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Epistemologia: Reflexões sobre a Natureza e

Limites do Conhecimento
Ciências e Tecnologias
Diogo Fernandes nº8, Mateus Gonçalves nº19, Rodrigo Pereira nº22 e Tomás Costa nº24
11ºE
2023/2024

Agrupamento de escolas
Dona Maria II
Índice
Descartes: a resposta racionalista
 Descartes e a resposta racionalista
 O fundacionalismo de Descartes
 A Dúvida
 A aplicação do método
 Da dúvida ao cogito
 Do cogito a Deus
 O problema da origem do conhecimento (ideias
adventícias e factícias)
 Críticas a Descartes
Hume: a resposta empirista
 Impressões e ideias
 Princípio da cópia
 Questões de factos e relações de ideias
 A causalidade (a relação de causa-efeito; conexão
necessária e hábito)
 O problema da indução
 O ceticismo moderado e o fundacionalismo de Hume
 Críticas a Hume
Introdução
René Descartes

René Descartes (1596–1650) foi um filósofo, matemático e


cientista francês, conhecido como o "pai da filosofia
moderna". Suas contribuições abrangem várias áreas do
conhecimento, incluindo a filosofia, a matemática e a
ciência.

Qual a origem do conhecimento?


O conhecimento tem origem na experiência (a priori ou a
posteriori). É a partir dos sentidos e das perceções que nos
relacionamos com o mundo e podemos conhecer alguma coisa.
Será o conhecimento possível?
O conhecimento é um tema estudado pela Epistemologia,
disciplina filosófica que aborda problemas como a possibilidade
do conhecimento ou a sua definição. O problema da
possibilidade do conhecimento é de enorme importância pois
trata-se de saber se conhecemos de facto tudo o que julgamos
saber, estando em causa a própria realidade.

Descartes e a resposta racionalista


Descartes é um fundacionalista racionalista e considera que o
conhecimento tem fundamento
racional e que razão é a fonte de justificação último das crenças.
O seu principal objetivo era
demonstrar que os céticos estavam enganados quando negavam a
possibilidade do
conhecimento.
Método infalível e simples para pôr à prova todas as nossas
crenças: a dúvida.

O funcionalismo de descartes
Para encontrar tal crença recorreu à duvida metódica para
alcançar a certeza, duvidar até encontar uma ideia tão certa
que resista a todas as dúvidas. A dúvida cartesiana é metódica,
voluntária, teórica e hiperbólica.

A dúvida metódica
A dúvida metódica incide primeiro nos sentidos se às vezes nos
enganam, é possível que nos enganem sempre. Esse
argumento é reforçado pelo argumento do sonho: não se
consegue distinguir com certeza a vigília do sonho, por isso,
não se pode garantir que toda a vida não seja um sonho. Logo,
nenhuma crença a posteriori é indubitável.

A aplicação do método
Mesmo a sonhar «2+2=4». Isto é o argumento do sonho não
põe em casa as crenças à priori. Mas estas não são
indubitáveis, pois se imaginarmos um deus enganador
percebemos que este nos poderia enganar até nas crenças
matemáticas mais simples.

Da dúvida ao cogito
Cogito, ergo sum (penso logo existo) é uma frase de autoria do
filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650).
Descartes alcança essa conclusão após duvidar da verdade de
todas as coisas. A seu ver, mesmo que ele duvidasse de tudo, não
poderia duvidar de que ele mesmo existe pelo menos enquanto
“coisa que pensa” (res cogitans).

Do cogito a Deus
Mas descartes provou que apenas existe como ser pensante. O seu
próprio corpo poderia ser uma ilusão provocada pelo deus
enganador, tal como as coisas do mundo e as ideias matemáticas.
Mesmo as ideias claras e distintas poderão ser falsas. Descartes
parece estar numa posição solipsista.

O problema da Origem do conhecimento.

O problema da possibilidade e origem do


conhecimento envolve duas teorias que procuram responder a
esta questão: racionalismo, defendida por Descartes, e o
empirismo, defendida por Hume. No entanto, apesar de ambas
tentarem responder ao mesmo problema, diferem em vários
aspectos.

Críticas a Descartes
Descartes foi incoerente, pois ao passar da certeza do cogito à
certeza de Deus recorreu a capacidades e ideias que tinham
sido suspensas pela hipótese do Deus enganador.
Descartes também raciocina de modo circular, pois a existência
de Deus e o critério das ideias claras e distintas pressupõem-se
mutuamente.

