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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO


LICENCIATURA EM CONTABILIDADE COM
HABILITAÇÕES EM AUDITÓRIA

ANIFA AMADE
FANECA EVELINO
ISAC XAVIER PROMOLA
JOSÉ MARIA SIMBO
OCTÁVIO DE ISAC
ROGÉRIO JOÃO LUÍS

CUSTOS PARA TOMADA DE DECISÃO

QUELIMANE
2024
ANIFA AMADE
FANECA EVELINO
ISAC XAVIER PROMOLA
JOSÉ MARIA SIMBO
OCTÁVIO DE ISAC
ROGÉRIO JOÃO LUÍS

3° Ano; Regime Laboral

3° Grupo

CUSTOS PARA TOMADA DE DECISÃO

Trabalho cientifico de carácter avaliativo a ser


entregue no curso de contabilidade, na cadeira
de Contabilidade de Custos, leccionada pelo:

Docente: Dr. Luanda A. Luanda.

QUELIMANE

2024
Índice
1.1. Objectivos ......................................................................................................................................4
1.1.1. Geral .......................................................................................................................................4
1.1.2. Específicos .............................................................................................................................4
1.2. Metodologia ...................................................................................................................................5
2. Custos para Tomada de Decisão ............................................................................................................6
2.1. Classificação dos Custos ................................................................................................................6
2.2. Aspectos Básicos ............................................................................................................................6
2.3. Sistemas de Custeio........................................................................................................................7
2.3.1. Custeio Total ..........................................................................................................................8
2.3.2. Custeio Variável .....................................................................................................................8
2.3.3. Custeio Racional ....................................................................................................................9
2.4. Custos Totais e Reais ...................................................................................................................10
2.4.1. Custos Totais ........................................................................................................................10
2.4.2. Custos Reais .........................................................................................................................11
2.5. Gastos Totais Básicos e Gastos Variáveis Básicos ......................................................................12
2.5.1. Custos Básicos......................................................................................................................12
2.6. Os Desvios e a Sua Análise ..........................................................................................................14
2.6.1. Padrão Matérias ....................................................................................................................14
2.6.2. Padrão Mão-de-obra .............................................................................................................15
2.7. Custeio Directo.............................................................................................................................17
2.8. Relação Gasto/Volume/Resultados ..............................................................................................19
2.9. Margem de Contribuição..............................................................................................................20
2.10. O Ponto Crítico e suas Limitações ...........................................................................................21
2.10.1. Ponto de Equilíbrio Económico (PEE) .................................................................................22
2.10.2. Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) ..................................................................................22
2.11. Margem de Segurança ..............................................................................................................23
3. Conclusão .............................................................................................................................................25
4. Referencias Bibliográficas ...................................................................................................................26
4

1. Introdução

A dádiva do trabalho tem por pesquisa o custo para a tomada de decisão na cadeira de
contabilidade de custo. Entretanto, para uma empresa tomar decisões tem que olhar o custo que
decisão que pretende tomar ira lhe custar, por essa razão, é preciso conhecer os gastos incorridos
para a produção ou aquisição do tal produto usando sistemas de custeio que irão proporcionar
medidas certas.

O sistema de custeio é um tema que geralmente se encontra na contabilidade de custos,


quando se pretende abordar a temática custos para a tomada de decisão. Este tema insere-se, por
isso, no campo de análise da Contabilidade de Gestão. Nos dias de hoje, com a globalização dos
mercados e a complexidade das organizações, a Contabilidade de Gestão tem um papel
fundamental nas empresas, pois para além de ser um instrumento muito importante na tomada de
decisões, é também responsável pela promoção do controlo das organizações. Uma nova visão de
mercado é a necessidade da busca de informações ágeis e confiáveis para que se possa atingir
metas e alcançar os objectivos mediante o uso dos métodos de apuramento doa gastos.

1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Conhecer os princípios de custos para a tomada de decisão.
1.1.2. Específicos
 Examinar e mensurar os sistemas de custeio;
 Buscar uma análise de relação dos sistemas de custeio;
 Conceituar a margem de contribuição e segurança;
 Analisar a tomada de decisão com base na relação custo/volume/lucro.
5

1.2.Metodologia

Segundo Vergara (2006), pesquisa metodológica esta associada aos caminhos, formas,
maneiras e procedimentos utilizados para atingir determinado fim.

De acordo com Gil (1999), por pesquisa bibliográfica entende-se a leitura, a análise e a
interpretação de material impresso.

