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Eduardo Garrido Mendes Pereira - eduardomenddes@gmail.com - CPF: 418.028.

208-92
opa, concurseiro
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso guia de estudos! É
com grande satisfação que apresentamos a você este
recurso valioso, especialmente desenvolvido para
simplificar e enriquecer o seu aprendizado na disciplina
de DIVERSIDADE E INCLUSÃO NA SOCIEDADE.

Neste guia, exploraremos os fundamentos da


diversidade e da inclusão em diversos contextos
sociais, desde a compreensão da importância da
diversidade cultural até as práticas inclusivas no
ambiente de trabalho e na educação. A diversidade
cultural é uma força vital em nossa sociedade, e
compreendê-la profundamente é essencial para
construir comunidades mais justas, equitativas e
harmoniosas.

Ao longo deste guia, iremos abordar não apenas os


conceitos teóricos fundamentais, mas também
exemplos práticos e estratégias para promover a
diversidade e a inclusão em diferentes esferas da vida
cotidiana.

Esperamos que este recurso seja uma ferramenta


valiosa em sua jornada de aprendizado e que contribua
para ampliar sua compreensão e sensibilidade em
relação a essas questões tão importantes em nossa
sociedade atual.

Desejamos muito sucesso em sua


preparação!

Eduardo Garrido Mendes Pereira - eduardomenddes@gmail.com - CPF: 418.028.208-92


SUMÁRIO
DICA 1: DIVERSIDADE DE SEXO, GÊNERO E SEXUALIDADE
DICA 2: DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL
DICA 3: DIVERSIDADE CULTURAL
DICA 4: MANIFESTAÇÕES CULTURAIS
DICA 5: MINORIAS SOCIAIS
DICA 6: DESIGUALDADE E EXCLUSÃO SOCIAL MINORIAS
SOCIAIS
DICA 7: MOVIMENTOS SOCIAIS E GARANTIAS DOS DIREITOS
DAS MINORIAS
DICA 8: ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
DICA 9: DESIGUALDADE E EXCLUSÃO SOCIAL
DICA 10: NEGROS NO BRASIL
DICA 11: LUTA ANTIRRACISTA
DICA 12: CONQUISTAS LEGAIS I
DICA 13: CONQUISTAS LEGAIS II
DICA 14: DESAFIOS NA ATUALIDADE
DICA 15: POVOS INDÍGENAS DO BRASIL I
DICA 16: POVOS INDÍGENAS DO BRASIL II
DICA 17: LUTA POR DIREITOS
DICA 18: POVOS INDÍGENAS DO BRASIL IV
DICA 19: POVOS INDÍGENAS DO BRASIL V
DICA 20: POVOS INDÍGENAS DO BRASIL VI

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SUMÁRIO
DICA 21: POVOS INDÍGENAS DO BRASIL VII
DICA 22: POVOS INDÍGENAS DO BRASIL VIII
DICA 23: POVOS INDÍGENAS DO BRASIL IX
DICA 24: POVOS INDÍGENAS DO BRASIL X
DICA 25: POVOS INDÍGENAS DO BRASIL XI
DICA 26: IDOSOS
DICA 27: ESTATUTO DO IDOSO
DICA 28: LEI 14.364/2022 (ACOMPANHANTES DE IDOSOS)
DICA 29: ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
DICA 30: IGUALDADE E NÃO DISCRIMINAÇÃO
DICA 31: ACESSIBILIDADE
DICA 32: TIPOS DE BARREIRAS
DICA 33: PROTEÇÃO INTEGRAL DAS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA
DICA 34: CAPACIDADE CIVIL PLENA
DICA 35: DIREITOS À PRIORIDADE
DICA 36: ATENDIMENTO DOMICILIAR
DICA 37: PROTEÇÃO ÀS PESSOAS LGBTQIA+
DICA 38: DECRETO Nº 8.727/16 USO DO NOME SOCIAL E O
RECONHECIMENTO DA IDENTIDADE DE GÊNERO I
DICA 39: DECRETO Nº 8.727/16 USO DO NOME SOCIAL E O
RECONHECIMENTO DA IDENTIDADE DE GÊNERO II
DICA 40: RECONHECIMENTO DA UNIÃO HOMOAFETIVA COMO
ENTIDADE FAMILIAR
DICA 41: COMBATE À DISCRIMINAÇÃO DE GRUPOS LGBTQIA+
ENCARCERADO

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PERCENTUAL DE COBRANÇA

Diversidade e inclusão na sociedade


Grupos Vulnerabilizados
8.7%
são temas fundamentais que têm
LGBTQIA+
Diversidade Cultural 21.7% ganhado cada vez mais destaque
13%
nos últimos anos. Esses conceitos
referem-se à valorização e
promoção da variedade de
características, experiências,
Povos Indígenas
17.4%
identidades e perspectivas que
Diversidade de sexo, gênero e sexualidade existem entre os indivíduos em uma
Diversidade Étnico-racial
21.7%
comunidade ou grupo social.
17.4%

O QUE VOCÊ PRECISA SABER ANTES DE INICIAR OS ESTUDOS?


Antes de iniciar os estudos sobre diversidade e inclusão na sociedade, é importante ter
em mente alguns aspectos fundamentais que podem orientar sua jornada de
aprendizado. Aqui estão algumas considerações importantes:

1. Definição de Diversidade e Inclusão: Familiarize-se com os conceitos de


diversidade e inclusão. Entenda que a diversidade refere-se à variedade de
características e experiências que as pessoas trazem para um grupo ou
organização, enquanto a inclusão diz respeito à criação de um ambiente onde todas
essas diferenças são valorizadas e respeitadas.
2. Sensibilidade Cultural: Reconheça a importância de ser sensível às diferentes
culturas, crenças, valores e identidades. Esteja aberto(a) para aprender sobre
perspectivas diferentes da sua própria e para compreender como essas diferenças
influenciam as experiências das pessoas.
3. Reflexão Pessoal: Faça uma reflexão pessoal sobre seus próprios preconceitos,
privilégios e experiências. Esteja disposto(a) a questionar suas próprias crenças e a
reconhecer áreas onde você pode melhorar sua compreensão e prática da inclusão.
4. Exemplos Práticos: Procure exemplos práticos de como a diversidade e a inclusão
são promovidas em diferentes contextos, como na educação, no ambiente de
trabalho, na mídia e na comunidade. Analise esses exemplos para identificar
estratégias eficazes que possam ser aplicadas em sua própria vida.
5. Compromisso com a Ação: Reconheça que promover a diversidade e a inclusão
requer um compromisso contínuo com a ação. Esteja disposto(a) a se envolver em
conversas difíceis, a defender a igualdade de oportunidades e a agir como um
aliado(a) para aqueles que enfrentam discriminação ou exclusão.

Ao levar em consideração esses aspectos antes de iniciar seus estudos, você estará
mais bem preparado(a) para absorver o conteúdo de forma significativa e para aplicar
seus aprendizados de maneira eficaz em sua vida pessoal e profissional.

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DICA 01
TIPOS DE DIVERSIDADE I

DIVERSIDADE DE
SEXO, GÊNERO E
SEXUALIDADE

A diversidade é uma característica intrínseca à natureza humana e se revela de


várias maneiras em diferentes aspectos da vida social. Reconhecer, respeitar e
valorizar a diversidade é um princípio essencial para promover os direitos humanos, a
democracia e a cidadania.
Apesar da opressão, desenvolveram estratégias de resistência, preservando suas culturas e
tradições, e buscando incansavelmente sua liberdade.

A diversidade de sexo, gênero e


sexualidade abrange uma
variedade de formas pelas
quais as pessoas se identificam
e se expressam em relação aos
seus corpos, papéis sociais e
orientações afetivo-sexuais.

Essa diversidade inclui


indivíduos cisgêneros,
transgêneros, intersexuais,
heterossexuais, homossexuais,
bissexuais, assexuais,
pansexuais, e outros.

Cada pessoa tem o direito de


viver sua sexualidade e
identidade de gênero de forma
livre, segura e saudável, sem
enfrentar discriminação,
violência ou preconceito.

