Vitor Momo Cruz

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

VITOR MOMO CRUZ

Análise da conformidade do concreto estrutural - estudo de caso

SINOP - MT
2022/1
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

VITOR MOMO CRUZ

Análise da conformidade do concreto estrutural - estudo de caso

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca


Examinadora do Curso de Engenharia Civil –
UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT,
como pré-requisito para obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Civil.
Prof. Orientador: Dr. Flavio Alessandro Crispim.

SINOP - MT
2022/1
I

LISTA DE EQUAÇÕES
Equação 1 ............................................................................................................. 15
Equação 2 ............................................................................................................. 17
II

LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Composição do Concreto.......................................................................... 10
Figura 2 - Corpo de prova cilíndrico em ensaio em prensa hidráulica para
determinação da resistência à compressão do concreto. ......................................... 15
Figura 3 - Formato do molde, para realização do ensaio de abatimento de tronco de
cone .......................................................................................................................... 18
Figura 4 - Ensaio abatimento do tronco de cone ....................................................... 19
Figura 5 - Prensa Hidráulica ...................................................................................... 21
III

LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas


CP – Corpo de Prova
MT- Mato Grosso.
MPa – Mega Pascal.
NBR – Norma brasileira.
Mm – Milímetros.
IV

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1. Título: Análise da conformidade do concreto estrutural - estudo de caso
2. Tema: 30100003 – Engenharia Civil.
3. Delimitação do Tema: Controle Tecnológico do Concreto.
4. Proponente(s): Vitor Momo Cruz
5. Orientador(a): Flavio Alessandro Crispim.
6. Estabelecimento de Ensino: Universidade do Estado de Mato Grosso
UNEMAT, campus de Sinop – MT.
7. Público Alvo: Profissionais, acadêmicos e pesquisadores da área da
engenharia civil.
8. Localização: Campus Sinop – Unidade Aquarela – Avenida Francisco de
Aquino Correa, s/n, Aquarela das Artes – Sinop – MT, CEP 78555-475.
9. Duração: 10 meses.
V

SUMÁRIO
LISTA DE EQUAÇÕES ....................................................................................... I
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................ II
LISTA DE ABREVIATURAS................................................................................ III
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ............................................................................. IV
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 6
2 PROBLEMATIZAÇÃO .................................................................................... 7
3 JUSTIFICATIVA.............................................................................................. 8
4 OBJETIVOS .................................................................................................... 9
4.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................... 9
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................... 9
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 10
5.1 CONCRETO ............................................................................................... 10
5.1.1 Composição: ..................................................................................... 10
5.1.1.1 Cimento Portland ........................................................................ 10
5.1.1.2 Água............................................................................................ 11
5.1.1.3 Agregados................................................................................... 11
5.1.1.4 Aditivos ....................................................................................... 12
5.2 PROPRIEDADES ....................................................................................... 12
5.2.1 Concreto Fresco ............................................................................... 12
5.2.2 Concreto no Estado Endurecido ..................................................... 13
5.3 RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO DO CONCRETO.................................. 13
5.3.1 Definição ........................................................................................... 13
5.3.2 Determinação da resistência à compressão .................................. 14
5.3.2.1 Coleta e amostragem .................................................................. 14
5.3.2.2 Moldagem dos corpos de prova .................................................. 14
5.3.2.3 Ensaio de resistência .................................................................. 14
5.3.3 Fatores que influenciam a resistência à compressão ................... 15
6 METODOLOGIA ............................................................................................. 17
6.1 ÁREA DE ESTUDO.................................................................................... 17
6.2 DETERMINAÇÃO DA CONSISTÊNCIA..................................................... 18
6.3 MOLDAGEM E CURA DOS CORPOS DE PROVA ................................... 19
6.4 DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO.......................... 20
7 CRONOGRAMA ............................................................................................. 22
8 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ................................................................. 23
6

