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Compreensão

da estrutura do texto
A estrutura do texto narrativo é
composta por introdução,
desenvolvimento e conclusão.
A estrutura do texto narrativo é composta por introdução,
desenvolvimento e conclusão.

Introdução: também conhecida como apresentação, é nessa


parte do texto que se apresenta os fatos para
posteriormente desenvolver seus desdobramentos. Na
introdução apresenta-se o contexto, o espaço, o tempo, as
personagens, o enredo e o narrador para que o leitor saiba
com quem, quando e onde os fatos se passam.
Desenvolvimento: no desenvolvimento surgem os conflitos
que tiram o equilíbrio apresentado na introdução e modifica a
situação inicial. Essa parte da narração revela para o leitor a
problemática, o que e como se passa a história. No
desenvolvimento ocorre também aquele momento marcante e
revelador da história, que fará com que o leitor não pare de ler
até que encontre um desfecho. Esse momento é chamado de
clímax.
Conclusão: também chamada de desfecho, na
conclusão, o leitor descobre o que houve com as
personagens, bem como entende a mensagem
passada pela narrativa. Nessa parte da narração
se esclarece a ligação entre os diferentes
acontecimentos, ou seja, a conclusão é a parte
do texto na qual os conflitos se resolvem.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

O pior momento de sua vida era 5nesse dia ao fim da tarde: caía em 2meditação inquieta,
o vazio do seco domingo. Suspirava. 3Tinha saudade de quando era pequena – farofa seca
– e pensava que fora feliz. Na verdade por pior a infância é sempre encantada, 6que susto.
Nunca se queixava de nada, sabia que as coisas são assim mesmo e – quem organizou a
terra dos homens? [...] 1Juro que não posso fazer nada por ela. Afianço- 8vos que se eu
pudesse melhoraria as coisas. Eu bem sei que dizer que a datilógrafa tem o corpo cariado
é um dizer de brutalidade pior que qualquer palavrão.
• 
• Clarice Lispector, A hora da estrela
1. (Mackenzie 2010) Assinale a alternativa correta.
a) Um narrador de terceira pessoa, observador, descreve, “de fora”, a figura feminina; essa
distância justifica o seguinte comentário: Juro que não posso fazer nada por ela [...] se eu
pudesse melhoraria as coisas (ref. 1).
b) O relato põe em evidência traços caracterizadores da personagem: o rancor (meditação
inquieta, o vazio do seco domingo – ref. 2) e a frustração (Tinha saudade – ref. 3).
c) O tempo da narração coincide com o tempo dos acontecimentos vivenciados pela
personagem, como prova o uso do imperfeito – acordava (ref. 4) – e do pronome “esse”
(nesse, ref. 5).
d) Há segmentos que expressam a fusão das vozes no fluxo narrativo, como, por exemplo, que
susto (ref. 6).
e) Embora o narrador deixe no relato índices de sua rejeição às atitudes da personagem – a
referência à preguiça (ref. 7), por exemplo – evita tratá-la de forma desrespeitosa, como prova
o uso do pronome vos (ref. 8).
1. (Mackenzie 2010) Assinale a alternativa correta.
a) Um narrador de terceira pessoa, observador, descreve, “de fora”, a figura feminina; essa
distância justifica o seguinte comentário: Juro que não posso fazer nada por ela [...] se eu
pudesse melhoraria as coisas (ref. 1).
b) O relato põe em evidência traços caracterizadores da personagem: o rancor (meditação
inquieta, o vazio do seco domingo – ref. 2) e a frustração (Tinha saudade – ref. 3).
c) O tempo da narração coincide com o tempo dos acontecimentos vivenciados pela
personagem, como prova o uso do imperfeito – acordava (ref. 4) – e do pronome “esse”
(nesse, ref. 5).
d) Há segmentos que expressam a fusão das vozes no fluxo narrativo, como, por exemplo, que
susto (ref. 6).
e) Embora o narrador deixe no relato índices de sua rejeição às atitudes da personagem – a
referência à preguiça (ref. 7), por exemplo – evita tratá-la de forma desrespeitosa, como prova
o uso do pronome vos (ref. 8).
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Embaixo, o rumor da água pipocando sobre o pedregulho; vaga-lumes retouçando no
escuro. Desci, dei-me com o lugar onde havia estado; tenteei os galhos do sarandi; achei a
pedra onde tinha posto a guaiaca e as armas, corri as mãos por todos os lados, mais pra lá,
mais pra cá...; nada... nada!...
