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Português / Módulos 5, 6, 7, 8 / Ensino Profissional

O texto
argumentativo

CRISTINA DUARTE ● FÁTIMA RODRIGUES ● LÚCIA LEMOS ● MADALENA DINE


Português / Módulos 5, 6, 7, 8 / Ensino Profissional

O texto argumentativo
O texto argumentativo defende ou contesta

com o objetivo de convencer ou persuadir

utilizando argumentos.

Convencer Persuadir
apelar à razão, às agir sobre a
faculdades de análise e sensibilidade, visando
de raciocínio obter adesão afetiva

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Estratégias argumentativas
∆ Defesa de um ponto de vista
apresentar provas em apoio de uma opinião

∆ Discussão de um ponto de vista


problematizar, confrontar pontos de vista

∆ Concessão de um ponto de vista


• movimento de argumentação em dois tempos:
• num primeiro tempo, concede-se razão a uma tese contrária, num
ponto particular
• num segundo tempo, opõem-se argumentos que vão no sentido
oposto e com um valor mais forte do que a argumentação
precedente

∆ Refutação de um ponto de vista


contestar, criticar uma tese de maneira argumentada

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Tipos de raciocínios

∆ O raciocínio indutivo
parte de observações particulares, para chegar a uma conclusão
de alcance geral

∆ O raciocínio dedutivo
parte de uma hipótese ou de uma ideia geral, para daí deduzir
proposições particulares

∆ O raciocínio por analogia


procede a uma comparação com uma situação ou um facto
conhecido, antes de chegar a uma conclusão

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∆ O raciocínio crítico
consiste em enunciar os argumentos desfavoráveis a uma tese

∆ O raciocínio pelo absurdo


é um caso particular do raciocínio crítico que mostra as consequências
absurdas de uma proposição, para a refutar

∆ O raciocínio concessivo
consiste em admitir certos argumentos da tese contrária

∆ O raciocínio dialético
consiste em pesar os argumentos favoráveis e desfavoráveis a uma tese,
antes de a concluir

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Tipos de argumentos

∆ Os argumentos de exemplaridade
induzem um raciocínio indutivo, partindo dum caso particular para
uma lei geral

∆ Os argumentos por analogia


estabelecem paralelismos

∆ Os argumentos de autoridade
fazem referência a fontes ou a autores reconhecidos

∆ Os argumentos ad hominem
visam a pessoa mais do que as suas ideias

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Conectores lógicos
∆ Conjunções
∆ Locuções conjuncionais
∆ Advérbios
∆ Locuções adverbiais
Indicam as ligações lógicas entre factos e ideias.

∆ Relação lógica de adição ou gradação, com a função de acrescentar um


argumento ou um exemplo novo aos precedentes:

e, além disso, sobretudo, em primeiro lugar,


em seguida, enfim, por um lado, por outro
lado, não somente, mas também…

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∆ Relação lógica de paralelismo ou comparação, com a função de


estabelecer uma aproximação entre dois factos:

do mesmo modo, assim como, como…

∆ Relação lógica de concessão, com a função de, mantendo a opinião própria,


constatar a validade de factos ou argumentos pertencentes à tese adversa:

certamente, apesar de, sem dúvida, bem


entendido, a despeito de, se bem que, embora…

∆ Relação lógica de oposição, com a função de opor dois factos ou dois


argumentos, muitas vezes para valorizar um deles:

mas, pelo contrário, contudo, no entanto, em


compensação, enquanto, todavia, ora…

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∆ Relação lógica de causa, com a função de expor a origem, a razão dum facto
ou duma ideia:

porque, com efeito, dado que, já que, sob o


pretexto de que, na medida em que…

∆ Relação lógica de consequência, com a função de enunciar o resultado


dum facto ou duma ideia:

portanto, por conseguinte, assim, então,


eis porque, daí, donde, de maneira que…

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Marcas da enunciação e modalização

A enunciação

Elementos de uma enunciação


∆ Enunciador (o emissor da mensagem, o locutor)

∆ Recetor (o destinatário, a quem é destinada a mensagem)

∆ Lugar e momento – aqui e agora –, que definem


a situação de enunciação

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Certos enunciados contêm as marcas da situação de


enunciação em que são produzidos.

Marcas da enunciação
∆ Os indícios da pessoa
pronomes pessoais ou determinantes e pronomes possessivos
emissor: eu / o meu, nós / o nosso…
recetor: tu / o teu, vós / o vosso…

∆ Os indícios do espaço e do tempo


(indicadores espaciotemporais)
aqui, hoje, amanhã, no próximo ano…

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A modalização
A modalização consiste, para o enunciador, na
avaliação do seu próprio enunciado,
inscrevendo-o no domínio do certo, do provável,
do desejável, da dúvida, do subjetivo…

Formas de modalizar um enunciado


∆ Os verbos ou auxiliares modais: dever, poder…

∆ O verbo parecer…

∆ Os verbos de julgamento: afirmar, pensar, crer…

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∆ Os modos e tempos verbais:


indicativo (modo do real, da certeza)
condicional ou futuro do passado (modo ou tempo do eventual,
do incerto, da afirmação e da ordem atenuadas)
conjuntivo (modo da hipótese, do desejo)

∆ Os advérbios modalizadores: talvez, infelizmente…

∆ Os grupos preposicionais: em minha opinião, segundo vocês…

∆ Os adjetivos qualificativos: certo, eventual, provável…


∆ O léxico avaliativo (apreciativo/depreciativo ou pejorativo) que exprime a
subjetividade

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Os registos
O registo de um texto é constituído por um conjunto de
elementos expressivos que, visando despertar uma emoção
particular no destinatário, concorrem para dar ao texto a sua
tonalidade própria.

∆ O registo cómico
apresenta uma visão da realidade que se exprime pelo riso

∆ O registo satírico
exprime a crítica e a troça. Compreende a ironia, que consiste em deixar entender o
contrário do que se diz

∆ A paródia
consiste em imitar um género ou um estilo para se troçar dele

∆ O registo trágico
exprime o estado de consciência do homem destroçado por forças que o ultrapassam:
peso social, hereditariedade, inconsciente, fatalidade, castigo, erro…

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∆ O registo lírico
é o da expressão poética dos sentimentos, das emoções, dos estados de alma

∆ O registo épico
é próprio das narrativas de ações heroicas apresentadas no modo do maravilhoso, da
amplificação, da esquematização

∆ O registo patético
caracteriza-se pela expressão da tristeza e da dor encenadas, de modo a produzir um
intenso sentimento de piedade

∆ O registo polémico
é utilizado para convencer, combatendo as ideias do adversário, provocando-o ou
ridicularizando-o

∆ O registo didático
responde à intenção de ensinar, de transmitir uma prática ou uma moral, de dar
conselhos. Utiliza a modalidade injuntiva que exprime uma ordem e impele à ação

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