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PRINCÍPIO DE PASCAL

Princípio de Pascal: uma pressão externa aplicada sobre uma região


do fluido é transmitida igualmente em toda sua extensão e também para
as paredes do recipiente que o contém.

Nesse sentido, para ter uma visão clara de sua aplicação, precisamos
distinguir duas situações: desconsiderando a força gravitacional, ou na
presença de força gravitacional.
Desconsiderando a força gravitacional
Fica claro que uma situação desse tipo só existe hipoteticamente, ou é aplicável em
casos muito específicos. Vamos imaginar um recipiente que contém um fluido (Figura
3.2), parte de algum equipamento no interior de um satélite, dirigindo-se para algum
planeta do Sistema Solar. Suponha que ele ainda está longe de seu objetivo, no
espaço interplanetário. O satélite está em movimento praticamente uniforme em
direção a seu destino, com aceleração desprezível. Segundo o princípio de Pascal,
sabemos que toda a extensão do fluido e as paredes do recipiente encontram-se
submetidos a uma mesma pressão uniforme, em toda sua extensão.
Exemplo
Imagine um pequeno recipiente de raio 1 cm e altura 2 cm, que em seu interior a
pressão seja de 500Pa. Não há gravidade atuando sobre o fluido, então não podemos
dizer que o fundo do recipiente está mais pressionado do que o topo, não é mesmo? A
pressão está igualmente distribuída em cada pequeno elemento de volume, nas
paredes do cilindro e extremidades. Podemos calcular a força total aplicada sobre a
extremidade superior. Sua área é:
A força aplicada sobre a extremidade inferior é idêntica, uma vez que se trata de um
cilindro.
Agora, suponha que a extremidade superior seja móvel. Se ela encontra-se em
repouso, encontrará em equilíbrio e tal força deve estar sendo compensada. Ela está
em repouso porque uma força de exatamente 0,157N é aplicada sobre ela por um
mecanismo externo, no sentido contrário.
Então, o que acontece se o mecanismo externo passar a aplicar o dobro da força
sobre o fluido, ou seja, passe a ser aplicada uma força de 0,314 N? A extremidade
superior não se moverá. Isso significa que o fluido se adaptou à pressão externa e
começou a compensar a força aplicada. Você compreenderá que a pressão no fluido
necessariamente aumentou, caso contrário, o equilíbrio não seria atingido e a
extremidade superior do cilindro teria que acelerar, de acordo com a segunda lei de
Newton.

A força atuando sobre uma mesma área dobrou, então a pressão também dobrou.
Isso influenciou a pressão em todos os pontos do fluido.
Considerando a força gravitacional
Neste momento, vamos voltar um pouco no tempo e imaginar o mesmo cilindro antes
do satélite ser lançado ao espaço. Os engenheiros ligaram bombas de vácuo, que
retiraram o ar do recipiente, inserindo, em seguida, o fluido em seu interior. Depois, ele
foi selado com o mecanismo e realizou uma força de 0,157N sobre o fluido, causando
uma pressão de 500Pa em sua superfície superior. Porém, na Terra, a gravidade atua
em todos os fluidos. Qual será a pressão no fundo do recipiente, nas condições
indicadas, lembrando que h=2 cm? Considere um fluido de densidade 850 Kg/m³ .
Aqui, você deve estar se sentindo mais confortável. Afinal, já fizemos isso na seção
anterior. Vamos calcular o peso do fluido?
Na seção anterior, não fizemos tal consideração, pois estudamos sempre recipientes
regulares. Neles, basta dividir a força total pela área e o resultado correto será obtido.
Agora, considerando o princípio de Pascal, descobriremos que a pressão exercida
pela gravidade em um recipiente depende somente da altura do recipiente e não de
seu formato. É a pressão que se transmite uniformemente em um fluido e não sua
força.
Considere o recipiente a seguir. A pressão no fundo dele dependerá da altura h, da
pressão externa, da gravidade local e da densidade do fluido.
Exemplo
Elevadores hidráulicos e o princípio de Pascal
Exemplo
Exercícios

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