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Feira de Santana
Novembro de 2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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1. INTRODUÇÃO
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transferência de um grupo químico da enzima ou para a enzima, de modo a
proporcionar um caminho novo e com menor energia de ativação para a reação. Em
qualquer dos casos, as enzimas retornam ao estado não ligado uma vez que a reação
tenha se completado (LEHNINGER, 2019).
A maioria das enzimas tem algumas propriedades cinéticas em comum. Quando
o substrato é adicionado a uma enzima, a reação rapidamente atinge um estado
estacionário, no qual a velocidade pela qual o complexo ES (Enzima-Substrato) se
forma é compensada pela velocidade pela qual ES se decompõe. Em concentração fixa
de enzima, à medida que a [S] aumenta, a atividade do estado estacionário aumenta de
maneira hiperbólica até se aproximar de uma velocidade máxima característica, Vmax,
na qual, essencialmente, toda a enzima está na forma de um complexo com o substrato
(LEHNINGER, 2019).
A velocidade de uma reação (V) é o número de moléculas de substrato
convertidas em produto por unidade de tempo; geralmente, a velocidade é expressa
como μmol de produto formado por minuto. A velocidade de uma reação catalisada por
enzima aumenta com a concentração do substrato, até uma velocidade máxima (Vmáx)
ser atingida. A obtenção de um platô na velocidade de reação em altas concentrações de
substrato reflete a saturação, pelo substrato, de todos os sítios de ligação disponíveis nas
moléculas enzimáticas presentes (HARVEY, Richard A.; FERRIER, Denise R., 2012).
Leonor Michaelis e Maude Menten propuseram um modelo simples, que explica
a maioria das características das reações catalisadas por enzimas. Nesse modelo, a
enzima combina-se reversivelmente com o substrato, formando um complexo ES que,
subsequentemente, gera o produto, regenerando a enzima livre. A equação de
Michaelis-Menten descreve como a velocidade da reação varia com a concentração do
substrato (HARVEY, Richard A.; FERRIER, Denise R., 2012).
O Km (constante de Michaelis-Menten) é característico da enzima e de seu
substrato específico e reflete a afinidade da enzima por esse substrato. O Km é
numericamente igual à concentração do substrato em que a velocidade da reação é igual
a ½Vmáx. O Km não varia com a concentração da enzima. Um Km numericamente
pequeno reflete alta afinidade da enzima pelo substrato, pois uma baixa concentração de
substrato é necessária para atingir a metade da saturação da enzima - isto é, atingir a
velocidade de ½V máx. Um Km grande (numericamente elevado) reflete baixa
afinidade da enzima pelo substrato, pois é necessária uma alta concentração de substrato
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para atingir a metade da saturação da enzima (HARVEY, Richard A.; FERRIER,
Denise R., 2012).
As catalases - ou mais corretamente hidroperoxidases - são uma das classes de
enzimas mais extensamente estudadas e que não seguem a cinética proposta por
Michaelis-Menten, exceto para concentrações muito baixas do substrato (CHELIKANI
et al., 2004). Adicionalmente, as catalases não dependem de outros agentes redutores
para eliminação de H2O2 o que representa a maior vantagem desta enzima
(FEIERABEND, 2005).
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2. OBJETIVO
Avaliar os efeitos das variações de temperatura, pH e concentração do substrato
na atividade da enzima catalase nos extratos de plantas das famílias Poaceae (capim
colonião e capim carrapicho) em baterias de tubos de ensaio a partir da construção de
gráficos de curva da velocidade de reação em função desses parâmetros experimentais.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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A concentração de H+ afeta a velocidade da reação de várias maneiras.
Primeiro, o processo catalítico geralmente requer que a enzima e o substrato tenham
determinados grupos químicos em estado ionizado ou não ionizado de modo a
interagirem. Por exemplo, a atividade catalítica pode exigir que um grupo amino da
enzima esteja na forma protonada (-NH3 +). Em pH alcalino, esse grupo não está
protonado e, assim, a velocidade da reação diminui. Segundo, valores extremos de pH
também podem levar à desnaturação da enzima, pois a estrutura da molécula proteica
cataliticamente ativa depende do caráter iônico das cadeias laterais dos aminoácidos.
