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RELATIVISMO ÉTICO

PROF. DR. LUCIANO VORPAGEL DA SILVA


RELATIVISMO ÉTICO

 O relativismo ético remonta aos sofistas, que não admitiam princípios e


valores morais inatos ou naturais, mas derivados de costumes e convenções
humanos.
 Segundo Protágoras, “o homem é a medida de todas as coisas, das que são
enquanto são e das que não são enquanto não são”. Desse modo, a ética é relativa ao
homem, variando de indivíduo para indivíduo e de sociedade para sociedade.
 Conforme Górgias, não há princípios morais universais, estabelecidos por deuses ou
pela natureza. Segundo ele “o que parece para mim é para mim, e o que parece para
ti é para ti”. Com base nisso, a ética é relativa a cada indivíduo ou sociedade: o ético
é aquilo que parece ser para cada um (indivíduo ou sociedade). O que parece ser
para mim são as minhas convicções. Do mesmo modo, o que parece ser para
determina sociedade são as convicções (costumes) daquela sociedade.
RELATIVISMO ÉTICO

 Para os sofistas, os juízos morais, as leis ou normas não são de caráter


objetivo, mas subjetivo. Significa que não existem independentemente das
convenções humanas.
 Segundo os sofistas:
 Os deuses não são o fundamento da justiça ou da ética;
 O legal nem sempre coincide com o justo, sendo que as leis mudam
constantemente; e
 O justo varia de acordo com as perspectivas (é um princípio subjetivo e não
objetivo).
CADA PESSOA FALA COM BASE NA SUA PRÓPRIA PERSPECTIVA
CRÍTICA AO RELATIVISMO
O QUE É VIRTUDE?
A VIRTUDE PODE SER ENSINADA?

2. SER VIRTUOSO SERIA O


MESMO QUE SER
HABILIDOSO?

1. SER VIRTUOSO SERIA SE


DESTACAR EM RELAÇÃO
AOS DEMAIS?
ATIVIDADE: LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

 Leia o texto Conhecimento e virtude no Mênon de Platão (Franco Ferrari) e responda as


perguntas a seguir:
1. Em quais Diálogos de Platão a virtude (areté) é tomada como tema central de discussão?
2. No Diálogo Mênon, quais as quatro hipóteses que o interlocutor de Sócrates apresenta de como é
possível adquirir a virtude?
3. Segundo Sócrates, antes de saber como é possível adquirir a virtude é preciso saber o que é a
virtude. Portanto, Sócrates inverte o problema de investigação proposto por Mênon. Como se dá
essa inversão?
4. Na língua grega, o termo arete (virtude) é ambíguo, não sendo unicamente um termo empregado
para questões morais. Em que sentido se pode empregar o termo?
ATIVIDADE: LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

5. Qual o argumento silogístico apresentado por Sócrates para sustentar


hipoteticamente que a virtude pode ser ensinada? Qual a consequência desse
argumento?
6. O argumento de Sócrates que estabelece a identidade entre conhecimento e
virtude é fortemente questionado. Primeiro, porque a virtude não poderia ser
confundida com a técnica, dado que é possível ser técnico e imoral ao mesmo
tempo. Em segundo lugar, se a virtude é um conhecimento que pode ser ensinado,
não há um mestre que a conhece inteiramente para poder ensiná-la inteiramente.
Diante disso, Sócrates corrige seu argumento (aprimora). Como ele faz isso?

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