Então, senti frio dentro da alma. . . o meu patrão ia dizer que eu havia roubado!...
roubado... Pois então eu ia lá perder as onças!... Qual! Ladrão, ladrão, é que era!...
E logo uma tenção ruim entrou-me nos miolos: eu devia matar-me, para não sofrer a
vergonha daquela suposição.
É, era o que eu devia fazer: matar-me... e já, aqui mesmo!
Tirei a pistola do cinto: amartilhei o gatilho... benzi-me, e encostei no ouvido o cano,
grosso e frio, carregado de bala...
Ah! patrício! Deus existe!... No refilão daquele tormento, olhei para diante e vi... as
Três-Marias luzindo na água... o cusco encarapitado na pedra, ao meu lado, estava me
lambendo a mão... e logo, logo, o zaino relinchou lá em cima, na barranca do riacho, ao
mesmíssimo tempo que a cantoria alegre de um grilo retinia ali perto, num oco de pau!...
Patrício! não me avexo duma heresia; mas era Deus que estava no luzimento daquelas
estrelas, era ele que mandava aqueles bichos brutos arredarem de mim a má tenção...
O cachorrinho tão fiel lembrou-me a amizade da minha gente; o meu cavalo lembrou-
me a liberdade, o trabalho, e aquele grilo cantador trouxe a esperança...
Eh-pucha! patrício, eu sou mui rude... a gente vê caras, não vê corações...; pois o meu,
dentro do peito, naquela hora, estava como um espinilho ao sol, num descampado, no
pino do meio-dia: era luz de Deus por todos os lados!...
E já todo no meu sossego de homem, meti a pistola no cinto. Fechei um baio, bati o
isqueiro e comecei a pitar. 
(LOPES NETO, J. S. Contos gauchescos. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2008. p. 21-22.)
2. (Uel 2011) É correto afirmar que a história é narrada
a) em primeira pessoa, por João Simões Lopes Neto, que, num tom
autobiográfico, conta fatos da época em que atuou na Revolução Farroupilha.
b) em terceira pessoa, por uma personagem textualmente nomeada Patrício,
que relata todo o seu arrependimento por ter roubado as onças do patrão.
c) por um narrador testemunha, mais precisamente o patrão do protagonista,
que registra as qualidades morais de seu empregado.
d) em primeira pessoa, pelo vaqueano Blau Nunes, que relata como e onde
perdeu as onças do patrão.
e) por um narrador onisciente, não nomeado, que registra fatos relacionados à
agitada e violenta época do cangaço rio-grandense.
2. (Uel 2011) É correto afirmar que a história é narrada
a) em primeira pessoa, por João Simões Lopes Neto, que, num tom
autobiográfico, conta fatos da época em que atuou na Revolução Farroupilha.
b) em terceira pessoa, por uma personagem textualmente nomeada Patrício,
que relata todo o seu arrependimento por ter roubado as onças do patrão.
c) por um narrador testemunha, mais precisamente o patrão do protagonista,
que registra as qualidades morais de seu empregado.
d) em primeira pessoa, pelo vaqueano Blau Nunes, que relata como e onde
perdeu as onças do patrão.
e) por um narrador onisciente, não nomeado, que registra fatos relacionados à
agitada e violenta época do cangaço rio-grandense.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Casa de Pensão (fragmento) 
Às oito horas, quando entrou em casa tinha já resolvido
não ficar ali nem mais um dia. − 1Era fazer as malas e bater
quanto antes a bela plumagem! .....
E, quando passou pela porta da rua, teve ímpetos de
esbordoar o caixeiro, que nesse dia estava de plantão.
 
AZEVEDO, Aluísio. Casa de Pensão. São Paulo: Ática, 2009, p.59-60.
3. (Ufpb 2012) No fragmento “– Esta gente onde está? perguntou,
indicando o andar de cima a um caxeiro que lhe apareceu no
corredor, com a sua calça domingueira, cor de alecrim, o charuto ao
canto da boca.” (ref.10), ocorrem sequências textuais
a) narrativas e descritivas.
b) dissertativas e narrativas.
c) argumentativas e descritivas.
d) injutivas e argumentativas.
e) dissertativas e injutivas.
3. (Ufpb 2012) No fragmento “– Esta gente onde está? perguntou,
indicando o andar de cima a um caxeiro que lhe apareceu no
corredor, com a sua calça domingueira, cor de alecrim, o charuto ao
canto da boca.” (ref.10), ocorrem sequências textuais
a) narrativas e descritivas.
b) dissertativas e narrativas.
c) argumentativas e descritivas.
d) injutivas e argumentativas.
e) dissertativas e injutivas.

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