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Biossegurança

em Laboratórios

Disciplina: Química
Profa.: Debora Sales
O que é biossegurança?
Biossegurança

Procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos


e dispositivos

Eliminar ou minimizar riscos inerentes às atividades de


pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e
prestação de serviços

Podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do


meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos
Tipos de Riscos Laboratoriais

As normas de biossegurança englobam todas as medidas


que visam evitar:
 Riscos de acidentes;
 Riscos ergonômicos;
 Riscos físicos;
 Riscos químicos;
 Riscos biológicos.
Riscos de Acidentes

 Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo


e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral.
 Ex.: uso de máquinas e equipamentos sem proteção,
probabilidade de incêndio e explosão.
Riscos Ergonômicos

 Qualquer fator que possa interferir nas características


psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto
ou afetando sua saúde.

 Ex.: o levantamento e transporte manual de peso, o


ritmo excessivo de trabalho, a repetitividade, postura
inadequada de trabalho.
Riscos Físicos

 São as diversas formas de energia a que possam estar


expostos os trabalhadores.
 Exemplo: Ruído, vibrações, pressões anormais,
temperaturas extremas, radiações, materiais cortantes e
pontiagudos, etc.
Riscos Químicos

 São as substâncias, compostos ou produtos que possam


penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de
poeiras, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que
possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo
através da pele ou por ingestão.
Riscos Biológicos

 Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias,


fungos, parasitas, vírus, entre outros.
Normas Gerais

 Todo laboratório independente de sua atividade deve


respeitar os padrões de segurança adequados.
 Todos os experimentos e técnicas deverão ser realizados
seguindo a orientação do professor.
 Caso necessário, dependendo da atividade a ser
desenvolvido, utilizar os EPI’s adequados.
Normas Gerais

 Não será permitida a permanência no laboratório de


indivíduos sem jaleco, de bermudas, saias e sandálias.

 
Normas Gerais

 Retirar o jaleco ao sair do laboratório!


Normas Gerais

 Não é permitido o ato de fumar ou ingerir alimentos


dentro do laboratório.
Normas Gerais

 NÃO pipetar com a boca


Normas Gerais

 Não se permite brincadeiras com o material de laboratório.


 Não atender celular quando estiver dentro do laboratório.
Normas Gerais

 Não prove quaisquer produtos químicos ou soluções, não


inale gases ou vapores desconhecidos
Normas Gerais

 Atenção ao fazer uso do bico de Bunsen, ou a lamparina,


nunca deixar solventes inflamáveis e voláteis abertos e
próximos à chama. Cuidado com a cabeça e com a
roupa.
Normas Gerais

 Caso ocorra algum contato da pele com algum produto


químico recomenda-se lavar abundantemente em água
corrente e comunique ao professor.
Equipamentos de Proteção Individual

 São empregados para proteger o pessoal da área de


saúde do contato com agentes infecciosos, tóxicos ou
corrosivos, calor excessivo, fogo e outros perigos.
 Também servem para evitar a contaminação do material
em experimento ou em produção.
Equipamentos de Proteção Individual

São EPI’s:

 Calçados;
 Máscaras;
 Luvas;
 Jaleco;
 Óculos de proteção...
Equipamentos de Proteção Coletiva

 Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são equipamentos


utilizados para proteção de grupo de pessoas, enquanto
realizam uma determinada tarefa ou atividade
 São EPC’s:
 Extintores de Incêndio
 Lava-olhos
 Chuveiros de segurança
 Kit de primeiros socorros
Vidrarias
e
Equipamentos
Precisão de vidrarias

São os materiais utilizados para auxiliar em experimentos dentro de


um laboratório. Podem ser divididos em dois grupos basicamente:
 De precisão: Não podem ser levados à estufa, pois a alta
temperatura alteraria sua propriedade de medição com precisão.
Ex.: pipetas, buretas, provetas etc.
 Sem precisão: Podem ser levados à estufa para secagem pós-
lavagem.
Ex.: balões de fundo chato e redondo, becker, bastão de vidro etc.
Vidrarias e equipamentos