Para a realização do presente trabalho recorreu-se a diversas fontes com a finalidade de reunir
informações satisfatórias e de fácil compressão através de consulta de obras, revisões
bibliográficas, ou seja, optou-se pela pesquisa bibliográfica.
6

2. Custos para Tomada de Decisão

Para que se possa tomar decisões no presente e no futuro, precisa-se fazer uma revisão nos
sistemas de avaliação de custos aplicados. A Contabilidade de Custos é feita com o objectivo de
avaliação dos estoques e de resultado, tratando da incorporação dos Custos Fixos e Variáveis aos
produtos fabricados (Custo por Absorção).

O sistema de custeio é um conjunto de métodos e técnicas utilizadas por uma organização


com vista a imputar ao produto ou ao serviço, todos os custos a ele relacionados.

Segundo Cogan (1999), há décadas que os gestores e cientistas são desafiados nas questões da
determinação dos custos dos produtos e serviços, os esforços para reduzi-los e a consequente
tomada de decisão que torne a empresa mais competitiva.

2.1.Classificação dos Custos


a) Quanto aos produtos fabricados divide-se em:
 Custo directo;
 Custo indirecto.
b) Quanto aos níveis de produção divide-se em:
 Custos fixos;
 Custos variáveis.
2.2.Aspectos Básicos

Alguns aspectos básicos são necessários, para que o analista de custos possa preparar as
informações para a tomada de decisões:

 Conhecer com relativa profundidade o segmento de actividade da empresa (principais


concorrentes, política de preços, principais fornecedores, limitação do mercado, etc);
 Ter conhecimento da legislação fiscal e previdenciária que disciplinam as actividades da
empresa;
 Preocupar-se em conhecer convenientemente o processo industrial e operacional e suas
características;
 Ter sempre presente que o sistema deve ser adequado aos fins e não os fins ao sistema;
7

 Saber que, além dos factores mensuráveis, existem factores não mensuráveis que devem
ser considerados e analisados quando da tomada de decisões;
 Considerar sempre os valores relevantes, não perdendo tempo com valores
insignificantes, muitas vezes difíceis de ser obtidos;
 Observar sempre a equação entre a velocidade e a exactidão da informação, considerando
que a oportunidade da informação é sempre mais necessária que uma informação perfeita
fornecida com atraso;
 Compreender que existe sempre uma margem de erro por mais cuidado que tomemos na
elaboração da informação. Às vezes, é conveniente preparar uma estimativa optimista e
outra pessimista para evidenciar a margem do erro que pode ser cometido;
 Ter conhecimento da importância do espaço de tempo, pois os custos, certamente, serão
diferentes se o propósito é produzir um número limitado de unidades ou produzir
habitualmente um novo produto;
 Preparar as informações, de forma que o usuário que as solicita consiga entendê-las;
 Explicar ao usuário a metodologia utilizada para a elaboração da informação e as
limitações existentes. IBRACON, (2000, p. 52).
2.3.Sistemas de Custeio

O custeio dos produtos ou dos serviços realizados pode ser organizado de diversas formas,
técnicas de custeio. Quando a da organização do custeio é fundamental não olvidar as suas
implicações na elaboração e apresentação das demonstrações financeiras (Balanço e
Demonstração de resultados) por natureza e por funções.

A literatura contabilística apresenta diversas cambiantes para o custeio. No entanto, os mais


abordados centram-se, por um lado, na imputação dos custos totais (custeio total) e, por outro,
nos custos variáveis (custeio variável). Qualquer deles pode ainda apoiar-se nos custos efectivos
ou reais (custeio real) ou nos custos preestabelecidos (custeio básico).

O modelo definido em alguns países para o apuramento do custo de produção admite ainda o
custeio racional que se baseia na imputação dos custos fixos da fábrica tendo em conta a
capacidade normal utilizada. O tratamento dos custos não incorporados deve seguir o modelo
aplicável aos desvios contabilísticos. As diferenças entre os sistemas de custos totais e sistemas
de custos variáveis fundamentam-se na imputação dos custos fixos. No primeiro caso, os custos
8

fixos da fábrica são integralmente imputáveis aos produtos e, no segundo, apenas os custos
variáveis são afectos aos custos dos produtos ou serviços. Naturalmente que neste último caso os
custos fixos são totalmente imputados aos resultados do período.