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DICA 02
TIPOS DE DIVERSIDADE II

DIVERSIDADE
ÉTNICO-RACIAL

A diversidade étnico-racial se refere à variedade de grupos humanos que se


diferenciam por sua origem, sua cor de pele, seus traços físicos, sua cultura e sua
história. Essa diversidade inclui povos indígenas, quilombolas, negros, brancos,
amarelos, mestiços, entre outros.

Cada grupo tem o direito de preservar sua identidade, sua memória e sua tradição, sem
sofrer opressão, exclusão ou racismo.

Por razões históricas, provenientes da era colonial e escravocrata, a


discriminação racial persiste e impacta diretamente a vida dos negros e da
maioria dos seus descendentes, ainda no século XXI.
Em relação à homofobia, pode-se simplificar ao considerá-la semelhante ao
racismo e outras formas de intolerância, pois os preconceitos buscam
desumanizar um grupo de pessoas, negando sua humanidade, dignidade e
individualidade.
A história evidencia o alto custo humano
da discriminação e do preconceito.
Ninguém tem o direito de menosprezar
um grupo como menos valioso, menos
merecedor ou menos digno de respeito.
A transformação da cultura
organizacional é um processo longo e
desafiador.
Enfrenta-se resistência à mudança das
dinâmicas de trabalho estabelecidas,
contudo, é crucial compreender que as
pessoas são muito diversas e essa
diversidade deve ser respeitada.

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DICA 03
TIPOS DE DIVERSIDADE III

DIVERSIDADE
CULTURAL

A diversidade cultural engloba uma variedade de expressões artísticas, religiosas,


linguísticas e simbólicas que definem os diferentes grupos sociais. Esta diversidade
abarca música, dança, teatro, cinema, literatura, folclore, rituais, crenças, idiomas,
costumes, e muito mais.

Cada forma de expressão cultural merece ser valorizada, respeitada e reconhecida, sem
enfrentar censura, intolerância ou assimilação.

É fundamental respeitar e valorizar essa diversidade cultural, pois ela enriquece a


experiência humana, promove a compreensão mútua entre os povos e contribui
para a construção de sociedades mais inclusivas e democráticas.

A censura, intolerância ou
assimilação de expressões culturais
podem levar à perda de identidade, à
marginalização de grupos e ao
enfraquecimento do tecido social
como um todo.

Portanto, promover o respeito e a


valorização da diversidade cultural é
essencial para o desenvolvimento de
sociedades mais justas e
harmoniosas, onde cada indivíduo e
grupo possa se expressar livremente e
ser reconhecido em sua singularidade.

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DICA 04
TIPOS DE DIVERSIDADE IV

MANIFESTAÇÕES
CULTURAIS

A diversidade cultural do Brasil é uma das maiores do mundo, resultado das


contribuições de diversos povos ao longo da história do país. Essa diversidade
cultural tem impactos abrangentes em aspectos culturais, políticos e econômicos,
influenciando a população e contribuindo para a preservação das tradições locais.

Além disso, enriquece a experiência da população, que tem acesso a uma ampla
variedade de práticas culturais em todo o território nacional.

Aspectos da diversidade cultural brasileira:

Mistura Étnica: O Brasil é conhecido por sua diversidade étnica, resultando em


uma ampla variedade de traços culturais e identidade nacional enriquecida.
Culinária: Refletindo a diversidade cultural, a culinária brasileira incorpora
influências de diferentes regiões e grupos étnicos, como feijoada e acarajé.
Manifestações Culturais: A rica cena cultural brasileira abrange música,
dança, arte, literatura e festividades populares, como o Carnaval e festas
juninas.
Religião: Abrangendo diversas práticas religiosas, como catolicismo,
protestantismo, religiões afro-brasileiras e outras crenças, influenciando a vida
cotidiana.
Língua: Além do português, o Brasil possui uma diversidade de línguas
indígenas, dialetos e sotaques regionais, refletindo as influências culturais de
cada região.
Patrimônio Cultural: Com uma ampla variedade de sítios arqueológicos,
arquitetura histórica, museus e práticas culturais reconhecidas
internacionalmente.

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DICA 05
TIPOS DE DIVERSIDADE V

MINORIAS
SOCIAIS

Minorias sociais são grupos de pessoas que enfrentam desvantagens ou


discriminação devido a características como raça, etnia, religião, gênero,
orientação sexual, identidade de gênero, idade, deficiência, status
socioeconômico ou qualquer outra característica que as coloque em uma posição de
marginalização em relação à maioria da população.
No Brasil, algumas das principais minorias são:
LGBTQIAP+

PESSOAS EM SITUAÇÃO DE POBREZA

PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA

NEGROS INDÍGENAS PESSOAS IDOSAS

Esses grupos muitas vezes têm menos acesso a recursos, oportunidades e


direitos, e enfrentam obstáculos adicionais em suas vidas cotidianas devido à
discriminação e estigma social.

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DICA 06
TIPOS DE DIVERSIDADE VI

DESIGUALDADE
E EXCLUSÃO SOCIAL
MINORIAS SOCIAIS
Pessoas com Deficiência:
Envolvem aqueles que
têm limitações físicas,
mentais ou sensoriais,
enfrentando barreiras no
acesso a espaços
públicos, educação e
emprego. A inclusão é
uma questão central.
Pessoas Idosas:
Este grupo enfrenta desafios relacionados
ao envelhecimento, incluindo
aposentadoria, cuidados de saúde e, às
Negros: vezes, discriminação baseada na idade.
Envolvem a população
afrodescendente, que
historicamente enfrentou
discriminação racial. A
promoção da igualdade racial
Indígenas:
e o combate ao racismo são
Refere-se aos povos nativos
desafios importantes.
do Brasil, que muitas vezes
enfrentam desafios
relacionados à preservação de
suas culturas, territórios e
direitos.

Pessoas em situação de
Pobreza: LGBTQIAP+:
Indica aqueles que Inclui lésbicas, gays,
enfrentam condições bissexuais, transexuais,
socioeconômicas precárias, queer, intersexuais,
com limitado acesso a assexuais, e outras
educação, saúde e identidades não
oportunidades de emprego. heteronormativas. A luta é
As políticas sociais são por igualdade de direitos,
fundamentais para lidar com combate à homofobia e
essa questão. transfobia.

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DICA 07
TIPOS DE DIVERSIDADE VII

MOVIMENTOS SOCIAIS
E GARANTIAS DOS
DIREITOS DAS
MINORIAS
Os movimentos sociais desempenham um papel fundamental na defesa dos direitos
das minorias, fomentando a consciencialização, mobilização e advocacia pela
igualdade e justiça social.

Eles frequentemente servem como porta-vozes das comunidades minoritárias,


defendendo suas necessidades, reivindicações e direitos perante as autoridades
governamentais, instituições e a sociedade em geral.

Aspectos da diversidade cultural brasileira:

Adicionalmente, é crucial ressaltar o caráter educacional intrínseco aos


movimentos sociais, que desempenham um papel vital ao expor as situações de
discriminação, preconceito e injustiças enfrentadas por esses grupos.

Estes movimentos não se limitam apenas a pleitear mudanças estruturais, mas


também se empenham ativamente na promoção da educação sobre direitos
humanos, diversidade cultural e inclusão. Seu objetivo é combatendo estereótipos
e fomentando uma cultura de respeito e aceitação.

Vale observar que possivelmente o mais antigo precursor dos movimentos


sociais que podemos identificar foi a Queda da Bastilha, um evento
emblemático que marcou o início da Revolução Francesa em 1789,
resultando na queda da monarquia absolutista francesa.

Outro notável movimento de massas que se transformou em um movimento


social organizado foi o movimento sufragista, destacado como parte da
primeira onda do feminismo. Liderado por mulheres, esse movimento
reivindicava não apenas o direito ao voto, mas também a plena participação
cidadã na política.