1 INTRODUÇÃO
O concreto é classificado como um material composto constituído por uma
mistura de cimento, agregados graúdos (pedras ou britas), agregados miúdos (areia),
água. Podendo conter também aditivos e adições, que são produtos fundamentais
para melhorar o desempenho do concreto.
No Brasil, o concreto possui uma larga utilização na construção civil, sendo o
principal e mais consumido material. Algumas explicações para esse papel de
destaque são a disponibilidade dos materiais que o constitui, a facilidade de aplicação,
e a boa resistência à água, quando comparada a estruturas com outros tipos de
materiais. (HELENE e ANDRADE, 2010)
Entre as propriedades do concreto, a que mais se destaca é sua resistência à
compressão, entretanto são necessários cuidados especiais, desde a produção até o
final da cura, a fim de garantir que este atinja a resistência necessária. O processo de
controle da resistência do concreto tem como objetivo, verificar a resistência de
diferentes lotes de concreto utilizados em obras de construção civil. No entanto, nem
todos conduzem ativamente a verificação.
O controle da resistência à compressão do concreto é parte integrante da
construção, sendo essencial para demonstrar a resistência efetiva real, do concreto
que está sendo aplicado na edificação. Avaliar se o que está sendo produzido e
aplicado, corresponde ao que foi definido durante o dimensionamento da estrutura,
como parte do projeto e de todo o processo construtivo (HELENE e PACHECO, 2013).
Dessa forma, este trabalho, busca realizar o controle da resistência à
compressão do concreto, a ser utilizado na concretagem da laje, de um edifício de oito
pavimentos, na cidade de Sinop, Mato Grosso, através do ensaio de abatimento do
tronco de cone, descrito pela ABNT NBR 16889 (2020) no qual será verificado a
trabalhabilidade do concreto fresco e por meio do ensaio de resistência à compressão,
descrito pela ABNT NBR 5739 (2018), garantindo assim a qualidade da estrutura da
laje do edifício.
7

2 PROBLEMATIZAÇÃO

As propriedades do concreto, estão diretamente ligadas à segurança e à


estabilidade estrutural. Seguindo essa linha de raciocínio, desde a preparação do
concreto em uma usina de concreto até a aplicação no local desejado, muitos fatores
podem afetar sua resistência e desempenho. Entre eles, pode-se destacar um atraso
considerável do caminhão betoneira, as variações climáticas, ou a adição exagerada
de água à mistura, buscando maior trabalhabilidade.
Uma estrutura de concreto, possui uma vida útil para qual foi projetada,
entretanto, à deficiência na fiscalização e no controle de resistência à compressão do
concreto, pode diminuir a sua vida útil e colocar em risco os usuários. Portanto,
indaga-se: o concreto preparado em centrais dosadoras, ou seja, em usinas centrais
de concreto e aplicado nas lajes de um edifício em Sinop/MT, está atingindo a
resistência a compressão potencial determinada pelo projeto?
8

3 JUSTIFICATIVA
Pacheco e Helene (2013) apontam que a propriedade do concreto que melhor
o qualifica, é a resistência a compressão, sendo essa adotada por ocasião do
dimensionamento da estrutura, ou seja, está diretamente ligada à estabilidade
estrutural. Portanto, para fins de controle e segurança, a estrutura deve ser construída
com um concreto, de resistência à compressão igual ou superior à aquela determina
no dimensionamento do projeto estrutural.
Imprecisões no controle tecnológico do concreto pode ocasionar lapsos no
desempenho da estrutura e impasses patológicos, originando-se perdas econômicas,
gastos excessivos para reforços, limitações de uso e até mesmo a perda total da
edificação.
Por certo, se mostra a importância da realização de testes laboratoriais para
confirmar se a resistência do concreto fornecido é a mesma prevista em projeto. Este
trabalho se mostra relevante, porque visa determinar a trabalhabilidade e a resistência
potencial a compressão do concreto empregado em um edifício, afim de garantir a
vida útil da edificação, bem como a segurança dos trabalhadores da construção civil
e de todos os demais, proprietários ou não, que venham a se beneficiar com o
empreendimento.
9

4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL


Realizar o controle da resistência à compressão do concreto, aplicado nas lajes
de um edifício de 8 pavimentos em Sinop, Mato Grosso.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Para a realização dessa pesquisa, adotam-se como objetivos específicos:
• Determinar o resultado do ensaio de abatimento;
• Apresentar o mapa de concretagem de cada laje;
• Determinar as características mecânicas em relação à resistência à
compressão.
10

