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Aula 4

Proteínas e Enzimas

Professor Gustavo Mota


 Organismos vivos precisam de energia para:

1. Desempenho de trabalho mecânico;


- Contração muscular, batimento cardíaco, etc

2. Transporte ativo de moléculas e íons;


- Bomba de sódio/potássio (impulso nervoso)

3. Síntese de moléculas a partir de precursores mais


simples.
- Gliconeogênese
ENERGIA PARA OS PROCESSOS VITAIS

Nutrientes precisam ser decompostos para extração de energia;

ALIMENTO ------------- (digestão)----------> MONÔMEROS

Rotas metabólicas
(processos de extração de energia)

Blocos construtores para


criação de novas moléculas
 Série de reações químicas ligadas que iniciam
com uma molécula (substrato) em particular e a
convertem em outra molécula ou grupo de
moléculas (produtos) de um modo definido.

Catabolismo: reações que convertem energia para as formas


biologicamente utilizáveis:
(Alimento = CO2 + H2O + energia utilizável)

Anabolismo: Necessitam de energia para ocorrerem:


(Síntese de glicose, DNA, lipídeos, proteínas)
• Século XIX - poucas enzimas identificadas

– Adição do sufixo “ASE” ao nome do substrato:

* gorduras (lipo - grego) – LIPASE


* amido (amylon - grego) – AMILASE

– Nomes arbitrários:

* Tripsina e pepsina – proteases


• Século XX -  quantidade de enzimas descritas
– Nomenclatura existente se tornou ineficaz

• 1955 - IUB - União Internacional de Bioquímica


adotou um novo sistema de nomenclatura e
classificação:

– mais complexo;
– sem ambiguidades;
– baseado no mecanismo de reação.
1. Oxido-redutases (Reações de Oxidação/Redução)
2.Transferases (Transferência de grupos)
3.Hidrolases (Reações de Hidrólise)

4.Liases (Adição ou remoção de grupos)

5.Isomerases (Transferência de grupos dentro da mesma


molécula, formação de isômeros)
6.Ligases (catalisam a ligação de duas moléculas com hidrólise
da ligação pirofosfato na molécula de ATP, ou uma
semelhante, igualmente trifosfatada)
atuam no interior da célula

ENZIMAS sintetizam o material celular


INTRACELULARES
realizam reações catabólicas
que suprem as necessidades
energéticas da célula

atuam fora da célula


ENZIMAS executando as alterações
EXTRACELULARES necessárias à penetração
dos nutrientes para o
interior das células
• Os estudos das reações enzimáticas:

• Em 1902, Victor Henri propôs uma teoria quantitativa de cinética


enzimática
• Henri contribuiu significativamente para este campo ao teorizar as
reações enzimáticas ocorrendo em dois passos (observe imagem
acima).
• Os modelos para interação ENZIMA - SUBSTRATO:

• 2 modelos:
–Modelo Chave-fechadura
–Modelo do Ajuste induzido
• Modelo Chave-fechadura

– Emil Fischer em 1894;


– Relação estérica entre enzima e substrato.
• Modelo do Ajuste induzido

– Koshland em 1958;
– Prevê um sítio de ligação não totalmente pré-formado;
– Enzima e o Substrato sofrem conformação para o encaixe.
Hexoquinase
GLICOSE -------------------------------------------------------------------> glicose 6-fofato
(viabiliza a entrada da glicose na via glicolítica)
• pH
– A ionização de aa pode provocar modificações na
conformação da enzima.
– O substrato pode ver-se afetado. Pepsina pH ótimo 1,5
Tripsina pH ótimo 7,7
• Temperatura

 temperatura dois efeitos ocorrem:


– A taxa de reação aumenta, como se observa na maioria das
reações químicas;
– A estabilidade da proteína decresce devido a desativação
térmica.

A maioria das enzimas


apresenta ótima atividade
entre 40 e 45ºC.
• Concentração da Enzima

– A velocidade máxima da reação é uma função da


quantidade de enzima disponível (existindo substrato em
excesso).

Substrato e n° de enzimas
disponíveis em grande número
=
AUMENTO da VEL. REAÇÃO
• Concentração do Substrato

ETAPA 1. A curva da velocidade de reação aumenta com a ação


das enzimas sobre as moléculas de substrato.

Inicialmente a velocidade da reação é


diretamente proporcional a [S].
• Concentração do Substrato

ETAPA 2. A saturação dos sítios catalíticos estabiliza a curva de


velocidade.
A velocidade passa a ser
constante porque não
depende da [S].

SATURAÇÃO
INIBIDORES

Substâncias que reduzem a atividade de


uma enzima de forma a influenciar a
ligação do substrato.

• Grande parte do arsenal farmacêutico:

Ex.: tratamento da AIDS feito com medicamentos que inibem


a atividade de certas enzimas virais.
• O inibidor liga-se tão fortemente à enzima que a dissociação
é muito lenta.

• Podem destruir grupos funcionais que são essenciais para a


atividade enzimática.

• A enzima não retoma a sua atividade normal.


– Ex.: Inseticidas organofosforados na acetilcolinesterase (enzima
importante na atividade do sistema nervoso autônomo –
parassimpático – degrada acetilcolina).
Ex: Inibição da enzima ciclo-oxigenase pelo acetilsalicilato:

Ciclo-oxigenases SÍNTESE Prostaglandinas


(COX-1 e COX-2)

Processo biológicos (sensação de dor)


• Uma substância que compete diretamente com o substrato pelo
sitio de ligação de uma enzima.

• Inibidor normalmente é semelhante ao substrato, de modo que se


liga especificamente ao sitio ativo, mas difere do substrato por não
poder reagir com ele.

• O inibidor liga-se á enzima formando o complexo EI (enzima


inibidor) cataliticamente INATIVO.
• O inibidor não competitivo pode ser uma molécula que não
se assemelha com o substrato, mas apresenta uma grande
afinidade com a enzima.

• Esta ligação pode distorcer a enzima tornando o processo


catalítico ineficiente.
Etanol

Álcool desidrogenase
(enzima hepática)
Dissulfiram
Acetaldeído

Acetaldeído desidrogenase
Acetaldeído desidrogenase
(enzima hepática)
Acetato

AUMENTO de CO2 + H2O


acetaldeído

Vômito, cefaléia, sudorese,


dispinéia (falta de ar).
 Quase 1/3 das enzimas requerem um componente não
protéico para sua atividade, denominado co-fator:

Porção protéica Íons metálicos


Cofator
APOENZIMA

Moléculas
HOLOENZIMA orgânicas

Coenzimas
 A natureza essencial de tais co-fatores explica por que
razão os organismos necessitam de quantidades
diminutas de certos elementos nas suas DIETAS.

 Isso também explica, os efeitos tóxicos de certos metais


pesados (o Cd2+ e o Hg2+) que podem substituir o Zn2+
nos sítios ativos de certas enzimas.
A maioria das vitaminas atua no
organismo humano dando origem
aos co-fatores enzimáticos.

 Vitaminas lipossolíveis
 AULA SOBRE LIPÍDIOS *
“Qualquer um que pretenda ter, mais
que uma compreensão extremamente
superficial da vida, em todas as suas
diversas manifestações, necessita da
bioquímica.”

Hans Krebs
1900-1981
FIBROBLASTO
Entendendo a fabricação do COLÁGENO

A etapa da hidroxilação depende da vitamina C


Ela atua como co-fator enzimático da prolina hidroxilase

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