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Folhado

A massa folhada caracteriza-se pela sua


aparência laminada, brilhosa e textura
crocante.
Ela é utilizada no preparo de uma grande
variedade de aperitivos e sobremesas
recheadas.
A sua preparação é elaborada e exige
paciência, porque para chegar na consistência
perfeita é necessário dobrar a massa várias
vezes.
 
Essa massa é preparada com água, farinha,
gordura e sal, ingredientes fáceis de encontrar.
Ingredientes
 
— 250 ml de água morna
 
— 500 gramas de farinha de trigo
 
— 60 gramas de manteiga comum derretida
 
— 350 gramas de manteiga comum — sem derreter
 
— 1/2 colher de sopa de sal
Passo-a-passo
1. Para fazer uma boa massa folhada e utilizá-
la para sobremesas ou até receitas
salgadas como pastel, comece colocando a
farinha previamente peneirada numa
tigela/pote.
 2. Depois, faça um buraco no meio. Noutro
recipiente, derreta a manteiga, e despeje
no buraco da farinha.

3. No centro da farinha, adicione a água e o sal.


4.  Retire a outra parte da manteiga do frigorifico para que fique à temperatura
ambiente.
5.  Agora, deve começar a misturar os ingredientes. Com a ajuda de uma espátula,
vá incorporando a farinha de fora para dentro. Quando a massa começar a
tomar consistência pode começar a utilizar as mãos para ajudar. Não se preocupe
em trabalhar muito a massa, porque a massa folhada não tem a textura lisa
como característica. Quando estiver pronta, faça uma bola, conforme a imagem
abaixo:
6. Com a ajuda de uma faca, marque uma
"cruz" na bola de massa, e coloque-a no
frigorifico por uma hora. Depois, polvilhe
um pouco de farinha sobre a superfície
onde vai trabalhar a massa, e retire-a do
frigorifico. Com a ajuda de um rolo, abra a
massa seguindo o formato de cruz que fez
antes.
7. Ao abrir a bola, deve lembrar-se de deixar
uma maior quantidade de massa no
centro. As pontas da cruz devem ser mais
finas, e o centro mais grosso, ou seja, com
mais volume de massa.
8.  Coloque a manteiga em forma de bloco
bem no meio da cruz, conforme a imagem
abaixo:

9. Cubra a manteiga com as pontas da cruz,


colocando uma ponta sobre a outra.
Imagine a massa como se fosse um
pacote, porque o objetivo dessa parte é
cobrir totalmente o bloco de manteiga.
10. Depois, se tiver, retire o excesso de farinha, e
com a ajuda do rolo, dê vários golpes sobre o
quadrado para amolecer a manteiga. Quando
perceber que está bem trabalhada (o suficiente),
pare e comece a abrir a massa com o rolo, na
mesma direção e de forma rápida. O objetivo é
alcançar um retângulo não muito fino.

11.  Comece agora a fazer as primeiras dobras.


Faça a divisão da massa em três partes. Pegue
a extremidade inferior e leve-a até um pouco
mais da metade, fazendo com que a
extremidade superior consiga passar por cima,
conforme a imagem ao lado:
12. Agora, gire o retângulo para a sua direita e faça novamente o passo anterior.
Dessa forma terá feito duas dobras. Leve a massa para o frigorifico e deixe por 20
a 30 minutos. Depois, comece novamente a abrir a massa com o rolo e realize
mais duas dobras, ou seja, repita o passo 6 por duas vezes. Coloque novamente
o retângulo no frigorifico por mais 20 minutos e repita esse processo de novo.
Para conseguir que a massa fique laminada ao cozer, é necessário fazer seis
dobras ao todo.
13. Depois disso, poderá abrir a massa com o
rolo e começar a preparar a receita que
desejar. Corte os pedaços no formato que
precisar e coloque no forno pré-aquecido
a 220o C. Depois, reduza para 200o C,
polvilhe um pouco de açúcar de
confeiteiro, pinte com um pouco de ovo
batido e coza até que esteja dourada.