2.3.1. Custeio Total

É um método de apuramento do custo dos produtos que considera quer os custos fixos quer os
custos variáveis industriais como custos de produção. Assim:

 O custo industrial dos produtos compreende os custos fixos e variáveis dos custos de
aprovisionamento e de transformação;
 O custo comercial abrange o custo industrial dos produtos vendidos (CIPV) e ainda os
custos fixos e variáveis dos custos de distribuição e de administração. Por este método, as
existências de produtos acabados são avaliadas pelo custo total da produção, fazendo com
que os custos industriais fixos e variáveis sejam custos dos produtos. Estes custos serão
custos do período à medida que a produção é vendida. Custo de Produção = MP + MOD +
GGF variava + GGF fixos
2.3.2. Custeio Variável

É um método de apuramento do custo dos produtos que consiste em se considerarem somente


os custos variáveis industriais como custos de produção. Os custos fixos de produção são na sua
totalidade classificados como custos do período. Os principais objectivos do custeio variável
estão relacionados com as necessidades de informação dos gestores para efeitos de tomada de
decisões, nomeadamente as seguintes:

 Melhor utilização a curto prazo da capacidade instalada;


 Análise de sensibilidade dos resultados face à variação do volume de actividade;
 Análise dos resultados dos diferentes produtos e das diferentes estratégias do marketing.
As principais características deste sistema podem resumir-se no seguinte:
 Somente os custos variáveis industriais são considerados custos dos produtos, enquanto os
custos fixos de produção são, na sua totalidade, classificados como custos do período;
 A valorização das existências de produtos acabados é feita a custos de produção variáveis.
Os custos fixos não são inventariáveis e são considerados custos do período;
9

 Todos os custos variáveis de produção, incluindo a parte variável dos custos semi-
variáveis, são custos dos produtos;
 Os custos fixos de aprovisionamento e de transformação não são incluídos no custo
industrial e, por conseguinte, não são considerados no apuramento das margens
industriais. Os gastos fixos de distribuição e de administração também não são
considerados no apuramento das margens comerciais;
 Admite-se a identidade entre os custos fixos e indirectos, pelo que este sistema resolve a
arbitrariedade das repartições. Nos países altamente industrializados é muito aplicável o
método do custeio variável, tendo como vantagens:
 Simplificação do trabalho, dado que não é necessário repartir os custos fixos:
 São custos mais fidedignos, pois a repartição dos custos fixos são estimativas;
 Dado que são proporcionais, é mais rápida e segura a determinação do ponto crítico das
vendas;
 Utilização da análise marginal para tomada das decisões. O método do custeio variável
também apresenta alguns inconvenientes:
 Difícil distinção entre custos fixos e variáveis;
 As existências de custos semi-variáveis, que variam às escalas;
 A avaliação das existências peca por defeito;
 O custo variável é sempre um custo incompleto, ilusório e perigoso. Custo de Produção =
MP + MOD + GGF variava
2.3.3. Custeio Racional

É um método de apuramento do custo dos produtos em que se consideram custos de produção


não só os custos variáveis industriais mas também a parte dos custos fixos industriais
proporcional à actividade real em relação à actividade normal. Custo de Produção = MP + MOD
+ GGF variava + GGF fixos *Qr/Qn

Onde:

Qr = Produção Real e Qn = Produção Normal

Exemplo: A Empresa Industrial XPL em Outubro último verificou-se o seguinte :


10

i. Produção real 2000 unidades

ii. Produção normal: 2500 unidades

iii. Vendas: 2300 unidades @ 400,00

iv. Custo de produção:

Matéria-prima: 75 por unidade

Custo de transformação:

Variáveis 100 por unidade

Fixos 250.000,00

Pretende-se:

Custo de produção total e unitário pelos três sistemas (total, variável e racional)

Descrição Custeio Total Custeio Variável Custeio Racional


Matéria-prima 150.000,00 150.000,00 150.000,00
consumida
Custo de 200.000,00 200.000,00 200.000,00
transformação: Variável
Custo de 250.000,00 ------------------------ 200.000,00
transformação: fixo
CIPA 600.000,00 350.000,00 550.000,00
Quantidades produzidas 2.000,00 2.000,00 2.000,00
(QP)
Custo Unitário 300,00 175,00 275,00

2.4.Custos Totais e Reais


2.4.1. Custos Totais

É o somatório de todos custos usados para a produção de um bem ou serviço, normalmente


envolve matérias-primas, mão-de-obra directa e indirecta e gastos gerais de fabrico e
11

2.4.2. Custos Reais

São os custos totais realmente incorridos e registados em realização do trabalho executado


durante um determinado período de tempo para uma actividade do cronograma ou um
componente de estrutura do projecto. Para calcular os custos reais, deve se calcular os materiais
supridos externamente e materiais de fabricação própria. Além disso, o cálculo dos custos reais
utiliza os custos reais para avaliar estoques de matéria-prima, produtos em elaboração e produtos
acabados. Ao calcular os preços reais, o custo real pode mostrar se é melhor fabricar ou comprar.