David Hume

David Hume (1711–1776) foi um filósofo escocês, historiador e


economista, uma das figuras proeminentes da Ilustração escocesa e
do empirismo britânico. Ele é mais conhecido por suas contribuições
significativas para a filosofia, especialmente em áreas como
epistemologia, filosofia moral e filosofia política.

Impressões e ideias
Chamava perceções a esses conteúdos e dividia-os em impressões e
ideias.

As impressões podem ser externas (secações visuais, auditivas, etc.)


ou internas (sentimentos e desejos).

Podem também ser simples (se não se dividirem noutras) ou


complexas (se se dividirem noutras).

Princípio da cópia
As ideias são cópias das impressões e por isso são menos intensas
do que estas. Podem ser simples ou complexas. Sendo assim, não há
ideias inatas.
Questões de facto e relações de ideias
Hume pensa que tudo aquilo que podemos investigar e tentar
conhecer se divide em dois grupos muito distintos: relações de
ideias e questões de facto.

Princípio empírico - Bifurcação de Hume  O conhecimento da


natureza é empírico.

Relações de ideias :
São conhecimentos a priori.

A verdade das proposições e a validade dos argumentos não


dependem da experiência.

As relações de ideia são verdades necessárias. É logicamente


impossível a sua negação.

As proposições que exprimem e combinam relações de ideias não


nos dão conhecimento sobre o que se passa no mundo –
circunscrevem-se ao domínio das entidades abstratas.

Questões de facto:
São conhecimento a posteriori. A verdade das proposições que se
referem a factos depende do exame empírico.

A verdade das proposições de facto é contingente.

As proposições que se referem a factos visam descobrir coisas sobre


o mundo e dar conhecimento sobre o que nele existe ou acontece.

A Causalidade:
Hume dedicou muita atenção ao tema da
causalidade, pois considerava esta como um
elemento fundamental nos esforços humanos para
compreender o mundo.
Hume começa por dizer que o estabelecimento de
relações de causalidade só pode ser feito a posteriori
e não a priori. Ou seja: apenas a experiência nos
permite fazer inferências causais e dizer que uma
determinada coisa é causa ou efeito de outra.
Ter experiência, ver as coisas acontecerem, é,
portanto, indispensável para fazer inferências causais.
Por exemplo: se uma pessoa nunca viu, nem ouviu
dizer, que o calor faz o metal dilatar, não conseguira
prever que um pedaço de metal que agora está a ver
dilatara se for posto perto de um fogo intenso.
Sem a experiência e recorrendo apenas a razão, essa
pessoa nunca faria uma tal previsão.
Mas, depois de defender essa ideia, Hume, coloca
uma questão crucial: Temos realmente a experiência
de que?

O problema da indução
O problema da indução, proposto por David Hume,
questiona a validade lógica da inferência indutiva,
que generaliza a partir de casos específicos para
estabelecer conclusões gerais. Hume argumenta que
não há justificação lógica para assumir que o futuro
será como o passado, apesar das regularidades
observadas. O problema destaca a falta de uma base
sólida para a indução, levando a várias abordagens
filosóficas para lidar com essa questão, embora
nenhuma solução definitiva tenha sido alcançada.

O que é a indução

Indução é o processo de inferir ou generalizar


conclusões gerais a partir de observações específicas.
Enquanto o raciocínio dedutivo parte de premissas
gerais para conclusões específicas, o raciocínio
indutivo parte de observações particulares para
conclusões gerais, embora sem garantia lógica. O
problema da indução destaca a dificuldade de
justificar logicamente a validade do raciocínio
indutivo, especialmente em relação à predição do
futuro com base em observações passadas.

O ceticismo moderado e o fundacionalismo de


Hume
O ceticismo moderado questiona a certeza do
conhecimento humano, reconhecendo as limitações da
razão e a influência de fatores como perceção e
interpretação. David Hume, associado ao ceticismo
moderado, propôs o fundacionalismo, uma abordagem
empirista. Hume argumentou que todas as ideias têm
origem em impressões sensoriais, mas questionou a
validade da causalidade, destacando que não podemos
justificar racionalmente essa crença com base apenas na
observação. Essa crítica influenciou a epistemologia ao
enfatizar as limitações do conhecimento humano baseado
na experiência sensorial.

Críticas a Hume
É implausível que o conhecimento matemático não
seja substancial, pois quando se fazem cálculos
matemáticos parece haver conhecimento novo e não
uma mera explicitação de ideias, e também porque a
matemática se aplica ao mundo, no quotidiano e nas
ciências. A identificação humeana entre causalidade e
conjunção constante, se for aceite, leva à admissão
de falsidade.
Falta 1 exemplo

Conclusão
Bibliografia

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