1° PARTE

Trata-se da discussão de um dilema: a conciliação da unidade biológica e a

diversidade cultural da espécie humana.

As diferenças de comportamento entre os homens não podem ser explicadas através

das diversidades somatológicas ou mesológicas.

O determinismo biológico

Os antropólogos estão convencidos de que as diferenças genéticas não são

determinantes das diferenças culturais.

Felix Keesing, "não existe correlação entre a distribuição dos caracteres genéticos
e a distribuição dos comportamentos culturais. Qualquer criança humana normal
pode ser educada em qualquer cultura.

A espécie humana se diferencia anatômica e fisiologicamente através do

dimorfismo sexual, mas é falso que as diferenças de comportamento existentes
entre pessoas de sexos diferentes sejam biológica.

Muitas atividades atribuídas às mulheres em uma cultura podem ser atribuídas

aos homens em outra.

O determinismo Geográfico
as diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural.

antropólogos refutam esse determinismo e indicam que existe uma limitação na

influência geográfica sobre os fatores culturais. É possível e comum existir uma
grande diversidade cultural localizada em um mesmo tipo de ambiente físico.

Ou seja, apesar de grupos viverem em locais próximos e semelhantes, é

possível que ajam de maneiras diferentes.

Antecedentes da cultura

No séc 18, Kultur simboliza os aspectos espirituais de uma comunidade.

Civilization,na frança, referia-se às realizações materiais de um povo.

● (1832-1917) Edward Tylor, utilizou o termo cultura .

 ● Marvin Harris (1969) Uma mudança no ambiente resulta numa mudança no
comportamento.

O desenvolvimento do conceito de cultura

Tylor, procurou demonstrar que a cultura pode ser objeto de um estudo

sistemático, trata-se de um fenômeno natural que possui causas e
regularidades.

Franz Boas, atribui à antropologia a execução de duas tarefas:

a) a reconstrução da história de povos e regiões particulares;
b) a comparação da vida social de diferentes povos, cujo desenvolvimento
segue as mesmas leis.

Ideia sobre a origem da cultura

O questionamento é: Como o homem adquire o processo que o diferenciou de

todos os animais e lhe deu um lugar privilegiado na vida terrestre?

O homem produziu a cultura a partir do momento em que seu cérebro foi modificado
pelo processo evolutivo dos primatas.

Para David Pilbeam, o bipedismo foi, provavelmente, "para o animal parecer maior
e mais intimidante, para transportar objetos e para utilizar armas".

Para Claude Lévi-Strauss, a cultura surgiu no momento em que o homem

convencionou a primeira regra, a primeira norma. Seria a proibição do incesto,
padrão de comportamento comum a todas as sociedades humanas.

Todo comportamento humano se origina no uso de símbolos

- A cor preta significa luto entre nós e entre os chineses é o branco
que exprime esse sentimento;
Para perceber o significado de um símbolo é necessário conhecer
a cultura que o criou.
Teoria moderna da cultura
1. "Culturas são sistemas (de padrões de comportamento socialmente
transmitidos)

2. "Mudança cultural é primariamente um processo de adaptação

equivalente à seleção natural."

3. "A tecnologia, a economia de subsistência e os elementos da

organização social diretamente ligada à produção constituem o domínio
mais adaptativo da cultura.

4. "Os componentes ideológicos dos sistemas culturais podem ter

conseqüências adaptativas no controle da população, da manutenção
do ecossistema

Para Clifford Geertz: a cultura deve ser considerada um conjunto de

mecanismos de controle, planos, receitas, regras, instruções. Ou seja, ,
a criança está apta ao nascer a ser socializada em qualquer cultura
existente.

Para David Schneider: cultura é um sistema de símbolos e

significados. Compreende categorias ou unidades e regras sobre
relações e modos de comportamento.

2° PARTE: COMO OPERA A CULTURA

A atuação da cultura e de que forma ela molda uma vida "num ser
biologicamente preparado para viver mil vidas.”

As diferentes maneiras culturais de efetuar ações fisiológicas

A cultura e a lógica própria