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MEDICINA

ENZIMAS
CONTEUDO
• DEFINIÇÃO/FUNÇÃO
• ESTRUTURA
• PROPRIEDADE + CARACTERÍSTICAS GERAIS
• ACTIVIDADE ENZIMÁTICA
• CINÉTICA
• INIBIÇÃO
• REGULAÇÃO
• BIBLIOGRAFIA
DEFINIÇÃO
FUNÇÃO
• Catalisadores proteicos que aumentam a
velocidade de reacções químicas em sistemas
biológicos

• Reduzem a energia de activação

• NOTA: Todas enzimas são proteínas, excepto


os RNA´s com actividade catalítica
denominadas RIBOZIMAS
ESTRUTURA
Classificação proteínas

Proteínas globulares Proteínas fibrosas


Estrutura das proteínas

Primária Secundaria Terciária Quaternária

Proteínas com alto peso molecular,


ENZIMAS maioria entre 15 a 1000 Kilo Daltons
Unit (KD)

OBS: 1 Dalton = 1 unidade de peso


Proteínas globulares molecular

A actividade catalisadora
Estrutura terciária depende da integridade
conformacional
Cont.
Estrutura Holoenzima
Enzimática

Proteína Cofator
Ribozimas
Apoenzima ou Pode ser:
Apoproteína • íon inorgânico
• molécula orgânica
RNA
Coenzima
Se covalente
Grupo Prostético
Cont.
PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS
GERAIS
•São produtos naturais biológicos
•Alto grau de especificidade

•Altamente eficientes
– Baixam a energia de activação das reacções
– Aceleram a velocidade das reacções (108 a 1011 + rápida)
–O número de moléculas de substrato convertidas em produto por molécula de
enzima por segundo é denominado número de turnover

• Dependentes de condições favoráveis de pH, temperatura, polaridade do


solvente e força iônica
•Não são consumidas no processo
•Não alteram o estado de equilíbrio (Keq não é afectado)
•A diferença de energia livre(∆G) não é afectada
ACTIVIDADE ENZIMÁTICA
• DUAS PERSPECTIVAS:

– 1. Alterações de energia

• Energia livre de activação: diferença entre a energia dos reagentes e um


intermediário de alta energia que ocorre durante a formação do produto

• Velocidade da reacção: número de moléculas de substrato convertidas


em produto, em um determinado tempo. Determinada pelo número
de moléculas energizadas

• ROTA ALTERNATIVA DE REACÇÃO: rota com menor energia livre de


activação favorecendo maior número de moléculas energizadas. Não
altera as energias livres dos reagentes e produtos e assim não altera o
equilíbrio da reacção
Cont.
Cont.
– 2. Química do sítio activo

• Emil Fischer (1894): Modelo


Chave-Fechadura , que considera
que a enzima possui sitio ativo
complementar ao substrato.
[ESPECIFICIDADE]

• Koshland (1958): Modelo Encaixe


Induzido, a enzima e o substrato
sofrem conformação para o encaixe. O
substrato é distorcido para
conformação exata do estado de
transição.
[ACÇÃO CATALÍTICA DAS ENZIMAS E
ESPECIFICIDADE]
Cont.
• FACTORES QUE INFLUENCIAM A ACTIVIDADE
ENZIMÁTICA (VELOCIDADE DE REACÇÃO)

– CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO
• A velocidade aumenta proporcionalmente a
concentração do substrato até atingir uma velocidade
máxima
• O platô na velocidade reflecte a saturação de todos os
sítios de ligação disponíveis na enzima, pelo substrato
Cont.
vo

Vmax

[S]
Cont.
• Temperatura
– A velocidade aumenta com a temperatura até um pico a partir do qual
ocorre uma redução

• pH
– O processo catalítico geralmente requer que a enzima e o substrato
tenham grupos químicos específicos em um estado ionizado ou não-
ionizado
– A estrutura cataliticamente activa depende do carácter iônico das
cadeias laterais de aminoácidos
– O pH óptimo varia para diferentes enzimas
CINÉTICA ENZIMÁTICA
MODELO DE MICHAELIS-MENTEN

1913
Leonor Michaelis -Enzimologista
Maud Menten - Pediatra

K1 Kp
E+S ES E+P
K-1

Etapa rápida Etapa lenta


• A equação de Michaelis-Menten descreve como a
velocidade da reacção varia com a concentração de enzima