A Ficha Técnica de Preparo (FTP), em se tratando de uma importante ferramenta para a


gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição, tem como um de seus objectivos informar sobre
o custo da preparação em questão.

Para este fim deve-se utilizar a aba da planilha nomeada “Custo”, ilustrada abaixo:

2.4.2.1.Cálculos do valor real

Ovo de galinha: adquirido em caixa de 300g pelo valor de 3,45mts. Na receita foram utilizados
150 gramas de ovo de galinha, assim:

300 g – 3,45mts 150 g – X

X = (3,45 . 150) / 300

X = 1,73 mts

Cebola: adquirida a granel pelo valor de 2,90mts (o quilo) Na receita forma utilizados 80 gramas
de cebola, assim:
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1000 g – 2,90 mts 80 g – Y

Y = (2,90 . 80) / 1000

Y = 0,23mts

Ao deduzir-se o cálculo do valor real, é possível perceber que ele é o “Preço encontrado no
mercado” multiplicado pelo “Peso bruto”, divididos pelo “Peso encontrado no mercado”. Assim,
pode-se adquirir maior confiança para realizar o cálculo do valor real de forma directa.

 Valor real = (preço encontrado no mercado * peso bruto) /peso encontrado no mercado

Finalizados os cálculos de custo real de todos os ingredientes tem-se que sua somatória
representa o valor real total daquela preparação, no caso exemplificado aqui o valor total é
4,09.mts. Este valor total, ao ser dividido pelo número de porções da preparação, informa o valor
real de uma porção. No caso aqui exemplificado o rendimento foi de duas porções, assim o valor
da porção é de 2,04mts

2.5.Gastos Totais Básicos e Gastos Variáveis Básicos

As gastas são todas as saídas de dinheiro da empresa. Podemos dividir os gastos em custos,
despesas, investimentos e movimentos não operacionais.

2.5.1. Custos Básicos

São custos convencionais (preço do mercado, custo médio anterior, etc.) que se utilizam
especialmente para:

 Possibilitar e facilitar o apuramento de custos antes do final do período;


 Valorizar as transferências entre departamentos internos;
 Avaliar a eficiência ou economicidade dos vários departamentos, isolando-os no espaço
(excluindo dos respectivos resultados a incidência da boa ou má gestão de outros
departamentos) e no tempo (excluindo dos respectivos resultados a incidência das
variações de preços de período para período).
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O apuramento do custo médio responde a uma necessidade de simplificação e da rapidez da


execução e que pode ser de grande utilidade para a empresa, principalmente em períodos de
estabilidade económica e monetária.

2.5.1.1.Objectivos
 Controlo de gestão;
 Definição ou isolamento de responsabilidades;
 Simplificação e maior rapidez do trabalho contabilístico.

No concernente ao controle de gestão, os custos básicos constituem o termo de comparação


dos custos efectivamente verificados no período. Esta comparação é feita através dos desvios, isto
é, da diferença entre os custos reais do período e os custos básicos.

Os custos básicos possibilitam a definição de responsabilidades, pois a melhor ou pior


performance relativamente ao previsto de um centro de responsabilidade não influencia os outros.

Quanto à simplificação do trabalho contabilístico, adoptando o sistema de custos básicos não


é necessário aguardar pelo apuramento dos custos unitários reais para poder valorizar os
consumos dos factores de produção.

2.5.1.2.Vantagens dos Custos Básicos


 Antecipação no fornecimento dos dados;
 Simplificação considerável das verificações e dos cômputos (cálculos) feitos
periodicamente;
 Fornecem uma base objectiva para orientar racionalmente as políticas de venda;
 Constituem uma unidade de medida dos serviços obtidos, porque são determinados com
base em condições típicas de funcionamento.
2.5.1.3.Desvantagens dos Custos Básicos
 Dificuldades na determinação do grau de precisão no cálculo dos custos padrões nos
diversos sectores da empresa;
 Nos casos em que as revisões dos custos padrões não forem efectuadas periodicamente
tornam-se, às vezes, desajustados à realidade;
 No caso de haver alterações dos padrões, isto implica a redução da sua eficácia.
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2.5.1.4.Tipos de Custos Básicos

Os principais tipos são:

 Custos orçamentados; custos obtidos nos orçamentos elaborados pela empresa no


âmbito da utilização do sistema de gestão orçamental;
 Custos padrões; custos definidos a partir de normas técnicas de matérias, mão-de-
obra e gastos gerais de fabrico, e não necessariamente através da gestão orçamental;
 Preços de mercado; custos equivalentes aos preços que os bens têm no mercado;
 Custos históricos verificados em anos anteriores, custos de empresas similares, etc.
2.6.Os Desvios e a Sua Análise
2.6.1. Padrão Matérias

Para estabelecer o padrão referente aos custos de matérias ou matérias directas há que entrar
em linha de conta com dois factores:

 A quantidade de matérias que se vai utilizar;


 O preço de custos dessas matérias.

