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SEMINÁRIO ESPECIAL

Professor ROBERTO NUNES

S et.
06
A –
U L
. A
5ª RESPONSABILIDADE CIVIL
UCAM – FACULDADE DE DIREITO – CENTRO – RJ – SEMINÁRIO ESPECIAL - 2022-2 – Prof. ROBERTO NUNES
ESTUDAMOS NA AULA ANTERIOR (4ª.)

 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CULPA


 Culpa com Previsão
 Conduta Voluntária com resultado Involuntário
 Previsão e Previsibilidade na conduta do agente
 Culpa Consciente x Dolo Eventual
 Dolo eventual e Dolo direto
 Modalidades da Culpa:
• In eligendo; In Vigilando; In Custodiendo; Contra a Legalidade; Presumida e Concorrente
• Conceituação e Estudo de Precedentes pertinentes às hipóteses
 Culpa Presumida – a Culpa In Re Ipsa
 Dispositivos de Regência para Indenizações – CC/2002
 CASUÍSTICA

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UCAM – FACULDADE DE DIREITO – CENTRO – RJ – SEMINÁRIO ESPECIAL - 2022-2 – Prof. ROBERTO NUNES
Introdução:
A responsabilidade probatória no
Direito Processual Civil.

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Responsabilidade probatória no Direito Processual Civil
Para as relações processuais civilistas, tidas em geral como paritárias, igualitárias
(i. é, entre iguais), tínhamos, na passada lei processual (CPC/73):
CPC - Lei nº 5.869 de 11 de Janeiro de 1973 - Institui o Código de Processo Civil .
 

Art. 333. O ônus da prova incumbe: No NOVO CPC : Distribuição dinâmica do ônus da prova - art. 373 e §§§
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do
autor.
Parágrafo único. É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova
quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

Segundo o entendimento clássico, as regras emanadas do sobredito artigo


seriam objetivas e fixas, distribuídas prévia e abstratamente pela lei, de forma
imutável. Isso chama-se: regra da distribuição estática do ônus da prova.
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A Questão da Carga Probatória no Novo CPC

No campo das provas cíveis, importantíssima é a consagração da


teoria da distribuição dinâmica do ônus da prova, agora
positivada no artigo 373, §1º do Novo Código.

Segundo essa nova acepção, o ônus da prova incumbe a quem tem


melhores condições de produzi-la, diante das circunstâncias fáticas
presentes no caso sob exame.

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Distribuição Dinâmica do Ônus da Prova no Novo CPC
Art. 373.  O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito do autor.
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos
do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz
atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada,
caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi
atribuído.
§ 2o A decisão prevista no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência
do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
§ 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes,
salvo quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. 6
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IMPORTANTÍSSIMO !!!

Estudo das CAUSAS na Responsabilidade Civil

Nexo Causal ou Liame Etiológico

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O CERNE DAS QUESTÕES (botânica em quadrinhos)...

e ira
Palm
e da
Cern
O
O cerne de uma questão é o núcleo
do qual partirão as ideias.
Discernir tem origem no latim discernere, que
significa colocar de parte, dividir ou separar.
Discernir é conhecer, avaliar, distinguindo entre
várias coisas ou conceitos o núcleo da hipótese (da
questão), afastando o que há menor importância.
O discernimento pode ser classificado como um juízo que é usado para fazer
a distinção entre várias coisas, compreendê-las e fazer a escolha acertada....
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Um Conceito Elementar
Sergio Cavalieri Filho (Op. Cit. p. 67) define nexo causal como “elemento
referencial entre a conduta e o resultado. É através dele que
poderemos concluir quem foi o causador do dano.”

