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A atividade de uma enzima ocorre no seu sítio ativo, local de ligação na enzima que favorece
as reações químicas específicas. A molécula que se liga à enzima é chamada de substrato,
enquanto a molécula final é chamada de produto.
O funcionamento da enzima também pode ser representado dessa forma, em que E=enzima; S=substrato;
ES=complexo enzima substrato; P=produto
É importante destacar que, embora seja comum representar a ligação entre enzima e
substrato por meio do modelo chave-fechadura, esse modelo não está completamente
correto. O modelo atual propõe um ajuste induzido, no qual a interação influencia toda a
estrutura enzimática, induzindo mudanças conformacionais. Nesse sentido, toda a estrutura
da enzima, além do sítio ativo, é importante para o seu papel de catálise.
As enzimas aceleram as reações químicas para que o equilíbrio químico seja atingido mais
rapidamente, mas nunca alteram o valor de um equilíbrio. Logo, se uma reação possui uma
constante de equilíbrio (Kc) baixa, revelando a formação de pouco produto, a enzima não irá
alterar esse panorama. A enzima apenas vai aumentar a velocidade dessa reação química
para que o equilíbrio da reação seja atingido mais rapidamente.
A imagem ilustra o modo pelo qual as enzimas agem (diminuindo a energia de ativação), seja em reações
exergônicas (espontâneas) ou endergônicas (não espontâneas).
Um fator que altera a atividade das enzimas é o pH, as enzimas possuem um pH (ou faixa
de pH) na qual a sua atividade catalítica é máxima. Mudanças no pH podem desnaturar total
ou parcialmente as enzimas e, consequentemente, atrapalhar a sua atividade catalítica. Isso
acontece devido a mudanças no estado de ionização da cadeia lateral dos aminoácidos. Por
exemplo, a remoção de um próton de um determinado grupo R de um aminoácido pode
eliminar uma interação iônica importante para a estabilização da estrutura proteica.
O gráfico ilustra a relação entre concentração de substrato (eixo X) com a velocidade de catálise enzimática
(eixo Y).
A imagem ilustra a diferença na atividade de uma enzima com e sem inibidor competitivo. O gráfico demostra
que a velocidade máxima não muda, mas a concentração de substrato necessária para atingir essa velocidade
terá que ser maior quando o inibidor estiver presente.
Outro tipo é o inibidor não competitivo, que não se liga ao sítio ativo, porém, quando ocorre
a ligação há mudanças conformacionais que impedem a catálise enzimática. O inibidor não
competitivo mantém o Km, mas diminui a velocidade máxima
A imagem ilustra a diferença entre uma enzima com e sem inibidor não competitivo. O gráfico demonstra que o
Km não muda, mas a velocidade máxima é bem menor na presença do inibidor não competitivo.
A partir da equação em questão, pode-se montar um novo gráfico, em que y = 1/V0; x = 1/[S];
a = coeficiente angular = Km/Vmax ; b = 1/Vmax = coeficiente linear.
A imagem mostra o gráfico obtido a partir da linearização da equação de Michaelis-Menten, conhecido como
gráfico de Linearweaver-Burk.
Nesse sentido, também pode ser obtido o gráfico linear com a presença de inibidores.
Sabendo que na presença de inibidor competitivo o Km aumenta, esse gráfico fica com o
coeficiente angular maior. Entretanto, as duas retas passam no mesmo lugar do eixo y.
A imagem ilustra a atividade de uma enzima no gráfico de Linearweaver-Burk com e sem a presença de um
inibidor competitivo.
Sobre o inibidor não competitivo, sabendo que a V max é menor na presença do inibidor. O
coeficiente angular vai ser maior na presença do inibidor e, ao contrário do anterior, as retas
não cruzam o mesmo ponto no eixo y.
A imagem ilustra a atividade de uma enzima no gráfico de Linearweaver-Burk com e sem a presença de um
inibidor não competitivo.
As enzimas alostéricas são enzimas que, além do sítio ativo, possuem um ou mais sítios
alostéricos. Nesses sítios não ocorre catálise enzimática, nos sítios alostéricos se ligam
moduladores alostéricos (íons ou moléculas). Esses moduladores alostéricos podem ser
ativadores alostéricos (favorecem a atividade catalítica quando se ligam ao sítio alostérico)
ou inibidores alostéricos (desfavorecem a atividade catalítica quando se ligam ao sítio
alostérico). O processo de ativação e inibição ocorre através de mudanças conformacionais.
O consumo de aspartame (adoçante) deve ser evitado por pacientes com fenilcetonúria, pois
o aspartame é formado por dois aminoácidos, possuindo a fenilalanina em sua estrutura.
Medidas de diversas enzimas no sangue são utilizadas no auxílio do diagnóstico clínico. Por
exemplo, a amilase pancreática elevada no sangue pode indicar algum problema no
pâncreas, as transaminases (TGO e TGP) podem indicar dano hepático ou a creatina kinase,
que pode indicar infarto ou dano muscular.
As enzimas são divididas em vários grupos, alguns dos grupos mais importantes são:
Kinases: enzimas que catalisam a transferência de um fosfato de uma molécula orgânica para
outra.
Fosfatases: enzimas que catalisam a retirada de um fosfato de uma molécula orgânica,
deixando-o livre Pi.
Fosforilases: enzimas que catalisam a adição de um fosfato inorgânico em uma molécula
orgânica.
ADICONAR O CONCEITO DE ISOENZIMAS:
ENZIMAS COM ESTRUTURA DIFERENTES MAS DESEMPENHAM A MESMA FUNÇÃO
EM DIFERENTES TECIDOS