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Faculdades Integradas de Três Lagoas - AEMS

Psicologia
Motivação, Emoção e Percepção 1º Período
Professora Drª Bernadeth Bucher

Neurociência e
Emoção

2014
Acadêmicas

Genifer Carolaine da Silva Jorenti


Iasmim Michelle Barboza Pereira Silva
Larine Batista
Natalia Prates Marques
Introdução

Durante séculos, o cérebro humano permaneceu fora do alcance da


ciência, pois não havia instrumentos capazes de explorá-lo, contudo nas
últimas décadas as pesquisas sobre o cérebro progrediram com grande
intensidade e rapidez.
Hoje sabemos que a parte superior do cérebro possui redes
neuronais que permitem a percepção, pensamento e fala. E na parte
inferior são onde se mantém a memória, impulsos básicos e as emoções
que são o objeto de estudo deste trabalho.
Neurociência - Conceito

Segundo Lent (2010), neurociência é uma ciência que engloba outras


ciências que se interessam pelo sistema nervoso em relação a sua estrutura,
função, desenvolvimento, evolução, e disfunções. Desse modo, há muitos
meios de classificá-las, de acordo com os níveis de abordagem.
Neurociência - Conceito

•Neurociência Molecular;

•Neurociência Celular;

•Neurociência Sistêmica ( neurofisiologia);

•Neurociência Comportamental (psicobiologia);

•Neurociência Cognitiva (neuropsicologia).


Neurociência - Evolução

O método mais antigo de estudar as conexões entre cérebro e mente é a


observação dos efeitos de doenças e lesões cerebrais. Recentemente, com a
introdução das novas tecnologias, é possível estimular partes do corpo por
meios elétricos, químicos ou magnéticos e anotar seus efeitos (MYERS, 2006).
As novas tecnologias dão oportunidade para a ampliação do
conhecimento sobre o cérebro e o comportamento humano, contribuindo
no estudo das ciências sociais, que utilizavam somente da observação
dos fatores externos (BICA, 2006).
Neurociência - Novas Tecnologias

Myers (2006) e Bica (2006) relatam que os principais instrumentos e


técnicas para investigar o cérebro vivo são:

•Tomografia computadorizada (CT): examina o cérebro ao tirar radiografias


que podem revelar lesão cerebral.

•Tomografia de emissão positrônica (PET): descreve a atividade de


diferentes áreas do cérebro ao mostrar o consumo de combustível químico de
cada área.
•Eletroencefalograma (EEG): analisa a atividade elétrica cerebral espontânea
através da utilização de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo.

•Imagem de ressonância magnética (fRMI): produz imagens tridimensionais


da atividade sináptica neuronal, medindo tal atividade pelo aumento da
quantidade de impulsos elétricos entre os neurônios.
Emoção

Lent (2010) declara que existem muitas emoções e estas são de difícil
classificação, contudo elas apresentam três aspectos:

• Sentimento positivo-negativo;
• Reações físicas características;
• Ajustes fisiológicos.
Emoção

Damásio (2009) distingue as emoções entre:

•Emoções primarias: inatas a todas as pessoas (raiva, medo e felicidade).

•Emoções secundarias: adquiridas pela influência de acordo com contexto


social e cultural (vergonha e culpa);

•Emoções de fundo: de fácil interpretação (agradáveis ou desagradáveis)


Sistemas das Emoções

Bear, Connors e Paradiso (2008) afirmam que o termo Sistema Límbico


foi popularizado em 1952 por Paul MacLen com intuito de definir um sistema
único para a emoção.

Esperidião-Antonio (2007), propõe a concepção de Sistema de Emoções,


uma vez que a ideia de um único sistema das emoções vem sendo ameaçada na
medida em que tem sido identificadas diferentes áreas do SNC relacionadas as
emoções.
- Lobo Límbico de Broca (1878) - consiste no córtex ao redor do corpo
caloso, do giro cingulado, no córtex na superfície media do lobo temporal
incluindo o hipocampo.

Fonte: BEAR; CONNORS; PARADISO (2008, p. 269)


-Circuito de Papez (1930) - emoção é determinada pela atividade no córtex
cingulado e em outras áreas corticais , sendo governada pelo hipotálamo.

Fonte: BEAR; CONNORS; PARADISO (2008, p. 269)


Estruturas relacionadas as emoções
Esperidião-Antonio (2007) indica as seguintes estruturas envolvidas no
processo emocional:

-Tálamo: relaciona-se com sensibilidade, motricidade, comportamento


emocional e ativação do córtex cerebral.
Hipotálamo : Sua estimulação lateral induz à fúria e/ou à luta. Já a do
núcleo ventromedial induz sensação de tranquilidade. A estimulação
dos núcleos periventriculares costuma acarretar medo e reações de
punição.
-Giro cingulado: Está intimamente relacionado à depressão, à ansiedade e à
agressividade, observando-se, em humanos, lentidão mental em casos de lesão
dessa estrutura.
-Amigdala: relacionada aos aprendizados emocionais e ao armazenamento de
memórias afetivas. É responsável pela associação estímulos-recompensas, pela
detecção, geração e manutenção das emoções relacionadas ao medo,
reconhecimento de expressões faciais de medo e coordenação de respostas
apropriadas à ameaça e ao perigo.
-Córtex pré-frontal: participa na tomada de decisões e no controle do
comportamento emocional.
- Septo: Está intimamente relacionado à depressão, à ansiedade e à
agressividade, trazendo lentidão mental em casos de lesão dessa estrutura.
- Cerebelo: contribui para as habilidades motoras, sensoriais e cognitivas. No
caso da emoção, as regiões cerebelares mais antigas são responsáveis pelos
mecanismos primitivos de preservação, manifestações de luta, emoção,
sexualidade e, possivelmente, de memória emocional.
Considerações Finais

Os avanços da neurociência auxiliam na compreensão do processo


emocional do ser humano. A questão de o encéfalo ter um ou mais sistemas
emocionais é, ainda, um tema debate.

O consenso atual é de que certas estruturas são importantes no processo


emocional, sendo a amígdala a que tem recebido mais atenção. É necessário
adquirir maior compreensão dos mecanismos neurobiológicos relacionados
as emoções.
Referências
BEAR, Mark F.; CONNORS, Barry W.; PARADISO, Michael A. Neurociências:
Desvendando o sistema nervoso. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
BICCA, R.H.R. Emoções, interpretação e aplicação legal: com enfoque nas
reflexões de Martha C. Nussbaum. Disponível em:
<http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/13150> Acesso em: 22 abr. 2014.
ESPERIDIÃO-ANTONIO, V. et al. Neurobiologia das emoções.
Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/rpc/v35n2/a03v35n2.pdf> Acesso em: 25
abr. 2014.
DAMÁSIO, Antonio R. O Erro de Descartes: emoção, razão e cérebro humano. 2.
ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
LENT, R. Cem Bilhões de Neurônios: conceitos fundamentais de neurociências. 2.
ed. São Paulo: Atheneu, 2010.
MYERS, David. Psicologia. 7.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

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