Ressalta esse autor que o nexo de


causalidade é elemento indispensável
em qualquer espécie de responsabilidade
civil, e aduz:
“Pode haver responsabilidade sem culpa, mas não pode haver
responsabilidade sem nexo causal.” (Esta é a regra geral. Há raras exceções...)
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Nexo causal. Comecemos pelas Exceções
A teoria do risco integral não se preocupa com elementos pessoais, sequer com nexo causal,
ainda que se trate de atos regulares praticados por agentes no exercício de suas funções.
Aqui a responsabilidade indenizatória é aplicada mesmo sendo a vítima quem deu
exclusivamente causa à situação. Ex: “Suicídio” x Seguro DPVAT.
Despesas médicas e hospitalares de rede privada: indenização de até R$ R$ 2.700,00 à vítima do acidente; Invalidez
permanente: indenização de até R$ 13.500,00; Morte: indenização de R$ 13.500,00 para os herdeiros ou familiares.

Sérgio Cavalieri Filho e a melhor doutrina, reconhecem o dever de indenizar até em casos
excepcionais onde não há nexo causal. De acordo com essa teoria existe o dever de indenizar
apenas em face do dano, mesmo nos casos de culpa exclusiva da vítima, fato de terceiro, caso
fortuito ou força maior. Ex: acidentes nucleares; danos ambientais, sob certas circunstâncias...
No que diz respeito à responsabilidade civil por dano ambiental, o entendimento do STJ é que
“a responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral,
sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do
ato, sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de excludentes
de responsabilidade civil para afastar a sua obrigação de indenizar”.
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Casuística – Teoria do Risco Integral
TJ-GO - APELACAO APL 02115667220108090005 (TJ-GO) - Data de publicação: 17/03/2020
APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZAÇÃO. DANO À PROPRIEDADE ALHEIA E AMBIENTAL. QUEIMADA.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. TEORIA DO RISCO INTEGRAL. A responsabilidade por dano ambiental é objetiva,
informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se
integre na unidade do ato.
A queimada que, apesar de autorizada, tenha saído do controle a ponto de gerar danos à propriedade alheia e ao
meio ambiente enseja a responsabilização por parte de quem a ela tenham dado causa e que se beneficiaria do
seu resultado. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA.

TJ-MG - Apelação Cível AC 10549160005704001 MG (TJ-MG) - Data de publicação: 16/11/2017


AÇÃO INDENIZATÓRIA - BARRAGEM DE FUNDÃO - ROMPIMENTO - ATIVIDADE DE RISCO DESENVOLVIDA PELA
DEMANDADA - RESPONSABILIDADE OBJETIVA - TEORIA DO RISCO INTEGRAL - RECOMPOSIÇAÕ MATERIAL - DANO
PROVADO - TUTELA DE PROCEDÊNCIA DO PEDIDO – MANUTENÇÃO. Não vulnera o princípio da dialeticidade recursal
a apelação interposta sob argumentos capazes de externar combate válido e apto a espelhar o inconformismo da
parte quanto à sentença proferida.
Na esteira do entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, a responsabilidade por dano ambiental
é objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite
que o risco se integre na unidade do ato. Demonstrados nos autos os danos materiais experimentados pelo autor
em razão do rompimento da barragem de Fundão, portanto, o indispensável nexo de causalidade, isto basta para
ensejar a tutela de recomposição pela empresa mineradora, nos moldes em que postulada.
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Casuística – Teoria do Risco Integral
TJ-RS - Apelação Cível AC 70064722051 RS (TJ-RS) - Data de publicação: 29/06/2015
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. DESAVENÇA ENTRE CIVIL E POLICIAIS MILITARES.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. LEGÍTIMA DEFESA. EXCLUDENTE DE ILICITUDE. TEORIA DO RISCO INTEGRAL.
DANO MORAL INOCORRENTE. - A responsabilidade civil do estado é objetiva, mas não absoluta
(teoria do risco integral). Comprovada uma das causas excludentes, no caso culpa do agente lesado, imperioso
afastar-se qualquer pretensão indenizatória. APELAÇÃO DESPROVIDA.