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

5.1 CONCRETO
O concreto é considerado o principal e mais importante material da construção
civil na atualidade, sendo o segundo material mais consumindo no mundo pelo
homem, perdendo somente para a água. (HELENE e ANDRADE, 2010).
Por definição, o concreto nada mais é do que uma pedra artificial, sendo o
resultado da mistura de cimento, água, agregados graúdos e agregados miúdos,
sendo que o cimento ao ser hidratado pela água, forma uma pasta resistente e
aderente aos fragmentos de agregados, normalmente pedra e areia. O concreto pode
ser classificado a partir do local onde foi fabricado, fabricação no local em que será
aplicado (in loco) ou em centrais dosadoras, chamando concreto usinado (ALMEIDA,
2002). O concreto usinado apresenta maior controle tecnológico dos materiais,
resistência, dosagem e consistência, garantindo uma melhor qualidade.

5.1.1 Composição

O concreto é classificado como um material composto, constituído por uma


mistura de cimento, agregados graúdos (pedras ou britas), agregados miúdos (areia)
e água. Também pode conter aditivos e adições, que são produtos fundamentais para
melhorar o desempenho do concreto. (BASTOS, 2019)

Figura 1 – Composição do Concreto.


Fonte: Autor.

5.1.1.1 Cimento Portland

O cimento Portland é um cimento hidráulico produzido por pulverização de


clínquer formado principalmente a partir de silicato de cálcio hidratado, com acréscimo
de sulfato de cálcio e outros compostos. (ANDOLFATO, 2002).
11

De forma simplificada, a obtenção do cimento Portland, ocorre com a moagem


de matérias-primas extraídas do solo, em sequência ocorre a queima desse material
em fornos rotativos, nesse processo as temperaturas podem chegar até 1450 °C. O
resultado dessa etapa é o clínquer, que após o resfriamento recebe sulfato de cálcio
adicional e passa novamente pela etapa de moagem até se tornar um pó muito fino,
sendo o material resultante o cimento Portland. (NEVILLE, 2016).

5.1.1.2 Água

A água é imprescindível no concreto para possibilitar as reações químicas de


hidratação do cimento, reações que garantem a resistência e as propriedades de
suporte do concreto. A água desempenha um papel importante no Concreto porque,
juntamente com o cimento, cria uma matriz forte que une os agregados e confere ao
Concreto a resistência e longevidade esperadas no projeto estrutural. Ademais, a
água reduz o atrito nos grãos, promovendo a aglutinação do agregado pela pasta de
cimento, proporcionando adesão necessária e consistência do concreto em estado
plástico para transportar e garantir uma boa trabalhabilidade. (BASTOS, 2019).

5.1.1.3 Agregados

Os agregados podem ser definidos como um material granular e inerte que


compõe a argamassa e o concreto. Eles são de extrema importância no concreto, pois
representam cerca de 70 a 80% de sua composição, além disso, eles influenciam em
muitas de suas propriedades. (BASTOS, 2019).
Os agregados, são divididos em dois grupos, sendo eles agregados miúdos e
graúdos. O agregado miúdo é definido como “agregado cujos grãos passam pela
peneira com abertura de malha de 4,75 mm [...]” (ABNT NBR 7211, 2019, p.3). O
agregado graúdo é definido como “agregado cujos grãos passam pela peneira com
abertura de malha de 75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de
4,75 mm [...]” (ABNT NBR 7211, 2019, p.3).
Os agregados, miúdos ou graúdos, normalmente utilizados são de origem
naturais, são eles: areia, pedra britada, areias obtidas em pedreiras, cascalho de rio.
Porém, existem agregados obtidos a partir de processos industriais, ou a partir de
aproveitamento de rejeitos, como argila expandida ou sintetizada e escoria de alto-
forno, porém é menos utilizado nos concretos convencionais. (ALMEIDA, 2002).
12

