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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO


CURSO SUPERIOR DE PSICOLOGIA

ANA PAULA DECISTO PERUZZI RGM: 31471048


CARLA EUGENIA DOS SANTOS RGM: 29165938
CRISLAINE DE OLIVEIRA MESSIAS RGM: 32267886
FERNANDA AIME GOMES DA SILVA RGM: 28742532
GUILHERME LOPES FERREIRA RGM: 30530083
KELLY LARISSA PEREIRA RGM: 30344468
TURMA: 4D

RELATÓRIO DA PRÁTICA EXPERIMENTAL DA


DISCIPLINA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

São Paulo, 2023


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ANA PAULA DECISTO PERUZZI RGM: 31471048


CARLA EUGENIA DOS SANTOS RGM: 29165938
CRISLAINE DE OLIVEIRA MESSIAS RGM: 32267886
FERNANDA AIME GOMES DA SILVA RGM: 28742532
GUILHERME LOPES FERREIRA RGM: 30530083
KELLY LARISSA PEREIRA RGM: 30344468
TURMA: 4D

RELATÓRIO DA PRÁTICA EXPERIMENTAL DA


DISCIPLINA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

Relatório técnico apresentado como requisito


parcial para obtenção de aprovação na disciplina
Análise do comportamento, no Curso de
Psicologia, na Universidade Cidade de São Paulo.

Profa. Dra. Gisele de Lima Fernandes Ribeiro

São Paulo, 2023


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SUMÁRIO

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................
2 MÉTODO......................................................................................................
2.1 PARTICIPANTE.......................................................................................................
2.2 EQUIPAMENTO E MATERIAL……………………….……...………..…..6
2.3 PROCEDIMENTO……………………………………………………..……6
3 RESULTADO…………………………………………………….……….…
7
4 DISCUSSÃO……………………………………………………….…….…8
5 REFERÊNCIAS……………………………………………………….……9
6 ANEXOS…………………………………………………………...………10
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RESUMO
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1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O Behaviorismo é uma abordagem da psicologia que visa o estudo e


explicações acerca do comportamento humano, Skinner (2006/1974, p.7) afirma que
essa abordagem não é uma ciência do comportamento humano, mas sim uma
filosofia dessa ciência. Apesar de ter o foco no comportamento, o Behaviorismo, ao
contrário do que muitas pessoas especulam, não ignora a consciência, os
sentimentos e os estados mentais, ou seja, não é uma ciência que desumaniza o
homem e que enxerga apenas seus comportamentos como um robô.
Skinner (2006/1974, p.8) acredita que todas essas especulações que fazem
sobre o tema são falsas, mas entende que elas surgiram conforme o estudo de um
dos pioneiros behavioristas, John B. Watson, que foi publicado em 1913, intitulado
“A psicologia tal como a vê um behaviorista”, o artigo propunha uma redefinição da
psicologia para o estudo do comportamento, ignorando os processos mentais do ser
humano.
Nesse contexto, Skinner reconhece a importância dos estudos de Watson
para a época, no entanto, também entende que o mesmo realizava algumas
afirmações exageradas, além disso, Watson não dispunha de muitos fatos e provas
acerca do comportamento humano e por esse motivo, muitas pessoas até os dias
atuais não acreditam na importância de seu trabalho para a psicologia.
Em virtude disso, Skinner, em sua obra “Sobre o Behaviorismo”, publicada em
1974, explica sua visão da abordagem com o fim de expor de maneira clara a
importância do Behaviorismo para a sociedade, pois, acredita que as maiores
dificuldades enfrentadas pela humanidade só poderiam ser resolvidas com uma
melhora na compreensão a respeito do comportamento humano.
Dentre os mais diversos conceitos do Behaviorismo, a temática do
comportamento operante é retratada como fator fundamental da abordagem, pois é
através deste, que um sujeito poderá ser condicionado a ter sua probabilidade de
ação sobre determinado fator aumentada, quando exposto ao estímulo adequado e
obtiver como consequência um reforço estimulante. Neste sentido, observa-se que:
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O fortalecimento do comportamento que resulta do reforço será


adequadamente chamado ‘condicionamento’. No condicionamento operante
‘fortalecemos’ um operante, no sentido de tornar a resposta mais provável
ou, de fato, mais frequente [...] Através do condicionamento operante, o
meio ambiente modela-o-repertório básico com o qual mantemos o
equilíbrio, andamos, praticamos esporte, manejamos instrumentos e
ferramentas, falamos, escrevemos, velejamos um barco, dirigimos um
automóvel ou pilotamos um avião. (Skinner, 1953/1959, p.72)