TJ-SC - Apelação APL 03011007520158240056 Tribunal de Justiça de Santa Catarina - •Data de publicação: 06/07/2021
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CONDENATÓRIA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. PROCEDÊNCIA À ORIGEM. RECURSO DO RÉU.
APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. SÚMULA N. 297 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RESPONSABILIDADE CIVIL
OBJETIVA. ROUBO QUALIFICADO EM AGÊNCIA BANCÁRIA. DEVER DE SEGURANÇA. RISCO INERENTE
À ATIVIDADE ECÔNOMICA DESENVOLVIDA PELO RÉU. AUSÊNCIA DE QUEBRA DO NEXO DE CAUSALIDADE POR FATO DE TERCEIRO.
RESPONSABILIDADE FUNDADA NO RISCO INTEGRAL. "O entendimento do Superior Tribunal de Justiça é também firme 'no sentido
da responsabilidade do banco por roubo ocorrido no interior da agência bancária, por ser a instituição financeira obrigada por lei
(Lei nº 7.102/1983) a tomar todas as cautelas necessárias a assegurar a incolumidade dos cidadãos, não podendo alegar força
maior, por ser o roubo fato previsível na atividade bancária' (4ª Turma, REsp 227364-AL, rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira)" -
(Programa de responsabilidade civil / Sérgio Cavalieri Filho. - 9. ed - São Paulo : Atlas, 2010, pág. 431). DANO MORAL.
OCORRÊNCIA. AUTORA QUE FOI COAGIDA PELOS ASSALTANTES POR MEIO DE ARMA DE FOGO E INTIMIDAÇÕES VERBAIS CONTRA SUA VIDA E
INTEGRIDADE FÍSICA A FICAR DEITADA NO CHÃO POR HORAS. DEVER DE INDENIZAR. QUANTUM INDENIZATÓRIO. PROPORCIONALIDADE E
RAZOABILIDADE. SITUAÇÃO FINANCEIRA DA OFENSORA E CONDIÇÃO ECONÔMICA DA LESADA. VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA.
BINÔMIO COMPENSAÇÃO PARA A VÍTIMA E PUNIÇÃO PARA O AGENTE. VERBA MINORADA. ÔNUS SUCUMBENCIAIS. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. PARÂMETROS INSERTOS NO [...] CPC. PROCESSO COM RELATIVA COMPLEXIDADE E LONGA TRAMITAÇÃO. PERCENTUAL DE 15%
ADEQUADO À ESPÉCIA. INVIÁVEL MINORAÇÃO DA VERBA REMUNERATÓRIA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
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Nexo Causal. REGRA GERAL. Conduta natural.

O conceito de nexo de causalidade


não é jurídico, mas natural.

Importa se o resultado surge como consequência


natural da conduta perpetrada pelo agente.

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TEORIAS SOBRE O NEXO CAUSAL

Há várias teorias que se empenham na solução dos problemas. Mas, nenhuma


oferece soluções prontas e acabadas para tal. Apenas nos dão um roteiro mental a
seguir, o raciocínio lógico a ser desenvolvido na busca da melhor solução.
E, dentro desse quadro, o julgador deverá estar atento aos princípios da
probabilidade, da razoabilidade, do bom senso e da equidade.(Cavalieri Filho)
 

Duas teorias, no entanto, erigem-se como principais em nosso Direito:


 
A teoria da equivalência dos antecedentes e a teoria da causalidade adequada.
 

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Teoria da Equivalência dos Antecedentes
Conceito: Se várias condições concorrem para o mesmo resultado, todas têm o
mesmo valor, a mesma relevância. Não é de se indagar se uma delas foi mais ou
menos eficaz, mais ou menos adequada.
Para seus defensores, causa é a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria
ocorrido, sem distinção de maior ou menor relevância que cada uma teve.
Por isso, essa teoria é também chamada de conditio sine qua non, ou da equivalência
das condições.