Tubos de ensaio
 Recipiente usado para efetuar
reações químicas de pequena
escala com poucos reagentes de
cada vez
 Pode ser aquecido diretamente na
chama do bico de Bunsen, por ser
feito, normalmente, de vidro
temperado
Vidrarias e equipamentos

Estante para tubos de ensaio


  Utilizado para apoiar tubos de ensaio
Vidrarias e equipamentos

Placas de Petri
 Recipientes redondos, de vidro ou plástico, com tampa rasa,
maior que a base
Vidrarias e equipamentos

Pipetas Graduadas
 Utilizadas para medir volumes variáveis de líquidos
Vidrarias e equipamentos

Pipeta volumétrica
 Utilizada na medição de um
volume exato de líquido
 Precisão maior do que a pipeta
graduada
Vidrarias e equipamentos

Pipetador
 Utilizado para pipetar líquidos,
utilizado acoplado à pipeta
Vidrarias e equipamentos

Pipetas de Pasteur
 Servem para transferência de pequenos volumes de líquidos
Vidrarias e equipamentos

Pipeta automática
 Capazes de transferir
pequenos volumes (entre 0,25
µL – 5000 µL) com alta
reprodutibilidade e exatidão
Vidrarias e equipamentos

Balão de fundo plano (chato) e Erlenmeyer


 Aquecimento e armazenamento de líquidos
Vidrarias e equipamentos

Becker
 Serve para fazer reações entre
soluções, dissolver substâncias sólidas,
efetuar reações de precipitação e
aquecer líquidos
Vidrarias e equipamentos

Proveta e balão volumétrico


 Medição de volumes
 Diluição de soluções
 Balão volumétrico é mais preciso
Vidrarias e equipamentos

Lamparina
 Aquecimento de sistemas de
pequenas dimensões que
requerem pouco calor
Vidrarias e equipamentos

Bico de Bünsen e de Meker


 Aquecedor a gás com chama,
cuja temperatura varia de
acordo com a regulagem
  Fornecem chamas muito mais
quentes e mais intensas do que
as lamparinas de álcool
Vidrarias e equipamentos

Pisseta
 Recipiente que produz um jato líquido,
usado para a lavagem de utensílios
Vidrarias e equipamentos

Espátulas e Pinças
 Utilizada para pesagem de pequenas massas
Vidrarias e equipamentos

Potenciômetro (pHmetro)
 Determinar o pH de diferentes soluções
Vidrarias e equipamentos

Balanças
 São destinadas a pesagens das diferentes substâncias
Técnicas de laboratório

Limpeza de vidraria
 É importante que a toda vidraria seja minuciosamente limpa e
seca antes de ser usado em alguma experiência.
Técnicas de laboratório

 Soluções químicas comuns.


Água destilada (3 ou 4 vezes)
 Bases ou ácidos fortes (deixar sob um exaustor)
 Água destilada (3 ou 4 vezes)
Técnicas de laboratório
Leitura do nível de um líquido-menisco
 Para ler corretamente o nível de um líquido, é importante olhar
pela a linha tangente ao menisco, o que é côncavo (Figura A)
nos líquidos que “aderem ao vidro” como a água, e convexo
(figura b), no caso de líquidos que “não aderem ao vidro”, como
o mercúrio.
Técnicas de laboratório
Transferência de sólidos
 quando pequenas amostras forem transferidas utilizar uma
espátula limpa e seca para efetuar a transferência, tomando-se o
cuidado para não derramar a substância na bancada.
Técnicas de laboratório
Transferências de líquidos
 Sempre transfira do recipiente com abertura menor para uma
abertura maior
Técnicas de laboratório
Transferências de líquidos
 Sempre que possível utiliza uma bastão de vidro para direcionar
o fluxo:
Técnicas de laboratório
Uso da capela
 Sempre que for necessário a manipulação de reagentes
concentrados, é imprescindível o uso de capela, principalmente
para reagentes que liberam vapores tóxicos.
Orientações para a elaboração de relatórios
Orientações para a elaboração de relatórios
Observações Gerais
 O tempo verbal deve ser padronizado em um texto. Redija sempre de
forma impessoal, utilizando-se a voz passiva no tempo passado.
 Defina os itens do seu relatório com clareza. Agrupe assuntos
semelhantes e separe assuntos não relacionados. Use subitens para
organizar melhor os assuntos;
 Utilize termos técnicos. Devem ser evitados expressões informais ou
termos que não sejam estritamente técnicos.
 Não utilize em hipótese alguma adjetivo possesivo, como por exemplo,
minha reação, meu banho, meu qualquer coisa
Orientações para a elaboração de relatórios
Capa
 Seguir as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
em relação às margens, tamanho da fonte, etc. Deve conter o nome da
instituição, o centro e o nome do curso a qual pertence a disciplina,
título do trabalho, nome do professor e nome do aluno e a data a qual
foi realizada a prática
Orientações para a elaboração de relatórios
Introdução

