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MÓDULO 2

BIOQUÍMICA
SUMÁRIO

1. Propriedades gerais das enzimas


2. Cofatores enzimáticos
3. Reações químicas
4. Fatores que afetam a atividade enzimática
5. Cinética
6. Inibição
7. Regulação
PROPRIEDADES GERAIS DAS ENZIMAS

1. Aumentam a velocidade das reações químicas


2. Atuam sobre condições estáveis (°C, pH, pressão)
3. Sofrem regulação
4. Apresentam especificidade

NELSON & COX, 2014.


COFATORES ENZIMÁTICOS

Íon metálico
Cofator Grupo prostético: cofator ligado covalentemente
Enzima Coenzima
Apoenzima

NELSON & COX, 2014.


REAÇÕES QUÍMICAS
REAÇÃO NÃO ENZIMÁTICA DIAGRAMA DA COORDENADA DA REAÇÃO

S ET P

Energia de ativação: diferença de energia livre dos estados fundamentais e de transição (barreira energética).
Estado de transição: momento molecular fugaz em que ocorrem alinhamento dos grupos reagentes, formação de cargas
instáveis transitórias, rearranjos de ligação e o desaparecimento do substrato.

NELSON & COX, 2014.


REAÇÕES QUÍMICAS

REAÇÃO ENZIMÁTICA
Rearranjo das ligações covalentes
Os grupos funcionais das enzimas
(cadeias específicas de aminoácidos, íons
metálicos e coenzimas) podem formar ligações
covalentes transitórias com o substrato e ativá-lo
para reação, ou um grupo do substrato pode ser
transferido transitoriamente para a enzima. Isso
S+E diminui a energia de ativação.
ES EP E+P Interações não covalentes
As interações fracas permitem a estabilização do
DIAGRAMA DA COORDENADA DA REAÇÃO complexo enzima substrato (ES) específico, o
que causa uma liberação de energia livre. A
energia derivada da interação enzima-substrato é
a energia de ligação ΔGB;
Os sítios ativos das enzimas são
complementares não aos substratos em si, mas
aos estados de transição pelos quais os
substratos passam ao serem convertidos em
produtos durante a reação enzimática

NELSON & COX, 2014.


REAÇÕES QUÍMICAS

MODELOS ENZIMÁTICOS

Modelo “chave-fechadura”
A interação entre duas moléculas biológicas é
mediada por superfícies moleculares com
formas complementares. No entanto, evido à
complementariedade do sítio ativo da enzima
ao substrato, este seria impedido de se
modificar, pois acarretaria uma perda das
interações com a enzima. Por isso, o substrato
iria se estabilizar dentro do sítio ativo,
aumentando a energia de ativação
Modelo ajuste induzido
As enzimas são complementares ao estado de
transição. Isso significa que as interações
ótimas entre enzima e substrato ocorrem no
estado de transição. A formação de interações
fracas entre a enzima e o substrato liberam a
energia livre (energia de ligação) necessária
para ultrapassar a barreira energética e
atingir o estado de transição

NELSON & COX, 2014.


REAÇÕES QUÍMICAS

AÇÃO DO SÍTIO ATIVO

Redução da entropia: A energia de ligação (formação


de interações fracas) mantém o substrato em uma
orientação precisa para reagir.
Dessolvatação: Interações fracas entre enzima e
substrato substitui as ligações de hidrogênio com a água
Distorção: A energia de ligação liberada (formação de
interações fracas) compensa termodinamicamente a
energia livre desfavorável associada com a distorção
(redistribuição primária de elétrons que o substrato
sofre)
Ajuste induzido: alteração da conformação da enzima

NELSON & COX, 2014.


FATORES QUE AFETAM A
ATIVIDADE ENZIMÁTICA

pH: protonação/desprotonação do sítio ativo;


Temperatura: aumenta a velocidade pois fornece energia para alcançar o
estado de transição, no entanto pode levar a desnaturação da enzima;
Concentração da enzima: aumenta proporcionalmente a velocidade;
Concentração do substrato: apresenta uma velocidade máxima de
correspondente à saturação da enzima.

NELSON & COX, 2014.


CINÉTICA
EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO

Velocidade inicial (V0)


Aumenta quase que linearmente
com o aumento da concentração
de substrato;
Quando a concentração de
substrato leva a um aumento
insignificante da Vo, é atingida a
velocidade máxima Vmáx em
platô.

NELSON & COX, 2014.