Veja abaixo um vídeo de uma receita de massa folhada caseira:


Receitas com Massa Folhada
Mil-Folhas

O mil-folhas é um doce muito famoso,


feito com massa folhada e recheio de
creme.
A sua origem ainda é incerta, mas a
versão mais conhecida é que se trata de
um doce ancestral pelos mais antigos
escritos da gastronomia (século XVII) e
que pode ser, teoricamente, descendente
da Baklava, doce de massa folhada
originário do Médio Oriente e da Grécia.  
Esse doce tem uma longa história, e o seu preparo foi aperfeiçoado com o tempo.
Quem eternizou o doce foi o francês Marie-Antoine Carême, considerado primeiro
grande chef.
Ele adorava trabalhar com massa folhada e foi o percursor na criação de doces
intercalados em finas fatias e recheios cremosos.
Ele apresentava os seus doces nas mesas dos grandes banquetes para a alta
sociedade e a aristocracia francesa.
Esses banquetes, em geral, eram servidos para convidados de Charles Maurice de
Talleyrand, o ex-bispo que se tornou príncipe e proporcionava grandes festas no seu
Château de Valençay.
Carême considerava Valençay o maior gourmet que ele conhecia.
 
Carême tinha uma confeitaria num local muito chique e fervilhante em Paris.
Ficava na rua de Paix, ao lado da Praça Vendôme, e lá ele vendia lindos e exclusivos
doces feitos com massa folhada.
 
O mil-folhas é composto originalmente de três camadas de massa folhada
intercaladas com creme e cobertas com açúcar de confeiteiro.
O resultado é uma sobremesa ao mesmo tempo, crocante e cremosa.
Para ser perfeito, deve ser montado praticamente na hora de servir, porque a sua
duração é de, no máximo, 4 horas.
Após isso, a massa folhada começa a puxar a humidade do creme e fica mole.
Ingredientes 
— 400 gramas de massa folhada caseira ou pronta
 — 1/2 lata de creme de leite ou 100 gramas de creme de leite fresco
 — 1 fava de baunilha ou 1 colher de café de essência de baunilha
— 1 colher de sobremesa de canela em pó
 — 1 colher de sopa de conhaque
 — 500 gramas de doce de leite
Modo de preparo
1.  Abra a massa folhada com um rolo para afinar.
2.  Corte a massa em pedaços de 20 cm X 20 cm e faça alguns furos com um garfo
ou palito.
3.  Coza a massa na temperatura 180 ºC até que fique dourada. Reserve.
4.  Misture todos os demais ingredientes num recipiente.
5.  Para montar o mil-folhas, basta ir alternando entre massa e recheio. Cuidado
para não quebrar a massa folhada!
6.  Por fim, decore com açúcar de confeiteiro!
 Lembre-se que pode rechear o mil-folhas do jeito que mais desejar.
Uma outra ótima opção é fazer um mil-folhas de crème légère, que ensinamos na
lição sobre recheios! Boa sorte! :)
 Veja abaixo um vídeo de uma receita de mil folhas com Creme Pâtissière:
Palmier
O Palmier, também conhecido como
palmeira, orelhas de elefante, óculos ou
coração francês é um doce tipicamente
francês (palmier ou cœur de France), que
possui um formato de palmeira, óculos
ou de borboleta.
O doce é feito com massa folhada
enrolada, passado no açúcar e depois
cozida.
Ingredientes
 
— 250 gramas de massa folhada caseira ou pronta
 
— 200 gramas de açúcar cristal e mais para polvilhar
 
— 1 colher de sopa de canela em pó
Modo de Preparo

1.  Comece abrindo a massa folhada com mais ou menos 0,5 cm de espessura. O


objetivo é formar 2 retângulos com cerca de 25 x 35 cm. Mas não se preocupe
tanto em relação à isso, e sim à espessura que é o mais importante!
2.  Num recipiente, misture a canela e o açúcar e jogue por cima da massa,
formando uma camada fininha de açúcar.
3.  Depois, passe o rolo por cima para que o açúcar e a canela grudem na massa.
4.  Enrole a parte mais larga (35 cm) da massa até o meio da mesma. Depois faça o
mesmo com a outra borda.
5.  Aperte os dois rolos formados um contra o outro para grudar.
6.  Agora, coloque a massa em uma forma e deixe por 20 minutos no congelador.
7. Com a ajuda de uma faca (bem afiada), corte pequenas fatias de
aproximadamente 1 dedo, e disponha a palmier sobre uma forma
forrada de papel manteiga.
8.  Por cima de cada biscoito, jogue uma fina camada de açúcar cristal.
9.  Leve os biscoitos para cozer em forno pré-aquecido a 200° C até ficarem
douradinhos.
10.  Por fim, basta retirar e deixar arrefecer!
 
