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CUIDADOS ESSENCIAIS

Cuidados Essenciais

Cuidados com os alimentos

Uma alimentação saudável deve fornecer ao organismo, em quantidades necessárias, carboidratos,


lipídios, proteínas, vitaminas, sais minerais e água.

Além dessa recomendação geral, é necessário ter cuidado com a dieta.

Dieta

Para uma dieta saudável recomenda-se:

 Consumir vegetais, frutas, verduras e legumes da estação (temporada), porque são geralmente
mais frescos, além de mais baratos;

 escolher alimentos variados para garantir uma dieta equilibrada em nutrientes, vitaminas, água e
sais minerais;

 dar preferência a produtos naturais, ou seja, não industrializados;

 quando não for possível evitar o consumo de alimentos industrializados, ingerir em pequena
quantidade e não repeti-los por dias seguidos.

Higiene

A higiene é uma recomendação básica quando se trata dos cuidados com alimentos. A água
destinada para beber e preparar os alimentos precisa ser filtrada, retirando, assim, possíveis resíduos
e verificando se ela é procedente de estação de tratamento. Caso não seja, deve ser também fervida,
pois a simples refrigeração da água não elimina os resíduos e os microorganismos que
possivelmente possam existir.

É necessário lavar muito bem antes de ingerir as frutas e verduras, pois elas podem trazer consigo
microorganismos, ovos de vermes parasitas ou resíduos de agrotóxicos. O cozimento elimina as
possíveis larvas de parasitas causadoras de doenças que as carnes podem conter, como por
exemplo, as larvas de da tênia. Por isso, é preciso evitar o consumo de carnes malcozidas ou
malpassadas.

A palavra pasteurizada deve ser verificada sempre na embalagem do leite, pois, preferencialmente, é
o recomendado. Qualquer outro tipo deve ser fervido antes do consumo.

É importante lavar com sabão e água corrente os utensílios usados para preparar e servir os
alimentos: panelas, pratos, talheres, copos etc. Também deve ser adquirido o hábito, antes das
refeições, de lavar as mãos com sabão para evitar doenças graves como a cólera e as verminoses.

Além dos cuidados citados e da higiene, são recomendações importantes para a alimentação
saudável: mastigar bem os alimentos, evitar comida muito condimentada (muito sal, pimenta etc.),
não comer em excesso e fazer as refeições em horários regulares.

Conservação dos Alimentos

É importante adquirir o hábito de verificar o estado de conservação dos alimentos. Caso algum
alimento não se apresente em bom estado, não deve ser consumido.

Por exemplo, as indicações para se saber se o peixe (fresco ou congelado) está em bom estado para
consumo são: guelras (brânquias) vermelhas, olhos brilhantes e escamas firmes. Todo o tipo de
carne em bom estado de conservação aparenta coloração natural e consistência firme.

Antes de consumirmos alimentos industrializados, devemos ficar atentos quanto:

 Às embalagens (latas) não estarem enferrujadas, estufadas e nem amassadas;

 ao alimento estar no prazo de validade.

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Caso contrário corre-se o risco de consumir alimento estragado, e a ingestão de conservas


estragadas pode provocar intoxicações graves e doenças (até fatais), como disenteria e botulismo.

Como os Alimentos se Estragam

Os microorganismos presentes no ambiente, por exemplo no ar, se multiplicam quando há umidade e


temperatura favoráveis. Essas condições podem ser encontradas em um alimento. Por exemplo: pela
rachadura de uma fruta, se dá a ação de microorganismos que atuam na decomposição; assim, a
fruta se estraga.

Quando há necessidade de conservar os alimentos, é necessário mantê-los em ambientes que


ofereçam condições desfavoráveis aos microorganismos. Os processos mais usuais de conservação
se baseiam em alterar as condições de temperatura e umidade utilizando a desidratação, mantendo o
alimento no isolamento em embalagem a vácuo; congelando, entre outros processos.

Técnicas de Conservação de Alimentos

Existem várias técnicas de conservação de alimentos para que eles não se estraguem, não percam o
seu valor nutritivo, nem sofram nenhum tipo de alteração.

As principais são: fervura, resfriamento / congelamento e desidratação.

Fervura

Os alimentos cozidos se conservam por mais tempo que os crus, pois a fervura mata os
microrganismos contidos no alimento. A conservação pelo calor elevado é muito utilizada pelas
indústrias, por exemplo, a pasteurização.

Resfriamento e Congelamento

Para resfriar os alimentos normalmente é utilizado o refrigerador ou a geladeira, onde os alimentos


são submetidos à baixas temperaturas, porém superior a 0 ºC. Esse processo conserva-os por
poucos dias, variando o prazo de um alimento para o outro.

O congelamento ocorre em temperatura abaixo de 0 ºC. No congelador ou freezer, os alimentos são


submetidos, comumente, entre -10 ºC e -30 ºC. Os congelados, em virtude da diferença de
temperatura, se conservam por mais tempo que os alimentos apenas resfriados.

As baixas temperaturas apresentam condições ambientais desfavoráveis. Isso dificulta o


desenvolvimento dos microorganismos responsáveis pela decomposição, ou seja, pelo
apodrecimento dos alimentos.