CINÉTICA
TEORIA GERAL DAS AÇÕES DAS ENZIMAS
(MICHAELIS-MENTEN)

Modelo Michaelis-Menten
• Apenas um substrato
• [E] << [S]
• Descreve o período estacionário,
isto é, [ES] é constante

A enzima se combina de modo


reversível com o substrato, formando o
complexo enzima-substrato. Em
seguida o complexo é rompido em uma
segunda etapa mais lenta, formando o
produto e liberando a enzima. Como a
segunda etapa é mais lenta, a
velocidade total deve ser proporcional a
esta etapa mais lenta: ES  P + E

NELSON & COX, 2014.


CINÉTICA
TEORIA GERAL DAS AÇÕES DAS ENZIMAS
(MICHAELIS-MENTEN)

1) FORMAÇÃO E QUEBRA DO COMPLEXO ES

2) DETERMINAÇÃO DE Vo

3) DETERMINAÇÃO DA CONCENTRÃÇÃO DE ENZIMA


LIVRE

[E] = [Et] – [ES]


4) DETERMINAÇÃO DAS VELOCIDADES DE FORMAÇÃO (k1) E
QUEBRA DE ES (k-1 + k2)

NELSON & COX, 2014.


CINÉTICA
TEORIA GERAL DAS AÇÕES DAS ENZIMAS
(MICHAELIS-MENTEN)

5) HIPÓTESE DO ESTADO ESTACIONÁRIO: Vformação = vquebra 6) CONSTANTE DE Michaelis, Km

7) ENZIMA SATURADA, ISTO É, [Et] = [ES], LOGO, Vmáx = k2.


[Et]

Equação de Michaelis-Menten,
a equação da velocidade
NELSON & COX, 2014.
CINÉTICA
TEORIA GERAL DAS AÇÕES DAS ENZIMAS
(MICHAELIS-MENTEN)

Parâmetros cinéticos na comparação entre enzimas


Km é usado (em geral, inapropriadamente) para descrever a afinidade da enzima pelo substrato
Isso só pode ser utilizado quando k2 é a etapa limitante da reação, ou seja, k2 << k-1
Se a reação tem muitas etapas, Km se torna uma constante muito complexa e de várias
constantes de velocidade

NELSON & COX, 2014.


CINÉTICA
TRANSFORMAÇÃO DA EQUÃÇÃO DE MICHAELIS-
MENTEN: O GRÁFICO DE DUPLOS-RECÍPROCOS

1) TORNANDO AS RECÍPROCAS DOS DOIS LADOS DA EQUAÇÃO

y = a. x + b

Equação de Lineweaver-Burk

NELSON & COX, 2014.


INIBIÇÃO

Inibidor irreversível

Ligam-se covalentemente
com ou destroem um grupo
funcional da enzima essencial
à atividade.

NELSON & COX, 2014.


INIBIÇÃO

Inibidor reversível competitivo

Compete com o substrato pelo


sítio ativo da enzima;

Liga-se à enzima livre;

Possuem estrutura similar ao


substrato, mas não corre catálise;

Não ocorre inativação da enzima.

NELSON & COX, 2014.


INIBIÇÃO

Inibidor reversível incompetitivo

Liga-se a um sítio distinto do sítio ativo


do substrato;

Liga-se apenas ao complexo ES;

À medida que Vo se aproxima de Vmáx o


inibidor diminui Vmáx, pois ocorre
inativação da enzima diminuindo a [ES],
já que ocorre a ligação do inibidor ao
complexo;

NELSON & COX, 2014.


INIBIÇÃO

Inibidor reversível misto

Liga-se a um sítio distinto do sítio ativo


do substrato

Pode-se ligar a enzima livre ou ao


complexo ES

Diminui a Vmáx e aumenta o Km

NELSON & COX, 2014.


INIBIÇÃO

NELSON & COX, 2014.


REGULAÇÃO

Regulação Alostérica

Atuam por meio de


ligações reversíveis e
não covalentes a um
metabólito chamado
modulador. Esta
interação causa mudança
conformacional na
enzima alostérica e altera
(inibindo ou ativando
sua afinidade) pelo
substrato

NELSON & COX, 2014.


REGULAÇÃO

Modificação covalente

Compreende a inserção de
grupos modificadores
(fosforil, acetil, adenilil,
metil,, carboxil, miristoíl,
hidroxila) que afetam as
propriedades das enzimas
e causam mudança na
conformação

NELSON & COX, 2014.


REGULAÇÃO

Clivagem
Conversão da forma
inativa (proenzima ou
zimogênio) na forma ativa
através da clivagem de
ligações peptídicas

NELSON & COX, 2014.

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