Crítica: Ela pode levar o exame do fato e seus antecedentes a uma exasperação da
causalidade e a uma regressão infinita do nexo causal, como, por exemplo, no exame
de um atropelamento por imprudência do motorista, discutir-se a responsabilização
de quem lhe vendeu o automóvel; ou, no caso de homicídio por arma de fogo,
cogitar-se a responsabilidade do fabricante do revólver...
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Teoria da Causalidade Adequada
Causa, para seus defensores, é o antecedente não só necessário, mas também o
adequado à produção do resultado.
Logo, se várias c o n d i ç õ e s concorrerem, de alguma forma, para determinado
resultado, nem todas serão causas, mas somente aquela que for a mais adequada à
produção do evento; i. é, a mais determinante, desconsiderando-se as demais.
O problema reside nesse ponto: qual foi a mais adequada?
Não há regra teórica ou fórmula pronta para a solução.
O julgador deverá atentar para a re a l i d a d e fá ti c a , com bom senso e
ponderação, retrocedendo ao momento da conduta e, colocando-se na posição do
agente (ou agentes), verificar a eficácia de cada condição para a produção do
resultado danoso.
Mas, sem prejuízo da concorrência de causas ou de ilicitudes...
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Causalidade Adequada – a teoria aceita pelo Direito Civil.

Os melhores autores, a começar por Aguiar Dias (mencionado por Cavalieri Filho como
sendo o "nosso papa em responsabilidade civil"), sustentam que, enquanto a "teoria
da equivalência da condições" predomina na esfera penal, a "teoria da causalidade
adequada" é prevalente na órbita civil.
Assim, para os fins do nosso estudo, deve-se indagar "qual dos fatos (causas ou
culpas), foi adequado para a concretização do evento danoso?
Ou melhor, qual dos atos culposos fez com que o outro, que não teria
consequência por si só, determinasse, adjuvado por ele, o acidente"...

Obs: Não é a simples proximidade temporal ou espacial entre a causa e o efeito que
resultam na aferição do nexo de causalidade para os fins de responsabilização, como
preconiza a teoria norte-americana da "the last clear chance“, que indaga quem teve
a última oportunidade de evitar o evento e não o fez (é a “teoria da última chance”).
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Não podemos confundir “causa próxima” com Concausa...
Comumente, acentua Cavalieri Filho, a causa situada, temporalmente, mais próxima ao
evento, não passa de uma concausa, pois que não se configura, necessariamente, como
a mais determinante, hipótese em que deverá ser desconsiderada .
“Causa jurídica” é aquela que mais se vincula diretamente ao dano.
Vamos a um exemplo: Um automóvel mal estacionado, já há um bom tempo, com
duas rodas na via pública, foi abalroado por um ônibus, cuja empresa alegou culpa
concorrente do proprietário do auto (TJRJ-Ap. 6.486). O pinem

A decisão, conquanto julgasse que o estacionamento em local não permitido pudesse


ter concorrido para o evento, não afastava o dever de indenizar da companhia de
ônibus, porque a infração de trânsito do proprietário do veículo abalroado não se
constituiu na causa adequada para a produção do dano. Uma concausa, talvez...
Fosse assim e todos os veículos que passaram pelo local teriam colidido com o
automóvel mal estacionado. 18
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Culpa Concorrente – tema complexo...

Verifica-se quando, paralelamente à conduta do agente causador do dano, há


também a conduta culposa da vítima. A doutrina moderna, ao invés de
"concorrência de culpas", prefere falar em concorrência de causas ou de
responsabilidades. 

Nesses casos, haverá a repartição proporcional dos prejuízos, conforme dispõe o art.
945 do CC: "Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto
com a do autor do dano."
Mas, não é nada simples, como veremos a seguir...
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Casuística – Culpa Exclusiva e Culpa concorrente
TJ-MG - Apelação Cível AC 10011120016602001 MG (TJ-MG)-Data de publicação: 13/03/2015
ACIDENTE - VIA FÉRREA - AUSÊNCIA DE CULPA DA EMPRESA - TRAVESSIA IMPRÓPRIA - INDENIZAÇÃO INDEVIDA.
Evidenciando-se que a vítima foi responsável, exclusivamente, para a produção do evento danoso procedendo à
travessia em lugar impróprio e sem a devida cautela, a responsabilidade civil da empresa deve ser afastada.