Processos Tradicionais de Desidratação

Apesar de haver atualmente tecnologias avançadas empregadas para conservação dos alimentos,
citaremos alguns processos tradicionais que podem tanto ser realizados em grande escala industrial,
quanto em pequenas produções artesanais. São eles: defumação, salgamento e isolamento.

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A defumação é, comumente, utilizada na conservação de peixes, carnes e linguiças. Nesse processo


seca-se o alimento usando fumaça.

O salgamento é a forma mais simples de conservar carnes de boi, porco e peixe. Uma alternativa é
salgá-la e colocá-la para secar ao sol. O bacalhau e a carne-seca ou charque, muito conhecidos na
nossa culinária, são conservados desse modo.

O isolamento é outra forma de conservar os alimentos. Essa técnica consiste em manter os alimentos
na embalagem a vácuo, de onde se retira o ar. Isso contribui para a conservação dos alimentos por
um longo tempo, pois os microorganismos não sobrevivem à falta de oxigênio, que é necessário à
vida de muitos deles.

Os frascos hermeticamente fechados também ajudam na conservação da comida.

Aditivos e Outras Técnicas de Conservação

Na indústria alimentícia, ainda é muito comum o uso de aditivos, que são substâncias adicionadas
aos alimentos para conservar, adoçar, realçar o sabor, a cor e o aroma.

Os corantes, por exemplo, são muito utilizados em doces e refrigerantes.

A Energia dos Alimentos

Para suprir as necessidades de nutrientes do nosso organismo, ou seja, para ficarmos bem
alimentados, basta comer o suficiente. Não devemos exagerar.

Quando o organismo obtém mais energia do que gasta, seu peso aumenta. A obesidade geralmente
é consequência de um excesso de energia no organismo em relação ao gasto. O excesso de
carboidratos, por exemplo, é convertido em gordura e armazenado em células que forma o tecido
adiposo.

A atividade muscular é a principal forma de gastar energia. Metade da energia gasta por uma pessoa
corresponde à sua atividade muscular. Mas essa produção varia conforme as atividades realizadas

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por cada pessoa. Num operário da construção civil, por exemplo, aproximadamente ¾ de sua energia
são gastos dessa forma.

Se você observar o corpo de um atleta que pratica esporte regularmente, perceberá como a atividade
muscular contribui para reduzir a quantidade de gordura no organismo.

Calorias: medindo a energia dos alimentos

Os alimentos, como carboidratos, lipídios e proteínas, possuem energia. E essa energia pode ser
medida.

A unidade de medida da energia contida nos alimentos é a caloria (cal).

Uma caloria é a quantidade de calor necessária para aumentar em um grau Celsius (1ºC) a
temperatura de uma grama de água.

Como a caloria é uma unidade muito pequena, é mais fácil medir a quantidade de energia dos
alimentos em quilocalorias (Kcal): uma quilocaloria (1Kcal) é igual a mil calorias (1000 cal).

Observe alguns exemplos de alimentos e suas respectivas quantidades aproximadas de energia:

Alimento Quantidade Calorias


Café com açúcar 1 xícara de 50 ml 33
Suco de abacaxi natural 1 copo de 240 ml 100
Costeleta de porco 2 unidades (100g) 483
Hamburger bovina 1 unidade (56g) 116
Salsinha 1 unidade (40g) 120
Biscoito Recheado chocolate 1 unidade 72
Biscoito integral de trigo 1 unidade (15g) 28
Banana 1 unidade (65g) 55
Batata 100g 83
Leite integral 1 copo 166
Ovo 1 unidade 77

A quantidade de calorias necessárias a uma pessoa depende da sua idade, seu sexo, de seu peso e
de sua atividade física. Veja alguns exemplos:

Fases da vida Energia necessária (valores aproximados


em Kcal/dia)
Bibê em fase de amamentação 950
Mulher em fase de amamentação 3100
Adolescente do sexo masculino 3200
Adolescente do sexo feminino 2300

Veja agora a quantidade de calorias gastas em algumas atividades do cotidiano por 1hora:

Atividades Energia gasta (valores aproximados em Kcal/dia)


Assistir aula 126
Assistir TV 70
Dormir (8h) 60
Dançar 315
Correr 560
Nadar devagar 560
Andar de bicicleta 400

Pelos exemplos, verificamos que até dormir gastamos energia, pois, nesse período, as funções do
corpo continuam ocorrendo.

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Portanto, escolher adequadamente os alimentos é uma tarefa importante. Cada pessoa deve procurar
saber qual a quantidade e a qualidade dos alimentos de que necessita. Muitas vezes podemos
conseguir essa informação em postos de saúde, com nutricionistas ou médicos.

Higiene Corporal

A higiene corporal é o conjunto de cuidados que devemos ter com nosso corpo. Os cuidados de
higiene pessoal são essenciais, pois evitam que micróbios e outros seres vivos, como vermes,
penetrem no nosso corpo e nos causem doenças. É por meio desta higiene que ficamos fortes e
saudáveis.

