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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9

Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE


NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2013

Título: Contos de humor como instrumento para desenvolver a compreensão leitora e a


produção textual.
Autor Clediane Aparecida Ferreira dos Santos

Disciplina/Área (ingresso no Língua portuguesa


PDE)
Escola de Implementação Colégio Estadual Padre Anchieta – EFM
do Projeto e sua localização
Município da escola Salgado Filho

Núcleo Regional de Francisco Beltrão


Educação
Professora Orientadora Profª Drª. Greice da Silva Castela.

Instituição de Ensino UNIOESTE – Cascavel


Superior
Relação Interdisciplinar

Resumo Esta produção didática destinada a alunos do 8º ano do


ensino fundamental da disciplina de Língua Portuguesa,
objetiva promover o ensino e a aprendizagem da leitura,
oportunizando aos alunos um trabalho com contos de
humor, a fim de desenvolver a leitura e a produção textual
e a auxiliar os alunos a gostarem de ler. Além disso, essa
prática que envolve um trabalho efetivo com contos de
humor pode possibilitar ao educando a reflexão sobre
variados aspectos acerca da sociedade. Como resultado
espera-se a formação de leitores críticos e atuantes no
contexto em que vivem. O trabalho com contos de humor
pode oportunizar ao aluno-leitor novas concepções e
percepções sobre o mundo, promovendo assim,
mudanças no modo de ver a realidade que o cerca.
Sendo o conto uma forma de visualizar a realidade
contemporânea por meio de um olhar literário, o
educando também pode perceber que ler faz bem,
desenvolve o intelecto e permite uma melhor
compreensão de sua realidade.

Palavras-chave Contos de humor, leitura, escrita.

Formato do Material Unidade Didádica


Didático
Público Alvo Alunos do 8º ano do Ensino Fundamental

1
Secretaria de Estado da Educação
Superintendência da Educação
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais
Programa de Desenvolvimento Educacional

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: UNIDADE DIDÁTICA

Contos de humor como instrumento para desenvolver a compreensão


leitora e a produção textual
.

ÁREA/DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA

PROFESSOR PDE: Clediane Aparecida Ferreira dos Santos

SALGADO FILHO – PR 2013

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Secretaria de Estado da Educação
Superintendência da Educação
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais
Programa de Desenvolvimento Educacional

Clediane Aparecida Ferreira dos Santos

Contos de humor como instrumento para desenvolver a compreensão e a


produção textual

Unidade didática apresentada ao


Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE, da Secretaria
Estadual de Educação do Paraná –
SEED. Orientadora: Profª Drª. Greice da
Silva Castela.

SALGADO FILHO – 2013

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1. IDENTIFICAÇÃO:
Professora PDE: Clediane Aparecia Ferreira dos Santos
Área PDE: Língua Portuguesa
Professora orientadora IES: Profª Drª. Greice da Silva Castela.
IES Vinculada: UNIOESTE - Cascavel
NRE: Francisco Beltrão - PR
Escola de Implementação: Colégio Estadual Padre Anchieta - EFM
Público objeto de intervenção: Alunos de 8º ano do Ensino Fundamental

CONTOS DE HUMOR COMO INSTRUMENTO PARA DESENVOLVER A


COMPREENSÃO LEITORA E A PRODUÇÃO TEXTUAL

1. APRESENTAÇÃO DA UNIDADE DIDÁTICA:

A proposta pedagógica a ser desenvolvida nesta unidade didática tem o


objetivo de proporcionar aos professores de Língua Portuguesa do oitavo ano
do Ensino Fundamental um roteiro de exploração didática de leitura e escrita
de alguns contos de humor, possibilitando assim aos alunos conhecer e
interagir no mundo da ficção que se apoia à realidade, vendo dessa forma
novas possibilidades de compreensão e de uma postura crítica perante os
valores que movem a sociedade atual.
Nossa intenção principal é desenvolver nos alunos, leitores em
formação, a capacidade de leitura, compreensão e produção de contos de
humor. Acreditando que isso é possível a partir de leituras prazerosas.

Lendo contos de humor, os educandos podem adquirir gosto pela leitura


e produção textual e, consequentemente, buscarem outros gêneros para ler por
conta própria. Cabe ao professor conduzir o jovem leitor para desenvolver inti-
midade com o texto até que ele adquira, através do hábito, o perfil de leitor ex-
periente e, junto com essa conquista, vem uma série de outras, como produzir
textos com coerência e coesão.

