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UFCD -20

Formadora: Madalena Alves 1


UFCD 20 - 0574
Encerramento Anual de Contas

Objetivos Gerais

 Executar lançamentos de regularização de contas


para apuramento dos resultados;
 Identificar os documentos relacionados com
a prestação de contas;
 Aplicar NCRF – Normas Contabilísticas e de Relato
Financeiro.

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UFCD 20

Conteúdos

 Regularização de Contas para apuramento dos


resultados;

 As NCRF e a prestação de contas.

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Consideram-se operações de fim de exercício


todos os registos contabilísticos, não correntes,
com os seguintes objetivos:
 Retificação das contas;
 O apuramento de resultados;
 Elaboração das demonstrações financeiras;

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UFCD 20

 Encerramento de contas;

A entrega da Modelo 22;

Entrega da IES - Empresarial


Informação Simplificada.

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UFCD 20
As operações de fim de exercício são
abordadas segundo duas óticas:

Uma primeira referente:

 à sequência das operações e registos a efetuar;


 à retificação das contas;
 à elaboração do balancete de retificação;
 ao apuramento dos resultados.

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UFCD 20
A segunda relativa aos mapas a elaborar:

Balanço;
 Demonstração dos resultados;

Demonstração das do
alterações próprio; capital

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UFCD 20

Demonstração dos fluxos de caixa e respetivo


anexo;

Anexo às contas, onde se divulgam as bases de


preparação e as políticas contabilísticas adotadas
e outras divulgações que se mostrem necessárias.

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UFCD 20
Contudo, para entidades que não ultrapassem
dois dos seguintes três limites, não são
necessários alguns elementos :

 total de balanço: 500.000 €;


 total de vendas líquidas e outros
rendimentos:
1.000.000 €;
número de trabalhadores empregados
em média durante o exercício:20.

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UFCD 20

Estão dispensadas de apresentar:

A demonstração das no
alterações próprio; capital

 A demonstração dos fluxos de caixa.

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UFCD 20
Em suma,
As operações de encerramento traduzem-se
num conjunto de operações relacionadas com:
 O reconhecimento de gastos e rendimentos;
Reclassificações e regularizações que sejam
necessárias.

Tendo em vista o apuramento do resultado do


período e a elaboração das demonstrações
financeiras.

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UFCD 20
As operações de fim de exercício têm como ponto
de partida:

os elementos fornecidos pelo balancete


de verificação do razão do final de cada exercício;

e pela inventariação do património da empresa


(Inventário Anual).

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UFCD 20
As operações mensais e anuais de uma
empresa seguem as seguintes fases:

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Alguns conceitos:
Balancete de verificação
O balancete é o quadro onde se inscrevem todas as
contas, com os totais de débito e de crédito acumulados
e os respetivos saldos, numa certa data.
O balancete dá a conhecer os saldos contabilísticos. É
necessário fazer a verificação destes saldos em função dos
saldos reais que através do inventário anual vão ser
determinados.
Por vezes existem divergências entre estes valores.

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Alguns conceitos:
Exercício

A atividade da empresa é contabilizada por ciclos


contabilísticos que correspondem ao ano civil.
A cada ciclo é dado o nome de exercício.

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UFCD 20

A atividade da empresa origina factos patrimoniais


registados nas respetivas contas e são reunidos
periodicamente em balancetes.

No fim de cada exercício produzem-se mapas


finais que refletem a atividade e desempenho da
empresa nesse exercício e nos que o
antecederam.

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UFCD 20

O Inventário Anual tem como objetivo:

Determinar o valor real dos elementos


patrimoniais que se detetem os valores
para
contabilísticos não coincidentes.

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UFCD 20
O inventário é o somatório de
anual inventários: vários

 Inventário das Disponibilidades;

Refere-se à verificação física da caixa e conferência


dos extratos dos saldos bancários.

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UFCD 20

Inventário dos créditos e dos débitos;

Consiste em verificar a existência de créditos de


cobrança duvidosa, créditos incobráveis e outros
débitos e créditos não registados.

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UFCD 20

Inventário das mercadorias, produtos


acabados e outros;

 Inventário dos Ativos Fixos Tangíveis e outros;

 Outros.