TJ-MG - Apelação Cível AC 10184020018315001 MG (TJ-MG)-Data de publicação: 03/12/2013


APELAÇÃO CÍVEL - INDENIZAÇÃO - ACIDENTE - VIA FÉRREA - CULPA CONCORRENTE - DANOS MATERIAIS E
MORAIS. - Deve ser reconhecida a culpa concorrente quando o conjunto probatório revela a falta de cuidado
necessário das partes, tendo cada qual contribuído em igual proporção para o acidente ferroviário; nesse contexto,
danos materiais e morais devidos são reduzidos pela metade, em justa adequação dos fatos e das provas. -
Exsurgindo dos elementos dos autos a inexistência de prova quanto aos danos materiais reclamados na inicial,
inviável se revela o acolhimento de tal pleito indenizatório. Recurso provido em parte.

TJ-SP - Apelação Cível AC 00086676120068260358 SP 0008667-61.2006.8.26.0358 - Data de publicação: 19/05/2017


APELAÇÃO – ACIDENTE – VIA FÉRREA – RESPONSABILIDADE ESTATAL – CULPA – NEGLIGÊNCIA – DEVER DE INDENIZAR –
ÔNUS DA PROVA – JUROS DE MORA – HONORÁRIOS. - Responsabilidade do Município, diante da ausência de obstáculos
capazes de impedir o ingresso de veículos na via férrea (negligência) – dever de indenizar, aliás, que prescindia da prova de
culpa (art. 37, §6º, da Constituição Federal) – culpa exclusiva da vítima não comprovada pelas provas colhidas (art. 333, do
Código Buzaid); - Juros de mora considerados da data do sinistro – termo inicial considerado em conformidade com o artigo
397, do Código Civil. Honorários de sucumbência razoavelmente fixados no percentual mínimo; - Manutenção da decisão por
seus próprios e bem lançados fundamentos – artigo 252 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça de São Paulo; RECURSO
NÃO PROVIDO. 20
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A Causa Adequada no exame da Culpa Concorrente

É preciso, contudo, avaliar meticulosamente em que medida a vítima efetivamente


concorreu para o evento; se sua conduta foi ou não causa adequada para a
produção de um acidente, por exemplo.
 

Entre a conduta do agente e a da vítima, é de se indagar qual dos atos (ou culpas)
foi decisivo para causar o evento danoso.
Noutras palavras: a responsabilidade é de quem interveio com culpa suficiente
para a ocorrência do dano, sendo o outro tão irrelevante que não havendo o
primeiro, as consequências danosas não adviriam.

Para tanto, há que se fazer uma “prognose retrospectiva”.

Vamos a um interessante caso concreto, decidido pelo TJRJ:


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Caso concreto - TJRJ
Num acidente de trânsito, à noite, o motorista de um automóvel, trafegando
totalmente apagado, atropelou e matou um motociclista que dirigia sem o capacete.
As circunstâncias hipoteticas do fato, tal como aqui resumidamente descritas,
poderiam levar-nos a imaginar o seguinte:
1) Na hipótese de ferimentos físicos leves e que não trariam maiores consequências ao
motociclista, o evento morte somente seria causado pela falta do uso do capacete, que não
lhe pode proteger de um traumatismo craniano letal ao cair na via pública.
2) Noutra hipótese, o motociclista teria ficado esmagado entre as ferragens do automóvel,
com politraumatismos graves, que o levaria ao óbito, e aí seria indiferente se estivesse ou não
com capacete.
Em ambas as hipóteses, o motociclista houve-se de modo imprudente, pela falta do capacete
– item de segurança indispensável, obrigatório. No primeiro caso, apenas sairia do acidente
com leves escoriações. Já no segundo, independentemente de estar ou não com o capacete,
teria assim mesmo vindo a falecer. O Fato é que ele foi à óbito por força do abalroamento. 23
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COMO FOI RESOLVIDO ESSE CASO?
Teoria da Causalidade Adequada .

OPINEM..
..

Importante observar: “causalidade” / “causa”...


As questões geralmente resolvem-se pela
correta identificação do Nexo Causal.

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E então?... Causa Adequada ou Culpa Concorrente?

A concorrência de culpas, portanto, por se tratar de hipótese de concorrência de


causas, só deve ser admitida em casos excepcionais, no dizer do insigne Cavalieri
Filho; ou seja, quando não se cogita da preponderância causal manifesta e
provada da conduta do agente (como o motorista imprudente).
 