A fixação de padrões para os preços das matérias acarreta um problema bastante diferente. O tipo
de padrões de preços de matérias que terá que se utilizar é determinado pelo tipo de custos
padrões a empregar que podem ser:

 Padrões de preços correntes ou previstos;


 Padrões de preços normais;
 Padrões de preço fixo.

Os desvios de preços de matérias podem ser calculados no momento da compra ou na altura em


que as mesmas são consumidas.

Fórmulas

Desvio Total (DT): DT=Qr*Pr-Qp*Pp

Desvio de Preço (DP): DP = Qr * (Pr - Pp)

Desvio de Quantidade (DQ): DQ = Pp * (Qr – Qp)


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Onde:

Qr – Quantidade real das matérias consumidas

Pr – Preço real das matérias consumidas

Qp – Quantidade padrão das matérias consumidas

Pp – Preço padrão das matérias consumidas

2.6.1.1.Causas dos Desvios de Preço


 Flutuação de preços no mercado de matérias;
 Políticas de aprovisionamento, no que se refere à quantidade e ritmo de compras;
 Coordenação dos serviços de comerciais e fabris, não conseguindo uma relação estável
entre compras, produção e vendas;
 Organização dos serviços de aprovisionamento, admitindo sobrecargas excessivas de
gastos de compra; Causas dos Desvios de Quantidade
 Qualidade das matérias;
 Organização da produção;
 Qualificação do pessoal;
 Estado de funcionamento das máquinas.
2.6.2. Padrão Mão-de-obra

Para fins de custos-padrões, a mão-de-obra directa é separada da mão-de-obra indirecta.


As condições em que os padrões de mão-de-obra se devem estabelecer variam de empresa
para empresa. Cada caso exige um estudo pormenorizado dos efectivos, preço de horas e
condições de supervisão da mão-de-obra, os quais hão-de servir de base aos padrões.

O tipo de controlo efectuado pelas chefias, quanto aos preços de mão-de-obra, é limitado,
pois estes são normalmente consequência do resultado de negociações locais de oferta e
procura de mão-de-obra. Antes de se determinarem os padrões de mão-de-obra, que se define
a padronização das condições de trabalho, para além da respeitante aos produtos e
quantidades a produzir em cada fase ou ordem de fabrico.

As rubricas do custo-padrão da mão-de-obra podem ser determinadas com base em:


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 Contractos colectivos de trabalho;


 Dados históricos;
 Cálculos inerentes às condições normais de laboração;
 Preços arbitrários ou estimados.

Fórmulas

Desvio total (DT): DT=Hr*Tr-Hp*Tp

Desvio de Taxa (DTx): DTx = Hr (Tr – Tp)

Desvio de eficiência (DE): De = Tp (Hr – Hp)

Onde

Hr – Horas reais de mão-de-obra

Hp – Horas-padrão de mão-de-obra

Tr – Taxa real de mão-de-obra

Tp – Taxa padrão de mão-de-obra

2.6.2.1.Causas dos Desvios de Taxa


 Flutuações de taxas horárias no mercado de trabalho;
 Formas de remuneração do pessoal;
 Conveniente aproveitamento das qualificações;
 O maior ou menor recurso ao trabalho extraordinário.
2.6.2.2.Causas dos Desvios de Eficiência
 Qualificação do pessoal;
 Organização do pessoal;
 Qualidade das matérias;
 Manutenção das máquinas.
17

Exemplo

Determinada empresa industrial dedica-se à produção de “Alfa”, utilizando os custos padrões


para valorizar os produtos fabricados. Durante o mês passado elaborou a seguinte relação de
dados:

 Matérias consumidas: 2 000 Kg a 100,00 u.m. cada;


 Mão-de-obra Directa utilizada: 3 100 horas a 150,00 u.m. cada; Os custos padrões para o
mês acima referido são: ♦ Matérias-primas: 1 950 Kg a 120,00 u.m. cada;
 Mão-de-obra Directa: 3 400 horas a 160,00 u.m. cada;

Pretende-se: o cálculo dos desvios parciais para cada componente do custo de produção.