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DICA 08
DINÂMICA SOCIAL NO BRASIL I

ESTRATIFICAÇÃO
SOCIAL

A estratificação social descreve a organização hierárquica da sociedade em


diferentes camadas, levando em conta critérios como renda, ocupação, status
social e acesso a recursos.
Isso influencia a distribuição de poder, prestígio e recursos entre os membros da sociedade

No Brasil, a estratificação social é conhecida pela estrutura de classes, que inclui a


elite, a classe média e a classe trabalhadora.
Dois teóricos proeminentes, Karl Marx e Max Weber, analisaram a teoria de classes,
com enfoque na posse de meios de produção. Marx identificou os capitalistas e o
proletariado, enquanto Weber considerava fatores além da condição material,
como o status social.
A disparidade de oportunidades causada pela estratificação social pode levar a
desigualdades e impactos na saúde mental e emocional das comunidades,
gerando tensões e conflitos, bem como sentimentos de desesperança e exclusão.
O acesso desigual a cuidados de saúde e serviços sociais complica ainda mais
essa situação.

1. Bilionária

2. rica
Sociedade ideal
Sociedade Humana Brasil 2. alta
3. média alta 3. média
primeira década do século XXI
4. base
4. média

5. média baixa

6. pobre

7. abaixo da renda

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DICA 09
DINÂMICA SOCIAL NO BRASIL II

DESIGUALDADE
E EXCLUSÃO SOCIAL

O Brasil é reconhecido pela sua significativa desigualdade de renda e riqueza, em


que uma pequena parte da população possui a maior parte dos recursos econômicos,
enquanto a maioria enfrenta condições precárias de vida e trabalho.
Existem várias formas de exclusão social no Brasil, cada uma com seus próprios fatores e
manifestações específicas. Vamos explorar as principais:

Exclusão Econômica: refere-se à falta de acesso a recursos


econômicos, empregos dignos, salários justos e oportunidades de
crescimento econômico, dificultando o atendimento das necessidades
básicas como moradia, alimentação e cuidados de saúde.

Exclusão Educacional: envolve a carência de acesso a uma educação


de qualidade e a oportunidades de aprendizagem ao longo da vida,
resultando em lacunas de habilidades e conhecimentos que limitam
as perspectivas de emprego e participação na sociedade.
Exclusão Social: refere-se à marginalização de grupos sociais
inteiros, como populações indígenas, pessoas com deficiência,
LGBTQ+ e outros grupos minoritários, podendo se manifestar em
discriminação, estigma social e falta de participação na comunidade.

Exclusão Digital: consiste na falta de acesso ou habilidades para usar tecnologias de


informação e comunicação (TICs), como internet, computadores e smartphones, o que
restringe o acesso a oportunidades educacionais, de emprego, serviços públicos e
participação na vida digital e na economia digital.

Exclusão Residencial: envolve a privação de acesso a moradias


adequadas e seguras, levando pessoas a viver em favelas,
assentamentos informais ou em situação de rua, enfrentando
condições precárias e falta de serviços básicos.

Exclusão Cultural: refere-se à marginalização de grupos


étnicos, religiosos ou culturais, resultando na perda de
identidade cultural e na negação de direitos culturais
fundamentais, como língua, religião e práticas culturais.

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DICA 10
HISTÓRIA DOS NEGROS NO BRASIL I

NEGROS NO
BRASIL

A história dos negros no Brasil é marcada por uma jornada de luta, resistência e
superação de desafios persistentes desde os tempos sombrios da escravidão. Os
negros enfrentaram condições desumanas, foram privados de liberdade e tratados
como mercadoria.
Apesar da opressão, desenvolveram estratégias de resistência, preservando suas culturas e
tradições, e buscando incansavelmente sua liberdade.

O racismo é uma ideologia que sustenta a crença na superioridade de


certos grupos étnico-raciais, levando à discriminação e opressão
sistemática contra minorias raciais.

Essa discriminação pode assumir diversas formas, desde exclusões sutis


e estereótipos até violência explícita e marginalização.

Após a abolição da escravatura em 1888, os negros conquistaram


formalmente sua liberdade, porém foram marginalizados da sociedade,
privados de acesso à terra, educação e oportunidades econômicas.

A segregação persistiu por meio de práticas discriminatórias e políticas


de exclusão social, alimentadas pelo racismo enraizado nas estruturas
do país.

Mesmo após a abolição da escravidão, o racismo


continua a gerar desigualdades em áreas como
educação, saúde, moradia, emprego e segurança.

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DICA 11
HISTÓRIA DOS NEGROS NO BRASIL II

LUTA
ANTIRRACISTA

A luta contra o racismo tem suas raízes desde a chegada do primeiro indivíduo
negro ao Brasil. Em cada período histórico, surgiram desafios e estratégias distintas,
moldadas pelas condições do sistema escravocrata ainda presentes na
contemporaneidade.

Durante a época colonial, destacaram-se formas de resistência como


fugas, suicídios, ataques aos senhores de escravos, banzo (uma profunda
tristeza que muitas vezes resultava em morte), recusa em trabalhar,
sacrifício de crianças por mães que não queriam vê-las sujeitas ao
mesmo destino, e tentativas constantes de fuga para áreas remotas.

O Quilombo dos Palmares originou-se do movimento de fuga de


escravizados, desafiando o sistema escravocrata por mais de cem
anos. Durante o período imperial, as Irmandades do Rosário e o
movimento abolicionista desempenharam papéis importantes na
resistência à escravidão.

No final do Império e início da República, clubes e associações negras


surgiram em todo o país, como a Sociedade Floresta Aurora, resistindo
ao tempo e tornando-se símbolos da luta negra no Brasil.

O Quilombo representava uma ameaça ao status quo da


colônia brasileira, levando a Coroa a empreender esforços
incansáveis para erradicá-lo, mesmo após a morte de seu
líder, Zumbi dos Palmares. Mesmo com a sua persistência,
o Quilombo se tornou o símbolo mais duradouro de
resistência e liberdade na história brasileira.
Organizações negras no Brasil têm papel crucial na luta contra o
racismo e na promoção de políticas para a população negra.
Desde os anos 1990, houve avanços como o reconhecimento do
racismo, ministérios dedicados a políticas para negros e leis em
prol
Eduardo Garrido das
Mendes comunidades
Pereira quilombolas.
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DICA 12
HISTÓRIA DOS NEGROS NO BRASIL III

CONQUISTAS
LEGAIS I

A abolição da escravatura representou um marco significativo na luta contra o


racismo, marcando o início das conquistas legais que visam proteger e promover os
direitos dos negros.

As ramificações do racismo e da persistência da


mentalidade escravocrata para a população negra são
numerosas.
Atualmente, os pretos e pardos representam a maioria
(56% do total, de acordo com o IBGE).
Entre as consequências estão o aumento de homicídios,
a violência policial, a limitação de oportunidades de
educação e emprego, o encarceramento em larga
escala e a precarização do trabalho como mão de obra
barata para a classe média.

Durante a Ditadura Militar no Brasil, o Movimento Negro Unificado (MNU)


emergiu como uma organização crucial, unindo as lutas e demandas da
comunidade negra.

O MNU desempenha um papel essencial na batalha contra o racismo, na


eliminação da discriminação racial e na busca pela igualdade de
direitos para os afrodescendentes.

Defendendo várias causas, como políticas afirmativas, o enfrentamento


do racismo estrutural, a valorização da cultura afro-brasileira, a denúncia
de violações dos direitos humanos e a defesa dos direitos da população
negra.

Um momento crucial para o MNU foi a formulação das demandas do movimento


durante a elaboração da Constituição de 1988, que tornou o racismo crime
inafiançável, imprescritível e sujeito a punições.

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DICA 13
HISTÓRIA DOS NEGROS NO BRASIL IV

CONQUISTAS
LEGAIS II

A evolução do arcabouço legal no Brasil reflete o compromisso contínuo em promover


a equidade e combater práticas discriminatórias, especialmente aquelas baseadas
em raça e cor.
Diversas leis e dispositivos foram introduzidos para fortalecer os
direitos da comunidade afrodescendente, incluindo criminalização
do preconceito, promoção da igualdade racial no ensino e políticas
afirmativas.

Essas legislações moldam a sociedade em direção à justiça e


inclusão, contribuindo para a igualdade e respeito à diversidade
étnica no Brasil.

