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Psicologia da Saúde
Discentes:
Docentes:
Doutora Bárbara Gonzalez
Doutora Ana Abreu
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Maio, 2014
O Papel da Psicologia da Saúde
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O Papel da Psicologia da Saúde
(Simon, 1993)
PSICOCARDIOLOGIA
(Carvalho, 2004)
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Psicocardiologia
(Trigo, 2002)
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Psicocardiologia
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Áreas da Psicocardiologia
• Procedimentos evasivos.
A doença arterial coronária e a depressão major serão em 2020 as duas principais causas de
morte – possível comorbilidade.
(World HeaIth Organization, 2001)
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Psicocardiologia
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Modelos focados no ajustamento à
doença
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Modelo de Auto-Regulação do Comportamento da Doença
(Leventhal e colaboradores, 1980)
Este modelo sugere, deste modo, que as pessoas são activas no processamento de
informação e que, perante uma ameaça à saúde, elaboram representações de doença e
reagem emocionalmente à mesma.
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Modelos que se focam na mudança
do Comportamento
16
Teoria do Comportamento Planeado
( Ajzen et. Al, 1985, 1988)
(Odgen, 2004).
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Modelo de Crenças da Saúde
(Rosenstock, 1966; Becker, 1974)
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Modelo transaccional de mudança do comportamento
desenvolvido por Prochaska e DiClemente (1986)
De acordo com os autores (1986), a evolução ao longo das fases não ocorre de modo
linear, mas de um modo dinâmico, pelo que podem ocorrer avanços e retrocessos em
termos da mudança comportamental. A mudança de um comportamento pode, deste
modo, iniciar-se em qualquer fase do processo e evoluir ou retroceder a uma fase
anterior a qualquer momento. Este modelo chama a atenção para a necessidade de
aferir a intervenção em termos do estado de comportamento que a pessoa se encontra.
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Estudo…
Associação entre Depressão, Ansiedade e
Qualidade de Vida após Enfarte do Miocárdio
(Conceição Lemos, Carlos A.M. Gottschall,Lucia C. Pellanda,Marisa Müller, 2008)
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Associação entre Depressão, Ansiedade e
Qualidade de Vida após Enfarte do Miocárdio
(Conceição Lemos, Carlos A.M. Gottschall,Lucia C. Pellanda,Marisa Müller, 2008)
135 pacientes internados com síndrome coronária aguda, 53,3% possuem sintomas
depressivos . (Mattos, Lougon, Tura & Pereira, 2005)
28,1% com depressão leve, 14,1% com depressão moderada e 11,1% com depressão
grave.
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Associação entre Depressão, Ansiedade e Qualidade de Vida
após Enfarte do Miocárdio
(Conceição Lemos, Carlos A.M. Gottschall,Lucia C. Pellanda,Marisa Müller, 2008)
Método
Participantes : 168 indivíduos – 3 grupos:
– 1 de exposição (60 pacientes que se encontram internadas com enfarte agudo do miocárdio)
– 1 de controlo de ambulatório (49 pacientes com diagnóstico de doença
– cardiovasculares)
– 1 de controlo externo (59 pacientes sem diagnóstico de doença cardiovascular)
Exclusões:
15 (20%) do grupo internamento
25 (34%) do grupo controlo de ambulatório
16 (21,3%) do grupo controlo externo
Instrumentos de Avaliação
I. Inventário de Ansiedade de Beck (BAI)
II. Inventário de Depressão de Beck (BDI)
III. WHOQOL
IV. Ficha Sócio - Demográfica 25
Associação entre Depressão, Ansiedade e Qualidade de Vida
após Enfarte do Miocárdio
(Conceição Lemos, Carlos A.M. Gottschall,Lucia C. Pellanda,Marisa Müller, 2008)
Resultados
O tabagismo apresentou uma incidência significativa de 75% no grupo de
internamento e 42,9% e 23,7% nos grupos controlo de ambulatório e controlo
externo, respectivamente.
O BAI foi maior para os participantes do grupo internamento e menor para aqueles
do grupo controlo externo.
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Associação entre Depressão, Ansiedade e Qualidade de Vida
após Enfarte do Miocárdio
(Conceição Lemos, Carlos A.M. Gottschall,Lucia C. Pellanda,Marisa Müller, 2008)
Resultados
Os pacientes com depressão, quando comparados aos pacientes sem depressão,
apresentam maiores pontuações no BAI e menores pontuações nos quatro domínios
e pontuação geral do WHOQOL.
As variáveis que permaneceram associadas, com significância estatística, à depressão
foram:
História familiar de enfarte agudo do miocárdio
Discussão – Depressão
A frequência de depressão foi maior no grupo de controlo de ambulatório, sob
acompanhamento médico.
A depressão não é uma consequência
directa do enfarte do miocárdio, mas
está presente antes da admissão
hospitalar.
(Mattos & cols., 2005)
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Associação entre Depressão, Ansiedade e Qualidade de Vida
após Enfarte do Miocárdio
(Conceição Lemos, Carlos A.M. Gottschall,Lucia C. Pellanda,Marisa Müller, 2008)
Discussão – Ansiedade
A ansiedade foi verificada pelo BAI, sendo observada mais presente no grupo internamento.
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Associação entre Depressão, Ansiedade e Qualidade de Vida
após Enfarte do Miocárdio
(Conceição Lemos, Carlos A.M. Gottschall,Lucia C. Pellanda,Marisa Müller, 2008)
Crescente preocupação…
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Associação entre Depressão, Ansiedade e Qualidade de Vida
após Enfarte do Miocárdio
(Conceição Lemos, Carlos A.M. Gottschall,Lucia C. Pellanda,Marisa Müller, 2008)
Resumindo…
Os sintomas de
depressão não são
A importância da
desencadeados pelo
detecção e do
enfarte agudo do
diagnóstico antecipado,
miocárdio, mas
de forma a planear e
encontram-se
intervir precocemente.
presentes antes da
admissão hospitalar…
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Curiosidade
“Desafios do luto na pessoa transplantada cardíaca”
• O stress psicológico tem origem com a necessidade de lidar com a perda física do
coração e aceitação do coração do dador. ( Thompson & Burnard, 2000)
•Numa situação de perda de uma parte do corpo vivencia-se uma restrição da imagem
corporal à qual se associam sentimentos de depressão e luto. Na transplantação cardíaca a
essa perda associa-se ainda e, paradoxalmente, adição de uma parte do corpo. A imagem
corporal “expande-se” e um novo lugar psicológico tem de ser encontrado para essa nova
entidade que o corpo agora contém. ( Tavares, 2004)
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Curiosidade
“Desafios do luto na pessoa transplantada cardíaca.”
• Após o transplante, um dos maiores desafios do paciente, para além da adesão à nova
terapêutica imunossupressora e a todos os procedimentos médicos, e a um novo estilo de
vida, o paciente terá que aceitar o novo coração como seu. ( Gomes & Nunes, 1992)
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FILME
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Referências
Becker, M.H. (1974). The health belief model and personal health behaviour. Health Education Monographs, 2, 324-508.
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Referências
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