Desta maneira, este conceito pode ser utilizado não para associar
garantidamente um comportamento a uma resposta específica, pois não há
maneiras de assegurar que determinado estímulo gere tal resposta, mas sim
aumentar a probabilidade de ocorrência do comportamento desejado, a partir do
estabelecimento e manutenção desta contingência. “Uma resposta que já ocorreu
não pode, é claro, ser prevista ou controlada. Apenas podemos prever a ocorrência
futura de respostas semelhantes” (Skinner, 1953/1959, p.72).
Para realizar este processo, outro conceito deve estar intimamente
entrelaçado ao reforçamento, este é descrito como fator “reforçador” e possui como
atribuição o fortalecimento de uma resposta. O evento reforçador não é determinado
por sua característica física, topológica, por sua natureza, ou mesmo pela sensação
gerada, este possui caráter extremamente subjetivo e variável, de acordo com o
histórico do sujeito. Dentre as diversas maneiras de categorizar os reforçadores,
temos a divisão entre reforçador positivo e negativo, sendo que ambos possuem sua
forma singular de atuar sobre o sujeito, como descrito em “...Um reforçador positivo
fortalece qualquer comportamento que o produza. [...] Um reforçador negativo
revigora qualquer comportamento que o reduza ou o faça cessar.” (Skinner,
2006/1974, p. 43).
Ademais, inserido no conceito de reforço, há o reforçamento diferencial, que
consiste na mudança gradual das respostas do indivíduo, através da modelagem
(método de aproximações sucessivas), reforçando uma resposta e não reforçando
outras, tendo como efeito a extinção de tais respostas não reforçadas.

Embora o reforço operante seja sempre um instrumento de seleção de


certas magnitudes de respostas entre outras, é possível distinguir entre a
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produção de uma nova unidade relativamente complexa e a feitura de


pequenas mudanças na direção de uma maior eficácia em uma unidade
existente. (SKINNER, 2006/1974, p. 99)

Tais questões a respeito da análise do comportamento, precisavam, portanto,


ser elucidadas a fim de oferecer os alicerces da realização deste estudo e
experimento, pois foi através destes conceitos que seu embasamento fora
fundamentado. Neste cenário, utilizou-se de elementos da abordagem que possuem
um caráter geralmente voltado ao âmbito individual - pois analisam o cenário
comportamental de determinado sujeito - para expandi-lo a um contexto
compartilhado entre diferentes indivíduos, influindo um sobre o outro, tornando este,
um contexto social. Sob essa ótica, observa-se que, uma vez que todo o ambiente
existente na realidade humana, possui em suas mais diversas camadas, a influência
de outros seres que influem uns sobre os outros, é necessário que a compreensão
do comportamento humano esteja atrelada à análise das interações entre sujeitos e
suas ações sobre o meio, que por sua vez retroage no próprio indivíduo e em outros
pertencentes à sociedade. Assim, depreende-se que grande parte do
comportamento humano é determinado por outros que o permeiam, à medida que
estes interferem direta e indiretamente na realidade física compartilhada. (SAMPAIO;
ANDERY, p. 183–192, 2010)
Neste ponto, partindo dos pressupostos abordados de que o comportamento
humano é suscetível de alterações em função de suas consequências, sendo estas
positivas ou negativas, e que as interações entre indivíduos geram ambientes que
interfere diretamente em seu comportamento, é cabível o levantamento da questão
sobre a possibilidade de, se caso submetido a um procedimento fundamentado,
padronizado e com variáveis controladas, será possível alterar propositalmente o
comportamento de um indivíduo a partir de reforçadores gerados na interação social
que aumentem a probabilidade de ocorrência deste determinado comportamento.
Com base nisso, o objetivo do experimento que será apresentado a seguir é
de verificarmos se seria possível modificar o comportamento do indivíduo a partir
desses reforçadores, utilizando o estudo “Podemos mudar a forma como alguém
fala?” de Matos, M. A.; TOMANARI, G. Y. (2002), que investigou os efeitos do
reforçamento na linguagem do sujeito pelo uso de pronomes, comparando a frequência em
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que ele utiliza tal pronome antes (condição de linha de base) e durante o reforçamento
(condição de reforçamento).
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2 MÉTODO
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3 RESULTADO