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2. UNIDADE DIDÁTICA

Atividade1.
O professor(a) poderá realizar um breve debate sobre as seguintes
questões: Quem conhece alguma anedota e gostaria de contá-la para os cole -
gas? Além de anedotas, há outros textos que provocam o riso e o humor? Por
exemplo, crônicas, programas de televisão e contos, que é o que iremos traba-
lhar. Comente sobre isso baseado na sua experiência de leitor.
O que é um conto? O termo “conto” deriva do vocábulo latino
commentu(m) e significa invenção, ficção. Escrito em prosa, geralmente narra-
do em 3ª pessoa, com linguagem direta, objetiva, de fácil compreensão para o
leitor.
O conto é uma forma de visualizar a realidade contemporânea por meio
de um olhar literário. No conto de humor, é fundamental o duplo sentido, para
causar emoção e suspense.
Pergunte aos alunos: Que contos você já leu ou ouviu e achou engraça-
do?
Ler o texto "A estranha passageira", de Stanislaw Ponte Preta, disponí-
vel na íntegra em:
(http://www.blocosonline.com.br/literatura/prosa/ct/ct12/ct120929.php).

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A ESTRANHA PASSAGEIRA - Stanislaw Ponte Preta

– O senhor sabe? É a primeira vez que eu viajo de avião. Estou com zero
hora de vôo – e riu nervosinha, coitada.
Depois pediu que eu me sentasse ao seu lado, pois me achava muito calmo
e isto iria fazer-lhe bem. Lá se ia a oportunidade de ler o romance policial que
eu comprara no aeroporto, para me distrair na viagem.
Suspirei e fiz o bacana respondendo que estava às suas ordens.
Madama entrou no avião sobraçando um monte de embrulhos, que segurava
desajeitadamente. Gorda como era, custou a se encaixar na poltrona e a
arrumar todos aqueles pacotes. Depois não sabia como amarrar o cinto e eu
tive que realizar essa operação em sua farta cintura.
(...)
(fonte: Adaptado de
http://www.blocosonline.com.br/literatura/prosa/ct/ct12/ct120929.php -
Acessado no dia 08/11/2013)

O professor discutirá com os alunos o assunto que o texto aborda. Em


seguida entregará uma cópia do texto aos alunos que farão leitura silenciosa e
depois se reunirão em grupos para dramatizar o conto.

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Concluída a leitura e a dramatização, o professor(a) mobilizará a turma
para comentários a respeito das primeiras impressões acerca do conto; e enca-
minhará uma pesquisa sobre a biografia do autor, a qual poderá ser feita em bi-
bliotecas ou no laboratório de informática.

Feita a pesquisa, o professor deverá fazer a explicação da biografia do


autor.

Após leitura e explicação do texto, os alunos, em grupo, deverão respon-


der as questões propostas na sequência:

a) Compreensão leitora:

1. Um conto de humor visa o riso. O conto lido pode ser considerado de


humor por quê?
2. O que significa a expressão “suspirei e fiz o bacana”?
3. Transcreva do conto expressões que comprove “vexames” dados pela
senhora no decorrer do texto.
4. Quando o moço afirma “Suspirei e fiz de educado respondendo que es-
tava às suas ordens”. O que os suspiros demonstram nesta passagem?
5. O autor inicia o conto com a afirmação da senhora: “O senhor sabe? É a
primeira vez que eu viajo de avião. Estou com zero hora de voo.”
a. Ela lamenta esse fato? Justifique sua resposta.
6. “Depois pediu que eu me sentasse ao seu lado, pois me achava muito
calmo e isto iria fazer-lhe bem”. Por meio dessa afirmação o que o narra-
dor lamenta?
7. Por meio da leitura do conto que qualificações podemos atribuir à “estra-
nha passageira”?
8. O conto “A estranha passageira” é escrito em primeira pessoa. Transcre-
va do texto uma expressão que comprove essa afirmação.
9. Que outro título você daria para esse conto?

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10. Discorra com suas palavras sobre o enredo do conto.

b) Produção textual:

Refletindo sobre o conto “A estranha passageira” de Stanislaw Ponte Preta,


produza um pequeno conto narrando uma situação inusitada que aconteceu
com você ou que você leu ou ficou sabendo.