Como o tema traz alguma complexidade, o que se verifica tanto entre


doutrinadores quanto nos julgados monocráticos e, inclusive, dos Tribunais, vamos
estender os comentários mais adiante.

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UCAMUCAM
– FACULDADE DE DIREITO
– FACULDADE – CENTRO
DE DIREITO – CENTRO– RJ – – SEMINÁRIO
– RJ SEMINÁRIOESPECIAL
ESPECIAL -2021-2
2022-2–– Prof.
Prof.ROBERTO
ROBERTO NUNES
NUNES
Façamos uma prognose retrospectiva....

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E a tal “prognose retrospectiva?

Mas, pensemos no seguinte: não fosse a absurda imprudência do motorista do


automóvel, pois que sem os faróis acesos não viu o motociclista, e este teria
chegado ao seu destino mesmo sem o acessório de segurança, não vindo a falecer
pela simples falta do capacete...
A imprudência do motorista, pois, foi a causa adequada e direta do acidente.
Tal foi a decisão da Turma julgadora do TJ-RJ, imputando ao motorista
a exclusiva responsabilidade pelo acidente.

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Causa Adequada ou... Culpa Concorrente?
Pode parecer de pequena complexidade a apuração da causa adequada (à
produção do dano) e, consequentemente, a atribuição da responsabilidade, ou da
maior responsabilidade, visando a cominação da pena e a fixação da indenização...
Mas, não podemos esquecer dos elementos da responsabilidade aquiliana ao
fazermos a mencionada prognose retrospectiva...
Vamos rever isso. 
Dolo ou
Responsabilidade Subjetiva: Culpa stricto sensu

Conduta ilícita + culpa aquiliana + dano + nexo causal.


Então, para certos autores: Conduta culposa (ou ilícito aquiliano) + dano + nexo causal.
Obs: vocês verão o primeiro “elemento” também grafado como “ato ilícito”.
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Casuística - Culpa Exclusiva da Vítima – Culpa recíproca ... Divergências?
TJ-SP - Apelação APL 00189454920098260348 SP 0018945-49.2009.8.26.0348 (TJ-SP)
Ementa: "RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE FERROVIÁRIO. INVASÃO DA VIA FÉRREA - ATITUDE
IMPRUDENTE DA VÍTIMA - CULPA EXCLUSIVA. RECONHECIMENTO. O ingresso de pedestre no leito férreo
afasta a hipótese de culpa concorrente da concessionária de transporte ferroviário denotando, pelo
contrário, culpa exclusiva da vítima na medida em que a sua imprudência foi motivo determinante para a
ocorrência do acidente".

TJ-RJ - RECURSO INOMINADO RI 00101287220138190211 RJ 0010128-72.2013.8.19.0211 (TJ-RJ) Ementa:  Rito sumário.


