiamento consagradas na Lei de Bases do Sistema de Segurança Social. 530
As demais alterações orçamentais são da competência do Governo, nos termos de decreto-
lei próprio.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Princípios gerais do sistema contabilístico

O Estado organiza uma contabilidade orçamental para todas as suas receitas e


despesas, uma contabilidade financeira para todos os ativos, passivos,
rendimentos e gastos relevantes e prepara demonstrações orçamentais e

Júlio Costa
financeiras, individuais e consolidadas, que proporcionem uma imagem
verdadeira e apropriada da execução orçamental, da posição financeira, das
alterações na posição financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa.

As entidades públicas devem preparar demonstrações orçamentais e financeiras


que proporcionem uma imagem verdadeira e adequada da execução orçamental,
da posição financeira, das alterações na posição financeira, do desempenho e dos
fluxos de caixa.

531
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Sistema contabilístico
O sistema contabilístico do Estado e das demais entidades públicas incluídas no
âmbito de aplicação da presente lei estrutura a informação orçamental e
financeira de modo a inscrever, classificar e registar os elementos das
demonstrações orçamentais e financeiras.

Júlio Costa
O sistema contabilístico compreende uma contabilidade orçamental, uma
contabilidade financeira e uma contabilidade de gestão, nos termos da
normalização contabilística em vigor.

A contabilidade financeira regista as operações que afetam a posição financeira, o


desempenho financeiro e os fluxos de caixa. A contabilidade orçamental
proporciona um registo da execução do orçamento e de eventuais alterações. A
contabilidade de gestão permite avaliar o resultado das ações que contribuam
para a realização das políticas públicas e o cumprimento dos objetivos em termos 532
de serviços a prestar aos cidadãos.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Demonstrações financeiras intercalares

A ECE e as demais entidades públicas preparam, até ao final do segundo mês


seguinte ao trimestre, demonstrações orçamentais e financeiras, individuais e
consolidadas.

Júlio Costa
As demonstrações orçamentais e financeiras devem ter uma estrutura idêntica às
demonstrações contabilísticas incluídas na documentação orçamental.

O disposto não se aplica ao trimestre findo em 31 de dezembro.

533
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Documentos de prestação de contas da ECE e das entidades
públicas

A ECE e as entidades públicas elaboram, até 31 de março do ano seguinte ao ano

Júlio Costa
económico a que as contas respeitam, os respetivos documentos de prestação de
contas que entregam ao membro do Governo responsável pela área das finanças,
ao membro do Governo da tutela e ao Tribunal de Contas.

Os documentos de prestação de contas integram:


a) O relatório de gestão;
b) As demonstrações orçamentais e financeiras;
c) Outros documentos exigidos por lei.

534
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Conta Geral do Estado
O Governo submete à Assembleia da República, até 15 de maio do ano seguinte ao
ano económico a que as mesmas respeitam, as demonstrações orçamentais e
financeiras consolidadas dos subsetores da administração central e da segurança
social que integram a Conta Geral do Estado.

Júlio Costa
A Conta Geral do Estado compreende o conjunto das contas relativas às entidades
que integraram o perímetro do Orçamento do Estado, tal como definido no artigo
2.º e compreende um relatório, as demonstrações orçamentais e financeiras e as
notas às demonstrações orçamentais e financeiras.

As demonstrações orçamentais e financeiras devem adotar o sistema contabilístico


que estiver em vigor para as administrações públicas.

535
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Controlo da execução orçamental
A execução do Orçamento do Estado, incluindo o orçamento da segurança social, é
objeto de controlo administrativo, jurisdicional e político, e tem como objetivos,
designadamente:
a) A confirmação do registo contabilístico adequado, e o reflexo verdadeiro e

Júlio Costa
apropriado das operações realizadas por cada entidade;
b) A verificação, acompanhamento, avaliação e informação sobre a
legalidade, regularidade e boa gestão, relativamente a programas e ações
de entidades de direito público ou privado, com interesse no âmbito da
gestão ou tutela governamental em matéria de finanças públicas,
nacionais e da União Europeia, bem como de outros interesses financeiros
públicos;
c) A verificação do cumprimento dos objetivos pelos gestores e responsáveis
a quem foram atribuídos recursos.
536
Contabilidade Orçamental
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Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Sistema de controlo da administração financeira do Estado

O sistema de controlo da administração financeira do Estado compreende os


domínios orçamental, económico, financeiro e patrimonial e visa assegurar o
exercício coerente e articulado do controlo no âmbito das administrações públicas.

