Você está na página 1de 13

ESCOLA SECUNDÁRIA DE

VILA REAL DE SANTO


ANTÓNIO
ESCOLA SECUNDÁRIA DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
ANO LETIVO
ANO LETIVO 2013/2014 FILOSOFIA 11º ANO 2013/2014
TEORIA DO CONHECIMENTO FILOSOFIA 11º ANO DE DAVID
HUME

TEORIA DO
CONHECIMENT
O DE DAVID

David Hume (1711-1776)

importante filósofo escocês e ficou conhecido pelo seu EMPIRISMO


RADICAL.

Juntamente com John Locke (inglês, 1632-1704) e George Berkeley (irlandês,


1685-1753) faz parte da chamada tríade de empiristas britânicos.

Como empirista, subscreve a ideia de John Locke de que a mente é uma “folha
de papel em branco”, negando a existência de ideias inatas e afirmando que
todo o conhecimento advém da experiência.
Segundo Hume, o conhecimento compõe-se de perceções, as quais se
dividem em:
- Impressões, que são os elementos captados diretamente da realidade;
Incluem sensações, emoções e paixões;
-Ideias, que são cópias imperfeitas das impressões, representações
mentais, imagens;
Todas as ideias têm origem em impressões;

IMPRESSÕES E IDEIAS
RELAÇÕES DE IDEIAS E QUESTÕES
DE FACTO
Os dados provenientes da experiência resultam em dois
tipos de conhecimento:

-Relações de Ideias, que consiste num conhecimento relativo ao pensamento e


advém das relações estabelecidas entre as ideias. Não necessita da experiência
para se comprovar como verdadeiro, mas não fornece qualquer informação
nova sobre a realidade;

- Questões de facto, ou seja, um conhecimento relativo à realidade, isto é, ao


que existe e acontece, que necessita da experiência para ser comprovado. Não
pode ser demonstrável senão pela experiência e não é dotado de necessidade
lógica.
RELAÇÕES DE IDEIAS E QUESTÕES
DE FACTO

Enquanto que as relações de ideias têm por base o princípio de


não contradição e os princípios e regras lógicas em geral (é o tipo
de conhecimento da matemática e da lógica), as questões de
facto baseiam-se no princípio da causalidade, na indução e na
previsão (é o tipo de conhecimento das ciências naturais).
O CONHECIMENTO DAS QUESTÕES
DE FACTO TEM LIMITES
Segundo Hume, a experiência, de que depende a verificação das
questões de facto, apresenta os seguintes limites:
- passar de juízos particulares para juízos universais
(INDUÇÃO)
-Estabelecer relações de causa e efeito (CAUSALIDADE)
-Predizer o futuro (PREVISÃO)

TODOS ESTES PROCEDIMENTOS ULTRAPASSAM A


EXPERIÊNCIA
OS LIMITES DA EXPERIÊNCIA
INDUÇÃO

Se a experiência nos fornece apenas o particular, fazer


juízos universais é ir para além daquilo que a
experiência nos fornece.

Por exemplo, apenas podemos afirmar “Todos os


cisnes que vi até hoje são brancos”. Nunca poderemos
dizer com base nisso que “Todos os cisnes são brancos”.
OS LIMITES DA EXPERIÊNCIA
CAUSALIDADE

A experiência apresenta-nos apenas fenómenos que se


sucedem no tempo mas não mostra qualquer tipo de
relação causa-efeito entre eles.

Por exemplo, podemos apenas afirmar “Veio o sol e


a pedra aqueceu” e não “O sol é a causa do aquecimento
da pedra”.
OS LIMITES DA EXPERIÊNCIA

PREVISÃO
Temos experiência do presente e a experiência do
passado, mas a experiência não nos mostra o
futuro.

Por exemplo, como poderemos afirmar que o


sol vai nascer amanhã?
O COSTUME E A CRENÇA
“O costume é o grande guia da vida humana. É só esse
princípio que torna útil a nossa experiência e nos faz esperar, no
futuro, uma sequência de eventos semelhantes àqueles que ocorram
no passado. Sem a influência do costume seríamos completamente
ignorantes de toda a questão de facto.”
HUME, Investigação sobre o Entendimento Humano

Hume considera que o conhecimento se compõe de crenças


construídas com base na experiência e acrescidas de associações de
ideias, sendo grande parte destas desprovidas de fundamento
empírico e tendo por base o hábito ou costume.
O QUE PODEMOS CONHECER?
Em relação ao problema da possibilidade do conhecimento,
Hume apresenta uma posição que se pode qualificar de
CETICISMO MODERADO. Ele não nega que se possa conhecer a
realidade, mas dentro de certos limites.
Por um lado, há conteúdos mentais sobre os quais a experiência
não pode fornecer provas irrefutáveis, como por exemplo a ideia de
Deus ou a ideia de infinito.

Por outro lado, a razão humana não tem capacidade nem para
demonstrar logicamente o conhecimento vindo da experiência nem
para produzir só por si qualquer tipo de conhecimento sobre a
realidade.
Síntese
PERCEÇÕES

IMPRESSÕES IDEIAS

QUESTÕES DE FACTO RELAÇÕES DE IDEIAS


(Tem limites e é essencialmente crença) (Não permite conhecer a realidade)

CETICISMO MODERADO
HUME vs DESCARTES
HUME DESCARTES

O conhecimento vem da O conhecimento vem da razão


experiência Defende que existem ideias
Defende que não existem ideias inatas
inatas A razão permite conhecer a
A razão não pode conhecer a realidade
realidade e a experiência tem
limites
Dogmatismo
Ceticismo

Você também pode gostar