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UFCD 20
A regularização das contas tem por finalidade
retificar os saldos contabilísticos das contas
sempre que sejam detectadas diferenças entre os
inventários e a contabilidade, sendo os
lançamentos mais correntes os seguintes:

Diferenças de Caixa;

Custo das mercadorias;

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UFCD 20
Perdas por Imparidade em dívidas a receber;

Gastos de depreciação e de amortização;

Provisões;

Acréscimos e Diferimentos.

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UFCD 20
Diferenças de Caixa
No final do exercício deve-se comparar o saldo
contabilístico da Conta Caixa com o dinheiro em
Caixa.
Se ocorrer um valor superior na Conta Caixa
(contabilidade) em relação à contagem física
(Caixa) devem-se movimentar as contas: 6888-
Outros Gastos e Perdas - Outros não especificados
a débito, em contrapartida da conta caixa – 11, a
crédito.

Formadora: Madalena Alves 26


UFCD 20
Diferenças de Caixa

Exemplo:

Na contabilidade a conta caixa regista um valor de


100€ e a contagem física evidenciou 90€.
Regularização:

11 6888

10 10

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UFCD 20
Diferenças de Caixa

Se ocorrer um valor inferior na Conta Caixa


(Contabilidade) em relação à física
contagem
(Caixa) devem-se movimentar as contas 7888 –
Outros Rendimentos e Ganhos – Outros não
especificados a crédito, em contrapartida da conta
caixa – 11, a débito.

Formadora: Madalena Alves 28


UFCD 20
Diferenças de Caixa
Exemplo:

Na contabilidade a conta caixa regista um valor de


90€ e a contagem física evidenciou 100€.
Regularização:

11 7888

10 10

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UFCD 20
Diferenças de Caixa

No caso de existir moeda estrangeira, dever-se-á


actualizar o valor da moeda ao câmbio de
31/12/N.
Se existir uma diferença de câmbio desfavorável,
movimentam-se as contas: 692 – Gastos e perdas
de financiamento – Diferenças de câmbio
desfavoráveis, a débito e a crédito da conta caixa –
11.

Formadora: Madalena Alves 30


UFCD 20
Diferenças de
Exemplo: Caixa

Na contabilidade o valor registado era de 25€, mas


com a atualização do câmbio o valor deveria ser
20€.
Regularização:
11 692

5 5

Formadora: Madalena Alves 31


UFCD 20
Diferenças de Caixa

Se existir uma diferença de câmbio favorável,


movimentam-se as contas: 7861 – Outros
Rendimentos e Ganhos – Diferenças de câmbio
favoráveis, a crédito e a débito da conta caixa –
11.

Formadora: Madalena Alves 32


UFCD 20
Diferenças de Caixa
Exemplo:
O valor registado na contabilidade era de 20€, mas
depois da atualização do câmbio deveria ser de
25€.
Regularização:
11 7861

5 5

Formadora: Madalena Alves 33


UFCD 20
Diferenças de
Caixa

Formadora: Madalena Alves 34


UFCD 20
Custo das Mercadorias

A conta de mercadorias pode movimentar-se


segundo dois sistemas:

 Sistema de Inventário Permanente;

 Sistema de Inventário Periódico.

Formadora: Madalena Alves 35


UFCD 20
Custo das Mercadorias
Sistema de Inventário Permanente

Neste caso procede-se ao inventário das


existências em armazém, para verificar se o saldo
coincide com o da conta de Mercadorias, na
contabilidade.

Formadora: Madalena Alves 36


UFCD 20
Custo das Mercadorias
Sistema de Inventário Permanente

Este inventário permite apurar a


qualquer momento:

 o valor dos inventários em armazém;


o custo das mercadorias vendidas e consumidas
(CMVMC);
 o resultado das vendas.

Formadora: Madalena Alves 37


UFCD 20
Custo das Mercadorias
Sistema de Inventário Permanente

Neste tipo de inventário a conta 31 – Compras é


transitória e o seu saldo é transferido durante o
ano para a conta 32 – Mercadorias.

