Relato - Residente

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PROGRAMA DE RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

Edital 2022
MODELO DE RELATO DE EXPERIÊNCIA DO RESIDENTE

1. Identificação

Nome do Residente: Francisca Verlênia Silva Lima


CPF: 056.688.533-65
Nome e sigla da IES: Instituto Federal do Ceará – IFCE, campus Canindé
Curso de Licenciatura: Pedagogia
Séries/Anos e Etapa da educação Básica nas quais desenvolveu atividades: 5º, 4º e 3º
anos - Anos Iniciais no Ensino Fundamental
Escola(s)-Campo onde desenvolveu as atividades: Escola Joaquim Magalhães, EMETI
Cel. Adauto Bezerra e Escola São Francisco
Nome do Docente Orientador: Profa. Dra. Natália Ayres da Silva
Nome do Preceptor: Manuel Messias Gomes Saraiva, Cecília Janaelem Farias
Magalhães, Edna Maria Barros dos Santos

2. Relato de Experiência (ver orientações para a elaboração do relato no


documento anexo):
3. Autorização de uso pela CAPES

Eu, Francisca Verlênia Silva Lima, autorizo a utilização pela Capes do presente relato de
experiência, na qualidade de bolsista residente, sob responsabilidade do(a) Docente(a)
Orientador(a) Natália Ayres da Silva, vinculado ao Programa de Residência Pedagógica
do Instituto Federal do Ceará – IFCE, campus Canindé. Meu relato escrito poderá ser
incluído nos bancos de dados e nas plataformas de gestão da Capes, podendo,
eventualmente, ser reproduzido, publicado ou exibido por meio dos canais de divulgação
e informação sob responsabilidade desse órgão.

________________________________________________
Residente
(Nome e Assinatura)
FORMAÇÃO DOCENTE INTEGRADA: A UNIÃO ENTRE ESPAÇOS
PROFISSIONAIS, UNIVERSITÁRIOS E ESCOLARES NO CONTEXTO DO
PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

Resumo

Este relato aborda, maneira qualitativa, a Formação Docente no Programa Residência


Pedagógica, destacando a integração entre espaços profissionais, universitários e
escolares. Utilizando as contribuições teóricas de Nóvoa (2022; 2017) ressalta a
importância de reconstruir ambientes formativos para atender às exigências
contemporâneas, enfatizando a integração entre teoria e prática na formação de
professores.

Palavras-chave: Formação Docente; Integração; Programa Residência Pedagógica.

Introdução

O presente relato objetiva discutir e analisar sobre a “formação docente integrada:


a união entre espaços profissionais, universitários e escolares no contexto do Programa
Residência Pedagógica”, dada as experiências, reflexões e estudos no decorrer do
Programa Residência Pedagógica (PRP) do Curso de Licenciatura em Pedagogia do
Instituto Federal do Ceará – IFCE, campus Canindé, tendo, como fundamentação Nóvoa
(2022; 2017).

Desenvolvimento

O Programa Residência Pedagógica constitui-se, atualmente, como uma


fundamental política de formação inicial de professores no Brasil. Os projetos
institucionais fomentados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior – CAPES são desenvolvidos em parceria com as Instituições de Ensino Superior
– IES e escolas públicas de educação básica.
Estudantes de licenciatura e professores preceptores e orientadores unem-se para
o entorno de atividades teóricas e práticas para o fortalecimento não apenas do
desenvolvimento docente do Residente, mas do incremento de ações que fortalecem a
aprendizagem dos alunos das escolas-campo parceiras, de situações que sejam
investigadas dentro da IES e da atualização dos professores preceptores no que concerne
à sua profissão.
Nóvoa (2022) enfatiza, em estudos recentes, sobre o contexto de transformação
que a escola ultrapassa em tempos atuais. Dessa forma, sinalização para os professores
sua formação em tempos de “metamorfose da escola”. A escola, por sua vez, revela-se
incapaz de responder aos desafios da contemporaneidade. O modelo vigente está em
degradação. Isso significa que ela não está mais conseguindo responder as atuais
demandas, necessitando
reconhecer, de imediato, que os ambientes que existem nas
universidades (no caso da formação inicial) ou nas escolas (no caso da
formação continuada) não são propícias à formação dos professores no
século XXI. Precisamos, pois, de reconstruir estes ambientes, tendo
sempre como orientação que o lugar da formação é o lugar da profissão
(Nóvoa, 2022, p. 63)

