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BIOQUÍMICA – 264CD TARDE – Lista de Exercícios.

PROF.ª: Maria Da Conceição Tavares Cavalcanti Liberato

ALUNO: Rodrigo Nobre de Souza Borba

MATRÍCULA: 1464447

1) Considerando a reação A → B, não catalisada:

a) Definir velocidade de reação.

V = K [A]2 ou V = K [A] [B]

b) Escrever a equação de velocidade em função da concentração de A.

V = K [A]2

2) Definir enzima, substrato e sítio ativo.

As enzimas são substâncias orgânicas, geralmente proteínas, que catalisam


reações biológicas pouco espontâneas e muito lentas. O poder catalítico de
uma enzima relaciona a velocidade das reações com a energia despendida
para que elas aconteçam.

Substrato é a molécula sobre a qual atua uma enzima. Uma enzima atua sobre
o substrato, combinando-se com ele e ativando-se de tal modo que o substrato
sofre uma alteração química posterior, ao mesmo tempo em que deixa de se
combinar com a enzima. Por esta razão, a enzima não se consome na reação,
e no fim desta está novamente livre para atuar sobre mais substrato.

Cada enzima possui um sitio ativo, que é uma região, específica pra cada
enzima, onde se liga o substrato, a conformação desta região é perfeita e única
entre determinada enzima e um substrato.

3) Escrever as reações de formação do produto a partir de E e S. Escrever


a equação de velocidade de formação de P.

K1
E+S ES
K2

V = K1[E] [S] ou V = K3[ES]


4) Fazer o gráfico da velociade da reação S → P, catalizada
enzimaticamente, em função da concentração de S. Descrever os
procedimentos experimentais, que levariam à obtenção dos dados para a
construção deste gráfico.

Nos procedimentos experimentais, usou-se tubos de ensaios e diferentes


concentrações de um substrato e adicionar a cada tubo a mesma quantidade
de uma enzima. Conforme for fazendo a adição, calcular a velocidade que o
substrato se transforma em produto com a ação da enzima. Para isso, deve-se,
no começo da reação, medir a quantidade de produto pelo tempo em que é
obtido. O resultado deve ser linear, como é mostrado no gráfico, até se atingir
metade da velocidade máxima. Com a maior adição de substrato, a enzima vai
ficando saturada e observa-se que a velocidade ainda aumenta, mas com
menor intensidade. Para a construção do gráfico, os dados foram obtidos a
partir de uma série de tubos contendo a mesma concentração de enzimas mas
concentrações crescentes de substrato.

5) Analisando o gráfico do item 4, verificar, em cada trecho da curva, as


concentrações de Enzima livre, substrato e complexo ES.

Na primeira a velocidade aumenta linearmente com o aumento da


concentração de substrato (S), indicando que durante este período ainda
haviam moléculas de enzimas livres (E) capazes de se ligarem ao substrato
formando o complexo ES. Já na segunda região, a velocidade permanece
constante (igual a velocidade máxima) independente do aumento da
concentração de substrato, o que nos permite concluir que todas as moléculas
de enzimas já estavam ligadas ao substrato (no complexo ES) durante o tempo
em que a velocidade foi medida. No momento que a curva cruza a linha de Km,
50% das enzimas estão sob a forma do complexo ES (enzima-substrato) e a
quantidade de substrato neste ponto é numericamente igual ao Km.

6) Definir constante de Michaelis-Menten (K M) e mostrar a relação entre


seu valor e a afinidade da enzima pelo seu substrato.

A constante de Michaelis-Mentem, sigla KM, é definida como a concentração


na qual a velocidade de uma reação enzimática e metade da velocidade
máxima, a Vmax. A constante de KM de uma enzima especifica para um
determinado substrato é característico, e fornece uma relação de afinidade
entre essas enzimas e este substrato, da forma: menor KM, maior substrato e
maior KM, menor substrato.

7) Definir e dar exemplos de inibidor competitivo e não-competitivo.

Inibidor competitivo – os inibidores competitivos são substâncias que


concorrem diretamente com o substrato específico da enzima. As moléculas
desses inibidores têm uma estrutura muito parecida com a do substrato da
enzima e, por isso, se unem reversivelmente às enzimas, formando um
complexo enzima-inibidor muito semelhante ao complexo enzima-substrato,
que inativa a catálise da enzima. Por não haver a formação do complexo-
substrato, a atividade catalítica da enzima é inibida enquanto existir o complexo
enzima-inibidor.
Inibidor não-competitivo – a substância inibidora pode ligar-se tanto à enzima
quanto ao complexo enzima-substrato, mas num sítio de ligação diferente.
Nesse caso, a ligação do inibidor com a enzima não atrapalha a ligação do
substrato, mas gera uma alteração que impede a formação do produto da
reação.
8) Definir cofator. Dar exemplos de cofatores inorgânicos (ativadores
metálicos) e orgânicos (coenzimas).