É muito importante para a saúde do corpo manter a higiene, sendo assim, é preciso cuidar melhor do
seu corpo para evitar males maiores em sua saúde. Existem algumas recomendações para
mantermos uma boa higiene corporal:

 Tomar banho todos os dias;

 Lavar as mãos antes das refeições;

 Escovar os dentes ao levantar, antes e após as refeições;

 Cortar as unhas para evitar a contaminação com bactérias;

 Lavar sempre a cabeça.

Com relação ao banho, é importante estarmos ciente de que após alguma atividade física ou depois
de um dia atarefado, deve-se fazer adequadamente uma limpeza ao corpo, removendo a sujidade e
microrganismos que durante a atividade física, tenham se instalado no corpo, assegurando assim a
limpeza da pele.

O banho é importantíssimo e indispensável para a saúde do corpo. O banho de ducha é o mais


econômico, o mais prático e o mais higiênico. Logo após um bom banho é importante verificar se
estão limpos e secos os espaços entre os dedos.

Já quando falamos sobre limpeza das mãos é fundamental atentarmos para que as mesmas estejam
sempre limpas. Elas devem ser lavadas antes e depois de ir ao banheiro, antes de cozinhar e de
mexer com alimentos, pois é a parte do nosso corpo que mais utilizamos para realizar nossas
atividades diárias.

Além disso, nossas unhas que também são de grande importância para nosso corpo, devem estar
sempre bem cortadas e limpas, pois, é uma das coisas que ajudam a prevenção de doenças. Não se
deve colocar as mãos na boca, pois as unhas podem conter lixo (bactérias) que podem ser
transmitidas para a boca. Desta forma, o mais correto a se fazer é procurar eliminar o hábito de roer
unhas.

Os cabelos devem estar sempre lavados e penteados e devem ser cortados regularmente, pois neles
acumulam poeiras e gorduras que devem ser eliminadas. Deve-se lavar o cabelo no mínimo duas
vezes por semana, até porque é sempre agradável ter o cabelo limpo, cheiroso, brilhante e bem
cortado.

Quando os cabelos estão sujos, grandes e pouco volumosos, facilitam o aparecimento e a


multiplicação de piolhos, por isso é sempre bom examinar a sua cabeça.

Outro ponto importante é a escolha das roupas que é um item necessário para nossa higiene
corporal. As roupas e os calçados devem estar limpos e de acordo com as estações do ano, além de
estarem cômodas e folgadas. O vestuário ajuda a manter a temperatura de seu corpo e devem ser
lavadas constantemente e também devem ser trocadas para não causar mau cheiro. Já as roupas
intimas devem ser lavadas separadamente e secadas ao sol.

Tendo consciência da importância da nossa higiene corporal para prevenção de doenças e nosso
bem-estar, devemos procurar cumprir os requisitos para passarmos o nosso dia-a-dia da melhor

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maneira possível. Fazendo isso, estaremos livres de doenças que nos deixem indispostos para
realização de nossas atividades, tanto no trabalho quanto fora.

A importância do jogo e da brincadeira na Educação Infantil

Quando abordamos assuntos relacionados à Educação Infantil, sabemos que se trata da faixa etária
de zero a cinco anos de idade, conforme recente definição da Lei n.11.114, de 16 de maio de 2005, e
que essa faixa etária compreende a primeira etapa da educação básica.

A inserção da criança na instituição da Educação Infantil representa uma das oportunidades dela
ampliar os seus conhecimentos na sua nova fase de vida, ela vivência aprendizagens inéditas que
passam a compor seu universo, que envolve uma diversidade de relações e de atitudes; maneiras
alternativas de comunicação entre as pessoas; o estabelecimento de regras e de limites e um
conjunto de valores culturais e morais que são transmitidos a elas.

A aceitação e a utilização de jogos e brincadeiras como uma estratégia no processo de ensinar e do


aprender têm ganhado força entre os educadores e pesquisadores nesses últimos anos, por
considerarem, em sua grande maioria uma forma de trabalho pedagógico que estimula o raciocínio e
favorece a vivência de conteúdos e a relação com situações do cotidiano.

O jogo como estratégia de ensino e de aprendizagem em sala de aula deve favorecer a criança a
construção do conhecimento científico, proporcionando a vivência de situações reais ou imaginárias,
propondo à criança desafios e instigando-a a buscar soluções para as situações que se apresentam
durante o jogo, levando-a a raciocinar, trocar ideias e tomar decisões.

O brincar é, portanto, uma atividade natural, espontânea e necessária para criança, constituindo-se
em uma peça importantíssima a sua formação seu papel transcende o mero controle de habilidades.
É muito mais abrangente. Sua importância é notável, já que, por meio dessas atividades, a criança
constrói o seu próprio mundo. (SANTOS, 1995, p.4).

Em sua visão é pela brincadeira que a criança aprende sobre a natureza, os eventos sociais, a
dinâmica interna e a estrutura de seu corpo.

A criança que brinca livremente, no seu nível, à sua maneira, não está apenas explorando o mundo
ao seu redor, mas também comunicando sentimentos, ideias, fantasias, intercambiando o real e o
imaginário.

O brincar está relacionado ao prazer. Uma brincadeira criativa ou não deve sempre proporcionar
prazer à criança.

