O documento discute padrões normais de sangramento menstrual e causas de sangramento uterino anormal, incluindo sangramento uterino disfuncional. Também aborda o climatério, período de transição da fase reprodutiva para a pós-menopausa, e seus sintomas e tratamentos. Por fim, descreve doenças e anormalidades relacionadas à vulva e vagina, como vulvovaginite e corrimentos vaginais.
O documento discute padrões normais de sangramento menstrual e causas de sangramento uterino anormal, incluindo sangramento uterino disfuncional. Também aborda o climatério, período de transição da fase reprodutiva para a pós-menopausa, e seus sintomas e tratamentos. Por fim, descreve doenças e anormalidades relacionadas à vulva e vagina, como vulvovaginite e corrimentos vaginais.
O documento discute padrões normais de sangramento menstrual e causas de sangramento uterino anormal, incluindo sangramento uterino disfuncional. Também aborda o climatério, período de transição da fase reprodutiva para a pós-menopausa, e seus sintomas e tratamentos. Por fim, descreve doenças e anormalidades relacionadas à vulva e vagina, como vulvovaginite e corrimentos vaginais.
Relembrando: Padrões normais de sangramento A duração do ciclo é determinada pela velocidade e qualidade do crescimento e desenvolvimento folicular e varia entre uma mulher e outra e entre um ciclo e outro. Média: Sangramento menstrual de 3 a 7 dias. Volume: 30 a 80 mL por dia. Intervalo entre ciclos: 24 a 35 dias. Nome da primeira menstruação MENARCA! Um ciclo nesse padrão é chamado normal ou eumenorréico. Sangramento uterino anormal é aquele que apresenta uma alteração em um ou mais desses três parâmetros, ou seja, um sangramento excessivo em duração, frequência ou quantidade. Com relação a este último parâmetro, não existe uma maneira prática e objetiva capaz de medir a quantidade de sangue eliminado, porém, se o sangue menstrual forma coágulos, provavelmente a perda é maior que o normal e quanto mais coágulos maior a perda. Sinais de alterações: •Aumento do consumo de absorventes durante 24 h ou a cada 2h •Aumento da duração da menstruação •Presença de sangramento intermenstruais, coágulos ou anemias. Causas do sangramento uterino anormal: O sangramento uterino anormal pode ocorrer por inúmeras causas. Em aproximadamente 25% dos casos, ele é causado por um distúrbio físico, chamado orgânico. Nos outros 75%, ele é causado por distúrbios hormonais que afetam o controle do sistema reprodutivo pelo hipotálamo e pela hipófise e que são particularmente comuns durante os anos reprodutivos. Este tipo de sangramento é conhecido como sangramento uterino disfuncional. Dentre as diversas causas orgânicas podemos citar: • Hipo ou hipertireoidismo • Alterações de coagulação • Doenças dos rins e fígado • Problemas gestacionais: aborto, gravidez ectópica, placenta baixa. • Miomas. • Pólipos. • Hiperplasia endometrial • Tumores ovarianos produtores de hormônios • Neoplasias uterinas • Lesões na vagina e do colo do útero. • Uso de DIU. • Uso de hormônios orais ou injetáveis. • Uso de outros medicamentos, como por exemplo, anticoagulantes e tranquilizantes Sangramento Uterino Disfuncional O sangramento uterino disfuncional é o sangramento anormal decorrente de alterações hormonais e não de uma lesão, uma inflamação, uma gravidez ou um tumor. • O sangramento uterino disfuncional é o sangramento anormal decorrente de alterações hormonais e não de uma lesão, uma inflamação, uma gravidez ou um tumor. • O sangramento uterino disfuncional ocorre mais comumente no início e no final dos anos reprodutivos: 20% dos casos ocorrem em adolescentes e mais de 50% em mulheres com mais de 45 anos. A maioria dos sangramentos uterinos anormais é do tipo disfuncional, mas este diagnóstico somente é feito quando todas as outras possibilidades são descartadas. • O sangramento uterino