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Direito Processual Civil II

Professor Leonardo Vieira

Aula 05

Títulos Executivos Extrajudiciais

5.1. Títulos Executivos Extrajudiciais

a) Noções Gerais

Os títulos executivos extrajudiciais são aqueles documentos que, pela forma com que são constituídos e pelas garantias de que se revestem,
gozam, segundo o legislador, de um grau de certeza tal que permite a instauração da execução, sem prévia fase cognitiva.

A execução fundada em título extrajudicial implica sempre um novo processo, no qual o executado poderá defender-se por embargos à execução.

Neles, a amplitude de defesas alegáveis é muito maior do que nas execuções judiciais, em que houve um prévio processo de conhecimento, no qual o
devedor já teve oportunidade de manifestar-se e defender-se.

5.2. Rol de Títulos Executivos Extrajudiciais

O art. 784 do NCPC os enumera o rol de títulos executivos extrajudiciais. Mas há numerosos outros, previstos em leis especiais.

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Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:

I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;

OBS:

I - A Letra de Câmbio é um investimento de Renda Fixa em que a taxa de remuneração, o prazo e as condições são conhecidos previamente. A emissão desse título é
feita por instituições financeiras privadas, como um papel de dívida para levantar recursos. Já a rentabilidade, diária, vem dos juros recebidos.

Em resumo: você empresta seu dinheiro a uma financeira e recebe o valor emprestado + juros ao final do prazo acordado.

II - Nota promissória, é um documento que funciona como promessa de pagamento de uma dívida.

Ele pode ser usado por empresas de grande porte, pequenos negócios ou mesmo pessoas que queiram formalizar um empréstimo em família, por exemplo.

Uma nota promissória preenchida corretamente e assinada tem valor judicial – ou seja, é considerada um documento legítimo pela justiça.

III - Duplicata é uma espécie de título de crédito que constitui o instrumento de prova do contrato de compra e venda. No Brasil ela é regulada pela Lei N° 5.474 de 18
de julho de 1968 - Lei das Duplicatas.

IV - Debênture é um título de crédito representativo de um empréstimo que uma companhia realiza junto a terceiros e que assegura a seus detentores direito contra a
emissora, estabelecidos na escritura de emissão.

V – Cheque é um título de crédito, e, consiste em uma ordem de pagamento à vista emitida em favor de terceiro, em razão de fundos que o emitente possui em
determinada instituição financeira que é responsável por gerenciar esse tipo de transação ao emitir os talonários de cheques

II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;

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A Escritura Pública é a interpretação, no papel e de acordo com os preceitos da lei, de um ato ou negócio jurídico, escrito por um tabelião, a pedido das pessoas
interessadas e que deve conter, justamente, a assinatura dessas pessoas. A responsabilidade formal e legal de se “lavrar” - ou seja, elaborar -, a escritura pública é do
tabelião.

III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;

IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por
conciliador ou mediador credenciado por tribunal;

V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;

VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;

VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;

VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;

IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;

X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral,
desde que documentalmente comprovadas;

XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas
tabelas estabelecidas em lei;

XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.

§ 1o A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.

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§ 2o Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de homologação para serem executados.

§ 3o O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for
indicado como o lugar de cumprimento da obrigação.

a. Letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;

São os títulos de crédito, aos quais a lei (art. 784, I, do NCPC) atribui eficácia executiva. Os quais possuem as seguintes características:

 Literalidade

A literalidade limita e determina a extensão e as declarações e as manifestações contidas em cada título de crédito, mediante a constatação de que o título somente vale pelo que se encontra
escrito nele.

Exemplos: se determinada pessoa se obrigou de forma verbal a realizar o pagamento de determinada duplicata, mas não assinou como avalista, não pode ser obrigado a efetuar o adimplemento
da obrigação.

Se o emitente se compromete a realizar o pagamento de soma de dinheiro representada por uma notada promissória em data anterior ao que está prevista no título, não pode o credor exigir o
adimplemento antes desta.

O título vale pelo que está escrito nele, desde que a declaração se coadune com os permissivos da lei, sob pena de a manifestação ser considerada não escrita.