Além disso, enquanto estimula o desenvolvimento intelectual da criança, também ensina, sem que ela
perceba, os hábitos mais necessários ao seu crescimento, como persistência, perseverança,
raciocínio, companheirismo, entre outros.

Dessa forma, o brincar e o jogar, na Educação Infantil, devem ser visto como uma estratégia utilizada
pelo educador e deve privilegiar o ensino dos conteúdos da realidade, tendo o brincar um lugar de
destaque no planejamento pedagógico.

O Papel do Professor Como Agente de Transformação

Uma vez que o professor é responsável pela orientação, seja teórica, metodológica e técnica, pode-
se considerar que, nesse sentido, ele é um agente transformador, tendo em vista que contribui para a
transformação dos seus alunos.

Tal realidade exige, portanto, consciência crítica de todos os que trabalham com a educação. O
importante é saber que ainda hoje não se pode esquecer essa consciência crítica, de questionar
diante das políticas educacionais existentes. Para Ruiz (2003, s/p), o profissional da educação
precisa ter uma posição muito clara, isto é, primar pela mudança. Para autora:

Os papéis dos profissionais de educação necessitam ser repensado. Esses não podem mais agir de
forma neutra nessa sociedade de conflito, não pode ser ausente apoiando-se apenas nos conteúdos,
métodos e técnicas, não pode mais ser omisso, pois os alunos pedem uma posição desses

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profissionais sobre os problemas sociais, mas como alguém que tem opinião formada sobre os
assuntos mais emergentes e que está disposto ao diálogo, ao conflito, à problematização do seu
saber. (RUIZ, 2003, s/p).

O professor pode ser sim um agente de transformação, principalmente em situações que exigem um
posicionamento firme de sua parte.

Não apenas na sala de aula, mas na sociedade, no ambiente escolar ou universitário e estar atento
ás discussões no que se refere ao mundo à sua volta.

É importante, participar de grupos de estudos, envolverem-se em pesquisas, incentivar seus alunos a


buscarem sempre a conhecer mais.

O professor, em vez de ser um agente de transformação nos processos de ensino e aprendizagem, é


utilizado como instrumento a serviço de interesses que regem os modelos educacionais instituídos
nas escolas e nas universidades.

Com isso, aqueles profissionais preocupados com a melhoria do ensino e com a educação, são tidos
como problema, tendo em vista à concepção conservadora predominante ainda na sociedade.

O professor tem que partir de experiências e conhecimentos dos alunos e oferecer atividades
significativas, favorecendo-as compreensão do que está sendo feito por intermédio do
estabelecimento de relações entre escola e o meio social.

Algumas Funções do Professor Frente aos Jogos

Uma das responsabilidades do educador é promover a socialização entre os alunos, auxiliando-os,


dentro da sua faixa etária e potencialidades, a conviver com seus grupos, enfatizando o grupo
escolar.

Independentemente do nível de educação, as ações pedagógicas visam, de certa maneira, promover


a boa convivência social, o conhecimento do outro e o respeito pela diferença.

As atividades lúdicas escolhidas pelos educadores, além de oportunizarem diversão e aprendizado


como própria função pedagógica, devem considerar, também, o desenvolvimento das pessoas
envolvidas.

O trabalho pedagógico com o conhecimento pode adquirir maior significado na medida em que é
desenvolvido por meio de diferentes abordagens metodológicas.

O jogo, atividades lúdicas, brincadeiras, se usados adequadamente, contribuem significativamente na


construção e compreensão do conhecimento, é uma atividade essencial no desenvolvimento e na
aprendizagem da criança, é importante que o professor conheça cada tipo e seu objetivo, para
promover um trabalho de qualidade nesse aspecto.

A brincadeira ou o jogo somente tem validade se usado na hora certa, e essa hora é determinada
pelo professor, ele é quem determina para o aluno qual o objetivo do jogo, das regras e do tempo.

Durante todo o processo de desenvolvimento físico, moral e social da criança, os ambientes em que
elas estão inseridas e as brincadeiras espontâneas ou dirigidas podem contribuir de forma
significativa na sua formação integral.

É importante à criança brincar, pois ela irá se desenvolver permeada por relações cotidianas e,
assim, vai construindo sua identidade, a imagem de si e do mundo que a cerca.

A criança é um ser sociável que se relaciona com o mundo que a cerca. De acordo com sua
compreensão e potencialidades, ela brinca espontaneamente e independentemente de seu ambiente
e contexto.

Por isso, quanto maior o número de brincadeiras infantis inseridas nas atividades pedagógicas, maior
será o desenvolvimento da criança. Mas, por isso, deve-se respeitar cada uma das fases de seu
desenvolvimento, a fim de que os objetivos sejam atingidos.

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Contribuições que a brincadeira e o jogo proporcionam no desenvolvimento na educação


infantil

A atividade lúdica tem conquistado um grande espaço na Educação Infantil. O brincar é a essência da
infância e seu uso permite o trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento e
também a estimulação da afetividade na criança.

A função educativa da brincadeira oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber, seu


conhecimento e sua compreensão do mundo. Portanto, as disciplinas apresentadas por meio de
atividades lúdicas tornam-se envolvente e favorece a construção de significados de conhecimentos
próprios do mundo da criança.