Neste sistema de inventário, estas contas


movimentam-se no início e durante o ano.

Formadora: Madalena Alves 38


UFCD 20
Custo das
Sistema deMercadorias
Inventário Permanente

O custo dos inventários vendidos ou consumidos


durante o período é dado pelo saldo da conta 61 -
CMVMC.
A conta é movimentada com regularidade ao longo
do ano e serve de contrapartida às respetivas contas
de inventários(ex. conta 32), quando se verificam
saídas pela venda ou integração no processo
produtivo da empresa.

Formadora: Madalena Alves 39


UFCD 20
Custo das
Sistema deMercadorias
Inventário Permanente

As saídas são registadas pelo sistema custeio


de utilizado pela empresa (FIFO ou CMP).

Formadora: Madalena Alves 40


Pela aquisição/compra

31 11/12/22
x x

Pela entrada em armazém


Transferência da conta 31 para a 32

31 32
x x

Saídas de armazém (conta 32)


As saídas ocorrem pelas vendas ou consumos.
As saídas registam-se pelo preço de custo, de acordo com o critério de custeio.

11/12/21 71 61 32

x x x x

O saldo da 32 deve coincidir com a contagem física e com a ficha de armazém.


Formadora: Madalena Alves 41
UFCD 20
No SIP o resultado bruto das vendas é apurado da
seguinte forma:

RBV = VL - CMVMC

Em que:

VL = Vendas Líquidas = Saldo da conta 71


CMVMC = Custo das mercadorias vendidas
e matérias consumidas = Saldo da conta 61

Formadora: Mª Fernanda Raposo 42


Formadora: Madalena Alves 42
Em resumo, UFCD 20
No SIP:
 Permite determinar, permanentemente,
valor dos oinventários da empresa e apurar
resultados
os obtidos na venda ou produção
(obter a margem bruta).
 Para que tal seja possível, é necessário que
todas as entradas e saídas de inventários, sejam
registadas na contabilidade.

Formadora: Mª Fernanda Raposo 43


Formadora: Madalena Alves 43
UFCD 20
No SIP:
 O custo dos inventários vendidos ou
consumidos durante o período é dado pelo saldo
da conta «61
- Custo das mercadorias vendidas e das matérias
consumidas».
 A margem bruta das vendas obtém-se por
diferença entre os saldos das contas «71-Vendas»
e da conta «61 - Custo das mercadorias vendidas e
das matérias consumidas».

Margem Bruta das Vendas = Vendas - Custo das mercadorias vendidas


Formadora: Maria João Soares 44
Formadora: Mª
Madalena
Fernanda
Alves
Raposo 44
UFCD 20
No SIP:
 O valor na conta «31 – Compras», é sempre
transferido para as contas de inventários
respectivas (mercadorias, matérias-primas. etc.).
Assim, esta conta, está sempre saldada.

 Em sistema de inventário permanente os


inventários são controlados através de fichas cujo
layout é basicamente o seguinte:

Formadora: Mª Fernanda Raposo

45
45
Formadora: Madalena Alves 45
UFCD 20

46
Formadora: Madalena Alves 46
Formadora: Mª Fernanda Raposo
UFCD 20
Nota:

A conta 61-CMVMC regista a contrapartida das


saídas das existências, pela venda ou integração
no processo produtivo.

47
Formadora: Madalena Alves 47
Formadora: Mª Fernanda Raposo
UFCD 20

48
Formadora: Madalena Alves 47
Formadora: Mª Fernanda Raposo
SIP UFCD 20
Por fim:
O esquema de movimento do SIP

Formadora: Maria João Soares 49


Formadora: Madalena Alves 49
49
UFCD 20

Formadora: Madalena Alves 50


UFCD 20
Custo das Mercadorias
Sistema de Inventário Intermitente ou Periódico
Neste tipo de inventário as conta 31 – Compras e 38 –
Reclassificação Regularização de Inventários são
transitórias e o seu saldo é transferido apenas no
final do ano para a conta 32 e depois desta para a
conta 61 – CMVMC, pelas vendas ou consumos
ocorridos durante o ano.