Veja abaixo um vídeo de uma receita de Palmier:
 
Croissant

O famoso pãozinho de massa folhada, pode ser feito com recheios salgados ou
doces, e tem uma história incrível por trás da sua criação.
Diferente do que muitos pensam, o croissant não tem origem francesa, mas sim
austríaca do ano de 1683 na capital Viena.
Um dos impérios considerados mais fortes do mundo era o Império Otomano, de
origem turca.
Na tentativa de expandir
o seu domínio em terras
europeias, encontraram
muitas dificuldades para
entrar em Viena.
Com isso, eles começaram a cavar túneis no período da noite, que levavam até o
centro da cidade.
Porém, haviam alguns padeiros em Viena que ficavam durante toda a noite
acordados preparando pães para serem vendidos frescos pela manhã.
Eles não contavam com esses trabalhadores, e numa noite de escavação os
padeiros acabaram ouvindo os barulhos, fazendo com que o império não
conseguisse chegar até a cidade.
 
De acordo com a história, algumas recompensas foram oferecidas para os
padeiros, porém, eles recusaram.
A única coisa que desejaram era o direito de criar algo que indicasse a vitória contra
o inimigo.
 
Eles conheciam muitas técnicas, e tiveram a ideia de fazer pequenos pães
folhados em forma de meia-lua.
Assim surgiu o nosso querido CROISSANT.
Mas no início, o seu nome era Viennoiserie, e só foi conhecido por volta de
1770 pelos franceses.
Croissant, do francês, significa “crescente ” e representa um formato de meia-
lua.
A forma e o nome foram escolhidos para representar a bandeira dos turcos do
império Otomano, já que tinha formato de lua e uma estrela ao lado.
 
A austríaca Maria Antonieta, que mais tarde se tornaria rainha da França,
provou a iguaria.
Era um hábito que o rei e a rainha comessem em frente à várias pessoas na
corte de Versalhes.
Porém, dizem que Maria Antonieta, a nova rainha, se recusou a fazer isso, e foi
comer sozinha o seu “kipfel”, que também foi um nome dado para o croissant no
início.
Para se casar com o Rei francês Louis XIV e fazer parte do novo território, Maria
Antonieta teve que cortar todos os laços com a sua família que vivia na Áustria.
Por isso optou por comer o kipfel, já que era algo que lembrava a sua terra.
Ela passou a chamar o seu amado kipfel de croissant na França!
 
O croissant é delicado, e o seu principal segredo está na massa.
As suas dobras, que separam as camadas, proporcionam a sua beleza.
O seu sabor deve ser amanteigado, a sua crosta crocante e douradinha, e o seu
miolo macio e aerado.
Os ingredientes que compõe esse lindo doce? Açúcar, leite, farinha, sal, manteiga
e ovos pincelados!
 
Os recheios são diversos, e podem ser tanto salgados, quanto doces.
Podem ser recheados apenas com manteiga, mas também é muito comum recheá-los
com geleia e chocolate.
 
No início, as receitas eram um pouco diferentes do croissant que conhecemos hoje.
A sua massa era mais densa, mais pesada, então tinha características parecidas de
um pão comum.
Foi apenas perto de 1900 que um padeiro francês decidiu fazer uma alteração na
receita, tornando a massa folhada mais leve.
Por essa alteração, muitos dizem que o croissant foi inventado na França, mas, na
verdade, eles apenas refinaram a receita original dos austríacos.
 
Para fazer o croissant tradicional, a receita da massa folhada é um pouco diferente
da que ensinamos no início da lição, por isso, veja a receita completa abaixo:
Receita — Croissant Tradicional
 Rendimento: 10 a 12 unidades de 80 gramas
 Ingredientes — Massa
 — 500 gramas de farinha de trigo
 — 220 ml de água fria (10o C)
 — 20 gramas de fermento biológico fresco ou 7 gramas de fermento biológico seco
 — 50 gramas de fermento natural de farinha branca. O ideal é que o fermento esteja
“refrescado ” e não usado direto do frigorifico.
 — 10 gramas de sal
— 70 gramas de açúcar
 — 1 ovo (50 g) + 1 ovo batido para pincelar
 — 25 gramas de manteiga (sem sal) amolecida
 — 250 gramas de manteiga (sem sal) gelada
 