 Incluir todos os fundamentos teóricos importantes para a compreensão


dos experimentos realizados. Para auxílio na construção desta secção
poderá ser consultado materiais diversos tais como: livros-texto, artigos,
internet e o próprio manual de práticas. O texto, entretanto não deve
ser uma cópia de nenhum destes materiais nem ultrapassar uma página
ou pouco mais.
Orientações para a elaboração de relatórios
Objetivos

 Relatar em linguagem própria, objetiva e sintética o que se espera


alcançar com o experimento. Ex.: Determinar a densidade de metais.
Orientações para a elaboração de relatórios
Materiais e métodos

 Descrição detalhada do experimento realizado, dos métodos e técnicas


empregadas, bem como descrição dos instrumentos utilizados. Não é
um receituário. Este item precisa conter elementos suficientes para que
qualquer pessoa possa ler e reproduzir o experimento no laboratório.
Utilizam-se desenhos e diagramas para esclarecer sobre a montagem de
aparelhagem. Não deve incluir discussão de resultados.
Orientações para a elaboração de relatórios
Parte experimental

• Descrever o experimento de maneira breve, concisa na ordem em que o


processo foi realizado. É a descrição da metodologia que dá
credibilidade ao seu trabalho. De posse das informações contidas aqui, o
leitor deverá ser capaz de, seguindo a metodologia descrita nesta seção,
bem como utilizando os mesmos materiais, reproduzir com fidelidade os
experimentos e obter resultados semelhantes.
Orientações para a elaboração de relatórios
RESULTADOS E DISCUSSÃO

 Apresentar os dados obtidos, os cálculos, as fotos, tabelas, gráficos


acompanhados de uma análise quanto à pertinência dos resultados e se
esses diferiram do esperado e, nesse caso, quais as possíveis fontes de
erro. É de fundamental importância realizar a discussão, abordando
validade, precisão e sua interpretação. Pode se propor um modelo para
explicação dos resultados ou ainda fazer uma comparação com o
modelo teórico já discutido anteriormente na introdução.
Orientações para a elaboração de relatórios
PÓS-LABORATÓRIO

 Responder aos questionamentos feitos no roteiro de práticas, este


deverá ser adicionado ao relatório da prática.
Orientações para a elaboração de relatórios
REFERÊNCIAS

• Citar todas os materiais consultados de relevância para elaboração do relatório sejam esses livros,
artigos, sites da internet ou mesmo seu próprio manual de práticas. Todas as referências devem ser
apresentadas segundo as normas da ABNT. Exemplos:
• MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2004.
• AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Delta, 1980.
• ZUCCO, C. Graduação em química: um novo químico para uma nova era. Química Nova, São Paulo, v.
28, p. 34-48, nov/dez. 2005.
• OLIVEIRA, A. M. et al. Mapeamento de competências em bibliotecas universitárias. Perspect. Ciênc.
Inf., Belo Horizonte, v. 11, n. 3, p. 360-382, set/dez. 2006. Disponível em: http://www.eci.ufmg.br/
pcionline/. Acesso em :11 abr. 2007
• CEARÁ bate novo recorde de transplante em 2011. O Povo, Fortaleza, 18 maio 2011. Disponível em:
http://www.opovo.com.br/app/opovo/radar/2011/05/18. Acesso em: 18 maio 2011.

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