Pergunte aos alunos se alguém já leu algum texto do autor Stanislaw Ponte
Preta. (Sugiro que selecione na biblioteca da escola alguns contos desse e de
outros escritores e leve-os para a sala de aula). Em seguida, entregue aos alu-
nos o texto “O milagre”, solicitando uma leitura silenciosa do mesmo. Termina-
da a leitura silenciosa, os alunos serão questionados oralmente com as seguin-
tes questões:

- Qual o assunto do texto?

- Quem é o narrador desse texto?

- Qual a relação existente entre o título e o texto?

- Qual a importância da literatura na vida de quem escreve?

- Qual a sua relação com a escrita? Você costuma escrever? O quê? Em que
momentos?

Atividade 2

Agora faça uma leitura coletiva do texto "O milagre", de Stanislaw Ponte
Preta, disponível na íntegra em:

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(http://keylapinheiro.blogspot.com.br/2010/08/cronicas-de-stanslaw-ponte-pre-
ta.html). Em seguida, as atividades propostas.

O MILAGRE – Stanislaw Ponte Preta

Naquela pequena cidade as romarias começaram quando correu o boa-


to do milagre. É sempre assim. Começa com um simples boato, mas logo o
povo – sofredor, coitadinho e pronto a acreditar em algo capaz de minorar sua
perene chateação – passa a torcer para que o boato se transforme numa reali-
dade, para poder fazer do milagre a sua esperança.

Dizia-se que ali vivera um vigário muito piedoso, homem bom, tranquilo,
amigo da gente simples, que fora em vida um misto de sacerdote, conselheiro,
médico, financiador dos necessitados e até advogado dos pobres, nas suas
eternas questões com os poderosos. Fora, enfim, um sacerdote na expressão
do termo: fizera de sua vida um apostolado.

Um dia o vigário morreu. Ficou a saudade morando com a gente do lu-


gar. E era em sinal de reconhecimento que conservavam o quarto onde ele vi-
vera, tal e qual o deixara. Era um quartinho modesto, atrás da venda. Um catre
(porque em histórias assim, a cama do personagem chama-se catre), uma ca-
deira, um armário tosco, alguns livros. (...)

(Fonte: Adaptado de http://keylapinheiro.blogspot.com.br/2010/08/cronicas-de-


stanslaw-ponte-preta.html - Acessado em 08/11/2013)

a) Compreensão leitora:

1. Antes de conhecer o desfecho da história, você leitor, como os morado -


res da vila também acreditou que a vela se acendia sozinha e que re-
zando e pedindo ali aconteciam milagres?

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2. O desfecho do conto te surpreende? Por quê?

3. Quais são as características do vigário segundo o texto?

4. Após a morte do vigário como ficou aquele lugar?

5. Como a prefeitura local não tinha verba para erguer uma estátua em ho-
menagem ao vigário, que atitudes teve o dono da venda a fim de home-
nageá-lo?

6. Descreva, segundo o texto, como deu-se o milagre.

7. “ – Milagre!!! – quiserem todos. Por que foi utilizada a expressão “quise-


ram”? E quais outras expressões podem substituí-la?

8. Segundo o texto por que começaram as romarias naquele lugar?


9. Em que consiste o humor do texto?

Atividade 3:

Pergunte se alguém já leu algum texto de Luís da Câmara Cascudo. (Sugiro


que selecione algumas obras desse autor e leve-as para a sala de aula). Em
seguida, entregue aos alunos o texto “O caboclo, o padre e o estudante”,
solicitando primeiramente uma leitura silenciosa do mesmo.
Ler o texto "O caboclo, o padre e o estudante", de Luís da Câmara
Cascudo, disponível na íntegra em:
(http://blogdotataritaritata.blogspot.com.br/2013/10/o-caboclo-o-padre-e-o-
estudante.html).