Júlio Costa
Integram o sistema de controlo da administração financeira do Estado a própria
entidade responsável pela execução, os órgãos de fiscalização interna, as entidades
hierarquicamente superiores de superintendência ou de tutela e os organismos de
inspeção e de controlo do setor das administrações públicas.

537
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Responsabilidade no âmbito da execução orçamental
Os titulares de cargos políticos respondem política, financeira, civil e
criminalmente pelos atos e omissões que pratiquem no âmbito do exercício das
suas funções de execução orçamental, nos termos da Constituição e demais
legislação aplicável, a qual tipifica as infrações criminais e financeiras, bem como as

Júlio Costa
respetivas sanções.

Os dirigentes e os trabalhadores das entidades públicas são responsáveis


disciplinar, financeira, civil e criminalmente pelos seus atos e omissões de que
resulte violação das normas de execução orçamental, nos termos do artigo 271.º
da Constituição e da legislação aplicável.

A responsabilidade financeira é efetivada pelo Tribunal de Contas, nos termos da


respetiva legislação.
538
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Dever de divulgação
De acordo com o princípio da transparência orçamental, são disponibilizados ao
público, em formato acessível, a informação sobre os programas dos subsetores da
administração central e da segurança social, os objetivos da política orçamental, os
orçamentos e as contas do setor das administrações públicas, por subsetor e
entidade.

Júlio Costa
O Governo deve criar uma plataforma eletrónica em sítio na Internet, de acesso
público e universal, na qual é publicada, de modo simples e facilmente
apreensível, a informação referida no número anterior.
Para efeitos do disposto nos números anteriores a proposta de lei do Orçamento
do Estado, o Orçamento do Estado e a Conta Geral do Estado são disponibilizados,
respetivamente:
a) Até ao primeiro dia útil seguinte ao da respetiva entrega na Assembleia da
República;
b) Até ao segundo dia útil ao da publicação no Diário da República; 539
c) Até ao último dia do mês de maio do ano seguinte a que diz respeito.
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Dever de informação
A transparência orçamental implica a existência de um dever de informação, nos
termos seguintes:
a) O membro do Governo responsável pela área das finanças pode exigir dos
organismos que integram o setor das administrações públicas uma
informação pormenorizada e justificada da observância das medidas e

Júlio Costa
procedimentos que têm de cumprir nos termos da presente lei;
b) Sempre que se verifique qualquer circunstância que envolva o perigo de
ocorrência, no orçamento de qualquer dos serviços e ou entidades que
integram o setor das administrações públicas, de uma situação orçamental
incompatível com o cumprimento dos objetivos orçamentais, o respetivo
membro do Governo deve remeter, imediatamente, ao membro do
Governo responsável pela área das finanças uma informação
pormenorizada e justificada acerca do ocorrido, identificando as receitas e
as despesas que a originou, e uma proposta de regularização da situação
540
verificada;
...
Contabilidade Orçamental
6 – A Organização Orçamental, Financeira e Patrimonial do
Setor Público
LEO – Lei de Enquadramento Orçamental
Dever de informação
A transparência orçamental implica a existência de um dever de informação, nos
termos seguintes:
...
c) O membro do Governo responsável pela área das finanças pode solicitar ao
Banco de Portugal e a todas as instituições de crédito e sociedades

Júlio Costa
financeiras toda a informação que recaia sobre qualquer serviço ou entidade
do setor das administrações públicas e que considere pertinente para a
verificação do cumprimento da presente lei;
d) O membro do Governo responsável pela área das finanças pode solicitar
fundamentadamente às entidades que integram os subsetores das
administrações regional e local, informações suplementares sobre a situação
orçamental e financeira;
e) O membro do Governo responsável pela área das finanças pode solicitar
ainda ao Banco de Portugal e a todas as instituições de crédito e sociedades
financeiras informações sobre entidades do subsetor das administrações 541
regional e local, mediante prévia comunicação a estas entidades, que sejam
clientes daquelas instituições e sociedades, tendo em vista o cumprimento
da presente lei.
Contabilidade Orçamental
Bibliografia
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