A ludicidade é uma necessidade da criança em qualquer idade e não pode ser vista apenas como
diversão.

O brincar facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma
boa saúde mental, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção de
conhecimento.

As atividades lúdicas são a essência da infância, por isso, ao abordar este tema não podemos deixar
de nos referir também à criança. Ao retornar a história e a evolução do homem na sociedade, vamos
perceber que a criança nem sempre foi considerada como é hoje.

Antigamente, ela não tinha existência social, era considerada miniatura do adulto, ou quase adulto, ou
adulto em miniatura. Seu valor era relativo, nas classes altas era educada para o futuro e nas classes
baixas o valor da criança iniciava quando ela podia ser útil ao trabalho, colaborando na geração da
renda familiar.

Essas importantes etapas da infância seguem por duas fases do desenvolvimento de Piaget, que são
o período sensório motor (0 a 2 anos) e o período operatório concreto (2 a 7 anos). Cunha (1988)
estabelece condutas, ações e tipos de brinquedos e jogos para a aprendizagem e o desenvolvimento
infantil, de acordo com as fases do desenvolvimento proposto por Piaget. Segundo a autora, a
conduta sensória motora compreende as ações de repetição, reconhecimento sensório motor,
generalização sensória motora e o raciocínio prático.

Brincando, a criança entra em contato com as diferenças culturais existentes no grupo, resolve
problemas e amplia sua forma de ver e entender o mundo, ampliando seus conceitos. Por exemplo,
quando uma criança brinca de casinha, ela entra em contato com diferentes olhares ou conceito de
mãe, o que pode ampliar o seu próprio conceito.

Nesse sentido. O brincar cria as condições para o desenvolvimento infantil, pois a brincadeira amplia
a possibilidade de pensar e de atuar sobre seu próprio cotidiano. Sendo assim, brincar não é apenas
passatempo, mas uma atividade que lhe permite trabalhar com sonhos, fantasias, angústias e
conhecimentos.

O Ato de Brincar

Uma grande parte dos educadores da faixa de 0 a 5 anos utiliza o jogo e as brincadeiras como prática
pedagógica diária, defendendo seu uso como um excelente recurso à aprendizagem e
desenvolvimento das crianças.

Porém algumas vezes o jogo é entendido como certo equívoco pelas instâncias educativas,
principalmente pelos professores, quando confundem o conceito de jogos, em que na maioria das
vezes a criança fica solta, escolhendo o que quer fazer, sem suporte de um adulto.

Em outra ocasião, ainda alguns professores tratam o jogo como elemento facilitador de
aprendizagem, mas exercem estremo controle da criança por meio de jogos e brincadeiras
(OLIVEIRA, 2002).

O fato é que qualquer uma dessas concepções afasta o professor da parceria, da interação com seu
aluno e é isso que precisamos ter extremo cuidado, pois uma proposta que contemple jogos para a

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Educação Infantil, deve ter o cuidado de oferecer as atividades específicas (jogos e brincadeiras);
mas também as interações entre crianças e crianças, entre crianças e seus professores.

A criança de dois e quatro anos possui sua atividade motora muito ativa, gosta de correr, pular,
arrastar, puxar e empurrar. Quanto à linguagem, há uma melhor organização, o que permite à criança
falar mais facilmente, articulando melhor as palavras. A partir dos dois anos, a criança se refere às
pessoas e objetos pelo nome e nessa atividade há um aumento considerável de seu vocabulário.

A criança também é mais sociável nessa faixa de idade; entretanto, o sentimento de posse que
adquire em relação aos seus brinquedos começa a aparecer. Também nessa idade, sua energia,
exuberância, imaginação e curiosidade estão a toda força. Todo aprendizado que uma brincadeira
permite é fundamental para a formação da criança em todas as etapas de sua vida e para o seu
desenvolvimento auditivo, motor, de espaço e tempo, e da linguagem.

O jogo ou a brincadeira são instrumentos básicos da vida psíquica da criança. A criança procura o
jogo como necessidade e não como uma distração. É pelo jogo que a criança se revela: as suas
inclinações boas e más, a sua vocação, as suas habilidades, o seu caráter, tudo que ela traz de
latente no seu eu em formação, torna-se visível pelo jogo e pelos brinquedos que ela executa.

Para Piaget (1978), os jogos são caracterizados em três grandes tipos: jogos de exercícios (0 a 2
anos), jogo simbólico (2 a 6 anos) e jogo de regras (6 anos em diante). Segundo o próprio autor, é “a
função é que vai diferenciar esses jogos que não têm outra finalidade a não ser o próprio prazer do
funcionamento” (PIAGET, 1978). A seguir, uma pequena explicação de cada um desses tipos de
jogos:

Jogos de exercício: é a primeira forma de jogo que a criança conhece e aparece antes do
desenvolvimento verbal completo. Tem como característica o fato de a criança brincar pelo prazer do
conhecimento do objeto, da exploração, do desenvolvimento motor ou, como o próprio nome diz, do
puro exercício. Nessa fase, a criança brinca basicamente sozinha ou com a mãe, ou quem representa
a figura materna.