O ideal é sempre usar a balança de precisão!
Modo de preparo
1.  Adicione a água, o açúcar e o ovo num recipiente grande.
2.  Adicione o fermento biológico na água ou diretamente na farinha.
3.  Agora, adicione o fermento natural, o sal e a farinha.
4.  Se tiver uma batedeira planetária, utilize-a nessa receita. Nesse caso, para
sovar a massa, ligue na velocidade baixa por mais ou menos 5 minutos. Depois,
aumente para a velocidade alta por mais 2 minutos, acrescente a manteiga e
bata por mais 3 minutos, mantendo essa velocidade. Se precisar sovar a massa
manualmente, misture todos os ingredientes (incluindo a manteiga). Sove
a massa por aproximadamente 10 minutos no próprio recipiente ou numa
bancada levemente enfarinhada.
5.  Modele a massa em formato de bola e cubra a massa com um pano. Leve
para o frigorifico e deixe descansar por 1 hora.
6.  Depois, retire a manteiga do frigorifico (250g) e coloque-a entre duas
folhas de papel manteiga.
7.  Utilizando o rolo, bata suavemente na manteiga entre as folhas de papel
para amassá-la.
8. Após ficar um pouco amolecida, passe bem o rolo sobre a manteiga, até ficar
num formato de quadrado de mais ou menos 3 milímetros de altura.
9.  Retire a massa do frigorifico e despeje ela numa bancada levemente
enfarinhada.
10.  Utilizando o rolo, abra a massa até que fique no formato de um retângulo de
60 x 30 centímetros.
13 — Depois, utilizando o rolo, estique novamente a massa até obter o formato de
um retângulo um terço mais extenso que o anterior.
14 — Agora vamos dividir a massa em 3
partes. Dobre a parte inferior até o centro e
depois faça o mesmo com a parte superior.

15 — Utilize o papel filme para envolver a


massa
16. Coloque para descansar no frigorifico por 1 hora.

17. Faça novamente o processo de estender e dobrar a massa. Enfarinhe a bancada, retire a
massa do frigorifico, e estique-a com o rolo até aumentar em um terço do tamanho.
Depois, dobre ela em 3 partes novamente. Envolva a massa em plástico filme e faça agora
com as pontas dos dedos, duas leves cavidades para indicar que essa foi a segunda dobra.
Deixe descansar no frigorifico por 1 hora
18 — Pela terceira e última vez, repita o processo de estender e dobrar a massa.
Enfarinhe levemente a bancada e retire a massa do frigorifico. Estique a massa com o
rolo até obter o formato de um retângulo de aproximadamente 75 x 25 cm. Tente o
máximo possível deixar as bordas retas.
19 — Com a ajuda de uma faca ou um
raspador de massa, corte de 10 a 12
triângulos, assim como na imagem abaixo:
21. Agora, comece a enrolar cada triângulo.
22.  Coloque-os sobre uma assadeira forrada
com papel manteiga.
23. Cubra-os e deixe descansar por mais ou menos 2 horas fora do frigorifico.
24.  Coloque outra assadeira na parte de baixo do forno e pré aqueça-o a 180 o C.
Faça isso 20 ou 30 minutos antes de cozer.
25.  Bata um ovo com uma pitada de sal e pincele sobre os croissants.
26. Adicione 50 ml de água na assadeira que está na
parte de baixo do forno, e logo em seguida,
coloque a assadeira com os croissants no forno,
mantendo a mesma temperatura.
27.  Deixe cozer por 15 a 20 minutos, até dourar
bem.
28.  Se o tempo acabou e os croissants ainda não
estiverem dourados, coloque na função
"gratinar" por 5 minutos.
29.  Quando estiver completamente cozido, remova
do forno e coloque numa grade por 10 minutos
mais ou menos ou até que estejam totalmente
frios.
 
E pronto, croissants preparados! Agora é só escolher
o recheio de preferência!
Pastel de Belém ou Pastel de Nata?
Muitos não sabem, mas o Pastel de
Belém é uma coisa e o Pastel de Nata
é outra.
O Pastel de Belém surgiu em 1837
pelas mãos dos monges do Mosteiro
de Jerônimo.
Com o tempo, as confeitarias do
mundo inteiro tentaram descobrir o
segredo da receita, porém, ela é
preservada até hoje por mestres que fizeram um acordo de confidencialidade, inclusive
entre as quatro paredes da “Oficina do Segredo”.
 Os donos da registrada e autêntica marca "Pastéis de Belém" não divulgam a receita,
resistindo até mesmo a abrir franquias ou filiais, justamente para que o segredo não seja
divulgado.
Hoje em dia é possível encontrar pastel de nata em diversos lugares, porém, o Pastel
de Belém, original, é encontrado apenas na confeitaria "Pastéis de Belém" em
Lisboa.
 