Lei 1.390/51 - Inclusão entre as contravenções penais a prática de ato


resultante de preconceitos de raça ou cor.
Lei 7.716/89 - Define como crime o preconceito resultante de raça ou cor.
Lei 9.315/69 - Reconhecimento de Zumbi dos Palmares como herói nacional.
Decreto 4.887/03 - Demarcação de terras quilombolas para a preservação e
reconhecimento da herança cultural afrodescendente.
Lei 10.639/03 - Torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira
nas escolas de ensino fundamental e médio.
Lei 12.288/10 - Instituição do Estatuto da Igualdade Racial.
Lei 12.519/11 - Instituição do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra,
celebrado em 20 de novembro.
Lei 12.711/12 - Implementação da política de cotas nas universidades.
Lei 12.990/14 - Implementação de política de cotas para concursos públicos
em âmbito federal.
Emenda Constitucional 111/21 - Incentivo a candidaturas de mulheres e
pessoas negras.
Lei 14.532/23 - Equiparação da injúria racial ao crime de racismo.
Lei 14.759/23 - Declara feriado nacional o Dia Nacional de Zumbi e da
Consciência Negra.

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DICA 14
HISTÓRIA DOS NEGROS NO BRASIL V

DESAFIOS NA
ATUALIDADE

Atualmente, apesar dos avanços legais e conquistas da luta antirracista, o Brasil ainda
enfrenta desafios significativos no combate ao racismo e na promoção da igualdade
racial.
Nesse contexto, a importância da luta antirracista continua sendo urgente, com a
mobilização da sociedade civil, a conscientização sobre os impactos do racismo e a
implementação de políticas públicas eficazes para combater a desigualdade racial e
garantir igualdade de oportunidades para todos os brasileiros, independentemente de
sua cor ou origem étnica.

De acordo com dados do Anuário Brasileiro de


Segurança Pública, divulgados em 20/07/2023 pelo
Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o
racismo e a injúria racial aumentaram 67% em
2022 em comparação com o ano anterior.

Além disso, a pesquisa PoderData de setembro de 2023 revela que


76% dos brasileiros acreditam que há racismo no país, enquanto
14% discordam e 10% preferem não opinar sobre o assunto.

O racismo no Brasil é enraizado nas estruturas sociais,


políticas e econômicas, gerando desigualdades
sistêmicas em diversas áreas.

Pessoas negras sofrem discriminação e violência, com a


desigualdade socioeconômica sendo um fator
determinante.

O negacionismo em relação ao racismo dificulta a


conscientização e ação contra o preconceito racial.
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DICA 15
HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL I

CONTEXTO
HISTÓRICO

Antes da chegada dos europeus, o território que hoje constitui o Brasil já era habitado
por diversos grupos indígenas.

Os tupi-guarani eram uma das etnias mais numerosas e se distribuíam por várias
regiões costeiras. Esses povos tinham diferentes modos de vida, línguas e tradições
culturais.

Com a chegada de Pedro Álvares


Cabral em 1500, os portugueses
iniciaram a colonização do Brasil. Eles
estabeleceram as bases para a
sociedade brasileira, introduzindo a
língua portuguesa, a religião católica e
sistemas sociais e econômicos
europeus.

A exploração do Brasil colonial dependia


fortemente da mão de obra escrava para
trabalhar nas plantações de cana-de-
açúcar, nas minas e em outras atividades
econômicas. Milhões de africanos foram
trazidos como escravizados, contribuindo de
maneira significativa para a formação da
cultura, da culinária e das tradições
religiosas brasileiras.

O pau-brasil foi o primeiro ciclo econômico da colônia. Os índios cortavam as


árvores das florestas próximas ao litoral e as levavam para as caravelas portuguesas
em troca de espelhos e bugigangas sem valor comercial para os portugueses, mas
que chamavam a atenção dos nativos, em um sistema conhecido como escambo.

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DICA 16
HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL II

PERSPECTIVA
DO NORTE
DO BRASIL

No final de 1820, um grupo político insatisfeito com o sistema colonial surgiu na


Amazônia. Seu principal objetivo era criar mais oportunidades econômicas para os
habitantes locais, especialmente os que viviam nas cidades e não tinham acesso à
educação.

Esse grupo buscava um governo que garantisse de fato os direitos desses cidadãos.
Enquanto a classe dominante os rotulava como improdutivos, na realidade, eram a
força de trabalho principal e frequentemente não recebiam salários adequados por
seu trabalho.
Inspirados pelo Iluminismo francês, os contestadores surgiram na região em
1809 devido ao conflito Portugal-França. A independência do Brasil foi
proclamada em 1822, mas Grão-Pará e Rio Negro uniram-se à causa em
1823 após ordem de Dom Pedro I.

Diante da pressão, as autoridades locais concordaram e proclamaram a


adesão. A adesão foi oficializada em 15 de agosto, elevando a capitania do
Grão-Pará à província do Império do Brasil.

No início, o Grão-Pará e o Rio Negro resistiram à independência devido à ligação


mais forte e profunda que tinham com Portugal em comparação com as outras
províncias do Brasil.

O Rio Negro só se rendeu ao


Império do Brasil em 9 de
novembro de 1823, porém
permaneceu sob a administração
da província do Grão-Pará até
1850, quando se tornou a
província do Amazonas em 5 de
setembro.

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DICA 17
HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL III

LUTA POR
DIREITOS

Até o início do século XXI, observou-se o surgimento ou fortalecimento de


movimentos sociais populares nas áreas influenciadas pelas grandes corporações
mineradoras.

No entanto, esses movimentos não abordavam diretamente a exploração dos recursos


minerais ou os impactos socioespaciais decorrentes da mineração. Em vez disso,
focavam na luta pelo direito à terra, ao território e por outros direitos
fundamentais dos cidadãos.

MOVIMENTO DAS COMUNIDADES RURAIS NEGRAS DE ORIXIMINÁ


O Movimento das Comunidades Rurais Negras de Oriximiná (MCRNO) representa
e defende os interesses das comunidades rurais negras em Oriximiná, no estado
do Pará, Brasil.

Nas comunidades rurais negras


de Oriximiná, o MCRNO promove
a luta pela posse da terra,
preservação cultural e condições
de vida dignas.

Atua em defesa dos direitos


territoriais, igualdade racial e
políticas públicas para essas
comunidades, buscando
empoderamento e visibilidade.

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DICA 18
HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL IV

CABOCLOS
RIBEIRINHOS
DO LAGO
SAPUCUÁ

As negociações e reivindicações dos habitantes ribeirinhos do Lago Sapucuá


envolvem temas como terra, recursos naturais e direitos culturais. Essas
comunidades buscam assegurar sua subsistência, preservar tradições e proteger
o meio ambiente local.
Os caboclos ribeirinhos são grupos étnicos tradicionais que vivem nas áreas
ribeirinhas do lago, interagindo intimamente com ambientes aquáticos na
região amazônica.

Sua vida está ligada à natureza e depende dos recursos locais, como pesca,
agricultura de subsistência e práticas tradicionais. As negociações podem
abordar o reconhecimento de direitos territoriais, preservação ambiental e
participação nas decisões locais.
Ao longo da última década, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Oriximiná travou uma batalha significativa.

Eles buscaram uma parte de aproximadamente 10% da Floresta


Nacional, juntamente com a área da zona de amortecimento, para a
titulação coletiva das comunidades caboclas ribeirinhas às margens do
rio Trombetas e do lago Sapucuá.
A reserva florestal é alvo de críticas intensas, especialmente em relação à sua
função de preservação, ao permitir atividades mineradoras que, segundo as
organizações, impactarão mais de 30% da área de preservação durante o projeto.

Ademais, é acusada de
negar aos povos
tradicionais centenários
seus direitos à terra e
aos recursos naturais.

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DICA 19
HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL V

RIBEIRINHOS
DO LAGO
JURUTI VELHO

Os habitantes ribeirinhos do Lago Juruti Velho vivem nas áreas próximas a esse lago
na região amazônica, sendo considerados como populações tradicionais.

O conflito e as mobilizações das comunidades ribeirinhas do Lago Juruti Velho em


relação à empresa ALCOA foram analisados na primeira década do século XXI, no
município de Juruti-PA.

A história da ocupação no Lago Juruti Velho remonta ao período colonial,


com a fundação da Vila de Muirapinima e suas transformações ao longo do
tempo.