Jogos simbólicos: é uma forma de jogo em que a criança faz de conta que outra pessoa ou se
imagina em outra situação, ou atribui outra função a um objeto. Por exemplo: Anabel brinca de
casinha, faz comidinha de mentira; Davi que está de posse de um prato de papelão imagina que é a
direção de um carro, Anabel que está brincando de casinha vivência o papel da mãe em sua casa,
enquanto o Davi vivência o papel do pai.

O jogo simbólico é de certa forma, uma maneira de a criança comunicar ao outro aquilo que sente,
Jogo de regras: é caracterizado pelo conjunto de leis que é imposto pelo grupo. Dessa forma,
necessita de parceiros que aceitem o cumprimento das obrigações definidas nas regras. É um jogo
estritamente social.

As atividades de jogos e brincadeiras na escola de Educação Infantil trazem muitas vantagens para o
processo de ensino e aprendizagem, são elementos para o desenvolvimento das crianças, mas cabe
aos professores criarem propostas pedagógicas que aliem o aprendizado e a grande diversão que o
jogo e brincadeira proporcionam.

Breve Histórico Sobre O Jogo

Etimologicamente a palavra JOGO vem do latim LOCUS, que significa gracejo, zombaria e que foi
empregada no lugar de ludus: brinquedo, jogo, divertimento, passatempo.

Almeida (1978), afirma que os jogos não devem ser fins, mas meios para atingir objetivos. Estes
devem ser aplicados para o benefício educativo.

Os jogos devem ser construídos de atividades permanentes nos espaços da Educação Infantil, pois
por meio deles é possível que a criança trabalhe de forma integral, ou seja, nos aspectos físicos,
psicológicos, cognitivos e sociais.

No jogo simbólico, já abordado no item anterior, algumas projeções permitem obter informações
sobre a criança. São elas citadas por Aroeira, Soares e Mendes (1996, p. 167):

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Combinações simples - Fernanda conversa com um pedaço de madeira: “ta bom, eu vou te dar
comida”. Ela usa o objeto para representar a criança com fome.

Combinações compensatórias – proibido de subir a escada, Malthus cria um personagem que subirá
a escada. Usa a fantasia para enfrentar a frustração.

Combinações liquidantes – Fabiana, ao cair, diz para si mesma: “não foi nada” para encarar a
situação de desprazer.

Combinações simbólicas antecipatórias – Thiago presencia um assalto (cena real), depois conta que
seu pai bateu no assaltante até sangrar (imaginário). Ele tenta entender a violência e a importância
do pai como protetor.

Combinações simbólicas ordenadas – brincar de preparar batizados e aniversários implica


ordenação, arrumação, organização e sequência. É uma tentativa de organizar a realidade.

É preciso também contemplar os jogos de exercícios, realizados com o próprio corpo, iniciando com
movimentos simples e avançando para os mais complexos; os jogos sensoriais, que estimulam as
experiências sensoriais e criatividade da criança; os jogos de linguagem, que auxiliam na
comunicação (rodas, canções, apresentações faladas); e os jogos de regras.

Os jogos com regras manifestam-se por volta dos cinco anos de idade. Neles, as crianças jogam
juntas e começam a estabelecer regras, por exemplo: amarelinha, bolinha de gude, queimada.

Histórias e contos infantis: por que eles são tão importantes?

Em um mundo cada vez mais dominado pela tecnologia, ler para as crianças é um hábito que está
perdendo espaço para vídeos e joguinhos. Isso não quer dizer que essas mídias não possam trazer
alguns benefícios, mas ler histórias e contos infantis para crianças ainda é essencial, principalmente
para os pais que se preocupam com a educação cognitiva de seus filhos.

Contar histórias é, sem dúvida, uma forma de aproximar pais e filhos. Além disso, é uma atividade
que vai incentivar a criatividade, desenvolver diferentes habilidades e reforçar competências básicas
para a convivência em sociedade.

Neste post, vamos falar sobre a importância dos contos e histórias na educação das crianças e
abordar mais profundamente os principais benefícios de ler para os pequenos. Confira!

Como histórias e contos infantis favorecem a cognição das crianças?

A capacidade de adquirir conhecimento é estimulada por vários processos que compõem o


ensino/aprendizado de uma criança. Esse é o principal papel da escola, porém os pais também
possuem uma função nesse intermeio.

O mais importante, nessa fase, é que os pais leiam e contem as histórias, porque dessa forma,
estimularão a atenção e a memória. E ainda, terão um momento especial com seus filhos, no
qual poderão compartilhar diferentes emoções e sentimentos.

Quais histórias posso ler para meus filhos?

Alguns livros podem tratar de assuntos interessantes ao mesmo tempo que ensinam, como os
tradicionais e mais conhecidos: “O Pinóquio”, “Os três porquinhos”, “A Bela e a Fera”. Ou contos
menos conhecidos, mas não menos envolventes, como: “A Rainha das Abelhas” e “O Mingau Doce”,
dos famosos Irmãos Grimm.

É sempre bom reforçar que contar histórias e contos infantis para seus filhos não é só pegar um livro
e ler. É preciso pensar bem antes de escolher quais histórias contar e dar espaço para as crianças
fazerem suas escolhas. Você também pode escolher levando em consideração os benefícios que
essas histórias e contos vão trazer para os pequenos.

