I.

Epistemologia
4. David Hume, a resposta empirista
 Ceticismo mitigado
e Objeções ao
empirismo
humeano

I. Epistemologia
4. David Hume, a resposta empirista
 4. David Hume, a resposta empirista

Aprendizagens Essenciais
 Clarificar os conceitos nucleares, as
teses e os argumentos da teoria
empirista (Hume) enquanto resposta
ao problema da possibilidade e da
origem o conhecimento.
 Discutir criticamente esta posição e
respetivos argumentos.

Pormenor do mural de Ernest Zacharevic, Boy

on a chair, Leboh Cannon, Malásia, 2015.
 4. David Hume, a resposta empirista

Ceticismo mitigado
David Hume (1711-1776)

Não podemos justificar a priori ou a

posteriori porque cremos e confiamos
na causalidade, nas inferências
indutivas, no princípio da
uniformidade da natureza ou na
existência independente do mundo
exterior.
 4. David Hume, a resposta empirista

Ceticismo mitigado
David Hume (1711-1776)

Hume deixa-nos, assim, em resultado

da investigação realizada, um legado
de ceticismo. Mas as suas
preocupações céticas são moderadas
ou mitigadas.
 4. David Hume, a resposta empirista

Ceticismo mitigado
David Hume (1711-1776)

Para Hume, a «dúvida cética (…) é

uma doença que não pode ser
radicalmente curada». Mas o
ceticismo global ou pirrónico não nos
permite ir muito longe, é impraticável,
pois tornaria impossível o nosso
quotidiano.
 4. David Hume, a resposta empirista

Ceticismo mitigado
Eis aqui a principal e a mais perturbante objeção ao ceticismo
excessivo: nenhum bem duradoiro pode alguma vez dele
resultar, enquanto permanecer na sua plena força e vigor. (…)
Pelo contrário, ele [o filósofo pirrónico] deve reconhecer, se é
que admite alguma coisa, que toda a vida humana teria de
perecer, se os seus princípios prevalecessem de maneira
universal e permanente. Cessaria imediatamente todo o
discurso e toda a ação (…).

David Hume (2014). Investigação sobre o entendimento humano. Edições 70, p. 167.
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Ceticismo mitigado
David Hume (1711-1776)

De um ponto de vista teórico,

considera Hume, o desafio cético é
invencível (as conclusões céticas
estão corretas), mas, na prática,
somos psicologicamente incapazes de
viver como céticos (o ceticismo é
impraticável).
 4. David Hume, a resposta empirista

Ceticismo mitigado
David Hume (1711-1776)

➔ Na teoria, as conclusões céticas

estão corretas e o ceticismo é
invencível.
➔ Na prática, não nos é possível viver
como se o ceticismo fosse verdadeiro.
 4. David Hume, a resposta empirista

Ceticismo mitigado
David Hume (1711-1776)

Na ausência de qualquer justificação

racional ou empírica, sigamos,
portanto, confiando nas crenças que o
hábito ou costume, o grande guia da
vida humana, vai imprimindo nas
nossas mentes.
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Objeções ao empirismo humeano

• Ao fazer depender explicações filosóficas de um princípio
psicológico, Hume enfrenta, até aos nossos dias, a objeção de
irracionalismo.
• Por outro lado, filósofos como Karl Popper defenderam que a
indução e o hábito não desempenham, no conhecimento, o
papel decisivo que Hume lhes atribui. Passamos bem sem eles.
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