As comunidades enfrentaram desafios sociais e ambientais, especialmente


contra a ALCOA, resultando na criação da Associação das Comunidades da
Região da Gleba Juruti Velho (ACORJUVE).

A resistência pacífica contra a mineradora se intensificou ao longo do


tempo, levando à ocupação da área de lavra e canteiros de obra em 2009.

O movimento adotou uma abordagem não violenta, buscando apoio legal e político
para lidar com a ALCOA e garantir a demarcação coletiva do Assentamento
Agroextrativista de Juruti Velho.
A resistência em Juruti evoluiu ao longo dos anos, unindo-se a outros movimentos
antimineração e exigindo o cumprimento de acordos e compensações.

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DICA 20
HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL VI

DEMARCAÇÃO
DAS TERRAS
INDÍGENAS

A demarcação de terras indígenas é crucial para assegurar os direitos territoriais dos


povos nativos, estabelecendo os limites de suas terras para preservar suas
identidades.

Esse processo, respaldado pela Constituição Federal de 1988 e pelo Estatuto do


Índio, é conduzido pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

A demarcação visa proteger contra invasões e ocupações não indígenas,


garantindo a identidade, modo de vida, tradições e cultura desses povos.

Apesar dos desafios enfrentados, como resistência e exploração ilegal de


recursos naturais, o processo de demarcação, que inclui estudos de
identificação, delimitação física e homologação, contribui para reduzir
conflitos e fortalecer a proteção das terras indígenas.

Atualmente, no Brasil, há 462 terras indígenas regularizadas,


abrangendo cerca de 12,2% do território nacional, principalmente
nas regiões Norte e Centro-Oeste, sendo essenciais para a
preservação das culturas indígenas e o equilíbrio ambiental.

De acordo com informações da Fundação Nacional do Índio, o Brasil abriga mais


de 117 milhões de hectares (ha) designados como terras indígenas,
representando 13,8% da extensão do território nacional.
Em contraste com as áreas já demarcadas tradicionalmente ocupadas, ainda há 119
em processo de estudo, a maioria localizada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-
Oeste, áreas com alto desenvolvimento tanto rural quanto urbano.

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DICA 21
HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL VII

RAPOSA SERRA
DO SOL

A Terra Indígena Raposa Serra do Sol está localizada em Roraima, na Região Norte do
Brasil, sendo lar de diversos grupos indígenas como Macuxi, Wapichana,
Taurepang, Ingarikó e Patamona.

A demarcação dessa terra tem sido um tema de discussões e conflitos, evidenciando


desafios relacionados aos direitos indígenas, território e desenvolvimento.

Embora oficialmente concluída em 2005, ação policial para remover


arrozeiros resultou em violência, sendo interrompida por uma decisão do
Supremo Tribunal Federal em 2008.

O comandante militar da Amazônia se opôs à política indigenista,


desencadeando manifestações favoráveis e contrárias à demarcação.

Em 2009, o STF emitiu uma decisão histórica reconhecendo a demarcação


contínua da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, garantindo a posse
permanente dos povos indígenas sobre a área.

Essa vitória fortalece os direitos indígenas e a


preservação ambiental, destacando a
importância do desenvolvimento sustentável
respeitando a soberania dos povos indígenas.
É essencial compreender a diferença entre
demarcação contínua e descontínua, onde a
primeira é contígua e a segunda
fragmentada, sem conexão entre partes.

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DICA 22
HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL VIII

YANOMAMI I

A questão Yanomami aborda uma série de desafios e conflitos enfrentados pelo povo
indígena Yanomami, que reside em uma área de cerca de 192 mil km2 na região
amazônica (RR e AM), entre o Brasil e a Venezuela.

Os Yanomami frequentemente se deparam com confrontos com garimpeiros ilegais,


que invadem suas terras, causam danos ambientais e representam uma ameaça direta
à saúde e segurança dos indígenas.
Esses conflitos resultaram em confrontos violentos e impactos significativos na saúde da
população Yanomami.

A expansão da fronteira agro mineral, envolvendo o extrativismo e a


agropecuária, na região norte do Brasil, tem contribuído para a piora
progressiva da situação dos Yanomami ao longo dos anos.

Dados do Instituto Socioambiental (ISA) mostram que, no final da década de


1980, dezenas de milhares de pessoas se estabeleceram na área,
dedicando-se a atividades econômicas como o garimpo de ouro e
estabelecendo núcleos permanentes de exploração, principalmente no
estado de Roraima.

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DICA 23
HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL IX

YANOMAMI II

O aumento da população não indígena nas proximidades das terras yanomamis e


a intensificação das práticas de garimpo, agropecuária, caça e pesca ilegal têm
impactado diretamente o modo de vida das comunidades indígenas.
Os Waimiri Atroari são reconhecidos por sua resistência às tentativas de invasão de seus
territórios por empresas multinacionais desde a década de 1980.

Roraima é o único estado que está fora


do Sistema Nacional de Energia (SNE). A
extensão de 715 km do Linhão de Tucuruí
é vista como o fim do isolamento elétrico
e dos frequentes blecautes na região.

O Ministério Público Federal no Amazonas


interveio em novembro de 2014 no
licenciamento da rota de Manaus a Boa
Vista devido a preocupações com a terra
indígena Waimiri Atroari.

O procurador Jorge Medeiros destacou a


importância de respeitar os direitos dos
povos indígenas e encontrar
alternativas para proteger seu estilo de
vida. A emissão da licença dependia da
FUNAI, órgão de proteção indígena ligado
ao Ministério da Justiça.

O início da construção enfrentou um impasse de 11 anos devido aos 122 km de torres


que precisam atravessar a reserva Waimiri Atroari.
Os indígenas concordaram com a proposta de compensação apresentada pelo
governo federal.

Na entrevista ao Ateliê Amazônico, Stefany Menezes do CACUÍ criticou a ignorância


em relação aos desejos e cultura do povo Waimiri Atroari diante de empreendimentos
que afetam sua existência, considerando a compensação financeira inadequada.

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DICA 24
HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL X

POPULAÇÃO
INDÍGENA

Com base no Censo de 2022, a população indígena atual do Brasil é de 1.693.535


cidadãos, representando 0,83% da população total do país. Segundo o mesmo censo,
aproximadamente 51,25% da população indígena vive na região da Amazônia Legal.

Os municípios da região norte com a maior proporção de população indígena em


relação aos residentes são: Uiramutã (RR) com 96,60% de habitantes indígenas;
Santa Isabel do Rio Negro (AM) com 96,12% de habitantes declarados indígenas.

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DICA 25
HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL XI

TERRAS
INDÍGENAS

As terras indígenas no Brasil são áreas demarcadas para a posse permanente e a


reprodução física, cultural, social e econômica dos povos indígenas, conforme
estabelecido na Constituição Federal de 1988.
Essas áreas desempenham um papel crucial na preservação da diversidade ambiental e
cultural do país.

O Brasil possui um território total de 851.196.500 hectares ou 8.511.965 km².


Existem 760 terras indígenas cobrindo uma área total de 117.896.220
hectares (ou 1.178.962 km²), o que representa 13,9% do território nacional.
A maioria das terras indígenas está localizada na Amazônia Legal,
abrangendo 430 áreas e ocupando 115.803.611 hectares, ou seja, 23% do
território amazônico e 98,25% de todas as terras indígenas do Brasil.
As demais áreas estão distribuídas entre as regiões Nordeste, Sudeste,
Sul, Mato Grosso do Sul e Goiás, totalizando 1,75% da extensão.
Os estados com as maiores populações indígenas em terras indígenas
são Amazonas (149.047), Roraima (71.412) e Mato Grosso do Sul (68.534).
A Terra Indígena Yanomami (AM/RR) abriga a maior população, com
27.152 habitantes, seguida por Raposa Serra do Sol (RR) com 26.176 e
Évare I (AM) com 20.177.