Uma dica que vale a pena ser ressaltada é: leve as crianças para comprarem os livros infantis. Muitas
livrarias têm o “cantinho” das crianças, o que pode muito estimular o gosto pela leitura!

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Quais os principais benefícios de ler histórias e contos para as crianças?

Além dos diversos benefícios vistos até aqui, existem alguns dos quais podemos considerar como os
mais importantes. Veja logo abaixo:

1. Brincar Aprendendo

Antes de qualquer benefício, o momento de ler para seus filhos deve ser uma ocasião lúdica e de
lazer. Não faça desse tempo algo pesado e regrado, como se fosse uma obrigação. É preciso que
tudo aconteça da forma mais natural possível e que pais e filhos sintam-se confortáveis com a leitura.

Vocês podem criar ambientes diferentes para a leitura como: cabanas de lençóis no quarto ou até
mesmo ter um cantinho da leitura. Uma outra ideia, para tornar esse momento mais divertido, é usar
fantoches e bonecos que representem os personagens dos contos ou os narradores das histórias.

2. Explorar a Imaginação

As crianças adoram quando você dá liberdade para elas imaginarem, por isso, deixe que elas
explorem essa característica na hora de contar uma história. A imaginação é algo crucial quando o
assunto é histórias e contos infantis. Muitos personagens, como a Narizinho, do “Sítio do Picapau
Amarelo”, usam a imaginação e isso pode estimular as crianças a usarem a sua.

Há muitas formas de explorar a imaginação de uma criança, logo, não bloqueie as ideias dos
pequeninos. É importante que os adultos deixem os pequenos imaginarem como seriam os
personagens das histórias que eles estão ouvindo, por exemplo.

3. Aumentar a Criatividade

Podemos até pensar que imaginação e criatividade são sinônimos mas, apesar de serem
complementares, são estímulos diferentes que resultam cada uma delas. Como vimos, a imaginação
é algo que é favorecido ao longo do texto, com a criança imaginando o que é descrito no conto, já a
criatividade é algo estimulado a partir da história.

Vamos pensar em uma história tradicional, como “Os três porquinhos”. Após a leitura, a criança já
imaginou como é a história, agora, estimulando a criatividade dela, peça que ela crie a sua versão da
história. Deixe-a livre para criar, fazer seu próprio final, colocar gatinhos no lugar dos porquinhos e
cachorros no lugar do lobo. O mais fundamental aqui é que você não coloque barreiras no processo
criativo.

4. Incentivar o Gosto Pela Leitura

Não temos mais nenhuma dúvida que os pais são espelhos para seus filhos, por isso, quando você lê
para eles, você está incentivando eles a ler. Entretanto, mesmo quando os pequenos já sabem ler ou
quando já conseguem ler sozinhos, não pare de ler para (e com) eles. Afinal, contar uma história é,
acima de tudo, um momento especial entre pais e filhos.

Muitos pais não têm muito tempo com seus filhos no seu dia a dia e, por conta disso, não conseguem
ler, nem sozinhos, nem com eles. Por isso, faça um esforço. Esse é a hora de aproveitar e interagir,
sempre considerando que essa é uma atividade lúdica, divertida e criativa.

5. Ensinar Valores

Quando você lê para uma criança, a primeira coisa que está ensinando é a importância da leitura
e do saber ler. E junto com todo esse aprendizado vem a questão dos valores, aspectos que estão
muito bem inseridos nos contos e histórias infantis.

Todas as histórias e contos infantis se preocupam em passar uma mensagem além do que está
explícito, como podemos ver na história de Pinóquio em que, resumidamente, mostra como a mentira
pode prejudicar não só a pessoa que mente, mas todos que estão ao seu redor.

As famosas “lições” de vida são características peculiares nas histórias e contos infantis. Portanto,
construir conhecimento é um papel dessas histórias que contribuem com o aprendizado em diferentes
formas, entre elas, a cognição e a moralidade, além de estimular a imaginação e a criatividade. Por

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fim, entendemos que a função lúdica de contar histórias é uma maneira de humanizar cada vez mais
as relações entre crianças e adultos.

A ponte para a diversidade – crianças com necessidades educativas especiais

Vivemos uma sociedade que tenta apresentar valores cada vez mais inclusivos. Por isso, faz todo o
sentido pedir agora à escola o desafio de conseguir que todos os alunos, independentemente das
suas diferenças, sejam capazes de obter sucesso em meio escolar.

No entanto, esta é a mesma sociedade que se baseia ainda em inúmeros estereótipos e preconceitos
nomeadamente no que diz respeito à deficiência e outras necessidades especiais, sendo que os
mesmos são baseados nas ideias e valores das sociedades em que se inserem.

Assim, a ideia de integração social, e consequentemente de escola inclusiva, vão estar dependentes
do nível de conhecimento de uma sociedade e sua interpretação da diferença, que se vai refletir na
organização social, legislação e preparação dos restantes membros e professores para lidar com a
diferença.

