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Seminário III - 12.04.24
Seminário III - 12.04.24
Leitura básica
• CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. São Paulo:
Noeses, Capítulo III.
• CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: linguagem e método. São
Paulo: Noeses, Segunda Parte, Capítulo II, itens 2.1.2 (Hierarquia das leis
complementares: hierarquia formal e hierarquia material) e 2.3 (Fontes do
direito) até 2.3.6 (Fonte do direito e fonte da Ciência do Direito) da
segunda parte do livro.
• MOUSSALLÉM, Tárek. Fontes do direito tributário. São Paulo: Noeses.
Capítulos 5, 7 e 9.
Vídeo básico
Leitura complementar
Questões
1. Defina sua concepção de “direito” e a de “fontes do direito” pela
perspectiva do Constructivismo Lógico-Semântico e indique qual a utilidade do
estudo das fontes do direito. Por essa ótica, pode-se afirmar que leis, doutrina,
jurisprudência, costumes e fato jurídico são fontes do direito?
RESPOSTA:
Para formar um entendimento claro sobre o direito e suas origens, é fundamental definir
o que são fontes, ou seja, a sua origem, o começo. Portanto, o direito surge da análise
inicial das fontes e pode ser considerado como um sistema linguístico antecessor.
Assim, é relevante destacar a perspectiva de Paulo de Barros Carvalho, que afirma que
“a pesquisa das fontes do direito tem como enfoque principalmente a análise dos fatos”.
Ele as considera como elementos fundamentais que iniciam a criação de normas legais
preliminares, indicando que tais fatos somente satisfazem essa condição ao serem
estabelecidos em outras disposições legais. Portanto, fica evidente que, a importância de
estudar as fontes do direito está na prática de promulgação, em relação aos
acontecimentos sociais, que permite a formação de regras jurídicas.
Ademais, a teoria adotada por Paulo de Barros Carvalho, aduz que as normas entram no
sistema jurídico através de diferentes instrumentos legais, tais como leis, decretos,
portarias, entre outros, os quais são fundamentais para o estudo do nosso sistema social,
no entanto, tais normas são consideradas regras, e neste sentido não se podem ser
consideradas como fontes.
RESPOSTA:
A expressão enunciação refere-se à atividade social e interacional por meio da qual a
língua de determinada sociedade é colocada em funcionamento por um “enunciador”
este que é aquele que fala ou escreve algo para um “enunciatário” ou seja, aquele que
escuta ou lê o texto narrado ou escrito pelo enunciador. Ainda, o conceito de
enunciação, segundo Bakhtin/Voloshinov (2006, p. 126), é visto como “um puro
produto da interação social, quer se trate de um ato de fala determinado pela situação
imediata ou pelo contexto mais amplo que constitui o conjunto das condições de vida de
uma determinada comunidade linguística”.
Já ao que se refere à enunciação – enunciada esta é o conjunto de enunciados, que
servem de informação para o processo, motivo, local, datas e os agentes, são portanto o
conjunto possível de identificar o documento normativo em si, nas palavras de
KATHERINE KERBART-ORECCHIONI a enunciação – enunciada se denomina
“fatos enunciativos”, isto é, as unidades lingüísticas, qualquer que seja sua natureza, que
funcionam como índices da inscrição no seio do enunciado dos protagonistas do
discurso e da situação de comunicação, inseridas as coordenadas espaço–temporais”.
Por fim, o enciado – enunciado é o texto desprovido dos sinais marcativos da
enunciação, ou seja, o enunciado é transmitido pela enunciação – enunciada, sendo,
portanto, o texto composto por uma oração a qual deixará marcas ou pistas que podem
ser recuperadas pelo enunciador e pelo enunciatário.
Neste sentido, a enunciação-enunciada não pode ser considerada fonte do direito, e sim
é produto da enunciação que está é fonte de normas jurídicas, a enunciação-enunciada é
o conjunto de enunciado como citado acima, e este é parte do composto do direito
positivo.
RESPOSTA:
Segundo Hans Kelsen, a fonte do direito é o próprio direito, que é o seu próprio
regulador criativo, ou seja, todas as normas têm outra norma como base jurídica,
Norberto Bobbio já afirmou ali que as fontes do direito são os fatos ou ações necessárias
para a formação das normas jurídicas e, portanto, o direito será a fonte suprema do
direito. No mesmo sentido, o entendimento de Tércio Sampaio Ferraz Júnior, o qual
narra que as fontes ajudam a indicar como foram criadas as normas jurídicas, sendo este
pensamento como na majoritário na doutrina tradicional.
Já nas palavras de Paulo de Barros Carvalho, as fontes do direito são “os originadores
das normas jurídicas, ou seja, as instituições que estão sistematicamente autorizadas a
criar normas em organizações interligadas, e as próprias atividades realizadas por essas
entidades, cuja finalidade é criar normas", isto é, quando a fonte do direito é uma norma
criando outra norma sem mencionar a origem da primeira norma.
Neste contexto, afirma Paulo de Barros Carvalho, “o átimo da ciência marca o instante
preciso em que a norma ingressa no ordenamento do direito positivo”, ou seja, a norma
jurídica necessita da publicidade para ter a condição de validade, portanto, a publicidade
é uma das etapas da enunciação, pois marca a positivação das normas jurídicas, o
ingresso no ordenamento jurídico. Assim, no caso do crédito constituído pelo
contribuinte, somente terá validade quando apresentar todos os documentos necessários
para a sua construção.
RESPOSTA:
A lei complementar desempenha diferentes e importantes funções, assim, a lei
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complementar serve como base para outras normas e cumpre também as suas próprias
funções constitucionais sem precisar da criação de novas leis. É por meio dessas
funções que a Lei Complementar, pode parecer ter uma posição hierarquicamente
superior à uma lei ordinária em questões de fundamento jurídico, embora não exista
hierarquia quando o fundamento jurídico está diretamente ligado à Constituição Federal.
No caso explanado acima, não há hierarquia entre os as leis, posto que ambas ocupam a
mesma posição, ou seja, não se fala em formalmente complementar ou materialmente
ordinária, a Lei enquanto veículo introdutor é complementar, não possuindo outro
caractere definitório.
Por fim, para que ocorra a regovação de uma destas leis é necessário a utilização e
produção de veículo idêntico, pois, para que a norma veiculada seja por lei
complementar, uma vez promulgada na Constituição Federal, esta prescreve que a
matéria pode ser veiculada por lei ordinária, porém, estaremos diante de uma lei
complementar.
RESPOSTA:
I - Enunciados-enunciados: Na Lei 10.336/01 cada artigo, parágrafo e suas disposição
são enunciados-enunciados.
II - Enunciação-enunciada: São as informações que a Lei 10.336/01 trás, portanto, a
enunciação-enunciada está constante em todos os artigos, haja vista que estes trazem
informações como, motivo, local, etc.
III–Instrumento introdutor de norma: É a própria Lei 10.336/01.
IV–Fonte formal: Na referida Lei é o processo legislativo de elaboração e aprovação das
leis.
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RESPOSTA:FA
Anexo I
AI 702.533/RJ
Anexo II
ARE 69.072/MG
(ARE 669072 AgR, Relator(a): ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 04-
08-2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-170 DIVULG 28-08-2015 PUBLIC
31-08-2015)
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Anexo III
REsp 371.214/MG
Anexo IV
RE 851108