Exceção, dispõe o art. 890 do CC:

Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que
dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações.

 Autonomia

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A autonomia do título diz respeito ao seu desapego em relação a outras obrigações que tenham sido assumidas pelo próprio emitente ou por um terceiro.

Os vícios em relações existentes entre as partes anteriores não afetam o direito do possuidor atual . A assinatura lançada por uma pessoa no título, impõe a responsabilidade direta
pelo cumprimento da obrigação, não podendo este alegar fatos relativos a obrigações assumidas por terceiros que tenham assinado o título.

Exemplo: Pedro compra um rádio do Benedito, como não tinha dinheiro para efetuar o pagamento à vista emite uma nota promissória tendo como beneficiário o Benedito, esse, por estar
necessitando de dinheiro, desconta o título num banco, ocorre que o rádio apresenta defeitos, portanto Pedro quer desfazer o negócio e pretende não pagar a promissória. No entanto, tendo em
vista o princípio da autonomia, o banco (endossatário), atual credor do título, não tem nada a ver com a compra e venda do rádio, assim sendo, Pedro deverá pagar a nota promissória no seu
vencimento, e caso queira devolver o rádio e receber o dinheiro de volta, deverá demandar diretamente contra o Benedito.

 Abstração

A abstração é o princípio dos títulos de crédito através do qual se torna desnecessário a verificação do negócio jurídico que originou o título. O título desapega-se do negócio
jurídico que justificou a sua emissão.

*Exceção: a duplicata não possui esta característica, pois fica vinculada ao negócio mercantil que lhe deu origem (compra e venda ou prestação de serviço), sendo um título causal.

Exemplo: acidente de trânsito em que o responsável pelo acidente reconhece a culpa e emite um cheque para o pagamento dos prejuízos. Se o título retornar por ausência de fundos, o credor não
necessita ingressar com um processo de conhecimento para demonstrar a responsabilidade pelo acidente, bastando apenas propor ação de execução por título executivo extrajudicial. O fato que
gera a emissão do título é irrelevante para o encerramento da ação, bastando o credor demonstrar que o título não foi pago, o que é feito com o carimbo oposto no verso do cheque.

*Autonomia e abstração não devem ser confundidas, a primeira torna as obrigações assumidas no título independentes; enquanto que a segunda decorre pelo fato dos direitos representados
no título serem abstratos, não tendo vínculo com a causa concreta motivadora do nascimento desse.

Pelo princípio da autonomia, quem adquire um título adquire um direito novo como se fosse um credor originário, não ocupando a posição do antigo credor.

Assim, a autonomia qualifica o direito cambiário dos sucessivos titulares entre si. A autonomia se aplica em duas situações:

a) ao credor de boa-fé não são oponíveis matérias ligadas a terceiros;

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b) não pode ser oposta ao possuidor do título a falta de legitimidade de quem o transferiu.

Pelo princípio da abstração, o título de crédito se desvincula do negócio jurídico que lhe deu origem, isto é, questões relativas a esse negócio jurídico subjacente não tem o condão de
afetar o cumprimento da obrigação do título de crédito.

Assim, a autonomia está ligada a circulação do título de crédito e a abstração está ligada ao negócio jurídico que deu origem ao título (causa debenti).

a.1. Letra de Câmbio

Título de crédito pelo qual o emitente (sacador) dá ao aceitante (sacado), ordem de pagar, ao beneficiário investidor (tomador), determinada quantia, no tempo e nos lugares fixados na
cambial (letra de câmbio).

Traduzindo, trata-se de um de título de crédito negociável no mercado. Consiste em uma ordem de pagamento em que uma pessoa ordena que uma segunda pessoa pague determinado
valor para uma terceira. Deve trazer, de forma explícita, o valor do pagamento, a data e o local para efetuá-lo.

*Somente pode ser executada se aceita, não podendo suprir a ausência de aceite pelo protesto.

a.2. Nota Promissória

A nota promissória representa promessa de pagamento em favor de um beneficiário ou à sua ordem.