Formadora: Madalena Alves 51


UFCD 20
Sistema de Inventário Intermitente ou Perió dico
Pela aquisição/compra

31 11/12/22
x x

No final do ano:
Transferência da conta 31 para a 32

31 32
x x

No final do ano:

Apuramento do CMVMC, pelas vendas ou consumos ocorridos durante o ano.


CMVMC = Ei + Compras +/- Regularizações - Ef

61 32
x x

O saldo da 32 deve coincidir com a contagem física

Formadora: Madalena Alves 52


UFCD 20
Custo das Mercadorias
Sistema de Inventário Intermitente ou Periódico

A equação para determinar o CMVMC (valor que


depois de calculado, deverá ser registado na conta
61-CMVMC):

CMVMC = EI + Compras Líquidas + (-)


Regularização de Inventários - EF

Formadora: Madalena Alves 53


UFCD 20
Custo das
Mercadorias

CMVMC= EI + Compras Líquidas +


(-) Regularização de Inventários – EF

EI – Extensão Inicial (Existências Iniciais)


EF – Extensão Final (Existências Finais)

Formadora: Madalena Alves 54


UFCD 20
Custo das Mercadorias
Nota:

CMVMC= EI + Compras Líquidas + (-) Regularização


de Inventários – EF

A conta 61-CMVMC regista a contrapartida das


saídas das existências, pela venda ou integração
no processo produtivo.
Formadora: Mª Fernanda Raposo

55
55
Formadora: Madalena Alves 55
UFCD 20
No SII o resultado bruto das vendas é
apurado pela seguinte formula:

RBV = VL - CMVMC

Em que:
VL = Vendas Líquidas = Saldo da conta 71
CMVMC = Custo das mercadorias vendidas
e matérias consumidas
CMVMC= EI + Compras Líquidas + (-) Regularização de
Inventários – EF
56
56
Formadora: Madalena Alves 56
Formadora: Mª Fernanda Raposo
UFCD 20
E:
EI = Existências inicias = Inventários iniciais =
saldo da respetiva conta de inventários (por
exemplo: 32 – Mercadorias)
 Compras = saldo conta 31 – Compras
 Regularizações de inventários = saldo conta 38
– Reclassificação e regularização de inventários
EF = Existências finais = À inventariação física
dos inventários

Formadora: Mª Fernanda Raposo 57


Formadora: Madalena Alves 57
UFCD 20
Em resumo,
No SII:

Só periodicamente (em regra no fim do período


económico) se conhece o valor dos inventários
da empresa, por recurso a inventário físico
direto.

Formadora: Mª Fernanda Raposo 58


Formadora: Madalena Alves 57
UFCD 20
Em resumo,
No SII:
 Característica do sistema de inventário
s
intermitente:
 Só no final do período económico é que se
determina e regista o Custo das mercadorias
vendidas – conta 61:

CMVMC = Ei + Compras +/- Regularizações - EF

59
59
Formadora: Madalena Alves 59
Formadora: Mª Fernanda Raposo
UFCD 20
Em resumo,
No SII:

 Durante o período económico, o saldo das


contas de inventários diz respeito apenas à
existência inicial;

 O saldo da conta compras só é transferido para


as contas de inventários no final do período.

Formadora: Mª Fernanda Raposo


60
60
Formadora: Madalena Alves 60
UFCD 20

61
61
Formadora: Madalena Alves 61
Formadora: Mª Fernanda Raposo
Sistema de Inventário Intermitente

Formadora: Mª Fernanda Raposo


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Formadora: Madalena Alves 62
UFCD 20
Por fim:
O esquema de movimento do SII

Formadora: Maria João Soares 63


Formadora: Madalena Alves 63
UFCD 20
Acréscimos e
Diferimentos
Um dos princípios contabilísticos no SNC é o
da especialização ou do acréscimo.
Este princípio preconiza que os rendimentos e
os
gastos são reconhecidos quando obtidos
incorridos, independentemente ou do
recebimento ou pagamento, devendo incluir-se
seu
nas demonstrações financeiras dos períodos a que
respeitam.

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Formadora: Madalena
Mª Fernanda
Alves
Raposo 64

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