Perante o contexto, aponta uma necessidade de repensar e reconstruir o sistema


educacional, com a finalidade de melhor atender às demandas presentes nas escolas e na
sociedade. Para a efetivação, é necessária uma adaptação desse sistema para que
corresponda as exigências.
Reconstruir e repensar o sistema inclui, de forma indispensável, dar ênfase na
formação docente, pois como podemos garantir que a formação de professores esteja
alinhada com as necessidades da sociedade contemporânea? quais são as habilidades
essenciais que os futuros professores precisam desenvolver para enfrentar os desafios?
como podemos garantir uma integração eficaz entre teoria e prática na formação, de modo
que os futuros educadores possam aplicar de forma significativa o que aprendem em
ambientes escolares reais?
Tais questionamentos englobam pontos de partida visualizados dentro do
Residência Pedagógica, colaborando para a construção de uma formação docente
integrada, ou seja, na IES, redes de escolas e na profissão. São nesses lugares que se
encontram as potencialidades transformadoras da formação docente (Nóvoa, 2022).
A formação de professores é, a princípio, uma formação profissional de nível
superior, envolvendo pessoas que optaram pela carreira do magistério desde o início de
seu percurso universitário (Nóvoa, 2017). Ela requer um lugar institucional de referência
dentro das IES para garantir um percurso de formação coerente. Esse lugar institucional
no qual Nóvoa (2017) salienta deve estar entre a universidade e a cidade, atuando como
um ponto de coordenação, decisão e concretização, com uma ligação estreita com as
escolas das redes.
É essencial que haja, também, uma vivência em escolas de referência, onde
existam projetos pedagógicos e educativos resultantes do diálogo entre os diferentes
atores envolvidos. Nóvoa (2017) comenta que assim como para formar médicos são
necessários hospitais modernos e de referência, para os professores, é fundamental essa
presença em escolas de qualidade.
E, por fim, a formação de professores deve ser pensada como um ciclo de
desenvolvimento profissional, que inclui a formação inicial, a indução profissional e a
formação continuada (Nóvoa, 2017). A responsabilidade primária da universidade está
nas licenciaturas, mas é imprescindível considerar também o período de integração
profissional, através de programas de residência docente, e o período de exercício
profissional, com programas de formação continuada.
As dimensões formativas colocadas por Nóvoa (2022; 2017) implica, diretamente
nos objetivos do Programa Residência Pedagógica: no tocante a formação profissional, o
PRP reconhece essa formação docente como profissional de nível superior, pois busca a
integração entre teoria e prática. Como lugar institucional, o PRP atua dentro das IES,
além de estabelecer uma ligação estreita com as escolas-campo, o que garante a vivência
escolas de referência, onde os participantes possam colocar em prática os conhecimentos
adquiridos. E, no ciclo de desenvolvimento profissional, o PRP abrange a formação
inicial e sua indução nas escolas à formação continuada de professores preceptores.
Para os residentes, a formação continuada ainda não é contemplada. O que não
pode deixar de ser discutido como uma extensão do Programa experenciado durante a
licenciatura, ampliando, sobretudo, as dimensões de ensino e pesquisa.
De modo a contextualizar a discussão de integração no núcleo de Pedagogia do
campus Canindé, o diálogo tornou-se mais simbólico, tendo em vista que a reta final da
licenciatura. Vislumbrar essa integração em diversas escolas-campo com dinâmicas
diferentes, com professores preceptores e suas diversas abordagens metodológicas, as
discussões e formações na Instituição e estudos teóricos concebem uma dinâmica
formativa mais robusta que disciplinas curriculares obrigatórias como estágios
supervisionados.
Não se trata, no entanto, de uma discussão curricular, mas de uma ampliação de
ações voltadas para a profissão e a formação. Trata-se, portanto, de um zelo e
comprometimento público com a formação das mais nobres das profissões que terão de
acompanhar não somente a metamorfose da escola, mas da família, das inovações
tecnológicas, das mudanças econômicas, políticas e sociais que refletem no contexto
educacional.
O campo formativo deve refletir para além dos discursos. Sendo necessário, assim,
um compromisso diário dos atores entorno das IES, pois a desvalorização e as condições
de trabalho estão cada vez mais evidentes, a começar pela fragmentação dos cursos de
licenciatura. O compromisso volta-se para as ações práticas, a divulgação e a visibilidade,
principalmente de novas iniciativas, metodologias e socialização de saberes e
experiências.

Considerações finais

O futuro da formação docente está intrinsecamente ligado à sua metamorfose. Está


em jogo não apenas uma mudança em sua estrutura interna ou externa, mas sim a criação
de um novo ambiente acadêmico e uma nova relação com a sociedade contemporânea.
Fortalecer os espaços de integrações formativas implica em corresponder com
mais eficácia as exigências atuais e futuras. Assim, o Programa Residência Pedagógica
proporciona uma formação mais completa e integrada, preparando os futuros professores
para enfrentar os desafios e demandas.
Reconstruir e repensar a formação acarreta em buscar novas configurações
existentes no Programa, de modo novas estratégias e ajustes fossem oportunizados para
a permanência no magistério, em especial nos primeiros anos da atuação profissional.

Referências

NÓVOA, A. Um novo modelo institucional para a formação de professores. Rio de


Janeiro, 2017.

NÓVOA, A., & Alvim, Y. (Col.). (2022). Escolas e Professores: proteger, transformar,
valorizar. SEC/IAT.

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