Terras Indígenas Tradicionalmente


Ocupadas: Direito original dos povos
indígenas, demarcadas conforme CF/88 e
Decreto n.º 1775/96.
Reservas Indígenas: Terras doadas,
adquiridas ou desapropriadas pela União para
posse dos indígenas, não são as
tradicionalmente ocupadas.
Terras Dominiais: Propriedades adquiridas
pelas comunidades indígenas de acordo com
a legislação civil.
Terras Interditadas: Áreas proibidas pela Funai para proteger povos isolados, com
restrições de acesso e circulação de terceiros, podendo ocorrer simultaneamente à
demarcação.
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DICA 26
IDOSOS I

IDOSOS

Os idosos, também conhecidos como terceira idade, são indivíduos que alcançaram
uma fase avançada da vida, geralmente caracterizada pela aposentadoria e pela
redução da capacidade física e/ou mental.

Essa fase da vida é marcada por uma série de desafios e necessidades específicas,
incluindo cuidados mais direcionados de saúde, proteção social, participação na
sociedade e prevenção da violência e do abuso.
De acordo com a legislação brasileira, considera-se idosa aquela pessoa que atingiu 60
anos ou mais de idade.
Os direitos garantidos aos idosos não estão todos disponíveis a partir dos 60 anos.
Em muitos casos, é necessário alcançar a idade de 65 anos para poder usufruí-los.

Antes de nos aprofundarmos nas normas de proteção aos idosos, é importante


lembrar que, da mesma forma que o sistema de proteção às crianças e aos
adolescentes, é responsabilidade de todos amparar os idosos.
As leis de proteção à pessoa idosa são fundamentadas em várias normas e
legislações que tratam dos direitos, deveres e garantias desse grupo da
população.

SOCIEDADE
ESTADO
FAMÍLIA

DEVER DE AMPARAR OS IDOSOS

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DICA 27
IDOSOS II

ESTATUTO DO IDOSO

O Estatuto do Idoso, uma legislação brasileira, garante direitos fundamentais que


conferem uma posição de destaque às pessoas idosas, considerados como direitos de
terceira dimensão.

Estes direitos incluem o direito a um envelhecimento digno, assegurando liberdade,


respeito e dignidade, além do acesso a serviços de saúde adequados e medidas
específicas de proteção social.

O Estatuto protege direitos individuais e sociais para garantir


que as pessoas idosas vivam com dignidade, respeitando sua
autonomia e integridade física, psicológica e moral.

Isso engloba a liberdade de locomoção, expressão de


opiniões e crenças, participação em atividades esportivas e
culturais, integração na vida familiar e comunitária, bem
como o direito de buscar ajuda e orientação.

O Estatuto também prevê a identificação da população idosa,


atendimento geriátrico especializado, fornecimento gratuito
de medicamentos e proíbe a discriminação nos serviços de
saúde.

Além disso, oferece atendimento domiciliar para idosos


doentes, o Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS)
para aqueles sem recursos financeiros, e vantagens
tarifárias no transporte público, incluindo assentos reservados
e descontos para maiores de 65 anos.

A LEI BRASILEIRA DEDICA UMA ATENÇÃO ESPECIAL AOS IDOSOS COM MAIS DE 80 ANOS,
PRIORIZANDO-OS EM SITUAÇÕES QUE JÁ BENEFICIAM OS IDOSOS, COMO ATENDIMENTOS DE
SAÚDE, FILAS E SERVIÇOS. OS MAIORES DE 80 ANOS TÊM PREFERÊNCIA SOBRE OS OUTROS
IDOSOS NESSAS CIRCUNSTÂNCIAS.

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DICA 28
IDOSOS III

LEI 14.364/2022
(ACOMPANHANTES DE
IDOSOS)

A Lei 14.364/2022, sancionada em 2 de junho, representa um avanço significativo na


garantia de direitos para acompanhantes de idosos, pessoas com deficiência,
gestantes, lactantes, pessoas com crianças de colo e obesos.

Essa legislação prevê atendimento prioritário para acompanhantes e atendentes quando


estiverem acompanhando os titulares do benefício.

Essa nova lei altera a Lei 10.048/2000, que trata do Atendimento Prioritário, para
incluir explicitamente os acompanhantes e atendentes quando estiverem com os
beneficiários.

Com essa alteração, o atendimento prioritário passa a ser assegurado não


apenas em repartições públicas, mas também em empresas concessionárias
de serviços públicos, instituições financeiras, logradouros públicos, sanitários
públicos e veículos de transporte coletivo.

Isso significa que os acompanhantes e atendentes terão direito ao


atendimento prioritário em uma ampla gama de situações e
estabelecimentos, sempre que sua presença for considerada imprescindível
para o cumprimento dos direitos legais dos titulares do benefício.

ESSA MEDIDA É FUNDAMENTAL PARA GARANTIR A INCLUSÃO, A ACESSIBILIDADE E O RESPEITO


AOS DIREITOS DAS PESSOAS EM SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE OU COM NECESSIDADES
ESPECIAIS, BEM COMO PARA PROMOVER UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E SOLIDÁRIA.

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DICA 29
LEI N. 13.146/2015 - O QUE É O EDP?

ESTATUTO
DA PESSOA
COM DEFICIÊNCIA

Antes de discutir o conceito de pessoa com deficiência em detalhes, é crucial destacar


que a expressão "portador de deficiência" não é apropriada ao se referir a essas
pessoas.

Essa terminologia sugere que a deficiência é algo pesado ou um fardo, insinuando a


necessidade de tratamento ou cura. Portanto, remover esse termo é um dos primeiros
passos para assegurar que as pessoas com deficiência possam usufruir de seus direitos
sem discriminação.

O Estatuto da Pessoa com Deficiência (EPD), Lei nº 13.146/2015, define quem é


considerado uma pessoa com deficiência.

LEMBRE-SE!
De acordo com a lei, uma pessoa com deficiência é aquela que possui um
impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial.

Deficiências físicas, como mobilidade reduzida.


Deficiências sensoriais, como deficiência auditiva ou visual.
Deficiências mentais ou intelectuais, que afetam a capacidade cognitiva.
Outras condições de saúde de longo prazo que podem afetar a participação na
sociedade.

A PESSOA COM DEFICIÊNCIA NÃO É OBRIGADA A USUFRUIR DOS


BENEFÍCIOS ADVINDOS DE AÇÕES AFIRMATIVAS.

E QUAL O OBJETIVO DO EPD?


É garantir que as pessoas com deficiência tenham igualdade de oportunidades e
acesso aos mesmos direitos e serviços que as demais pessoas, promovendo sua
inclusão social e cidadania. Isso envolve a eliminação de barreiras físicas, sociais e
comunicacionais que possam dificultar a participação plena das pessoas com
deficiência na sociedade.
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DICA 30
IGUALDADE E NÃO DISCRIMINAÇÃO

DISCRIMINAÇÃO
A discriminação em razão da deficiência se refere a qualquer forma de
tratamento desigual ou preconceituoso que as pessoas com deficiência
possam enfrentar com base em sua condição de deficiência.

Isso inclui qualquer ação ou omissão que tenha o propósito ou o efeito de


As disposições da Lei n. 8.112 não se aplicam a todos os agentes públicos, vamos
prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e
esquematizar isso?
das liberdades das pessoas com deficiência.

Essa discriminação pode assumir várias formas, incluindo:

EXCLUSÃO SOCIAL ACESSO NEGADO


Negar o acesso de pessoas com
Negar a participação de
deficiência a edifícios públicos,
pessoas com deficiência em
transporte, serviços de saúde,
atividades sociais, culturais,
emprego, educação ou qualquer
educacionais ou de lazer.
outra área da vida social.

TRATAMENTO DESIGUAL
Tratar pessoas com deficiência de ESTEREÓTIPOS E PRECONCEITOS
maneira diferente ou inferior em Basear decisões ou tratamento em
comparação com outras pessoas estereótipos ou preconceitos sobre
em situações semelhantes. pessoas com deficiência.

BULLYING E ASSÉDIO FALTA DE ACOMODAÇÕES


RAZOÁVEIS
Não fornecer ajustes razoáveis
ou adaptações necessárias
para que as pessoas com
deficiência possam participar
plenamente da sociedade.
NEGLIGÊNCIA MÉDICA
Submeter pessoas com deficiência a Negar tratamento médico
assédio, zombarias ou abuso verbal ou adequado ou cuidados de saúde
físico devido à sua condição de deficiência. devido à deficiência.