Resolução:

Padrão Materiais:

Desvio Total: DT =(Qr*Pr) - (Qp*Pp) = (2000*100) - (1950*120) = - 34.000,00 (favorável)

Desvio do Preço: DP = Qr*(Pr-Pp) = 2000*(100-120) = - 40.000,00 (favorável)

Desvio de quantidade: DQ = Pp*(Qr-Qp) = 100*(2000-1950) = 6.000,00 (desfavorável)

Padrão Mão-de-obra:

Desvio total: DT = (Hr*Tr) - (Hp-Tp) = (3100*150) - (3400*160) = -79.000,00 (favorável)

Desvio de taxa; DT = Hr*(Tr-Tp) = 3100*(150-160) = -31.000,00 (favorável)

Desvio de Eficiência; DE =Tp*(Hr-Hp) = 160*(3100-3400) = -48.000,00 (favorável)

2.7.Custeio Directo

Salienta-se que como ambos os métodos de custeio possuem semelhanças, a origem e a maior
parte das vantagens e desvantagens são também similares. O que se procura destacar neste tópico
são as peculiaridades do Custeio Directo.
18

De acordo com o anteriormente mencionado, a literatura da área de custos refere-se ao


Método de Custeio Variável como sendo igual ao Método de Custeio Directo, porém em
consonância com Iudícibus (1998) e Vartanian (2000), existe diferença entre os dois.

Vartanian (2000, p. 72) sustenta que: Custeio Variável não é a mesma coisa que Custeio
Directo, pois, neste último, custos fixos que porventura sejam directamente identificáveis com os
objectos de custeio (outros que não sejam as unidades de produto, tais como a linha de produto, o
centro de custos, o departamento), a estes são levados, o que jamais deve ocorrer no Custeio
Variável.

CD = MD + MOD

Exemplo: uma empresa denominada XPS Lda fabrica cadeiras de sofás e no mês de Marco
obteve o seguinte;

 Salário dos operadores: 60.000,00


 Salário do supervisor da fábrica: 20.000,00
 Consumo de matéria-prima: 80.000,00
 Depreciação das máquinas de produção: 4.000,00
 Impostos incidentes nas vendas: 9.000,00
 Quantidades produzidas: 2.400 unidades.
19

Pretende-se:

Cálculo de CIP usando custeio directo.

Descrição Valor
Salário dos operadores MOD 60.000,00
Salário do supervisor da fábrica MOI 20.000,00
directo
Consumo de matéria-prima MD 80.000,00
Depreciação das máquinas de MD 4.000,00
produção
Impostos incidentes nas vendas D 9.000,00
CIPA ----------- 144.000,00
Quantidades produzidas ----------- 2.400 unid.
Custo Unitário directo ----------- 60,00/unid

2.8.Relação Gasto/Volume/Resultados

Warren, Reeve e Fess (2001) definem a análise de custo/volume/lucro como um exame


sistemático das relações entre preço de venda, volumes de venda e de produção, custos, despesas
e lucros. A análise de custo/volume/lucro fornece ao administrador informações úteis para a
tomada de decisões, pode, por exemplo, ser usada para ajustar preços de venda, seleccionar o mix
de produtos para venda, escolher estratégias de marketing e analisar os efeitos dos custos sobre os
lucros.

Garrison e Noreen (2001) elegem a análise de custo/volume/lucro como uma das ferramentas
mais eficientes do que os administradores dispõem. Ela ajuda a entender a inter-relação entre o
custo, o volume e o lucro de uma organização, focalizando as interacções entre os seguintes
elementos: Preço dos produtos; Volume ou nível de actividade; Custo variável unitário; Custo
total; e Mix dos produtos vendidos.

Uma vez que a análise de CLV ajuda os gerentes a compreender as inter-relações entre custo,
volume e lucro, ela é considerada um instrumento vital em muitas decisões empresariais.
20

Por exemplo, quais produtos fabricar ou vender, qual política de preços seguir, qual estratégia
de mercado adoptar e que tipo de instalações produtivas adquirir.

Maher (2001), enfatiza que a análise CVL ajuda a definir a relação entre os custos utilizados
no processo de elaboração de orçamentos. Os administradores também utilizam a análise CVL
para determinar como uma expansão das facilidades de produção, e as correspondentes alterações
nos custos, impactam o lucro. Eles podem chegar à conclusão de que mais volume não
necessariamente significa maiores lucros, a depender de como a expansão alterar os custos fixos.

Júnior, Oliveira e Costa (2001), definem Margem de Contribuição como um conceito de


extrema importância para o custeio variável e para a tomada de decisões gerenciais. Em termos
de produto, a margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e a soma dos custos e
despesas variáveis.