As tentativas de se obter um verdadeiro Pastel de Belém são muitas, porém
acredita-se que o segredo não está na adição de um ingrediente específico, mas
sim na forma de fazer.
 
A massa é parecida com uma massa folhada, feita com farinha, manteiga, água e sal.
Os doces são servidos normalmente ainda quentinhos e polvilhados com canela e
açúcar. Já o recheio é feito com leite, açúcar e gemas de ovos.
Ingredientes
 
Massa
 — 300 gramas de massa folhada caseira ou pronta
 — Forminhas de empada
 
Creme
 — 1 ovo
 — 130 gramas de gema de ovo
 — 300 ml de leite
 —1/2 copo de farinha de trigo (mais ou menos 100g)
 — 3 colheres de sopa de amido de milho (mais ou menos 70g)
 
Calda
 — 300 gramas de açúcar
 — 200 ml de água
 — uma pitada de sal
 — casca de 1 limão
 — canela em pó
Modo de preparo
 
1. Comece pela calda. Coloque todos os ingredientes numa panela e mexa até
dissolver todo o açúcar. Depois de misturar bem, leve ao fogo médio até levantar
fervura.
2.  Deixe a calda de lado e comece a produzir o creme. Coloque o leite num
recipiente e vá adicionando a farinha e o amido de trigo, até que resulte em uma
papa consistente.
3.  Depois de misturar bastante, leve ao fogo médio e mexa até engrossar.
4.  Vá adicionando a calda aos poucos, e continue a mexer. Depois de adicionar, vá
misturando por mais uns dois minutos.
5.  Desligue o fogo e deixe a mistura arrefecer.
6.  Quando o creme estiver totalmente frio, adicione o ovo inteiro e as gemas e mexa
por mais dois minutos.
7.  Abra o rolo da massa folhada numa superfície com farinha e corte em
pequenos pedaços, para forrar as forminhas de empada.
8.  Forre as forminhas sempre deixando uma borda de massa sobrando. Deverá
dobrar toda a massa que sobra na forma, para criar aquela bordinha do Pastel
de Nata.
9.  Coloque o creme em todas as forminhas.
10.  Leve ao forno em uma temperatura de 300o C por 20 minutos!

Veja abaixo um vídeo de uma receita de Pastel de Nata:


Strudel
O Strudel é um doce feito em camadas, que
tem o recheio enrolado no seu interior.
Alguns dizem que a sua origem é austríaca,
outros dizem que nasceu na Hungria.
Historicamente, esta receita já estava
presente na culinária árabe e turca.
Lá, a especialidade é até hoje preparada de forma tradicional, com massa “filo”, e
normalmente recheado com maçã.
A massa filo é uma herança gastronómica turca que os húngaros receberam da
ocupação otomana do século 16.
Fazem-se strudel desde aqueles primórdios na Hungria, e além de maçã, usam
semente de papoila, abóbora, nozes, cereja silvestre, ricota e até repolho.
Quando os húngaros finalmente s e conseguiram l ivrar do domínio turco,
após 150 anos, ficaram sob ocupação austríaca.
Por algum motivo, no século XIX houve uma ótima safra de maçãs.
Com isso, os húngaros resolveram priorizar a fruta no preparo do strudel.
A receita se espalhou por todo império austro- húngaro e conquistou a Europa.
 
Os húngaros foram por muito tempo especialistas em strudel.
O strudel húngaro, na primeira metade do século XIX, tornou-se uma
especialidade do famoso Hotel Ritz, em Paris.
O confeiteiro do famoso hotel teria ido até Budapeste para aprender os segredos
da massa.
 
A massa chegou à Viena depois de passar pelos países dos Bálcãs e pela
Hungria.
Quem ajudou na aceitação e adoração do strudel na sociedade foi a imperatriz
Maria Teresa, e a receita conquistou todo o Império Austro-Húngaro e a culinária
internacional.
 
Apesar de diversas cozinhas terem participado do aprimoramento do strudel,
foram os vienenses que tornaram essa iguaria conhecida no mundo todo.
E também foi nesta cozinha que nasceram os tipos mais conhecidos de Strudel:
 
→ Apfelstrudel: com recheio de maçã, a receita mais tradicional e conhecida no
mundo;
 
→ Topfenstrudel : recheado com queijo ricota, passas e açúcar;
→ Weichselstrudel: receita com cereja-azeda;
 
→ Kirschenstrudel : receita com cereja doce;
 
→ Mohnstrudel: recheado com sementes de papoila.
 
A origem da palavra “Strudel” é alemã e significa redemoinho.
 