5.1.1.4 Aditivos

Os aditivos visam melhorar a qualidade do concreto, cada um com sua


finalidade. É considerado como aditivo a incorporação de menos de 5% em peso de
cimento, os principais tipos são: plastificante, incorporadores de ar, retardadores de
pega, aceleradores de pega, aceleradores de endurecimento, impermeabilizantes; e
adições os produtos adicionados ao concreto em quantidades superiores a 5%.
(ALMEIDA, 2002).
O uso de aditivos no concreto, embora não essencial, é um excelente aliado na
engenharia civil, pois tais adições garantem diversas vantagens às propriedades do
material. Além disso, gastar com aditivos pode significar economia em outros
componentes do concreto, gerando assim um retorno financeiro. (NEVILLE, 2016).

5.2 PROPRIEDADES
As propriedades do concreto são de extrema importância para sua forma de
utilização, podemos dividi-las em duas fases: A fase de mistura, lançamento,
compactação e acabamento que é chamada de concreto fresco e a fase do concreto
em endurecimento, endurecido e em serviço.

5.2.1 Concreto Fresco

O concreto fresco é o concreto no estado plástico, assim considerado até o


momento em que tem início a pega do aglomerante, que é o período inicial de
solidificação da pasta. No que diz respeito às propriedades do concreto fresco,
destacam-se a consistência e a trabalhabilidade. (ALMEIDA, 2002).
Apesar do concreto fresco, não ser o foco principal, deve destacar
que a resistência do concreto com uma mistura de determinadas
proporções é bastante influenciada por seu grau de adensamento.
Portanto, é fundamental que a consistência da mistura seja tal que o
concreto possa ser transportado, lançado, adensado e acabado facilmente
sem segregação. (NEVILLE, 2016, p.190).
Um método para determinar a consistência do concreto é medir a quantidade
de abaixamento que uma quantidade pré-determinada de massa, colocada em um
molde metálico normalizado de forma rotativa, tem quando o molde é retirado; essa
medida é conhecida como abatimento ou slump. A consistência do concreto é
13

determinada através do ensaio de abatimento do tronco de cone (slump teste), regido


pela ABNT NBR 16889 (2020).
A norma ABNT NBR 16889 (2020), especifica um método para determinação
da consistência do concreto fresco, através da medida de seu assentamento. Ela é
aplicável aos concretos plásticos e coesivos que apresentar um assentamento igual
ou superior a 10 mm. O método não se aplica a concreto cujo agregado graúdo
apresente dimensão nominal máxima superior a 37,5 mm.

5.2.2 Concreto no Estado Endurecido

No concreto endurecido, as propriedades mecânicas são as que mais se


destacam, dando ênfase ainda para a resistência a compressão dentre elas. Sendo
assim, a resistência é a principal característica do concreto, pois irá identificar quanto
o concreto irá suportar até sua ruptura, ela é utilizada como base para projetos e como
parâmetro para a qualidade do material. Apesar do fato de que a resistência à tração
também é importante em um contexto geral, a maioria das pessoas se concentra na
resistência à compressão porque é a mais prevalente das propriedades. (NEVILLE,
2016).

5.3 RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO DO CONCRETO


5.3.1 Definição

De acordo com Mehta e Monteiro (2014), a resistência pode ser definida como
a tensão máxima que o concreto pode suportar antes de romper, sendo a ruptura
identificada com o aparecimento de fissuras no material.
No projeto de estruturas de concreto armado, o projetista especifica uma
resistência à compressão característica (fck), que será utilizada como valor de
referência para os cálculos, possuindo um nível de confiança de 95%. (HELENE e
ANDRADE, 2010).
A propriedade do concreto que melhor o qualifica, é a resistência a
compressão, sendo essa adotada por ocasião do dimensionamento da estrutura, ou
seja, está diretamente ligada a estabilidade estrutural. Portanto, para garantir
estabilidade na estrutura, o concreto aplicado deve possuir igual ou maior resistência
que aquela definida pelo projetista. (HELENE e PACHECO, 2013).
14

5.3.2 Determinação da resistência à compressão

5.3.2.1 Coleta e amostragem

A coleta do concreto deve ser realizada em conformidade com a norma ABNT


NBR 16886:2020 Concreto — Amostragem de concreto fresco. Descreve que a coleta
de amostras de caminhões-betoneira para moldagem de corpos de prova, deve ser
realizada durante a operação de descarga, após a retirada dos primeiros 15 % e antes
de completar a descarga de 85 % do volume total da betonada, podendo ser realizada
em dois ou mais períodos regularmente espaçados. O volume da amostra deve ser
de pelo menos 1,5 vez a quantidade necessária para a realização dos ensaios.