O caboclo, o padre e o estudante

Luís da Câmara Cascudo


Um estudante e um padre viajavam pelo sertão, tendo um caboclo como
bagageiro. Deram a eles, numa casa, um pequeno queijo de cabra. Não
sabendo como dividi-lo, mesmo porque daria um pequenino pedaço para cada

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um, o padre resolveu que todos dormissem e o queijo seria daquele que
tivesse, (...)
(Fonte: Adaptado de http://blogdotataritaritata.blogspot.com.br/2013/10/o-
caboclo-o-padre-e-o-estudante.html - Acessado em 08/11/2013)

Terminada a leitura silenciosa, os alunos serão questionados oralmente com


as seguintes interrogações:
- Já conheciam o conto?
- Alguém já viveu algo semelhante ao descrito no conto ou conhece alguém
que já viveu algo parecido?
- Há algo difícil de entender no texto?

a) Compreensão leitora:

1. Qual é o assunto do texto?


2. Quem teve a ideia de quem tivesse o sonho mais bonito ficaria com o
queijo e por quê?
3. Quem foi o mais esperto na história? O padre, o estudante ou o
caboclo? Por quê?
4. Qual o significado da palavra “engambelar”?
5. Qual o fato que desencadeou o enredo?
6. O que gera o humor no conto lido?

- Após os questionamentos orais, peça aos alunos que, em pequenos grupos,


leiam novamente o texto e escolham um parágrafo em que o autor conseguiu
mexer com a emoção deles para apresentar aos colegas.

c) Produção textual:
Refletindo acerca do texto lido, produza um pequeno conto envolvendo
situação semelhante ao texto lido, podendo ser essa verdadeira ou fictícia ou
até mesmo embasada numa anedota já lida ou ouvida.

Atividade 4:

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Entregar uma cópia do texto “Continho” de Paulo Mendes Campos para
os alunos. Pedir para que façam uma leitura silenciosa do mesmo.
Ler o texto “Continho” de Paulo Mendes Campos, disponível no link
(http://answers.yahoo.com/question/index?qid=20100512115823AADvVXF) -
para realizar as atividades a seguir.

a) Compreensão leitora:

Sobre o pequeno conto do autor Paulo Mendes Campos:


1. Caracterize de acordo com o conto acima os personagens do texto.
2. Diante da primeira resposta do menino ao vigário, como você imagina
que ele se sentiu?
3. Em seguida o que o vigário fala para o menino e que pergunta lhe faz
então?
4. E o que o garoto responde ao vigário?
5. Pela leitura do texto que características você atribui ao menino?
6. Por meio da expressão “Engraçadinho duma figa” dirigida ao garoto, o
que o vigário demonstra em sua fala?
7. Em que consiste o humor do conto lido?

b) Produção textual:

Pensando sobre a situação inusitada e o desfecho cômico do pequeno


texto acima, produza a partir dele um novo conto dando um final diferente para
o mesmo.

Concluída as atividades pelos alunos, será feita a correção das mesmas.


Terminada a correção, será entregue o texto “O homem nu”, de Fernando
Sabino.

Atividade 5:

Solicite a leitura silenciosa do texto "O homem nu", de Fernando Sabino,


disponível na íntegra em: (http://www.releituras.com/fsabino_homemnu.asp). (É

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recomendável levar dicionários para a sala de aula).

O HOMEM NU – Fernando Sabino

Ao acordar, disse para a mulher:


– Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem
aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe di -
nheiro da cidade, estou a nenhum.

– Explique isso ao homem – ponderou a mulher.

– Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigo-


rosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto
aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele
bater até cansar – amanhã eu pago.

Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar


um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu
fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o
pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e
para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até ao embrulhinho deixado
pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia
aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si
fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.

(...)
(Fonte: Adaptado de http://www.releituras.com/fsabino_homemnu.asp -
Acessado em 08/11/2013)

Depois da leitura silenciosa realize alguns questionamentos orais:


- Já conheciam o conto? O que acharam?
- Alguém já viveu algo semelhante ao descrito no conto ou conhece
alguém que já viveu algo parecido?
- Há algo no conto que ficou difícil de entender?
- O que mais lhe chamou a atenção no conto lido?

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Após os questionamentos orais, peça aos alunos que, em pequenos
grupos, leiam novamente o texto e escolham um parágrafo em que o autor
conseguiu mexer com a emoção deles para apresentar aos colegas.

a) Compreensão leitora:

Responda as questões abaixo:

1. O narrador do conto acima é narrador - observador ou narrador – perso-


nagem? Comprove com expressões do texto.

2. Por que o homem não queria enfrentar o cobrador da prestação da tele-


visão e dizer o verdadeiro motivo pelo qual não poderia pagar a presta-
ção?

3. Quais foram as instruções que o marido passou para a esposa para abri-
rem a porta para o cobrador da televisão?

4. Enquanto esperava a esposa tomar banho, o que o homem, já nu, resol-


veu fazer? Em seguida quais foram suas atitudes?