disfuncional é representado por duas situações distintas. Aquele que ocorre em pacientes que estão ovulando e o que ocorre nas pacientes que não estão ovulando. • No tratamento, o objetivo principal, no sangramento uterino disfuncional, é restaurar o controle natural hormonal (estrogênio e progesterona) sobre o tecido endometrial. Climatério Climatério é o período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase de pós-menopausa. Dessa forma, a menopausa (última menstruação) é um fato que ocorre durante o climatério. No climatério há uma diminuição das funções ovarianas, fazendo com que os ciclos menstruais se tornem irregulares, até cessarem por completo. Estatisticamente, a menopausa ocorre, em média, aos 50 anos. O climatério tem início por volta dos 40 anos e se estende até os 65 anos. Sua ocorrência é marcada por alterações na produção dos hormônios sexuais femininos: queda da produção de estrogênio e progesterona e aumento da produção do Hormônio Folículo Estimulante o que acarreta a interrupção da atividade folicular e, consequentemente, a ausência do ciclo menstrual. Ao instalar-se, o climatério desencadeia uma série de alterações fisiológicas no organismo feminino que devem ser conhecidas pelos profissionais de saúde para que as mulheres possam ser orientadas, diminuindo sua ansiedade. O climatério está culturalmente relacionado ao envelhecimento e a intensidade da manifestação de seus sinais e sintomas pode estar relacionada à imagem que a mulher tem de todo esse processo. Fases Pré - Menopausa: é uma fase que pode começar bem cedo e que poucas mulheres, de fato, sentem a chegada, pois é geralmente marcado por uma sutil redução hormonal, sem grandes sintomas ao organismo — diferente do climatério, mais comum e mais relatado pelas mulheres. As taxas de estrogênio e progesterona começam a sofrer alterações, ainda que nem sempre perceptíveis. A característica mais marcante da pré-menopausa é efetivamente a queda na fertilidade, que pode reduzir para 20% após a faixa de idade entre 35 e 40 anos. Transição Menopausal (climatério): variação de mais de 7 dias entre os ciclos - falha de dois ciclos ou de 60 dias entre os ciclos. Pós Menopausa: amenorreia, considerada apenas um ano do último ciclo menstrual Fisiologia do climatério Alteração do metabolismo dos ovários Involução do sistema hormonal reprodutivo; Declínio do estrogênio; Quais são os sintomas do Climatério Sintomas vasomotores: • Fogachos diurnos e noturnos Sintomas psicológicos: • Sudorese diurna e noturna • Depressão • Palpitações • Insônia • Ansiedade • Irritabilidade • Choro imotivado • Redução da libido • Dificuldade de concentração • Redução da memória • Astenia Estes sintomas variam de uma pessoa para a outra. Quando os hormônios diminuem, são observadas alterações na pele e curvas da mulher. Isto acontece porque a falta de colágeno leva à perda de elasticidade da pele e dos vasos sanguíneos, com redução da massa muscular e aumento de gordura corporal localizada. A queda do estrógeno também leva a um aumento das taxas de colesterol e triglicérides que, por sua vez, pode levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Ocorre, ainda, um prejuízo na captação e absorção de cálcio pelos ossos levando à osteoporose. Sintomas vasomotores - Marcados por episódios súbitos de sensação de calor na face, pescoço e parte superior do tronco, com duração de meio a cinco minutos, geralmente acompanhados de rubor facial, sudorese, palpitações cardíacas, vertigens e fadiga muscular. Durante a crise a temperatura da face chega a subir 5 graus centígrados em relação ao resto do corpo é o sintoma mais característico e frequente do climatério, cerca de 75 % das mulheres queixam-se das limitações impostas por ele. Em cerca de 80% dos casos os sintomas persistem por mais de um ano; e, em 25%, por mais de cinco anos. Sintomas