Martins (1996) referindo-se ao ponto de equilíbrio que também denomina de Ponto de


Ruptura, “Break-even-Point” diz que este nasce da conjugação dos Custos Totais com as Receitas
Totais. Estas numa economia de mercado como um todo.

2.9.Margem de Contribuição

Margem de contribuição é o mesmo que ganho bruto sobre as vendas, ou seja, o que sobra de
receita para a empresa depois de pagar o custo de produção e os impostos sobre os produtos e
serviços (as chamadas despesas variáveis).

Esse dinheiro restante é usado para pagar os gastos fixos da empresa (aluguel, folha de
pagamento, manutenção, etc.) e constituir o lucro do negócio para sócios e accionistas.

Logo, a margem de contribuição é um indicador fundamental para avaliar o desempenho


financeiro da empresa, pois mostra se a receita é suficiente para pagar os custos e as despesas
fixas e, ainda assim, lucrar.

O termo “contribuição”, no caso, se refere a quanto o valor de venda do produto ou serviço


contribui para cobrir os gastos do negócio.

 Avaliar a lucratividade do negócio;


 Definir preço mínimo de venda;
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 Determinar o ponto de equilíbrio;


 Traçar estratégias de venda;

Fórmula de margem de contribuição

Margem de contribuição = Preço da venda - ( custos variáveis unitários + despesas variáveis


unitário)

MCu = Pv - ( CVu + DVu)

MCT = MCu*Q (vendida)

MC% = (MCu:Pv) *100%

NB: quando maior for o resultado maior será a posição da empresa.

2.10. O Ponto Crítico e suas Limitações

Qualquer empresa tem sempre como principal objectivo no desempenho da sua actividade
obter resultados positivos e isto não está apenas nas intenções das empresas industriais, mas de
todas as empresas, independentemente do seu ramo de actividade.

É assim relevante para os gestores determinarem e saberem quais as quantidades a produzir


ou a vender, para atingirem um ponto em que não tenham lucro, nem prejuízo, a fim de
delinearem as estratégicas que lhes permitam ultrapassar esse ponto e produzirem ou venderem
quantidades que lhes dêem lucro. O mesmo se dá em relação ao valor das vendas, procurando
saber o valor das quantidades vendidas que não dá lucro nem prejuízo, a fim de, após este
conhecimento, actuarem em vendas cujo valor ultrapasse o resultado zero e passe a ter o lucro
desejado que se considere possível.

Sempre que as quantidades ou o valor das vendas não permitam haver lucros nem prejuízos,
ou seja, o resultado ser zero, diz-se que foi atingido o ponto crítico.

Nas vendas, o ponto crítico é também designado por ponto morto ou apenas por ponto crítico.
Ora teremos:

Ponto critico das vendas Q*= CFtotais/(Pv-CVu)


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Volume das bendas V*= Q*×Pv

Ponto de equilíbrio contábil = (Custos e despesas fixas) ÷ Margem de contribuição.

PECq = (CF+DF):MCu

Para determinar o ponto de equilíbrio contábil em facturamento teremos : PECf = PECq*Pv

2.10.1. Ponto de Equilíbrio Económico (PEE)

O Ponto de Equilíbrio Económico leva em consideração, além dos custos e despesas totais, o
custo de oportunidade do capital próprio. O PEE define o momento em que a receita da empresa
está cobrindo todos os seus custos e despesas fixos e variáveis e também o custo de oportunidade.
O custo de oportunidade do capital próprio pode ser obtido pela multiplicação do património
líquido da empresa pelo retorno exigido pelo dono da empresa.

PEE = (Custos e Despesas Fixas + Retorno) / (Preço de Venda Unitário – CDV unit.)

PEEq = (CF+DF+Retorno):MCu

PEEf = PEEq*Pv

2.10.2. Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF)

O Ponto de Equilíbrio Financeiro leva em consideração as entradas e saídas de dinheiro em caixa.


O PEE define o momento em que a receita da empresa está cobrindo todos os seus custos e
despesas fixos desembolsáveis no período. Para se obter o PEF têm que ser retirado dos custos e
despesas totais aquilo que não envolveu a saída de dinheiro, como por exemplo, a depreciação.

PEF = (Custos e Despesas Fixas – Depreciação total) / (Preço de Venda Unitário – CDV unit.)

PEFq = (CF+DF- Depreciação): MCu

PEFf = PEFq*Pv

NB: quando menor for o número elevado de PE maior será o resultado da empresa
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2.11. Margem de Segurança

A Margem de Segurança é dada pelo quociente da diferença entre as vendas previstas e o seu
ponto crítico a dividir pelo ponto crítico.