Cofatores são moléculas orgânicas ou inorgânicas necessárias pra função de


uma enzima. Estes cofatores não estão ligados permanentemente à molécula
da enzima mas, na ausência deles, a enzima é inativa.

Como cofatores enzimáticos inorgânicos alguns metais como Zn, Cu e Mn(Zn,


Cu, Mn,...)

E como cofatores orgânicos quase sempre derivados de vitaminas.

9) Definir vitaminas, relacionando sua função com atividade enzimática.

Cofatores são pequenas moléculas orgânicas ou inorgânicas, fraca ou


fortemente ligados às enzimas, que podem ser necessárias para a função
catalítica da enzima. Estes cofatores não estão ligados permanentemente à
molécula da enzima mas, na ausência deles, a enzima é inativa.

10) Caracterizar enzima alostérica. Definir centro alostérico. Qual a


diferença entre a curva de velocidade de uma enzima comum e a de uma
enzima alostérica?

Enzimas cuja conformação das estruturas terciárias e quaternárias pode ser


alterada na presença de determinadas moléculas. Para além de possuírem um
centro activo possuem um centro alostérico onde se ligam moléculas que
alteram a sua conformação. Tal como o centro activo, o centro
alostérico também tem especificidade.

11) Definir regulação enzimática por modificação covalente.


A ativação ou inativação dessas enzimas ocorre através da
ligação covalente de um grupo químico a um átomo ou grupo de átomos dos
sítios ativos dessas enzimas. A regulação da enzima fosforilase do glicogênio é
um exemplo desse tipo de regulação.

12) Representar o grupo ativo de NAD + e de FAD nas formas reduzida e


oxidada.

NAD+ e FAD+ são agentes oxidantes que participam da respiração


celular,recebendo hidrogênios, se tornando NADH e FADH2.

NAD, ou Nicotinamida Adenosina Dinucleotídeo é composto de uma adenosina


ligada por dois fosfatos a uma outra ribose, ligada a uma Nicotinamida
(vitamina B3). O NAD+ é a forma oxidada que, ao receber hidrogênio, produz a
forma reduzida: NADH.

O FAD, Flavina adenosina dinucleotídeo, também apresenta uma adenosina


ligada por dois fosfatos a uma riboflavina (vitamina B2). forma oxidada (FAD) e
reduzida (FADH2).

13) Definir Zimogênio.

Os zimogênios são enzimas proteolíticas inativas, que são convertidas em suas


formas ativas em locais diferentes de onde foram sintetizados, através da ação
de enzimas proteolíticas. Essas enzimas são inativas por não possuírem um
sítio ativo, no entanto, quando sofrem a hidrólise em locais específicos de sua
cadeia polipeptídica, ocorre a mudança conformacional de sua estrutura,
fazendo com que ganhe uma estrutura tridimensional bem definida e
consequente ativação do sítio alvo.

14) Descreva as enzimas LDH, CK e AChE. Após um ataque cardíaco qual


enzima cardíaca aparece primeiro: a LDH ou a CK ?

O LDH é uma enzima encontrada em grande parte dos tecidos que tem um
papel importante no metabolismo da glicose dentro do organismo. Por ser uma
enzima encontrada nos tecidos, o aumento do LDH pode ser um sinal de lesão
em órgãos ou tecidos, já que essa lesão libera o LDH de dentro das células na
corrente sanguínea.

A creatina quinase (CK) é uma enzima encontrada no coração, no cérebro, nos


músculos esqueléticos e em outros tecidos. Sua função é aumentar a
velocidade de uma reação química entre o fosfato liberado pela molécula de
ATP (Adenosina Trifosfato) e a creatina, transformando esses dois em
fosfocreatina (PCr) para manter os níveis de intensidade energética.

A acetilcolinesterase (AChE) é a enzima responsável por hidrolisar o


neurotransmissor acetilcolina (ACh) nas sinapses colinérgicas. Nestas sinapses
a ACh atua transmitindo a mensagem de um neurônio a outro. As sinapses
colinérgicas estão amplamente distribuídas no sistema nervoso central (SNC) e
periférico (SNP), sendo importante para a manutenção de inúmeras funções
fisiológicas humanas.

Após um ataque cardíaco a enzima cardíaca que aparece primeiro é a CK.

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