-
Indenização. Dano moral. Atropelamento e morte da genitora dos autores em linha férrea. Acidente de trem.
Responsabilidade civil objetiva. Sentença improcedente.
Apelo dos autores. Modificação do decisum. Culpa recíproca. Dever de indenizar. Não obstante a reveladora
conduta imprudente da vítima ao atravessar a linha, verifica-se que a ré não tomou providências no sentido
de evitar ou minimizar o acidente. Falha na prestação do serviço demonstrada. Acesso de prepostos da
concessionária indevidamente utilizado por pedestres para a travessia de via férrea sem vigilância pela
demandada. Culpa concorrente da vítima que se arriscou nos trilhos do trem.
Danos morais fixados (...).  Vítima que, de forma imprudente, atravessou a linha férrea em local inapropriado. Ré que
não adotou as medidas necessárias para isolar a via impedindo a passagem de transeuntes. Conduta
imprudente da vítima associada à falta de zelo da concessionária em conduta omissiva consubstanciada em
ausência de sinalização e vigilância adequadas ao longo da via. Coexistência de culpas da vítima e da
concessionária. Verba indenizatória (...), levando em consideração a culpa concorrente da vítima e a jurisprudência
sobre o tema. (...) 29
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Casuística – Atropelamento em Via Férrea – Sem culpa concorrente
TJ-RJ - APELACAO APL 01075417520098190001 RJ 0107541-75.2009.8.19.0001 (TJ-RJ)
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. CONCESSIONÁRIA DE TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE
PASSAGEIROS. MORTE POR ATROPELAMENTO EM LINHA FÉRREA. RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO.
CONSUMIDOR POR EXTENSÃO. APLICAÇÃO DO ARTIGO 17 DO CDC. REFORMA PARCIAL DA SENTENÇA
CONCERNENTE AO PAGAMENTO DE DEPESSAS COM O FUNERAL E MAJORAÇÃO DOS DANOS MORAIS E
PERCENTUAL DA VERBA DE HONORÁRIOS.
Responsabilidade civil objetiva da concessionária de transporte de passageiros, com base na
Teoria do Risco Administrativo. Aplicação do § 6º do artigo 37 da Constituição da República.
Inexistência, no local do acidente, de qualquer tipo de sinalização, nem passagem ou passarela
próxima. Via férrea usada reiteradamente pelos moradores como passagem, por ausência de
qualquer outra opção, para a travessia da linha férrea. Inexistência de comprovação de culpa
concorrente.
Assiste razão às primeiras apelantes quanto à condenação pelas despesas de funeral, que devem ser
presumidas, pois que ninguém pode ficar insepulto. Juros incidentes sobre os danos morais, que
devem ter como termo inicial a data do acidente, por se tratar de responsabilidade
por culpa aquiliana, conforme firme jurisprudência não só desta Corte. Súmula 54 do STJ.
Majoração do valor dos danos morais e do percentual dos honorários de advogado, diante do longo
tempo decorrido desde o ajuizamento da ação. Reforma parcial da sentença. (...) 30
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Dir. Constitucional – para relembrar...
CF-88- Art. 37. A administração pública direta e
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, “moralidade”, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte:

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de


direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de
dolo ou culpa. 31
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Casuística – Responsabilidade da Transportadora

TJ-SP - Apelação APL 00013261720078260271 SP 0001326-17.2007.8.26.0271 (TJ-SP) - Ementa: CONTRATO.


TRANSPORTE. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. CULPA EXCLUSIVA
DA VÍTIMA. CULPA CONCORRENTE DA VÍTIMA. LUCROS CESSANTES. DANO MORAL. ARBITRAMENTO. 1. A
responsabilidade da transportadora de entregar o transportado incólume no seu destino é
objetiva, sendo possível sua elisão por culpa exclusiva da vítima, não demonstrada à espécie.
2. Não há que se falar em culpa concorrente ou exclusiva da vítima, pelo simples fato de ela estar
dormindo no momento do acidente. 3. O pedido de lucros cessantes não foi claro, mas o autor
requereu pensão vitalícia, em razão da impossibilidade de labor. Ao conceder pensão durante
período de convalescença, o juízo não extrapolou os limites da lide, não havendo que se falar em
julgamento "extra petita".
4. No arbitramento do dano moral, há que se observar as circunstâncias da causa, a capacidade
econômica das partes e as finalidades reparatória e pedagógica desse arbitramento. Essa fixação é
realizada dentro do prudente arbítrio do juízo. No caso, o arbitramento foi adequado, não merecendo
redução ou majoração. 5. Recursos não providos.