Tabela 1- Pré e Pós intervenção


Eu Tu Ele(a) Nós Vós Eles(as)
Frase
F % F % F % F % F % F %
Linha de
base 8 40 0 0 1 5 6 30 1 5 4 20
36,66 1,666 13,33
Reforçame 6666 6666 3333
nto 22 67 0 0 1 67 27 45 0 0 8 33

Tabela 2 - Aquisição do Comportamento


Eu Tu Ele(a) Nós Vós Eles(as)
Frase
F % F % F % F % F % F %

1 a 20 8 40 0 0 1 5 6 30 1 5 4 20
21-40 6 30 0 0 1 5 8 40 0 0 5 25
41-60 10 50 0 0 0 0 7 35 0 0 3 15
61-80 6 30 0 0 0 0 12 60 0 0 0 0

Eles(
Eu Tu Ele(a) Nós Vós as)
Linha de
base 8 0 1 6 1 4 Dados da porcentagem

Reforçame
nto 22 0 1 27 0 8
11
12

Eles(a
Verbos Eu Tu Ele(a) Nós Vós s)
01 a 20 8 0 1 6 1 4
21 a 40 6 0 1 8 0 5 Dados da porcentagem
41 a 60 10 0 1 7 0 3
61 a 80 6 0 0 11 0 0
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4 DISCUSSÃO

A proposta apresentada trata-se sobre a realização de reforçamento para um


pronome específico, inspirada no experimento de Matos e Tomanari, denominado
“Podemos mudar o modo como uma pessoa fala?” A atividade proposta, consiste em
reforçar positivamente a entrevistada cada vez que houvesse a repetição do
pronome “Eu”.

A partir da nossa coleta de dados e análise acerca dos nossos resultados,


confirmamos que a nossa entrevistada disse em uma porcentagem maior o pronome
“Nós” (Linha de base, foi repetida 6 vezes e no reforçamento, 27), e o pronome “Eu”,
o nosso reforçador proposto, foi usado no total de 33 vezes (houve 8 repetições na
linha de base e 22 no reforçamento), ou seja, a consequência diferencial usada pelo
experimentador não funcionou como reforço na utilização do pronome específico.

Em nossa análise identificamos que os fatores ambientais, culturais e sociais


também influenciam na resposta do sujeito, nossa entrevistada possui 2 filhos e
animais de estimação, o que pode influenciar a predisposição ao pensamento
coletivo, nossa suposição é de que houve a repetição do pronome “nós” justamente
por este contexto que a mesma se encontra inserida.

Para o nosso grupo, foi de suma importância o experimento, para pôr em


prática a tese acerca do reforçamento positivo, desenvolvimento da observação e
análise crítica.
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REFERÊNCIAS

Matos, M. A.; TOMANARI, G. Y. (2002) Análise do Comportamento no Laboratório


Didático. São Paulo: Manole

SKINNER, B. F. (1974/2006) Sobre o behaviorismo. Tradução de Maria da Penha Villalobos.


10º ed. São Paulo: Cultrix.

SKINNER, B. F. (1953/1989). Ciência e comportamento humano. Tradução de João Carlos


Todorov e Rodolpho Azzi. 7º ed. São Paulo: Martins Fontes.

SAMPAIO, A. A. S.; ANDERY, M. A. P. A. Comportamento social, produção agregada e


prática cultural: uma Análise Comportamental de fenômenos sociais. Psicologia: Teoria e
Pesquisa, v. 26, n. 1, p. 183–192, mar. 2010.


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ANEXOS
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