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Na segunda metade do século XIX, em razão das necessidades de mercado geradas pela
segunda Revolução Industrial e em face das independências das colônias americanas, a
Europa volta-se novamente à África e à Ásia, impondo o neocolonialismo.
A crise do pós-Primeira Guerra na Europa foi acentuada ainda mais pela crise de 1929,
que repercutiu nas áreas coloniais com o agravamento das condições de vida dos
colonos, que iniciaram greves e revoltas contra as metrópoles européias. Esses
movimentos coloniais foram contidos à força, mas acabaram resultando no nascimento
de um forte sentimento nacionalista que se traduzia no desejo de independência.
As vias da descolonização
A descolonização da Ásia
A Revolta dos Cípaios, 1858, colocou a Índia na esfera do domínio britânico, que
culminou com a sagração da rainha Vitória corno imperatriz dos indianos.
A dominação da Índia não foi uma tarefa difícil, pois a ausência de um governo
centralizado, a diversidade de religiões e a existência de uma sociedade de castas
facilitaram a penetração inglesa.
A independência da Indonésia
A Indonésia é formada por cerca de dezessete mil ilhas das quais seis mil são habitáveis,
as que se destacam são Java e Sumatra. Desde o século XVII até 1941, o arquipélago
esteve sob domínio holandês.
O Vietminh era liderado por Ho Chi Minh, dirigente comunista, que após a derrota do
Japão na Segunda Guerra proclamou a independência da República Democrática do
Vietnã (parte norte).
A Guerra do Vietnã
Em 1955, Ngo Dinh Diem, com um golpe de Estado, proclama a República, depondo o
rei Bao Dai. Passa a receber o apoio dos EUA.
Ngo Dinh Diem, em 1960, cancela as eleições, o que desencadeou o início da Guerra do
Vietnã.
O Vietcong passou a contar com o apoio do Vietnã do Norte e Ngo Dinh Diem era
apoiado pelos Estados Unidos, que, em 1961, enviam ajuda militar ao Sul. Em 1963, os
vietcongs dominavam boa parte do território do Vietnã do Sul. Neste mesmo ano morria
o presidente norte-americano, John Kennedy, e o vice, Lyndon Johnson, assumia a
presidência do país.
No mês de agosto de 1964, dois comandantes norte- americanos deram o pretexto para o
início dos bombardeios sobre o Vietnã do Norte, alegando que seus navios haviam sido
atacados em Tonquim.
Os bombardeios sobre o Vietnã do Norte por aviões dos EUA recomeçaram em 1972.
Desde 1968, a opinião pública norte-americana, perplexa diante dos horrores produzidos
pela guerra, colocava-se contrária à permanência dos EUA no conflito, exercendo uma
forte pressão sobre o governo, que iniciou a retirada gradual dos soldados. Em 1961,
eram 184.300 soldados norte-americanos em combate; em 1965, esse número se elevou
para 536.100 soldados; e, em 1971, o número caía para 156.800 soldados.
As Filipinas, que desde o século XVI passava pelo domínio da Espanha, EUA e Japão,
em 1946 é retomada pelos norte-americanos, que lhe concedem a independência.
A descolonização da África
No início do século XX, 90,4% do território africano estava sob domínio do
colonialismo europeu. Apenas três Estados eram independentes: África do Sul, Libéria e
Etiópia.
A independência do Egito
O Egito estava sob domínio francês até 1881, quando a Inglaterra assumiu o controle do
território. Em 1914, tornou-se um protetorado inglês. (Protetorados eram áreas de
dominação onde os colonos gozavam de autonomia de decisões; a metrópole apenas
supervisionava por meio de um representante.)
O fim do domínio colonial inglês cessou em 1936. Porém, a Inglaterra não abriu mão do
controle que exercia desde 1875 sobre o Canal de Suez.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Egito foi palco de manobras militares alemãs e
italianas, comandadas pelo general Rommel (Afrikakorps). Os ingleses, em 1942,
expulsaram as tropas do Eixo e impuseram o rei Faruk no poder.
A independência da Argélia
A violência praticada pelos franceses com a população civil na Batalha de Argel só fez
aumentar ainda mais os descontentamentos dos argelinos.
As negociações de paz se estendem até 1962, quando foi assinado o Acordo de Evian,
segundo o qual a França reconhecia a independência da Argélia, pondo fim à guerra que
já durava oito anos.
O governo passou a ser exercido pelo presidente Joseph Kasavubu e pelo primeiro-
ministro Patrice Lumumba.
Assumia o governo Cyrille Adula em meio aos movimentos liderados pelos partidários
de Lumumba (morto em 1961), que se tornaria o símbolo da luta congolesa.
Angola
Em 1956, foi fundado o Movimento Popular pela Libertação da Angola, MPLA, que
em 1961 desencadeou as lutas pela independência, sob a liderança do poeta Agostinho
Neto.
Os três grupos iniciaram entre si uma série de divergências que culminaram com uma
guerra civil e a invasão do país por tropas do Zaire e da África do Sul (apoiadas pela
FNLA e Unita, respectivamente), que recebiam ajuda militar norte-americana.
O MPLA, liderado por Agostinho Neto, solicitou então ajuda de Cuba e, em 1976,
derrotou as forças da Unita e da FNLA.
Moçambique
Em 1973, mais da metade do território da Guiné estava sob domínio do PAIGC. Nesse
ano, Amilcar Cabral é assassinado e assume Luís Cabral a presidência da recém-
proclamada República Democrática Antiimperialista e Anticolonialista da Guiné.
Em 1974, o governo português reconhece a independência da Guiné.
São Tomé e Príncipe, no mesmo ano que Cabo Verde, tem sua independência
reconhecida por Portugal.
Essa denominação deve-se ao fato de que os países originados a partir desses processos
de independência acabaram por manter vínculos de dependência econômica com os
países capitalistas desenvolvidos (Primeiro Mundo) ou com países socialistas
desenvolvidos (Segundo Mundo).