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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA


DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO DE
PROCESSO E PRODUTOS - DDPP

EQ712 - Cinética Química


Aplicada

Prof. Dr. Ambrósio Florêncio de Almeida Neto


1
Reações Simples e Múltiplas
• Simples: uma única equação estequiométrica
e uma única Equação de velocidade
representa o andamento da reação
Ex.: C2H4O → CH4 + CO

• Múltiplas: mais que uma equação


estequiométrica e mais que uma expressão de
velocidade são usadas para acompanhar as
variações nas concentrações dos reagentes.
Exemplos:
• Em Série: A→R→S
R
• Paralela Competitiva: A
S
• Paralela Lateral: A→R
B→S
• Complexas: A + B → R paralela em B
R+B→S série em A, R e S
Reações Irreversíveis em Série
Sejam as seguintes reações consecutivas
monomoleculares de 1ª ordem
A  R  S
k1 k2
(1)
A Eq. de velocidade para os componentes são:
dC A
rA    k1  C A (2)
dt
dCR
rR   k1  C A  k 2  CR (3)
dt
dCS
rS   k2  CR (4)
dt
Em t = 0; CA = CA0, CR = 0 e CS = 0, da Eq. (2), teremos:

 CA 
 Ln   k1  t ou C  C  e  k1t (5)
 CA  A A0
Com as Eqs.0 (3)
 e (5) escrevemos,

dCR  k1t
que é uma k 2  C
E.D.O.L.  k
R de 1ª C 
1 ordem.
A k1  C A0  e (6)
dt
A Eq. (6) é uma EDO do tipo:
y = CR
dy x=t
 Py  Q onde P = k2
dx  k 1t
Q  k1  C A0  e

Cuja solução tem a forma

ye  Pdx  Pdx


  Q  e dx  const. (7)
No nosso caso, teremos:
CR  e  k 2 dt
  k1  C A0  e  e
 k1t  k 2 dt
 c1 (8)

Que após integração produz,


k1  C A0 ( k 2  k1 ) t
CR  e k2t
 e  c1 , ou
( k 2  k1 )
k1  C A0  k 1t k2t
CR  e  c1  e (9)
( k 2  k1 )
Aplicando-se a condição inicial, que em

k1  C A0
t = 0, CR = 0, encontramos: c1   ,
(k 2  k1 )

que substituída em (9) produz

 e k1t
e 
 k 2t
C R  k1  C A0    (10)
 k 2  k1 k1  k 2 
Assim, para obter o tempo em que a CR é
máxima devemos derivar a Eq. (10) e igualar a
zero, ou seja, (dCR/dt) = 0

Fazendo-se isto, teremos o instante t para CRmáx,


como:

Ln k2 

k1  1
t máx   
k 2  k1 k média log (11)
Substituindo a Eq. (11) na Eq. (10),
teremos a concentração máxima de
R que será dada por:

k2
 k1  ( k 2  k1 ) (12)
C Rmáx  C A0  
 k2 
Graficamente vem:
Pela Lei da conservação da massa (em volume
constante)
CA + CR + CS = Cte = CA0 (13)

Usando-se conjuntamente (5), (10) e (13),


achamos:
 k2 k1  k 2t 
CS  C A0 1   k1t
e  e  (14)
 k1  k 2 k 2  k1 
Se k2 >> k1  C  C (1  e  k1t )
S A0

Se K2 << k1  C  C (1  e  k2t )
S A0
Reações em Paralelo
k1 R Produto desejado
Seja A
k2 S Produto indesejado

Com as Equações:
dCR
rR   k1C Aa1
(15)
dt
dCS (16)
rS   k 2C A
a2

dt
Dividindo a Eq. (15) pela Eq. (16):
a1
rR dCR k1C
  A
a2
rS dCS k2C A

• Se a1 > a2 → CA deve ser alta para formar mais o


produto desejado “R”.
• Se a1 < a2 → CA deve ser baixa para favorecer a
formação de “R”.
• Se a1 = a2 → Variando T ou um catalisador pode
controlar a distribuição de produtos.
14
Reações Paralelas Laterais
k1
Sejam A+B→R Produto desejado

k2
B→S Produto indesejado

Com as Equações:
dC R
rR   k1C A C B
a1 a2
(17)
dt
dCS (18)
rS   k 2C B
a3

dt 15
Exemplo: Seja a razão entre as velocidades
de formação de dois produtos dada por:

rR k1 1, 5
 C ACB
rS k2
Sendo R o produto desejado e S o produto
indesejado, estabeleça uma regra para as
concentrações CA e CB
rR k1 C A
Solução: como  1,5
, teremos
rS k2 CB
mais R mantendo CA alta, CB baixa e, desde
que a dependência de CB é mais
pronunciada do que de CA.
Assim, é mais importante ter CB baixa do
que CA alta.
Seletividade
mols _ do _ produto _ desejado dC R
Seletividade  
mols _ do _ produto _ indesejado dC S

Porém numa reação podem ocorrer mais de


um produto indesejado. Neste caso,
usamos o rendimento:

mols _ formados _ de _ um _ produto dCR


 
mols _ reagido _ de _ A  dC A
Estudo Dirigido:
k1
Sejam A+B→R Produto desejado

k2
R+B→S Produto indesejado

Estabeleça uma forma de misturarmos “A”


e “B” para obter o máximo de produto
desejado “R”.

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