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VISUAL
AULA 05
Olá, alunos!
Nesta aula, trabalharemos outras abordagens da percepção visual.
No primeiro tema, é feita uma breve apresentação de quais seriam essas
abordagens e as diferentes definições de percepção visual para cada uma delas.
Já no segundo tema, o foco será sobre as constâncias perceptivas, que é um
elemento comum às várias abordagens, para que, no terceiro tema, seja iniciada
a apresentação da teoria construtivista.
No quarto tema, o foco será sobre a abordagem ecológica, e, para
finalizar, no último tema, será apresentada a teoria computacional da percepção.
Bons estudos!
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percepção é um sistema complexo de processamento de informação gerador de
representações.
Santos e Mesquita (1991) consideram que os modelos teóricos clássicos,
como o construtivismo e a Teoria da Gestalt, são "e sempre foram, logicamente
inconsistentes e têm contradições internas nunca resolvidas pelos seus autores".
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pessoas. O sistema visual, de mesma forma, é um módulo de
processamento especializado, mas que não é dedicado a alimentar de
informação concernente a um tipo específico de comportamento.
(Matsushima, 2001)
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2.1 Constância de forma
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A teoria desenvolvida por Helmholtz é considerada construtivista porque
considera a relação do observador com o ambiente que o circunda no momento
da interpretação desse ambiente pelo sujeito (Schieferdecker, 2021).
Segundo Santos e Mesquita (1991):
Um dos pontos também apresentado por Silveira (2015) era que, para
Helmholtz, o fenômeno da constância da cor era uma maneira de manter-nos
coerentes na percepção em geral.
A abordagem construtivista contribuiu para a abertura de caminhos
importantes para pesquisadores posteriores, que puderam comprovar, mais
tarde, com o auxílio de novas tecnologias, as teorias e as probabilidades
propostas por Helmholtz. Por outro lado, algumas probabilidades foram
refutadas posteriormente por pesquisadores, que apresentaram outras
perspectivas ao tema.
Schieferdecker (2021) cita três principais contribuições de da Teoria
Construtivista por meio de Helmholtz: a teoria centrífuga, as inferências
inconscientes e a teoria tricromática.
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o equilíbrio, ainda que a relação dos nossos olhos com os planos que nos
circundam mude consideravelmente.
Quando fixamos nosso olhar em um ponto específico e movimentamos a
cabeça, não temos que pensar como vamos movimentar nossos olhos para que
eles não se desviem do ponto observado, ou seja, esse movimento acontece de
maneira involuntária.
É justamente esse funcionamento que é explicado por Helmholtz por meio
da teoria centrífuga.
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hipóteses acerca da forma de como as coisas realmente são. Neste
sentido, a percepção é um processo indutivo, onde se parte de
imagens específicas para inferências acerca de uma classe de objetos
ou eventos que as imagens podem representar. A este processo, deu
o nome de inferência inconsciente. (Sousa, 2009, p. 37)
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De acordo com Silveira (2015), “nas cores-luz, seriam estímulos: o
vermelho, o verde e o azul e; nas cores-pigmento opacas, seriam: o vermelho, o
amarelo e o azul, mesmo sabendo da inexistência de receptores retinais
específicos para o amarelo”.
Com o passar do tempo, optou-se por uma mescla das partes principais
das duas teorias.
Essa contribuição pode ser estendida para aplicações práticas. De acordo
com Schieferdecker (2021), em diferentes momentos da história da arte, artistas
exploraram a lógica da formação de cores a partir da sensação visual que elas
causam em nossos olhos.
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Estudar a percepção visual consiste, pois, em considerar as imagens
visuais, projetadas na retina (ponto de partida), procurando descobrir
como os sujeitos acedem a uma percepção com base nessas unidades
sensoriais. Esta concepção determina um modelo específico de
investigação (Gordon, 1989): os sujeitos, em laboratório, com as suas
posturas, movimentos de cabeça e oculares controlados, são
confrontados com apresentações breves de imagens; com base nos
registos experimentais, os investigadores procuram, depois,
determinar como é que cada imagem é memorizada, que tipos de
memória operam, e como é que a informação, referente às imagens
sucessivamente apresentadas, é organizada para aceder a uma
percepção. (Santos; Mesquita, 1991)
Três conceitos foram criados por Gibson para elucidar pontos importantes
de sua teoria: 1) invariante; 2) affordance; 3) attunement (Santos; Mesquita,
1991).
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influência nas ciências e filosofia da percepção, em particular no que se refere à
percepção visual. Ainda hoje essas ideias continuam inspirando trabalhos
nessas áreas e suscitando discussões.
No próximo tema, será apresentado o que seria a teoria computacional.
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observamos o entorno e nossos olhos focam-se em uma amostra
pequena das possibilidades visuais. O próprio foco visual, assim como
as suas constantes mudanças, exige o controle de processos
cognitivos atencionais, conscientes ou não (Dehaene & Naccache,
2001), e de rotinas de ajuste da musculatura dos olhos e do pescoço
(Land, 2006; Westheimer & Blair, 1975). Uma caracterização desses
fenômenos, no nível computacional, precisa levar em conta as tarefas
visuais executadas e a informação extraída a partir de tais tarefas.
Assim, não é tarefa do sistema visual contar e transmitir a quantidade
de fótons que recai em cada fotorreceptor a cada momento. Antes,
muito do que é feito nas primeiras etapas de processamento visual é a
avaliação de contraste, isto é, das diferenças de luminância de uma
porção da cena visual em relação à outra (para uma discussão, ver
Barlow, 1972). A partir dessa informação inicial, circuitos visuais
secundários e integrativos no cérebro constroem uma análise do
entorno, transmitida a centros volitivos e motores para a tomada de
decisão atencional e execução voluntária de movimentos oculares. No
sistema visual, portanto, entender qual é o tipo de informação extraída
é essencial para compreender a tarefa e função dos processos visuais
(Leopoldo, 2018)
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relevantes de propriedades do ambiente, adequadas aos propósitos do
observador, partindo de imagens do mundo exterior e transformando-as através
de processos assimiláveis a algoritmos, organizados de forma modular.
Para a teoria computacional, a visão pode ser decomposta em estágios
consecutivos de processamento, e cada estágio recebe dados do anterior e
produz resultados que serão os dados para um ou mais estágios seguintes.
NA PRÁTICA
Créditos: iulias/Shutterstock
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Créditos: vchal/Shutterstock
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
PINKER, S. Como a mente funciona. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
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