psíquicos - A redução dos níveis de estrógeno e progesterona interfere na liberação de neurotransmissores essenciais para o funcionamento harmonioso do sistema nervoso central. Como consequência, muitas mulheres queixam-se de irritabilidade, labilidade emocional, choro descontrolado, depressão, distúrbios de ansiedade, melancolia e alterações do humor. Exames Mamografia, citologia oncótica, ultrassonografia transvaginal e abdominal, hemograma, glicose, dosagem de hormônios (estradiol, testosterona) triglicerídeos, colesterol, pesquisa de sangue nas fezes, eletrocardiograma, densiometria óssea, raio x de tórax para tabagistas. Conduta de Enfermagem Estimular atividade física; Estimular a eliminação de vícios como tabaco, que prejudica a absorção de cálcio; Orientar a realizar o tratamento adequado para essa fase. Uso de roupas leves e folgadas, para maior conforto durante as ondas de calor. Incentivar a ingestão abundante de água. Incentivar a prática de técnicas de relaxamento, para controle do estresse. Orientar a fazer exercícios físicos regulares, a fim de preservar os ossos fortes e evitar o estresse. Tratamento: • Alimentação saudável, com consumo de vegetais verdes e derivados de leite, ricos em cálcio, Controle de peso. • Procura de uma atividade prazerosa, para manter a mente saudável. • Reposição Hormonal: A mulher para manter a sua saúde física e emocional, necessita repor aqueles hormônios que deixou de produzir e que lhe garantem saúde e vitalidade. Benefícios da Terapia de Reposição Hormonal: reduz os calores, suores, depressão e mudanças de humor melhora o desejo sexual diminui as desordens genitais, como a secura e o prurido vaginal diminui a perda óssea, previne a osteoporose, reduz os distúrbios urinários como a urgência e a incontinência urinária DOENÇAS OU ANORMALIDADES RELACIONADAS À VULVA E A VAGINA Processo inflamatório localizado na vulva e vagina, que produz corrimento genital. 1. Vulvovaginite e corrimento vaginal ou leucorréia, uma inflamação ou infecção da vulva e da vagina. Também pode ser chamada de vulvite ou vaginite, se afeta apenas uma dessas partes do aparelho genital, mas isso é muito difícil de ocorrer. Tipos: mais comuns de vaginite são: • Vaginite bacteriana, • Infecções fúngicas (candidíase, tricomoníase) • Atrofia vaginal ou vaginite atrófica Fatores predisponentes: Multiplicidade de parceiros, DST, Ducha vaginal, Uso de anticoncepcional hormonal, fatores químicos como sabonetes, banhos de espuma Gravidez e outros; O risco da vulvovaginite fica aumentado quando há alterações hormonais, atividade sexual intensa, doença sexualmente transmissível ou uso prolongado de certos Sinais e Sintomas Corrimentos vaginais, Coceira ou irritação vaginal, Dor durante a relação sexual e ao urinar, Sangramento pela vagina, etc 2. Bartholinite: É a inflamação do canal ou da glândula de bartolhin, causando obstrução da extremidade vaginal, provocando a formação de abscesso ou cisto. As glândulas de Bartholin são duas glândulas que se localizam na vulva, porção externa da genitália feminina, e têm como função a produção de um fluido lubrificante. A sua função é produzir um fluido mucoso que serve para lubrificar e umidificar a vulva, principalmente durante o ato sexual. Sintomas: Dor, Queimação, Hiperemia, Edema, Tumoração da glândula, impedindo e dificultando ter relação sexual; Tratamento da glândula de Bartholin inflamada Uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos e, quando há infecção, com antibióticos e banhos de assento com água quente para aliviar a inflamação e eliminar o pus Conduta de enfermagem: Realizar educação em saúde (higiene perineal, DST e métodos de prevenção); Orientar quanto a abstinência sexual até o desaparecimento do cisto ou abscesso; Orientar quanto ao banho de assento, morno ou compressas quentes várias vezes ao dia;