5.3.2.2 Moldagem dos corpos de prova

A moldagem ou preenchimento dos moldes deve atender um procedimento


rigoroso em conformidade com a norma ABNT NBR 5738:2015 Concreto —
Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Em princípio, cada molde
cilíndrico de 10cm de diâmetro com 20 cm de comprimento, deve ser preenchido em
duas camadas, com 12 golpes por camada, quando o adensamento é feito com
soquete manual, ou em uma camada quando se utilizam adensamento mecânico.
Para concretos com abatimento superior a 160 mm, a quantidade de camadas deve
ser reduzida à metade. Caso o número de camadas resulte fracionário, deve
arredondar para o inteiro superior mais próximo.
Também, conforme a ABNT NBR 5738:2015, após a moldagem, os moldes
devem ficar por pelo menos as primeiras 24 horas sobre uma superfície horizontal
rígida, livre de qualquer ação que possa perturbar o concreto. Logo após esse período
devem ser desmoldados, identificados e devem ser armazenados em um local
descrito conforme a norma.

5.3.2.3 Ensaio de resistência

A determinação da resistência à compressão, é descrita pela NBR 5739:2018,


é feita, através de ensaios para corpos de provas cilíndricos de concreto. Este método
consiste em realizar um ensaio, de um corpo de prova cilíndrico, já preparado e
curado, utilizando uma prensa hidráulica, em que quando colocado da maneira
correta, será submetida a um carregamento de ensaio deve ser aplicado
continuamente, com a velocidade de carregamento de (0,45 ± 0,15) MPa/s. A
15

velocidade de carregamento deve ser mantida constante durante todo o ensaio. O


carregamento só deve cessar quando houver uma queda de força que indique a
ruptura.

Figura 2 - Corpo de prova cilíndrico em ensaio em prensa hidráulica para determinação


da resistência à compressão do concreto.
Fonte: Autor.

A partir do resultado obtido pela prensa hidráulica, a resistência à compressão


deve ser calculada pela expressão a seguir:

4𝐹
𝑓𝑐 = Equação 1
𝜋 𝑥 𝐷2

Onde:
𝑓𝑐 é a resistência à compressão, expressa em megapascals (MPa);
F é a força máxima alcançada (N);
D é o diâmetro do corpo de prova (mm).

5.3.3 Fatores que influenciam a resistência à compressão

Segundo Araújo (2010), a resistência à compressão do concreto, é influenciada


por diversos fatores, como: condições de cura que o concreto é submetido
(temperatura e umidade); composição (fator água-cimento e tipo de cimento); a forma
16

e dimensões dos corpos de prova; idade do concreto; velocidade de aplicação do


carregamento; duração do carregamento e o estado de tensões (compressão simples
ou multiaxial).
17

