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Repertorio didático
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Repertório Didático
Pensando como antropólogos:
uma introdução ao conceito de cultura
O que é?
Esse é um texto do antropólogo norte-americano Horace Miner, que faz uma
descrição antropológica dos hábitos e costumes de um povo, os Nacirema. Ao longo
do texto, o leitor se depara com descrições estranhamente familiares sobre os tais
Nacirema. Ao final do texto, fica claro que “Nacirema” é um anagrama para
“american”, e o que Miner está descrevendo é o modo de vida dos americanos, do
mundo ocidental - o nosso modo de vida - mas de um jeito que nos distancia dele,
nos fazendo pensar sobre certas normas sociais.
Objetivo
Estranhar o familiar como forma de desconstruir certos pressupostos culturais que
tomamos como naturais. Enxergar a cultura ocidental hegemônica a partir de outro
ângulo.
Discussão
Como podemos nos reconhecer nas práticas descritas pelo autor? Ao nos deparar
com essa estranha descrição de nossas próprias práticas culturais, que sentimentos
vêm à tona?
Objetivo
Experimentar colocar-se na posição de pesquisador, descrevendo e pensando sobre
a nossa própria cultura.
Atividade
Agora, vamos imaginar que cada um de nós é um pesquisador estrangeiro que
acabou de chegar em São Paulo, e está curioso para entender o funcionamento de
nossa cultura. Cada aluno deve escolher uma atividade comum em nossa
sociedade para descrever, inspirando-se nas descrições de Horace Miner - exemplo:
assistir a uma aula, comer em um restaurante, ir ao supermercado ou usar o celular.
Procure estranhar aquilo que fazemos diariamente, atentando-se aos detalhes que
compõem a singularidade de nossa cultura. Cada descrição deve ter uma página, a
ser entregue à(o) professor(a) para correção.
Objetivo
Discutir sobre a noção de etnocentrismo e conscientizar-nos acerca da presença do
preconceito em nossa sociedade. Desconstruir a ideia de que cultura indígena seria
uma cultura ancestral, que remontaria às nossas raízes: os indígenas brasileiros,
assim como outros grupos que compõem a população brasileira, constroem sua
história no presente.
2. Discussão
a. O que é estereótipo? O que é preconceito? De que formas isso pode
impactar um grupo social e seu reconhecimento nacional? Você já sofreu
preconceito, ou se sentiu discriminado de alguma forma? Quais outros
grupos sociais são alvo de preconceitos, em nosso país?
b. A cultura é algo estático ou algo dinâmico? Somos iguais às gerações
passadas? O que mudou? O que permaneceu?
2. Discussão
Fazemos as coisas por nossa própria vontade ou obedecemos à decisões
coletivas? Qual a importância de refletirmos sobre aquilo que estamos
reproduzindo? De que formas podemos nos distinguir da multidão, e de que formas
nos assimilamos a ela?
Ficha técnica:
Chuva é cantoria na aldeia dos mortos
João Salaviza, Renée Nader Messora
ano: 2019
duração: 114 min
local de produção: MG/Brasil, Portugal, TO/Brasil
legendas: POR
classificação: L
O que é?
O filme trata da vida de Ihjãc, um jovem da etnia Krahô, que mora na aldeia Pedra
Branca, em Tocantins. Após a morte do pai, ele recusa-se a se tornar xamã e foge
para a cidade. Longe de seu povo e da própria cultura, Ihjãc enfrenta as dificuldades
de ser um indígena no Brasil contemporâneo. Prêmio Especial do Júri na Mostra Un
Certain Regard, do Festival de Cannes.
Objetivo
Ampliar o repertório narrativo, imagético e sonoro dos alunos a respeito das culturas
indígenas, em particular sobre a etnia Krahô. Refletir sobre o que é ser indígena no
Brasil contemporâneo.
2. Discussão
a. Sobre o que fala o filme? Quais são as angústias de Ihjãc? Alguns de nossos
preconceitos em relação às outras culturas são confrontados no filme?
Quais?
b. Qual a sensação de assistir a um filme brasileiro falado em outra língua?
Como a estrutura narrativa desse filme se diferencia de outras? Como
podemos nos relacionar com a perspectiva apresentada, e de que formas ela
se distancia da nossa realidade?