*Diferencia-se da letra de câmbio pelo fato de termos apenas dois protagonistas: o devedor ou emitente do título, que o colocar em circulação, e o credor ou portador, pessoa que exigirá o
pagamento da obrigação na data de vencimento contemplada no título.

Para a sua validação é necessário o preenchimento dos seguintes requisitos enumerados pela doutrina:

 A denominação nota promissória;


 A promessa pura e simples de pagar quantia determinada;

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 A identificação da pessoa em favor de quem ou à ordem de quem deve ser paga;
 A identificação da data da sua emissão;
 A assinatura do emitente;
 A data e o lugar do pagamento.

*Flexibilizando as exigências, a jurisprudência admite que o título seja emitido em branco, salvo comprovada a má-fé do agente financeiro, mas inadmite o pagamento de notas promissórias que
apresentem rasura .

Bastante comum é a emissão de nota promissória vinculada a contrato, como na hipótese de compra e venda de imóvel . Pode ocorrer que o contrato seja desnaturado como título executivo, por
ausência da assinatura de duas testemunhas, por exemplo, surgindo a indagação se as notas promissórias poderiam ser executadas.

Pelo fato do título de crédito ser abstrato, não prendendo a causa da sua emissão, motivo pelo qual a inexigibilidade do contrato não resulta a impossibilidade de execução das notas promissórias
ou de ser apoiada nos dois títulos, conforme súmula 27 do STJ: “PODE A EXECUÇÃO FUNDAR-SE EM MAIS DE UM TITULO EXTRAJUDICIAL RELATIVOS AO MESMO NEGÓCIO”.

Contudo, se o contrato firmado que deu origem a nota promissória é ilíquido, forçoso é concluir que a nota promissória não pode servir como suporte à propositura de ação de execução , vide
súmula 258 do STJ: “A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou ”, necessitando o ajuizamento
de ação de conhecimento com ampla dilação probatória.

a.3. Duplicata

As duplicatas são títulos causais, em que a emissão está condicionada a um negócio jurídico subjacente, compra e venda de mercadoria ou a prestação de um serviço.

Exemplos: se viciado o negócio da causa, pelo fato de a mercadoria apresentar avaria; por não ter sido recebida; por apresentar vícios na qualidade ou na quantidade; há fundamento para a
oposição de embargos do devedor, demonstrando a inexigibilidade do título.

A duplicata só é título executivo se aceita pelo devedor ou, se não aceita, vier acompanhada pelo instrumento de protesto e pelo comprovante de entrega das mercadorias ou da
prestação de serviços.

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A duplicata sem aceite, não tendo sido providenciado o protesto para suprir a sua ausência , não dá embasamento a propositura da ação de execução, uma vez que o devedor não foi
notificado para purgar a mora.

Se a duplicata for remetida ao devedor para aceite, e ele a retiver, o protesto poderá ser feito por indicação, e a execução será feita sem a sua juntada, mas com a apresentação da certidão
do protesto, e o comprovante da entrega das mercadorias ou prestação dos serviços.

A emissão de duplicata sem lastro que a embase, constitui crime previsto no art. 172 do CP, sem prejuízo do ajuizamento da propositura de ação de indenização por perdas e danos
pelo protesto indevido do título, inclusive contra o banco que protestou o título.

Duplicata simulada

Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado. (Redação dada
pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

a.4. Debênture

Está disciplinada pela lei n.º 6.404/76, que trata das sociedades anônimas. Como forma de estipular a criação de capital de giro, necessário ao incremento das aditivadas das sociedades
anônimas, a lei permitiu a emissão de títulos denominadas debêntures, destinadas a aquisição do público em geral.

É uma forma de financiamento da atividade da sociedade, com a promessa de pagamento das importâncias acrescidas de juros e correção monetária, sem afastar a possibilidade de
prever a participação de lucros.

*A assembleia geral da sociedade fixa o valor da emissão, o quantitativo e o valor nominal, as garantias, o momento e as condições de pagamento dos juros e participação de lucros.

Quando não for honrado o pagamento, pode gerar a propositura de ação de execução, obrigando o credor a apontar na inicial o certificado de debênture, como instrumento comprobatório de
certeza, exigibilidade e liquidez.

