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Títulos de

Créditos

Cédulas e notas
de crédito
cédulas de crédito  e as
notas de crédito

Se referem às atividades empresariais,


já que normalmente sistematizam as
operações de crédito concedidas pelas
instituições financeiras ou entidades
equiparadas, em geral, e materializam
o crédito buscado para o
financiamento da atividade produtiva
A garantia real deve estar expressamente discriminada no
instrumento ou em documento separado a ele vinculado e
assinado pelas partes.

O produto ou serviço outorgado em garantia permite a


classificação das cédulas de crédito em quatro tipos:
Hipotecária
Pignoratícia
Fiducitária
Pignoratícias e Hipotecárias
HIPOTECÁRIA

A garantia está representada por um bem


imóvel. A hipoteca do bem imóvel,
porém, não obsta sua alienação, que, se
realizada, permanecerá intrínseca. Ou
seja, a garantia seguirá o bem alienado
(direito de sequela).
PIGNORATÍCIA
A  garantia  corresponde ao penhor de bens móveis.

FIDUCITÁRIA
A  garantia  é  representada pela alienação
fiduciária incidente sob bens – móveis ou
imóveis – já pertencentes ao emitente da
cédula ou pelos bens a serem adquiridos a
partir do financiamento obtido. Ou seja,
transmite-se ao credor a propriedade de um
bem do devedor, até o pagamento final do
financiamento.
Pignoratícias e
Hipotecárias
O cumprimento das obrigações é garantido pelo penhor de  bens  móveis e
pela hipoteca de bens imóveis.

Os elementos indispensáveis para caracterizar a cédula de crédito estão


listados a seguir:
cédula de crédito
bancário

Espécie de título executivo extrajudicial a


ser emitido por qualquer pessoa física ou
jurídica em favor de uma instituição
financeira ou similar integrante do
sistema financeiro nacional.
A cédula de crédito bancário – cuja emissão pode
derivar de qualquer operação bancária – encontra-se
regulamentada pela Lei Federal nº 10.931/04. As
garantias na cédula de crédito bancário poderão
ser reais ou pessoais , e, para serem oponíveis a
terceiros, deverão ser necessariamente registradas no
respectivo cartório. Além dos requisitos para emissão já
citados, é preciso acrescer a necessidade de descrição
das garantias reais e excepcionar a exigência da
descrição do financiamento e da cláusula à ordem, que
é facultativa. A exigibilidade da cédula de crédito
bancário ocorre em seu vencimento.
cédula de crédito à exportação – na qual objetiva-se a
materialização da concessão de um crédito para
financiamento de exportação a

cédula de crédito comercial – na qual há representação


de um financiamento vinculado ao comércio ou à
prestação de serviços.

Na cédula de crédito à exportação e na cédula de


crédito comercial, a constituição de garantia ou não
impactará em seu reconhecimento como cédula ou
nota de crédito.
CÉDULAS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE

Nota promissória rural;


Duplicata rural;
Cédula de produto rural;
Crédito rural.
NOTA PROMISSÓRIA RURAL (NPR)

Decreto-lei nº 167/1967: o artigo 45 dispõe que, em


eventual concurso de credores de uma NPR, os credores
da nota terão preferência sobre os credores
quirografários e com privilégio geral referente ao produto
da venda dos bens sujeitos ao pagamento do crédito que
ele favorece.

Emissão
Apenas podem ser emitidas em negócios rurais, ficando a
eles vinculados, razão pela qual é um título causal.
BENEFICIÁRIO
O primeiro a endossar o título, caso o faça para alguém
que não seja produtor rural ou suas cooperativas, como
uma factoring, não assume a responsabilidade pelo
pagamento, o que reduz os riscos do produtor rural.

AVAL
O aval apenas pode ser dado por pessoa jurídica ou por
sócios/administradores da pessoa jurídica emitente. Caso
a operação seja realizada entre produtores rurais ou suas
cooperativas, qualquer pessoa pode avalizar.
PROTESTO
O protesto não é necessário para cobrança dos
devedores indiretos.
DUPLICATA RURAL
Segue o mesmo regime das duplicatas, mas contém
especificidades.

A primeira diferença para a duplicata tradicional é que a


rural apenas pode ser emitida para vendas a prazo de
produtos agrícolas, extrativos ou pastoris, quando
efetuadas diretamente pelo produtor rural ou por
cooperativa da qual faça parte.
CÉDULA DE PRODUTO RURAL (CPR)
Criado pela Lei nº 8.929/1994 com o objetivo de facilitar a
captação de recursos pelos produtores rurais.

A CPR é emitida pelo produtor rural ou suas


associações/cooperativas com a promessa de entrega de
produtos ao beneficiário ou legítimo portador.

O beneficiário, por sua vez, paga ao emitente da CPR de


forma imediata. 
CÉDULA HIPOTECÁRIA 
A cédula hipotecária é um título regido pelo Decreto-lei nº
70/1966, pelo qual um o credor de créditos hipotecários
emite o título transferindo a totalidade ou parte dos seus
créditos em troca do dinheiro do beneficiário do título.

A emissão de cédula hipotecária apresenta-se para o


emissor como uma maneira de ele se capitalizar
imediatamente, com a transferência de créditos
imobiliários que apenas receberia no futuro.
CÉDULAS DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO (CCI) 
As cédulas de crédito imobiliário (CCI) são tratadas pela
Lei nº 10.931/2004, entre os artigos 18 e 25.

Objetivo : Captar recurso por meio da transferência de um


crédito imobiliário, que pode ser de qualquer espécie e
não necessariamente hipotecário.

Emissão : Podem ser emitidas por qualquer pessoa que


seja titular de um crédito imobiliário.
Requisitos Legais : Estão dispostos no art. 19 da Lei nº
10.931/2004.
I - a denominação "Cédula de Crédito Imobiliário", quando emitida cartularmente;
II - o nome, a qualificação e o endereço do credor e do devedor e, no caso de emissão escritural, também
o do custodiante;
III - a identificação do imóvel objeto do crédito imobiliário, com a indicação da respectiva matrícula no
Registro de Imóveis competente e do registro da constituição da garantia, se for o caso;
IV - a modalidade da garantia, se for o caso;
V - o número e a série da cédula;
VI - o valor do crédito que representa;
VII - a condição de integral ou fracionária e, nessa última hipótese, também a indicação da fração que
representa;
VIII - o prazo, a data de vencimento, o valor da prestação total, nela incluídas as parcelas de amortização e
juros, as taxas, seguros e demais encargos contratuais de responsabilidade do devedor, a forma de reajuste
e o valor das multas previstas contratualmente, com a indicação do local de pagamento;
IX - o local e a data da emissão;
X - a assinatura do credor, quando emitida cartularmente;
XI - a autenticação pelo Oficial do Registro de Imóveis competente, no caso de contar com garantia real; e
XII - cláusula à ordem, se endossável.
Negociação : Pode variar. Se a CCI for escritural, sua
alienação será registrada em sistema de registro e
liquidação financeira. Por outro lado, se a CCI for
cartular, poderá ser transferida por endosso, quando
tiver cláusula à ordem ou por cessão de crédito.
DEBÊNTURE
É um documento emitido e vendido por uma sociedade
anônima, por meio do qual esta se compromete a pagar
ao comprador o valor recebido com sua venda,
acrescido de juros em um determinado prazo.
A cédula de debênture é um instrumento de
financiamento da companhia que, em lugar de procurar
interessados em subscrever as debêntures criadas e
emitidas, contrata um mútuo com uma instituição
financeira e dá, para garantia do valor mutuado,
debêntures de sua própria emissão.
Gladston Mamede

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