6 METODOLOGIA

6.1 ÁREA DE ESTUDO


O presente trabalho, será realizado em um edifício com sua construção em
andamento, de 8 pavimentos, localizado na cidade de Sinop na região Centro-Norte
do Estado de Mato Grosso.
A construção, utilizará concreto usinado, ou seja, será preparado e misturado
em uma usina de concreto e levado até o canteiro de obras já pronto para aplicação.
A concretagem de cada laje, será dividida em duas partes, a primeira concretada
utilizará cerca de 16 m³ de concreto usinado, sendo dois caminhões betoneiras e na
segunda parte, será concretado o restante da laje, que utilizará cerca de 38 m³ de
concreto, sendo cinco caminhões betoneiras.
A presente pesquisa, contará com o controle do concreto por amostragem total,
conforme descrito pela ABNT NBR 12655 (2015), que consiste na amostragem 100%,
ou seja, todas as betonadas são amostradas e representadas por um exemplar que
define a resistência à compressão daquele concreto naquela betonada. Neste caso, o
valor da resistência característica à compressão do concreto estimada (𝑓𝑐𝑘,𝑒𝑠𝑡 ) é dado
por:
𝑓𝑐𝑘,𝑒𝑠𝑡 = 𝑓𝑐,𝑏𝑒𝑡𝑜𝑛𝑎𝑑𝑎 Equação 2
Onde:
𝑓𝑐,𝑏𝑒𝑡𝑜𝑛𝑎𝑑𝑎 é o valor da resistência à compressão do exemplar que representa o
concreto da betonada.
Assim que o caminhão betoneira chegar no canteiro, será verificado se o
mesmo possui o lacre e então será realizado os procedimentos e ensaios, seguindo
as orientações da ABNT NBR 12655 (2015), com os concretos, dos diferentes
caminhões, empregados a laje do edifício, determinando assim sua consistência e a
resistência a compressão, além disso, será elaborado o mapeamento da
concretagem, para saber qual parte da estrutura o concreto de cada caminhão
betoneira foi lançado.
18

6.2 DETERMINAÇÃO DA CONSISTÊNCIA


Antes da coleta da amostra para moldagem dos corpos de prova, será realizada
o ensaio de abatimento de tronco de cone (Slump test), para determinar a consistência
do concreto, o ensaio é essencial para garantir que o material esteja de acordo com
as especificações, para uso e aplicação.
O ensaio é descrito pela ABNT NBR 16889 (2020), consiste na utilização de
um molde metálico com a forma de um tronco de cone oco, com 300 mm ± 2 mm de
altura; diâmetro da base superior igual a 100 mm ± 2 mm; e o diâmetro da base inferior
com 200 mm ± 2 mm. A base do cone deve possuir aletas para a garantia da
imobilidade durante o ensaio, e sua parte superior deve contar com alças que
garantam o desmolde eficiente do concreto. A haste deve ser de aço com formato
cilíndrico e superfície lisa, com diâmetro de 16 mm, comprimento de 600 mm a 800
mm. Também é necessário a utilização de uma placa metálica, que pode ser quadrada
ou retangular, de dimensão maior que 500 mm e espessura igual ou superior a 3 mm.

Figura 3 – Formato do molde, para realização do ensaio de abatimento de tronco de cone.


Fonte: ABNT NBR 16889 (2020) .
19

Quanto ao procedimento de ensaio, o molde e a placa de base devem serem


umedecidos previamente. Durante o preenchimento do cone, o operador deve estar
com os pés sobre as aletas do cone para mantê-lo estável. Para o enchimento do
cone, ele deve ser preenchido em 3 camadas, cada camada deve conter 1/3 da altura
do cone e deve ser compactado com 25 golpes espalhados uniformemente, os golpes
não pode afetar a camada anterior. Na parte final do ensaio, a superfície do cone
precisa ser regularizada, retirando o excesso de concreto, e o desmolde deve ser
realizado cuidadosamente, tendo duração de quatro a seis segundos, com um
movimento constante para cima, sem submeter o concreto a movimentos de torção
lateral. Após o desmolde deve-se medir o abatimento do concreto, determinando a
diferença entre a altura do molde e a altura do concreto.

Figura 4 – Ensaio abatimento do tronco de cone.


Fonte: ABNT NBR 16889 (2020) .

Realizando esse ensaio, será possível verificar, se atende a especificação para


utilização, em razão da trabalhabilidade, o slump previsto para a aplicação do concreto
à laje é de 160mm +- 2mm, caso não atinja esse valor será necessário adicionar água.