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DICA 31
PRINCÍPIO DO DIREITO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA I

ACESSIBILIDADE

O QUE ISSO SIGNIFICA?


A acessibilidade refere-se à possibilidade e condição de alcance, de forma
segura e autônoma, a uma variedade de espaços, mobiliários,
equipamentos urbanos, edificações, transportes, informações,
comunicações e outros serviços e instalações.

Essa acessibilidade deve estar disponível tanto na zona urbana como na


rural, e deve ser projetada e implementada de maneira a atender às
As disposições da Lei n. 8.112 não se aplicam a todos os agentes públicos, vamos
necessidades
esquematizar isso? das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

A promoção da acessibilidade é essencial para garantir que todas as pessoas tenham a


oportunidade de viver de forma independente, participar ativamente na comunidade e ter
igualdade de acesso a serviços e recursos, independentemente de suas condições
individuais.

A acessibilidade busca eliminar barreiras físicas, sensoriais,


comunicacionais e outras que possam dificultar ou impedir a participação
plena das pessoas com deficiência na sociedade.

Isso inclui, por exemplo, a adaptação de edifícios para acesso


de cadeira de rodas, a disponibilização de informações em
formatos acessíveis, como Braille ou áudio, e o
desenvolvimento de tecnologias assistivas para facilitar a
interação com dispositivos e sistemas.

faça
Eduardo anotações aqui- eduardomenddes@gmail.com - CPF: 418.028.208-92
Garrido Mendes Pereira
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DICA 32
PRINCÍPIO DO DIREITO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA II

TIPOS DE BARREIRAS
A definição abrangente de barreiras no contexto do Estatuto da Pessoa com
Deficiência é fundamental para compreender os diversos desafios que as
pessoas com deficiência podem enfrentar em sua vida diária.

As barreiras podem assumir várias formas e incluem:

BARREIRAS URBANÍSTICAS
Barreiras ou obstáculos em vias e espaços públicos podem
incluir calçadas inadequadas, falta de rampas de acesso,
ausência de sinalização adequada, entre outros.

BARREIRAS ARQUITETÔNICAS
São obstáculos encontrados em edifícios públicos e privados.
Isso abrange a falta de rampas, elevadores, sanitários
acessíveis, portas largas o suficiente para cadeiras de rodas,
entre outros.
BARREIRAS NOS TRANSPORTES
Refere-se a obstáculos encontrados em sistemas e meios de
transporte, como ônibus, trens, metrôs, aviões e veículos
particulares. Pode incluir a falta de acessibilidade em estações
de trem, aeroportos e falta de adaptações nos veículos.

BARREIRAS NAS COMUNICAÇÕES E NA INFORMAÇÃO


Barreiras na comunicação podem dificultar ou impedir o acesso
a informações por meio de tecnologias, como falta de legendas
em programas de TV, websites inacessíveis e falta de
intérpretes de Libras.
BARREIRAS ATITUDINAIS
Refere-se a atitudes ou comportamentos que prejudicam a
participação social da pessoa com deficiência em igualdade de
condições com as demais pessoas. Isso inclui preconceitos,
estereótipos, discriminação e falta de compreensão.

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DICA 33
PRINCÍPIO DO DIREITO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA III

PROTEÇÃO INTEGRAL DAS PESSOAS COM


DEFICIÊNCIA
O Estatuto da Pessoa com Deficiência visa assegurar a proteção integral das
pessoas com deficiência contra todas as formas de negligência,
discriminação, exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e
tratamento desumano ou degradante.

Isso significa que a lei estabelece que nenhuma pessoa com deficiência deve
ser submetida a qualquer forma de tratamento injusto, abusivo ou
degradante.
Além disso, o parágrafo único enfatiza que certos grupos de pessoas com deficiência são
considerados especialmente vulneráveis a essas formas de tratamento prejudicial.

ADOLESCENTES

MULHERES IDOSOS COM DEFICIÊNCIA


CRIANÇAS

A proteção especial a esses grupos reconhece que eles podem estar em maior risco de
abuso, negligência ou discriminação e reforça a importância de garantir sua segurança
e bem-estar.

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DICA 34
PRINCÍPIO DO DIREITO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA IV

CAPACIDADE CIVIL PLENA


O artigo 6º do Estatuto da Pessoa com Deficiência é fundamental para
estabelecer que a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa
com deficiência.

Isso significa que, apesar de ter uma deficiência, a pessoa tem direito a
todas as capacidades e direitos civis.

Isso significa que a pessoa com deficiência não pode ser excluída desses processos com
base na deficiência.

O direito de Igualdade no Pessoas com


conservar sua direito de guarda, deficiência têm
O direito de casar-se tutela, curatela e direito à convivência
fertilidade, e é
e constituir união adoção, familiar e
proibida
estável. independentemen comunitária sem
qualquer forma
de esterilização te da posição de discriminação, de
compulsória. adotante ou acordo com o direito
adotando. à família.

O direito de exercer
direitos sexuais e
O direito de decidir sobre o número reprodutivos, o que inclui
de filhos e ter acesso a informações o direito de tomar
adequadas sobre reprodução e decisões sobre sua vida
planejamento familiar. sexual e reprodutiva.

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DICA 35
ATENDIMENTO PRIORITÁRIO

DIREITOS À PRIORIDADE

O artigo 9º do Estatuto da Pessoa com Deficiência estabelece os direitos à prioridade


que a pessoa com deficiência tem em várias situações, com o objetivo de garantir
seu pleno acesso e participação na sociedade.

Os direitos das pessoas com deficiência incluem proteção e socorro


prioritário em situações de emergência, atendimento em igualdade de
condições em todos os locais de atendimento ao público e
disponibilização de recursos humanos e tecnológicos que garantam pleno
atendimento.
Disponibilização de pontos de parada, estações e terminais acessíveis de
transporte coletivo; segurança no embarque e desembarque; acesso a
informações e recursos de comunicação acessíveis.
Recebimento adequado de restituição de imposto de renda e participação
em processos judiciais e administrativos em igualdade de condições
com outras pessoas.

O parágrafo 1º destaca que esses direitos também se estendem ao acompanhante


da pessoa com deficiência ou ao seu atendente pessoal, com exceção dos direitos
relacionados à restituição de imposto de renda e tramitação processual.

O parágrafo 2º estabelece que nos serviços de emergência públicos e privados, a


prioridade conferida por esta Lei é condicionada aos protocolos de atendimento
médico, ou seja, a prioridade deve ser garantida seguindo as diretrizes médicas
estabelecidas nos protocolos de emergência.

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DICA 36
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

ATENDIMENTO DOMICILIAR
O Artigo 95 do Estatuto da Pessoa com Deficiência estabelece que é vedado
exigir o comparecimento de uma pessoa com deficiência perante órgãos
públicos quando o deslocamento até essas instalações, devido à sua
limitação funcional e às condições de acessibilidade inadequadas, imponha
um ônus desproporcional e indevido a ela.

Em vez disso, devem ser observados os seguintes procedimentos:


Quando for de interesse do poder público, o agente responsável promoverá o
contato necessário com a pessoa com deficiência em sua residência.

Quando for de interesse da própria pessoa com deficiência, ela poderá


apresentar uma solicitação de atendimento domiciliar ou fazer-se
representar por um procurador constituído com a finalidade de obter esse
atendimento em sua residência.

O parágrafo único desse artigo assegura à pessoa com deficiência o direito


ao atendimento domiciliar.

Esse atendimento domiciliar pode ser fornecido pela perícia médica e social do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pelo serviço público de
saúde, pelo serviço privado de saúde que seja contratado ou conveniado
e que faça parte do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como pelas
entidades da rede socioassistencial que fazem parte do Sistema Único de
Assistência Social (Suas).

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DICA 37
PROTEÇÃO ÀS PESSOAS LGBTQIA+ I

PROTEÇÃO ÀS PESSOAS
LGBTQIA+

A Constituição Federal, em seu artigo 1º, estabelece o Princípio da Dignidade da


Pessoa Humana como um dos pilares da República Federativa do Brasil.