O segredo de um strudel perfeito é ter a massa bem fininha e elástica, o que permite
que ela seja moldada com facilidade.
E ela é feita com farinha de trigo e elevado teor de glúten.
Também contém água, açúcar, sal, manteiga e ovo.
A massa é trabalhada, descansada e depois esticada até ficar muito fina.
Massa Filo
 
Qual a diferença entre massa filo e massa folhada?
 
A massa filo tem o seu nome derivado do grego "phyllo", que significa folha.
A massa é finíssima e é aberta com rolo até ficar quase transparente.
Como é uma receita extremamente delicada, muitas pessoas acabam tendo
dificuldades em prepará-la e em atingir a textura correta.
Por isso, muitos acabam comprando a massa pronta, assim como a massa folhada.
A massa filo e a massa folhada são muitas vezes comparadas e até confundidas, já
que são, de fato, muito parecidas.
  Além de muito fina, a massa filo é feita com pouquíssima gordura.
Para atingir o efeito folhado com a massa filo, é necessário sobrepor várias
camadas, intercaladas.
Já a massa folhada possui espessura bem maior que a anterior e exige apenas
uma camada de massa para obter o resultado desejado.
 Muitas pessoas fazem o strudel com a massa folhada, mas para a receita
tradicional, o ideal é utilizar a massa filo.
 A massa filo exige um certo cuidado na montagem, e a massa folhada em
comparação, tem um manuseio mais simples, porém, a sua textura é mais pesada e
o sabor é mais amanteigado e gorduroso, enquanto a filo é mais leve e delicada,
podendo ser considerada mais "light".
 
Conhecendo as principais diferenças, cabe a si escolher a massa que melhor se
encaixa nas expectativas. Lembrando que deverá escolher de acordo com a
receita que desejar fazer!
Receita – Apfelstrudel

 
Ingredientes — Massa Filo
 
— 250 gramas de farinha de trigo especial
 
— 1 ovo
 
— 125 ml de água morna
 
— 1 Colher de chá de óleo de girassol
Modo de Preparo — Massa Filo

1.  Comece misturando os ovos com o óleo e a água. É importante utilizar as


medidas exatas. Se for utilizar um ovo muito grande, adicione um
pouquinho mais de farinha de trigo.
2.  Agora, peneire e adicione a farinha de trigo e o sal. Sove bem para obter
uma massa homogénea e firme. Quanto mais a massa for sovada, melhor
ela ficará. 15 a 20 minutos é o ideal.
3.  Embrulhe a massa num pano e deixe descansar por 20 a 30 minutos no
mínimo. O ideal é deixar descansar por 3 horas.
Ingredientes — Recheio
 
— 8 maçãs
 
— 100 gramas de açúcar cristal
 
— canela em pó ao gosto
 
— 100 gramas de uva passa
 
— 60 ml Amaretto ou outro licor com sabor de amêndoa
 
— farinha de rosca doce ao gosto
 
— 100 gramas de castanha de caju sem casca
Modo de Preparo — Recheio

1. Lave e descasque as frutas.


2. Corte-as em cubos, e misture todas em uma tigela.
3. Hidrate as uvas-passas com o Amaretto ou com o outro licor.
4. Pique as nozes
5. Depois, misture todos os ingredientes, exceto a farinha de rosca.
6. Agora, vá adicionando a farinha de rosca de acordo com a consistência do
recheio. Faça até obter um recheio húmido, mas compacto.
7. Prove e veja se é preciso adicionar mais açúcar.
Modo De Preparo — Massa e Recheio

1.  Abra a massa bem fina.


2.  Comece primeiro com um rolo e depois utilize as costas da mão para esticar mais
a massa.
3.  Coloque a massa sobre um pano e distribua o recheio no centro da massa.
4.  Dobre as bordas da massa e embrulhe com o recheio.
5. Pincele uma mistura de gema de ovo e nata por cima para uma melhor
aparência.
6. Coza no forno a 160 graus por 20 minutos.
 
Dicas:

 → Não abra o forno durante a cocção.

 → O Apfelstrudel deve ter um sabor de maçã suculenta. O recheio pode conter


mais ou menos humidade, e isso vai depender do tipo de maçã que for utilizar
para a receita. Para equilibrar, utilize o açúcar cristal, uvas-passas e farinha de
rosca doce. Uma dica é fazer um teste de purê com a maçã que comprou.
 
→ Sirva com sorvete de baunilha!
 
Veja abaixo um vídeo de uma receita de strudel de maçã:

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