5. “Mal seus dedos, porém tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se


com estrondo, impulsionada pelo vento.” A partir daí, descreva com suas
palavras o que aconteceu com o homem nu.

6. Que atitudes teve o homem nu ao ouvir que outra porta se abria atrás de
si?

7. Quando o homem nu cumprimentou a velha do apartamento vizinho qual


foi a atitude da mesma?

8. “Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava.” E o


que disseram?

9. Quando Maria finalmente abriu a porta, quais foram as atitudes do ho-


mem nu?

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10. O que gera humor no conto lido?

b) Produção textual:

Produza um novo final para o conto estudado acima que seja engraçado
e surpreenda o leitor.

Atividade 6:

O professor inicia a aula com uma pequena biografia de Luis Fernando


Veríssimo (disponível no site: http://www.releituras.com/lfverissimo_bio.asp -
Acessado em 08/11/2013).

Em seguida, questione os alunos quanto ao título do conto “Carta”:

- Você já escreveu alguma carta? Para quem? Com que objetivo?

- Que gênero textual existe hoje que é muito usado para fins diversos e
que quase substituiu a carta?

Em seguida solicite a leitura silenciosa do texto "A carta", de Luís Fer-


nando Veríssimo, disponível na íntegra em:
(http://supertextos.wordpress.com/2011/07/29/a-carta/).

A CARTA
(Luis Fernando Veríssimo)

Esta outra história é de dois namorados, ele chamado Haroldo e ela,


por coincidência, Marta. Os dois brigaram feio, e Marta escreveu uma carta
para Haroldo, rompendo definitivamente o namoro e ainda dizendo uma

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verdade que ele precisava ouvir. Ou, no caso, ler. Mas Marta se arrependeu do
que tinha escrito e no dia seguinte fez plantão na calçada em frente do edifício
de Haroldo, esperando o carteiro. Precisava interceptar a carta de qualquer
jeito. Quando o carteiro apareceu, Marta fingiu que estava chegando ao
edifício e perguntou:
(...)
(Fonte: Adaptado de http://supertextos.wordpress.com/2011/07/29/a-carta/ -
Acessado em 08/11/2013)

a) Compreensão leitora:

1. No conto “A carta” de Luís Fernando Veríssimo, o narrador é observador ou


personagem? Comprove com uma frase do texto.
2. Marta escreveu uma carta para Haroldo e depois disso como se
comportou?
3. Descreva como Marta e Jessé começaram a sair e como ocorreram os
encontros seguintes.
4. Que atitude teve Marta quando o carteiro lhe alcançou a carta que ela havia
escrito?
5. Após olhar o envelope por um longo tempo, Marta manda Jessé entregar a
carta. Na sua opinião, por que ela toma essa atitude?
6. O desfecho desse conto te surpreendeu? Por quê?

b) Produção textual:

Peça para os alunos pensem em alguém de quem gostem, pode ser


amigo(a), namorado(a), pai ou mãe, irmão(ã) e escrevam uma carta para
expressar seus sentimentos por essa pessoa. Em seguida leve-os até o
laboratório de informática para digitarem o texto.

Atividade 7:

O professor propõe uma leitura silenciosa do texto a seguir. Ler o texto

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"Vó caiu na piscina", de Carlos Drummond de Andrade, disponível na íntegra
em (http://passeandopelocotidiano.blogspot.com.br/2013/01/vo-caiu-na-piscina-
carlos-drummond-de.html).

Vó caiu na piscina – Carlos Drummond de Andrade


De noite na casa da serra, a luz acabou. Entra o garoto:
− Pai, vó caiu na piscina.
− Tudo bem, filho.
O garoto insiste:
− Escutou o que eu falei pai?
− Escutei, e daí? Tudo bem.
− Ce não vai lá?
− Não estou com vontade de cair na piscina.
− Mas ela ta lá...
Eu sei você já contou. Agora deixe seu pai fumar um cigarrinho
descansado.
(...)
(Fonte: Adaptado de
http://passeandopelocotidiano.blogspot.com.br/2013/01/vo-caiu-na-piscina-
carlos-drummond-de.html - Acessado em 08/11/2013)

Em seguida faz questionamentos orais:


- Qual a idade de seus avós?
- Onde moram?
- Como é sua relação com seus avós?
Após o professor propõe leitura em voz alta do texto “Vó caiu na piscina”
e a realização das atividades.