• Descreve o comportamento cinético da maioria das


enzimas

V0 = V máx [S] v

Km + [S] Vmax

Vmax
2
V0 = velocidade inicial
V máx = velocidade máxima
[S] = concentração inicial de substrato Km1 [S]
Km2
Km = constante de Michaelis-Menten
Conclusões sobre a cinética de M-M
• Constante de M-M (Km)
– É a concentração do substrato necessária para atingir
metade da velocidade máxima da reacção

– É característica de uma enzima e do substrato específico

– Reflecte a afinidade enzima-substrato


• Km baixo = afinidade elevada
• Km elevado = afinidade baixa

– Não varia com a concentração da enzima


Cont.
• Relação da velocidade com a [enzima]
– Directamente proporcional, em todas
concentrações de substrato

• Ordem da reacção V
– 1ª ordem Km >>[S]
– Ordem zero [S]>>Km

Km [S]
INIBIÇÃO DA ACTIVIDADE ENZIMÁTICA
• Qualquer sustância que possa diminuir a velocidade de uma reacção catalizada por
enzima é denominada INIBIDOR

• Reversíveis
• Ligam-se à enzima e logo desligam-se
• Formam ligações não covalentes

• Irreversíveis

• Ligam-se definitivamente à enzima ou levam a uma alteração definitiva


da enzima
• Alguns formam ligações covalentes com grupos específicos de enzimas
• Ex: Penicilina  liga-se a uma enzima bacteriana importante para a
síntese da parede celular
Cont.
• REVERSÍVEIS
1. Competitivos (inibição competitiva)
• Compete com o substrato pelo sítio activo devido à
semelhança estrutural
Cont.
• Aumenta o Km
• Diminui a afinidade da enzima pelo substrato
• A Vmáx pode ser atingida aumentando-se a [S].
Cont.
• REVERSÍVEIS
2. Não competitivos (inibição não competitiva)
• Não competem com o substrato pelo sítio ativo da enzima.
• São compostos que se ligam ou na enzima, ou no complexo
enzima-substrato, não no sítio ativo
Cont.
• O Km permanece o mesmo
• A afinidade da enzima pelo substrato permanece a mesma
• A Vmáx não pode ser atingida
REGULAÇÃO ENZIMÁTICA
ENZIMAS REGULADORAS
• Não obedecem a cinética de Michaelis-Menten.
•Controlam a etapa limitante em uma cadeia de reações
enzimáticas.
•Tem sua atividade catalítica aumentada ou diminuída em
resposta a determinados sinais, moléculas sinalizadoras (pequenos
metabólicos ou cofatores).

•Classes de enzimas reguladoras:


•Enzimas alostéricas
•Enzimas reguladas pela modificação covalente reversível.
REGULAÇÃO ENZIMÁTICA
• REGULAÇÃO ALOSTÉRICA
– As enzimas alostéricas são reguladas por
moléculas denominadas EFECTORES que se ligam
de modo não covalente a um sitio diferente do
sitio activo
Negativos: inibem actividade enzimática
– EFECTORES
Positivos: Aumentam a actividade enzimática

Homo trópicos: o próprio substrato funciona como efector


Os sitios activos exibem cooperatividade
Hetero trópicos: efector diferente do substrato
Ex: Inibição por feedback
Cont. ACTIVAÇÃO vs INIBIÇÃO
Cont. INIBIÇÃO POR FEEDBACK

A
E1

B
E2

C
E3

D
Cont.

1- Comportamento tipo Michaelis-Menten.


2- Comportamento Alostérico.
Cont.
• REGULAÇÃO POR MODIFICAÇÕES COVALENTES
– Enzimas reguladas pela modificação covalente
reversível
– Grupos químicos são ligados covalentemente e
removidos da enzima reguladora por enzimas
diferentes
– Fosforilação e defosforilação (Ex: fosforilação de
glicogênio fosforilase – enzima que degrada
glicogênio- aumenta a sua actividade)
Cont.
• ACTIVAÇÃO PROTEOLÍTICA
– É irreversivel

– As enzimas passam para a sua forma activa após a


quebra de ligações peptídicas num precursor inactivo
designado por proenzima/zimógeno

– Este mecanismo gera as enzimas digestivas como a


pepsina, tripsina e quimiotripsina

– O mecanismo de coagulação sanguínea pode ser descrito


como uma cascata de activação de zimógenos
BIBLIOGRAFIA
• Pamela- Bioquímica

• Biochemistry - Lehninger - The Foundations Of


Biochemistry - 4th Edition

• Biochemistry -Harper's Illustrated


Biochemistry- 26th Edition
OBRIGADO

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