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Regras e Aprendizagem Por Contingências
Regras e Aprendizagem Por Contingências
Skinner (1960) afirma que aprendemos através de descrições verbais de contingências (regras) e/ou através do contato
direto com as mesmas, isto é, sofrendo as conseqüências, positivas ou nêo, na própria pele Ambos os tipos do comportamentos
sflo plausíveis, naturais e eficazes. Ambos demonstram conhecimento das contingências e podem ter topografias similares
Mas, como sâo adquiridos por métodos de aprendizagem diferontes, estAo sob tipos distintos de controle de estímulos e sflo,
portanto, operantes distintos E, por isto, os indivíduos passam a responder ao ambiente de forma diferente. Este trabalho
pretende: 1- aprosentar e definir os comportamentos que constituem as aprendizagens por regras e por contingências; 2-
salientar as diferenças mais significativas entre estas duas formas de aprendizagem; 3- mostrar porque o uso das regras
vem, com mais freqüência, substituindo o aprender fazendo e apontar as vantagens de se combinar estas duas formas
complementares de aprender. Formular e seguir regras sâo duas das atividades mais Importantes na vida e cultura humanas
mas nAo substituem, nunca, as sutilezas de um contato direto com as contingências.
Palavras-chave • comportamento governado por regras, comportamento modelado por contingências, aprendizagom
Skinner (1966) says that we learn through verbal descriptlons of contingencies (rules) and/or through direct contact with lhem,
that is, takmg the consequences, positive or not, ‘ on one s own skln" Both types of behavior are reasonable, natural and
effective Both of them show the contingencies knowledge and they may have similar topographies. But, as they are
acqulred through different methods of learnlng, they are under different types of stlmuli control and, thorefore, they are
considered distlnct oparants And for that, people respond differently to the environment The purpose of thls study is: 1- to
show and define these behaviors that constttute the learning through rules or by contingencies; 2- to emphas/ze tho friosI
slgnlficant dlfferencos between this two forms of learnlng; 3- to polnt out why the use of rules has more frequently replaced
learnlng by doing and 4- point out the gains in combinlng these two complementary forms of learnlng. Formulating and
followmg rules are two of the most important activities in human life and culture but this does not substltute, ever, the
subtleness of a direct contact with the contingencies.
Kay worda: rule-governed behavior, contingency-modeling behavior, learning
Contingência e regra
Ordens e conselhos
Instruções e auto-regras
Algumas considerações
Apesar de todas estas proposições, não reconhecemos nenhum dilema para ser
solucionado, já que todas as duas formas de ensinar, ensinam. Aprender com regras
parece ser a mais escolhida, por ser mais fácil do que ousar experimentar as contingências.
Se tentamos ensinar aos outros sempre por meio de regras, podemos reduzir a
probabilidade de que venham a aprender fazendo. Muitas regras impedem o indivíduo de
entrar em contato com a experiência direta e as instruções não podem substituir, nunca,
as sutilezas de um contato direto com as contingências. São formas complementares de
aprendizagem que propomos devam ser experenciadas juntas, sem o privilégio de uma
sobre a outra.
Se iniciamos experimentando as conseqüências, isto é, nos expondo
às contingências do ambiente, o passo seguinte é completar a aprendizagem com as
regras.
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