Esse indicador é essencial para qualquer negócio, já que, ele é um parâmetro para você ter noção
do quanto o seu facturamento ou produção pode cair sem que gere prejuízo em sua empresa.

O principal objectivo da margem de segurança é mostrar para o empreendedor ou gestor do


negócio, qual produto / serviço que está gerando lucro para o negócio e qual é o percentual que
poderá reduzir em produção ou em facturamento, caso seja necessário, para focar em
desenvolvimento em outros produtos ou serviços.

Cálculo da Margem de Segurança

É muito simples o cálculo da margem de segurança, iremos precisar:

Margem de Segurança = Quantidades vendidas -Ponto de Equilíbrio

MSq = Qv-PEq

MS% = (MSq:Q(actual))*100%

MSf = MSq*Pv

NB: Quanto maior elevado for o número obtido no cálculo da MS, melhor é a posição dos
resultados da empresa. Exemplo: A Empresa Mozal Lda, fabrica produto A e possui os seguintes
dados:

Custos fixos..............................325.000,00mts

Despesas fixas ................ ……147.500,00mts

Custo variável unit ............................8,00mts

Despesas variáveis unit.........................7,00mts

Preço de venda ...................................35,00mts

Quantidades vendias ...........................30.000 Unidades


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Pretende-se:

 Cálculo da margem de contribuição;


 Ponto crítico das vendas;
 Cálculo de ponto de Equilíbrio contábil;
 Cálculo da margem de Segurança.

Resolução:

Margem de Contribuição:

MCu = Pv-(DV+CV) = 35-(8+7)=20,00

MCT = MCu*Qv = 20*30000=600.000,00

Ponto critica:

Q* = CFt/(Pv-Cvu)=320000/(35-8) = 12.037,04

V*=Q*×Pv = 12.037.04×35 = 421.296.40

Ponto de Equilíbrio Contábil:

PECq = (CF+DF)/MCu = (325.000,00+147.500,00/20,00 = 23.625,00

PECf = PECq*Pv = 23.625,00*35,00 = 825.875,00

Margem de Segurança:

MSq = Qv-PECq = 30.000,00-23.625,00 = 6.375,00

MSf = MSq*Pv = 6.375,00*35,00 = 223.125,00

Economicamente isso significa que a empresa está operando com as acima do ponto crítico
proporcionando uma a margem de segurança para a empresa.
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3. Conclusão

Após a exposição feita nos capítulos anteriores, pode-se concluir que todos os sistemas de
custeio têm vantagens e desvantagens, pelo que deve ser feita uma análise cuidada quando se
pretende implementar um sistema de custeio numa organização, pois pode condicionar a sua
estratégia, nomeadamente na redefinição de produtos a produzir. Entretanto, a organização
adopta o sistema que achar conveniente para apurar os seus gastos de modo a tomar decisões
certas e no momento certo, ao e acolher o sistema as analises feitas devem centralizar-se no
sistema e acolhido facilitando assim os seus estudos. Para tomar uma decisão certa e no tempo
certo mediante aos gastos incorridos para fabricar e vender produtos precisa conhecer a
contracção unitária do produto que trás para a empresa e ponto de equilíbrio que irá proporcionar
a margem de segurança que a empresa possui.

Entender o custo da organização, desde os termos conceituais até a sua correta classificação
na estrutura de gasto da empresa, faz toda a diferença no processo de gestão e tomada de
decisões. Entender a utilização da Margem de contribuição e do Ponto de equilíbrio no processo
de gerenciamento dos custos é fundamental para decisões quanto à produção. Apropriando-se
destes conceitos, foi possível projectar análises que auxiliaram as decisões sobre custo x volume
x lucro da actividade. Em suma é muito importante conhecer os custos de a proporcionar estes
uma tomada de decisão eficaz e eficiente.
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4. Referencias Bibliográficas
1. ASSOCIAÇÃO de Contadores da Inglaterra e do País de Gales. Custo-padrão. São Paulo:
Atlas, 1969.
2. BACKER; JACOBSEN. Contabilidade de custos. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil,
1972.
3. CHINEN, Cecília A. K. Alocação dos custos fixos: um modelo de programação linear.
São Paulo: FEA/USP, 1976.
4. DEAKIN; MAHER. Cost accounting. 3. ed. Chicago: Irwin, 1991. FURLAN, Santino. La
moderna contabilità industriale. Franco Angeli Editore, 1975.
5. GUERREIRO, Reinaldo. A meta da empresa. São Paulo: Atlas, 1999.
6. HORNGREN, Charles T. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 1978.
7. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
8. JOHNSON; KAPLAN. Contabilidade gerencial. Rio de Janeiro: Campus, 1993.

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