6.3 MOLDAGEM E CURA DOS CORPOS DE PROVA


A moldagem e cura de corpos de prova de concreto, é descrito pela ABNT NBR
5738 (2015), o adensamento será feito de forma manual. Serão utilizados moldes de
vinte centímetros de altura, e dez centímetros de diâmetro, feitos de aço; uma haste
de adensamento com 16 mm de diâmetro e 600 mm de comprimento; e uma concha
de material inerte e não absorvente que possibilite o manuseio do concreto sem
segrega-lo. Os corpos de prova serão etiquetados com um número de identificação,
em uma planilha, será anotado número de identificação do corpo de prova; data de
moldagem; laje e caminhão ao qual o CP pertence e data que deve realizar o ensaio.
20

Para cada caminhão betoneira, serão confeccionados três corpos de prova, de


forma que um seja rompido após sete dias de cura e dois sejam utilizados no ensaio
de vinte e oito dias (idade referência para análise da resistência). Conforme descrito
pela ABNT NBR 12655 (2015), “Toma-se como resistência do exemplar o maior dos
dois valores obtidos no ensaio de resistência à compressão”. Para a presente
pesquisa serão moldados 168 corpos de prova.
Durante a moldagem, os corpos de prova serão untados com óleo mineral. A
superfície escolhida como base para a realização do ensaio deve ser estável e plana.
A amostra a ser retirada da betoneira deverá ser pelo menos 1,5 vez a quantidade
necessária para o ensaio. Os corpos de provas, deve ser preenchido em duas
camadas iguais, com 12 golpes por camada, o adensamento será feito com soquete
manual, para concretos com abatimento superior a 160 mm, a quantidade de camadas
deve ser reduzida à metade. Ao término do processo, as superfícies dos corpos de
prova serão regularizadas com a ajuda da haste, a fim de garantir a uniformidade da
seção. A retirada dos moldes ocorrerá após vinte e quatro horas de cura inicial, dando
início a etapa de cura final, na qual os corpos de prova ficarão submersos em um
recipiente com água saturada de cal.

6.4 DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO


A determinação da resistência à compressão, é descrita pela NBR 5739:2018.
A partir dos corpos de prova preparado e curado, será utilizado uma prensa hidráulica
para realização do ensaio. A prensa utilizada para o rompimento será da marca
Solotest (100 toneladas), modelo TK-E-I-M-B 35D-M-V, certificado 130167/2021, com
visor digital e aplicação automática.
21

Figura 5 – Prensa Hidráulica.


Fonte: Autor.
Com o equipamento devidamente limpo, o corpo de prova será centralizado no
prato da máquina, e após o ajuste da altura, ocorrerá aplicação da força de forma
contínua, o carregamento deve prosseguir até houver uma queda de força, indicando
a ruptura do concreto, o número indicado no visor será a força máxima suportada até
a ruptura.
A partir dos resultados obtidos com o ensaio, será possível calcular a
resistência de cada corpo de prova através da equação 1.

4𝐹
𝑓𝑐 = Equação 1
𝜋 𝑥 𝐷2

Onde:
𝑓𝑐 é a resistência à compressão, expressa em megapascals (MPa);
F é a força máxima alcançada (N);
D é o diâmetro do corpo de prova (mm).
Em sequência será preenchido na planilha. Os valores encontrados, serão
comparados ao valor determinado em projeto, no dimensionamento, que é igual a
30MPA. Além disso, será feita uma análise estatística dos resultados obtidos.
22

7 CRONOGRAMA

2022
ATIVIDADES
JUL AGO SET OUT NOV

Revisão bibliográfica
complementar
Coleta de dados
complementares
Redação da
monografia
Revisão e entrega
oficial do trabalho
Apresentação do
trabalho em banca
23

8 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

ALMEIDA, Luiz Carlos de. Notas de aula da disciplina de Concreto armado.


Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2002. 24 p.
ANDOLFATO, Rodrigo Piernas. Controle tecnológico básico do concreto.
Ilha Solteira, 2002.
ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. v. 1, 3. Ed. Rio Grande do Sul:
Dunas, 2010. 269 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16889:
Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de
Janeiro/RJ, p. 8. 2020.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: Ensaio de
compressão de corpos de prova cilíndricos. Rio de Janeiro/RJ, p. 13. 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12655:
Concreto de cimento Portland — Preparo, controle, recebimento e aceitação —
Procedimento. Rio de Janeiro/RJ, p. 29. 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738:
Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Rio de Janeiro/RJ, p.
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