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a.5. Cheque

O cheque representa ordem de pagamento a vista não perdendo essa característica por ter sido emitido para depósito posterior (pós-datado, conhecido com pré-datado).

Exemplo: assim, se o devedor efetuou uma compra, emitindo cheque para pagamento em 15 dias após a sua emissão, o banco não pode negar o pagamento do título se este for apresentado
antes da data aprazada.

Todavia, a apresentação do cheque não retira a possibilidade do devedor propor ação de indenização por perdas e danos em face do credor que não respeitou o acordo firmado entre as partes,
desde que fique demonstrado que a retirada daquela quantia da conta corrente causou prejuízos ao emitente.

Se o cheque é emitido contra conta corrente que apresenta dois titulares, não é necessário propor a ação em face dos dois, diante do princípio da literalidade.

Quanto ao prazo prescricional para a execução do cheque, o prazo será de seis meses contatos da apresentação. Exemplo: Se o cheque foi emitido no dia 1 o de março, tendo sido pós-
datado para 1o de abril, tendo sido apresentado nesta data, a partir dela se iniciará o prazo para execução. Se contudo, foi apresentado no dia 10 de março, a partir desse momento se iniciará o

prazo para execução.

O fato do cheque não ter sido apresentado no prazo de 30 dias, a contar da data pós-datada, não retira do credor o direito de propor
ação de execução, contando-se o prazo de 6 meses da data em que expirou a apresentação.

Se o cheque não foi executado do prazo legal de 6 meses, caberá a propositura de ação monitória (A ação monitória pode ser proposta por
aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz)

b. Escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;

A escritura pública refere-se à forma escrita de um ato jurídico, estabelecendo um contrato. É lavrada em cartório, por um agente público.

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O documento público é aquele documento produzido por autoridade, ou em sua presença, com a respectiva chancela, desde que tenha
autoridade para tanto.

A escritura ou documento público que enseja a execução é aquela que contém declaração de vontade do devedor, comprometendose a
cumprir determinada prestação.

*Não é necessária a assinatura de testemunhas, nem do próprio devedor, bastando que o tabelião, que goza de fé pública, certifique
que ele manifestou a sua vontade.

c. O documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;

O documento particular representa o escrito elaborado e assinado por pessoas que não integral os quadros do Estado ou, mesmo
integrando, estão distanciados do seu ofício no momento da confecção do documento, como desdobramento da sua vida privada.

Por seu turno, terá força executiva o documento firmado pelo devedor, no qual ele reconheça uma obrigação de pagar, fazer ou não fazer ou
entregar coisa, desde que venha assinado por duas testemunhas.

Não há exigência de forma especial, mas é preciso que as testemunhas estejam aptas a testemunhar em juízo, se for necessário.

Discute-se sobre a força executiva do documento se as testemunhas não estavam presentes no momento em que o devedor o assinou,
tendo-o firmado posteriormente. O Superior Tribunal de Justiça tem decidido que a lei “não exige que a assinatura das testemunhas seja
contemporânea à do devedor” (REsp 8.849-DF, Rel. Min. Nilson Naves).

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Tampouco haverá nulidade se as testemunhas não estiverem previamente identificadas no título, bastando que sejam identificáveis, caso
isso se faça necessário.

d. Instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados
dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal

A transação pode ser levada a juízo para homologação, caso em que se formará título executivo judicial.

Mas, se em vez de homologada pelo juízo, for referendada pelo Ministério Público, Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores, o
título será extrajudicial.

A lei não se contenta com a assinatura, mas exige o referendo, isto é, a aprovação do acordo, por parte dos entes que o subscrevem
ou dos advogados das partes.

As assinaturas asseguram que o acordo foi voluntário, e que os transatores tinham conhecimento do seu conteúdo.

A última parte do dispositivo não tem grande relevância, já que mesmo que os subscritores não sejam advogados das partes, o título, ainda
assim, terá eficácia executiva, já eles servirão como testemunhas.

Mas, se o advogado for constituído por ambos os transatores, a sua assinatura, apesar de única, será bastante para garantir força
executiva ao instrumento de transação.

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