a) Compreensão leitora:

1. Observe os trechos:
“- Ce não vai lá?
- Não estou com vontade de cair na piscina.
- Mas ela ta lá.

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- Eu sei você já contou. Agora deixe seu pai fumar um cigarrinho
descansado.”
Observando essas falas, na sua opinião, o pai realmente havia
entendido o que estava acontecendo com sua mãe? Justifique sua
resposta.
2. No texto lido, predomina o diálogo, ou seja, as personagens
conversam.
a. O que o filho estava tentando dizer ao pai? E por que o pai não foi
acudir a vó do menino?
b. Há uma diferença entre discurso direto e discurso indireto. Explique
essa diferença e retire do texto um trecho que contem discurso direto e
transforme-o em discurso indireto.
3. Dona Marieta disse a seu filho que ele teve um “acesso de burrice”.
a. Você concorda com essa informação?
b. O que você entendeu por ter um “acesso e burrice”. Explique
usando as suas palavras.
4. No texto predomina a linguagem coloquial ou a linguagem culta?
Justifique sua resposta.
5. O texto “vó caiu na piscina” é um texto humorístico. Comprove esta
afirmação com trechos do conto.

b) Produção textual:
Tendo como embasamento o texto estudado acima e as características
do gênero textual conto, produza um pequeno conto abordando sua relação
com seus avós, pode ser real ou fictício, engraçado ou não.

d) Contação de contos
Reunir o oitavo ano juntamente com a comunidade para que os alunos,
previamente preparados, contem um dos contos estudados, um de seus contos
produzidos ou um conto selecionado de qualquer autor renomado.

REFERÊNCIAS

18
KAUFMAN, Ana Maria. Escola, leitura e produção de textos. Ana Maria
Kaufman e Maria Elena Rodríguez. Trad. Inajara Rodrigues. – Porto Alegre:
Artes Médicas, 1995.

KLEIMAN, Ângela. Oficina de leitura: teoria & prática. 7 ed. Campinas, São
Paulo: Pontes 2000.

KONZEN, Paulo Cezar. Ensaios sobre a arte da palavra. Cascavel:


Edunioeste, 2002.

LEFFA, Vilson J. Perspectiva no Estudo da Leitura - Texto, Leitor e Interação


Social. In: LEFFA, Vilson J. & PEREIRA, Aracy E. O Ensino da Leitura e
Produção Textual. Pelotas – RS: Educat, 1999. P. 14-37.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e


compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes curriculares da


educação básica: Língua Portuguesa. Curitiba: Secretaria da educação,
2008.

SILVA, Theodoro Ezequiel da. A Produção da Leitura na Escola. 2. ed. São


Paulo: Ática, 2005.

SILVEIRA, Ana Paula Kuczmynda da. A análise dialógica dos gêneros do


discurso e os estudos do letramento: glossário para leitores iniciantes.
Nívea Rohling Hammes Rodrigues – Florianópolis: DIOESC, 2012.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

ZILBERMAN, Regina. A Leitura no Brasil História e Instituições. In: LEFFA,


Vilson J. & PEREIRA, Aracy E. O Ensino da Leitura e Produção Textual.
Pelotas – RS: Educat, 1999. P. 40-51.

Endereços eletrônicos

<http://www.blocosonline.com.br/literatura/prosa/ct/ct12/ct120929.php>. Acesso
em 08 nov. 2013.

<http://keylapinheiro.blogspot.com.br/2010/08/cronicas-de-stanslaw-ponte-
preta.html>. Acesso em 08 nov. 2013.

<http://blogdotataritaritata.blogspot.com.br/2013/10/o-caboclo-o-padre-e-o-
estudante.html>. Acesso em 08 nov. 2013.

<http://answers.yahoo.com/question/index?qid=20100512115823AADvVXF>.
Acesso em 08 nov. 2013.

<http://www.releituras.com/fsabino_homemnu.asp>. Acesso em 08 nov. 2013.

19
<http://www.releituras.com/lfverissimo_bio.asp>. Acesso em 08 nov. 2013.

<http://supertextos.wordpress.com/2011/07/29/a-carta/>. Acesso em 08 nov.


2013.

<http://passeandopelocotidiano.blogspot.com.br/2013/01/vo-caiu-na-piscina-
carlos-drummond-de.html>. Acesso em 08 nov. 2013.

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