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“Préjudice D´affection” – Dano Moral Reflexo ou em Ricochete
Muito Importante.
TJ-RJ - APELACAO APL 01103729620098190001 RJ 0110372-96.2009.8.19.0001 (TJ-RJ)
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO - ATROPELAMENTO FATAL - PLEITO
INDENIZATÓRIO MOVIDO PELAS FILHAS DA VÍTIMA. CONFIGURAÇÃO DO DANO MORAL EM RICOCHETE (PRÉJUDICE
D'AFFECTION) - RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO CONDUTOR DO VEÍCULO - SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. CONDENAÇÃO
DA RÉ À INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS, DESPESAS COM FUNERAL E DANOS MORAIS - APELO OBJETIVANDO A
REFORMA DA SENTENÇA PARA RECONHECER A CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA OU CULPA CONCORRENTE. MANUTENÇÃO DA
SENTENÇA. 1. Responsabilidade civil que possui natureza subjetiva, a exigir comprovação de culpa do causador do ilícito, dano
e nexo de causalidade. (cont...)
2. Configuração do dano moral reflexo, também conhecido por préjudice d'affection. A princípio, a titularidade
à pretensão indenizatória pertence a quem diretamente suportou o prejuízo, o que na doutrina alemã é chamado de
"Anspruch". No entanto, esta regra comporta exceções, dentre as quais se sobressai a teoria do dano em
ricochete ("Reflexschaden" ou "Préjudice d'affection"), hipótese em que embora o ato tenha sido praticado
diretamente contra determinada pessoa, seus efeitos acabam por atingir, indiretamente, a integridade moral de
terceiros, ensejando que a reparação possa ser reclamada não só pela vítima direta, mas também pelos
ascendentes, descendentes e aqueles que se encontram em um círculo mais próximo de parentesco,
guardando relação estreita de afeto com a vítima. 3. Matéria probatória. Nexo de causalidade. Dinâmica dos
fatos a indicar excesso de velocidade, evidenciando imprudência do demandado. Trata-se de local bastante
movimentado, (...) 4. Sentença que se mantém. (...)
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Fim desta Aula

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E xe r c í c i o s

Sem “colar”...

Apenas para a fixação de conceitos elementares das primeiras


duas Aulas da nossa matéria.
Respondam às questões em casa, antes de checar o gabarito.

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1ª. e 2ª. AULAS
1ª Questão: O responsável pela reparação de danos será sempre aquele que cometeu
um ilícito civil.
( ) Certo
( ) Errado
 

2ª Questão: o Direito, na Antiguidade e sob a égide da “pena de talião”, em termos de


responsabilização por crimes e danos causados, caracterizava a Responsabilidade como:
( ) Subjetiva
( ) Objetiva
 

3ª. Questão: Elenque os elementos ou pressupostos da responsabilidade aquiliana para


fins de aplicação no exame dos casos concretos:
____________________________
 
CONDUTA ILÍCITA
____________________________ CONDUTA CULPOSA ILÍCITO AQUILIANO
CULPA AQULIANA
____________________________ DANO e DANO e
DANO e
____________________________ NEXO CAUSAL NEXO CAUSAL
NEXO CAUSAL
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1ª. e 2ª. AULAS
4ª Questão: assinale a resposta correta:
( A ) O dano é o elemento caracterizados do ato ilícito indenizável.
( B ) Para fins de responsabilização indenizatória basta o cometimento de um ato ilícito.
 

5ª Questão: O responsável pela indenização de um dano será sempre o agente da


conduta ilícita; i. é, aquele que a cometeu.
( ) Certo
( ) Errado
 

6ª. Questão: A responsabilidade extracontratual, subjetiva, aquiliana, baseia-se na .......... culpa


provada ....................
pela vítima. A responsabilidade objetiva baseia-se no ......................................
ounoquando
risco daháatividade
......................... previsão legal.
 

7ª Questão: Para a caracterização da Responsabilidade Objetiva basta configurar-se:


........................
dano
........................
nexo causal 37
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2ª. AULA
8ª Questão: A noção geral de culpabilidade (culpa lato sensu) engloba:
a) O ..........
Dolo e a
b) Culpa ...............
Stricto Sensu, que compreende: ......................
imprudência , ....................
negligência e ...................
imperícia
 

9ª A cláusula geral da responsabilidade aquiliana, ou extracontratual subjetiva,


encontramo-la no teor do art. ......
186 combinado com o caput do art. 927
.... do CC-2002.
 

10ª. Questão: A cláusula geral da responsabilidade objetiva, clássica, está positivada


no
paragrafo
.......................
único do 927
art. ......  do CC-2002, conquanto o187
art. ..... , combinado com o
caput do927 art. .... também indique a responsabilização objetiva para os casos de abuso de
direito.
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