Esse princípio pressupõe que todas as pessoas possuem a mesma dignidade e


devem ser tratadas com respeito, sem distinção.

Além disso, a Constituição veda a discriminação com base na


orientação sexual, reforçando no artigo 3º, inciso IV, a obrigação
do Estado de promover o bem-estar de todos, sem qualquer
forma de discriminação.
Até o momento, não existe uma legislação específica que proteja
os direitos da comunidade LGBTQIA+, levando alguns Estados e
Municípios a buscar soluções para isso.

É RELEVANTE DESTACAR QUE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL JÁ DECIDIU QUE O DIREITO À


IGUALDADE ABRANGE A IDENTIDADE E EXPRESSÃO DE GÊNERO, CONSIDERANDO A
DISCRIMINAÇÃO POR ESSES MOTIVOS COMO UMA FORMA DE RACISMO, PASSÍVEL DE PUNIÇÃO
PELA LEI Nº 7.716/96.
Dessa forma, a homotransfobia pode ser enquadrada como injúria racial, conforme a
interpretação do STF.

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DICA 38
PROTEÇÃO ÀS PESSOAS LGBTQIA+ II

DECRETO Nº 8.727/16
USO DO NOME SOCIAL E O
RECONHECIMENTO DA
IDENTIDADE DE GÊNERO I

Este Decreto aborda o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de


gênero de pessoas travestis ou transexuais no âmbito da administração pública federal
direta, autárquica e fundacional.
Para os propósitos deste Decreto, entende-se:

I - nome social - identificação pela qual a pessoa travesti ou


transexual se reconhece e é socialmente identificada; e
II - identidade de gênero - aspecto da identidade de uma pessoa
que diz respeito à sua relação com as representações de
masculinidade e feminilidade e como isso se manifesta em sua
prática social, independentemente do sexo atribuído ao nascer.

É PROIBIDO O USO DE TERMOS PEJORATIVOS E DISCRIMINATÓRIOS AO SE


REFERIR A PESSOAS TRAVESTIS OU TRANSEXUAIS.

Art. 2º Os órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e


fundacional devem adotar o nome social da pessoa travesti ou transexual em
seus atos e procedimentos, conforme solicitado e estabelecido neste Decreto.

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DICA 39
PROTEÇÃO ÀS PESSOAS LGBTQIA+ III

DECRETO Nº 8.727/16
USO DO NOME SOCIAL E O
RECONHECIMENTO DA
IDENTIDADE DE GÊNERO II

Os registros dos sistemas de informação, cadastros, programas, serviços, fichas,


formulários, prontuários e similares dos órgãos e entidades da administração pública
federal direta, autárquica e fundacional devem incluir o campo “nome social” em
destaque, juntamente com o nome civil, que será utilizado exclusivamente para fins
administrativos internos.

O nome social da pessoa travesti ou transexual, se solicitado expressamente, deve constar


nos documentos oficiais, juntamente com o nome civil.

O órgão ou entidade da administração pública federal direta,


autárquica e fundacional pode usar o nome civil da pessoa
travesti ou transexual, acompanhado do nome social, somente
quando estritamente necessário para atender ao interesse
público e proteger os direitos de terceiros.

PESSOAL, FOQUE NA PALAVRA “ESTRITAMENTE NECESSÁRIO” A BANCA PODE TENTAR TE


CONFUNDIR!

A pessoa travesti ou transexual pode solicitar, a qualquer


momento, a inclusão de seu nome social em documentos oficiais
e registros dos sistemas de informação, cadastros, programas,
serviços, fichas, formulários, prontuários e similares dos órgãos e
entidades da administração pública federal direta, autárquica e
fundacional.

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DICA 40
PROTEÇÃO ÀS PESSOAS LGBTQIA+ IV

RECONHECIMENTO DA UNIÃO
HOMOAFETIVA COMO ENTIDADE
FAMILIAR

A união homoafetiva é a relação duradoura entre pessoas do mesmo sexo.

Embora a Constituição Federal e a legislação civil não abordem explicitamente essa


união, parte da doutrina a considera como uma forma de família, com base na
dignidade da pessoa humana e no direito à autodeterminação, especialmente em
relação à orientação sexual.

Por meio de uma evolução na jurisprudência, o


Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a
união homoafetiva como uma entidade
familiar, equiparando-a à união estável
heteroafetiva.
Essa decisão foi fundamentada em princípios
constitucionais como igualdade, liberdade,
dignidade, segurança jurídica e busca da
felicidade.

O RECONHECIMENTO DA UNIÃO HOMOAFETIVA COMO ENTIDADE FAMILIAR TAMBÉM IMPLICA


EM GARANTIAS E DIREITOS SEMELHANTES AOS DA UNIÃO ESTÁVEL HETEROAFETIVA,
ABRANGENDO ASPECTOS PREVIDENCIÁRIOS, SOCIAIS E FAMILIARES.

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DICA 41
PROTEÇÃO ÀS PESSOAS LGBTQIA+ V

COMBATE À DISCRIMINAÇÃO DE GRUPOS LGBTQIA+


ENCARCERADO

A luta contra a discriminação de grupos LGBTQIA+ que estão encarcerados é


regulada pela Resolução Conjunta nº 01/2014 do Conselho Nacional de Política
Criminal e Penitenciária, do Ministério da Justiça, e pelo Conselho Nacional de
Combate à Discriminação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República.

Em conjunto com essa resolução, o Conselho Nacional de


Justiça – CNJ emitiu a Resolução nº 348/2020, a qual
estabelece diretrizes e processos para a execução de penas,
tanto provisórias quanto definitivas.
Conforme essa resolução, indivíduos LGBTQIA+ em situação
de encarceramento têm o direito de serem identificados pelo
seu nome social, de acordo com a sua identidade de gênero.
Além disso, devem ter acesso a espaços específicos, receber
tratamento igualitário e ser protegidos contra violência.
Também é garantido o direito de usar roupas e penteados
alinhados com a sua identidade de gênero, bem como
acesso a visitas íntimas e cuidados de saúde adequados,
incluindo oportunidades de capacitação profissional.

ADPF 527/DF

É relevante destacar que o Supremo Tribunal Federal


(STF), ao julgar a ADPF 527/DF, determinou que
transexuais e travestis têm o direito de escolher entre
cumprir suas penas em unidades prisionais femininas
ou masculinas, ou em alas específicas que garantam
sua segurança, assegurando assim seus direitos e
proteção enquanto estão sob custódia do Estado, em
conformidade com as diretrizes da Resolução 348/20.

Eduardo Garrido Mendes Pereira - eduardomenddes@gmail.com - CPF: 418.028.208-92


chegamos ao fim
Você acaba de concluir nossa incrível guia de dicas sobre o
fascinante mundo da diversidade e inclusão na sociedade.
Ao longo deste guia, exploramos os conceitos fundamentais,
discutimos exemplos práticos e compartilhamos estratégias
para promover um ambiente mais inclusivo e acolhedor em
diferentes contextos.

É crucial lembrar que a diversidade é uma força que


enriquece nossa sociedade, trazendo uma variedade de
perspectivas, experiências e talentos para o cenário social,
cultural e econômico. Ao reconhecer e valorizar essa
diversidade, podemos construir comunidades mais
resilientes, justas e harmoniosas.

A inclusão, por sua vez, é a chave para garantir que todos


tenham voz, oportunidades e acesso a recursos,
independentemente de sua origem, identidade, crenças ou
habilidades. Ao criar espaços inclusivos e promover a
equidade, estamos construindo um mundo onde cada
indivíduo é respeitado, valorizado e capacitado a contribuir
plenamente para a sociedade.

Esperamos que as informações compartilhadas neste guia


inspirem você a agir como um agente de mudança,
promovendo a diversidade e a inclusão em sua comunidade,
local de trabalho e além. Lembre-se sempre do poder
transformador que cada um de nós possui e do impacto
positivo que podemos gerar quando nos unimos em prol de
um mundo mais justo e inclusivo para todos. Juntos,
podemos fazer a diferença.
clique aqui e entre agora no grupo de dicas

bons estudos!
Eduardo Garrido Mendes Pereira - eduardomenddes@gmail.com - CPF: 418.028.208-92

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