Assim, em um pH extremamente ácido, a alta concentração de H+ permite a
protonação completa da enzima, então, as cargas iônicas positivas se repelem destruindo
as interações fracas de suas cadeias laterais e consequentemente afetando o seu
funcionamento. O mesmo mecanismo ocorre quando a enzima se encontra em um pH
altamente básico, pois a baixa concentração de H+ promove a desprotonação da enzima
(-COO -), fazendo com que as cargas iônicas negativas destruam a estrutura da enzima.
O gráfico a seguir demonstra o efeito do pH sobre a atividade enzimática da catalase de
acordo com o procedimento experimental realizado em sala:
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em outros valores de pH, ela catalisa em uma velocidade menor (uma enzima apenas
perde atividade se sua estrutura for destruída). Entretanto, o pH = 8 mostrou uma
melhor atividade dessa enzima nesse experimento. Quanto aos outros tubos, houve
pequena variação na atividade, visto que só foi possível observar mudanças
consideráveis nos níveis extremos.
O segundo parâmetro a ser analisado foi o efeito da temperatura sobre a
atividade da enzima (Quadro 2).
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A extrema elevação da temperatura atua como um agente desnaturante
irreversível, ou seja, o retorno à temperatura normal não promove a recuperação das
interações fracas que foram quebradas.
Diminuindo a temperatura, há um abaixamento da energia de movimento das
moléculas, assim, a atividade da enzima é afetada de forma que o tempo da reação é
mais lento.
Por último, avaliou-se a cinética enzimática da catalase em relação ao efeito da
concentração do substrato sobre sua atividade.
H2O Água Result
Tubo destilada Extrato Solução H2O2 ado
(mL) (mL) Albumina (mL) (mm)
(gotas)
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A velocidade da reação é proporcional à concentração do complexo ES. Se a
concentração de substrato é muito alta em relação à concentração de enzima, a
enzima pode estar saturada de substrato e neste ponto o aumento da concentração
de substrato não aumenta a concentração do complexo enzima-substrato, atingindo-se
a velocidade máxima (Vmáx).
A velocidade da reação enzimática pode ser observada pela formação de
produto (P) ou pela diminuição da concentração de substrato, no início da mistura
de enzima (E) e substrato (S).
Assim, evita-se a interferência da variação da concentração de substrato [S],
considerando-se que sua concentração é muito próxima do valor inicial. Desta forma,
determina-se a velocidade inicial(𝑣0) em que [S] é geralmente muito maior que [E].
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Gráfico 4. Efeito da concentração do substrato sobre a velocidade da reação.
4. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
Belo, M. F. R. F., & Souza, A. L. F. (2016). Estudo cinético da enzima catalase (E.C.
1.11.1.6) de extrato bruto de batata doce (Ipomoea batatas). Scientia Plena, 12(7).
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2016.071001.
BRACHT, A.; ISHII-IWAMOTO, E.L. Métodos de laboratório em bioquímica. Barueri:
Manole, 2003.
CHELIKANI, P.; FITA, I.; LOEWEN, P. C. Diversity of structures and properties
among catalases. Cellular Molec. Life Sci., v. 61, n. 1, p. 192-208, 2004.
FEIERABEND, J. Catalases in plants: molecular and functional properties and role in
stress defense. In: SMIRNOFF, N. (Ed.). Antioxidants and reactive oxygen species in
plants. Oxford: Blackwell, 2005. p. 101-140.
NELSON, David L.; COX, Michael M.. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 7 ed.
Porto Alegre: Artmed, 2019. p. 187-201.
HARVEY, Richard A.; FERRIER, Denise R.. Bioquímica Ilustrada. 5. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2012. p. 56-59.
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