Por isso a ideia de escola inclusiva e de integração social está altamente dependente da colaboração
dos diferentes meios da sociedade, nomeadamente pais e professores.

Segundo o famoso decreto de lei 3/2008 de 7 de janeiro, a escola apresenta a obrigação de aplicar
medidas e respostas que sejam adequadas para os alunos com necessidades educativas especiais
(NEE) de forma a que estes possam estar enquadrados no ensino regular. Estas alterações implicam
a diversificação e a flexibilização do currículo consoante as necessidades do aluno, tanto sentidas na
escola, como as apresentadas em outros contextos, sendo que este processo requer o envolvimento
tanto de professores como de pais e mesmo terapeutas.

Contudo, na prática é possível denotar um clima de grande oposição entre estes dois intervenientes,
muitas vezes pautada pela indiferença e pela recriminação, sobretudo em casos de crianças com
NEE em que a forma de agir da família é muitas vezes própria e específica segundo a criança.

Os pais de crianças com NEE sentem-se frequentemente desvalorizados e pouco compreendidos.


Estas famílias são frequentemente rotuladas, com falta de apoio, o que leva a família a centralizar os
problemas vivenciados, aumentando, portanto, o sentimento de estigmatização.

O problema alastra-se mais quando se pensa no impacto que a deficiência ou que a incapacidade
tem na dinâmica familiar no geral, tornando-se em crianças extremamente desafiantes, comportando
um stress adicional tanto a nível financeiro, como logístico e familiar.

Por outro lado, os professores apontam que com a mudança provocada pelo decreto de lei, foram
obrigados a receber alunos para os quais não têm formação específica para lidar, admitindo a falta de
apoio pedagógico tanto para lidar com as crianças, como com as próprias famílias. Ou seja, hoje os
professores deparam-se com a falta de apoio, materiais e formação para conseguirem dar resposta
às necessidades apresentadas pelas crianças.

Mas tanto pais como professores sabem da importância destas crianças serem aceites e integradas
no meio escolar. Não só para elas como também para as outras crianças, permitindo uma sociedade
heterogénea. Por isso é importante compreender os sentimentos e frustrações associadas tanto para
as famílias como para os professores, criando um processo empático entre ambos.

Depois é necessário capacitar os professores no sentido de os preparar para as dificuldades


encontradas em sala de aula. No entanto, a solução não passa apenas pelos professores, uma vez
que a integração de alunos na sala de aula necessita de pais que sejam interventivos, colocando os
professores mais no papel de mediadores.

Por isso, a família tem de ter um contacto regular e uma maior compreensão sobre o trabalho
realizado ao nível da escola. Em contraponto, os professores devem apostar no foco nas
competências fortes do aluno e da família, respondendo às necessidades apontadas pela mesma. Ou
seja, os pais têm de passar a ser chamados a apresentar as suas necessidades, sendo ouvidos, a
construindo assim uma ponte de comunicação entre pais e professores, o que tão bem sabemos é o
melhor e necessário para as nossas crianças.

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Puericultura

O termo puericultura, oriundo do latim (puer, pueris=criança), foi criado no ano de 1762 pelo suíço
Jacques Ballexserd e refere-se à ciência médica responsável pelo estudo dos cuidados com o
desenvolvimento infantil.

O Programa de Puericultura objetiva acompanhar o crescimento e desenvolvimento de um indivíduo,


sua cobertura vacinal, estimular a prática do aleitamento materno, orientar a implantação da
alimentação complementar e prevenir as desordens que mais afetam as crianças durante os
primeiros dezoito meses de vida.

Com o objetivo de garantir a qualidade deste programa, o Ministério da Saúde sugere um calendário
mínimo de consultas de puericultura, organizado da seguinte forma: uma consulta até os 15 dias de
vida, seguida por uma consulta com um, dois, quatro, seis, doze e dezoito meses, fechando sete
consultas dentro do primeiro um ano e meio de vida.

Tanto o médico quanto o enfermeiro atuam na puericultura. Este último tem como funções:

 Realizar o exame físico, apontando os riscos em seu crescimento e desenvolvimento;

 Agendar a primeira consulta com o pediatra e demais especialidades médicas quando necessário;

 Prover a relação dos nascidos vivos aos Agentes Comunitários da Saúde e solicitar a busca para os
indivíduos que não comparecem no programa;

 Preencher o gráfico referente ao peso e a altura nos cartões das crianças;

 Verificar a administrar as vacinas de acordo com o calendário básico de vacinação;

 Fomentar o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida;

 Orientar a respeito de como prevenir acidentes de acordo com a faixa etária da criança;

 Avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor;

 Identificar as dificuldades e dúvidas da família.

O médico pediatra também possui a função de fiscalizar a vacinação básica, além de atuar na
prevenção de diversas doenças que costumam acometer as crianças, por meio de uma adequada
supervisão higiênica, dietética, comportamental e nutricional.

É consenso de que deve ser feito um trabalho em equipe, envolvendo, além de médicos e
enfermeiros, psicólogos e educadores, devendo ser dada uma atenção especial às denominadas
“novas morbidades”, que englobam problemas familiares, sociais, de comportamento, educacionais,
obesidade, abuso de drogas, dentre outros.

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