Metodologia Científica GEPPEF 2018

Definindo conceitos introdutórios: o

que é ciência, como fazer uma
pesquisa
PROF. DR. FABIO PERBONI

Programação do Curso
2
TEMÁTICA MINISTRANTE
DATA
Encontro 1 – Definindo conceitos introdutórios: o que é

25/08 Prof. Fábio Perboni (FAED/UFGD)
ciência, conhecimento, pesquisa e metodologia
Prof. Leonardo Ribeiro Martins

01/09 Encontro 2 – Ética na pesquisa
(FACET/UFGD)
Encontro 3 – Tipos de pesquisa quanto à natureza
Profa Cristiane Pereira Peres
15/09 (pesquisa básica e aplicada) e aos objetivos (pesquisa
(UEMS)
exploratória, descritiva e explicativa)
Profa. Carla Regina de Souza
29/09 Encontro 4 – Normas da ABNT
Figueiredo (UEMS)
Prof. Maria de Lourdes dos Santos

20/10 Encontro 5 – Preenchimento do Currículo Lattes
(FAED/UFGD)
Encontro 6 – Conhecendo as características do gênero Profa. Eliane Ap. Miqueletti (UFGD)

10/11
“Projeto de Pesquisa” Profa. Milenne Biasotto (UFGD)
Encontro 7 – Análise coletiva de projetos de pesquisa e Profa. Eliane Ap. Miqueletti (UFGD)
17/11
Tópicos de norma padrão da língua portuguesa Profa. Milenne Biasotto (UFGD)
Encontro 8 – Utilização de editores de texto para

24/11
Metodologia Científica de trabalhos acadêmicos Prof. Etienne Biasotto (FAEN/UFGD)
elaboração
PROGRAMAÇÃO DA AULA
3
Tipos de Conhecimento.
O que é pesquisa?
O que é metodologia científica?
Elementos da Metodologia Científica
Metodologia Científica
TIPOS DE CONHECIMENTO
4
A forma como apreendemos o mundo, faz com que

tenhamos uma visão de mundo ou um
conhecimento do mundo.
Podemos definir devidamente o Conhecimento

como a relação entre Sujeito cognoscente (que
conhece), e objeto cognoscível (a ser conhecido).
Essa Relação se dá pelo conhecimento dos

fenômenos (aquilo que aparece ao sujeito).
Tipos de Conhecimento
5
 Conhecimento Empírico (senso comum)

 É o conhecimento que ajuda a nos situarmos no
cotidiano, para compreende-lo e agir sobre ele.
 Conhecimento adquirido majoritariamente pela
tradição oral, de modo espontâneo, não crítico e não
sistematizado.
6
Conhecimento Teológico / Mítico

O conhecimento mítico trata-se de uma modalidade
de conhecimento baseado na intuição e que deriva
do entendimento de que existem modelos naturais e
sobrenaturais dos quais brota o sentido de tudo o
que existe.
É um tipo de conhecimento que ajuda o ser humano
a "explicar" o mundo por meio de representações
que não são logicamente raciocinadas, nem
resultantes de experimentações científicas.
7
Conhecimento Filosófico
Conhecimento filosófico é o tipo de conhecimento
baseado na reflexão e construção de conceitos e ideias,
a partir do uso do raciocínio em busca do saber.
O conhecimento filosófico surgiu a partir da capacidade
do ser humano de refletir, principalmente sobre questão
subjetivas, imateriais e suprassensíveis, como os
conceitos e ideias.
Mesmo sendo racional, o conhecimento filosófico
dispensa a necessidade da verificação científica, visto
que os seus objetos de estudo não apresentam um
caráter material.
8
Conhecimento Científico
 A ciência busca compreender a realidade de maneira
racional, descobrindo relações universais e
necessárias entre os fenômenos, o que permite
prever acontecimentos e, consequentemente,
também agir sobre a natureza ou a sociedade.
 A ciência utiliza métodos rigorosos e atinge um tipo
de conhecimento sistemático, preciso e objetivo
O que é Ciência
9
A ciência busca compreender a realidade de maneira

racional.
A busca da verdade.
Existe a verdade?
A ciência parte da prática da experimentação, que
procura provar que uma ideia/conceito/princípio é
falso.
Portanto a ciência nasce do esforço da
experimentação, em que TODAS as verdades são
provisórias. Aceitas até que se prove ao contrário.
O que é Ciência
10
Resta-nos admitir um conceito relativista de

verdade: verdade é o que admitimos como
verdade num dado momento, frente ao
conhecimento da época. Assim, as conclusões
científicas são verdadeiras até que se mostre
o contrário.
O que é Ciência
11
Exemplo a resposta à questão do que é feita a matéria?
Na antiguidade aceitava-se que era da junção de quatro

elementos terra, fogo, água e ar.
No início do século XIX foi descoberto o átomo tido como

partícula indivisível da matéria.
No século XX descobriu-se que o átomo pode ser dividido por

que é composto de partes ainda menores. (prótons, elétrons,
nêutrons) Hoje sabemos que esses também tem particular ainda
menores.
O que é pesquisa ?
12
Se refere a produção de conhecimento científico.
Após o século XIX as áreas de conhecimento

científico foram se especializando, por conta do
avanço das pesquisas, que passaram a ter
especificidades de cada campo do conhecimento,
Criando assim as áreas de investigação, com
características próprias.
O que é pesquisa ?
13
Geralmente divididas em ao menos três grandes

áreas.
Exatas;
Biológicas e
Humanidades.
Outras subdivisões foram sendo incorporadas a
título de organização da produção científica.
CAPES
14
A título de curiosidade a CAPES, que avalia toda a

produção de pós graduação no Brasil, tem um
sistema próprio de classificar as áreas do
conhecimento.
CAPES
15
A classificação das Áreas do Conhecimento tem finalidade

eminentemente prática, objetivando proporcionar às
Instituições de ensino, pesquisa e inovação uma maneira ágil e
funcional de sistematizar e prestar informações concernentes a
projetos de pesquisa e recursos humanos aos órgãos gestores
da área de ciência e tecnologia.
A organização das Áreas do Conhecimento na tabela apresenta
uma hierarquização em quatro níveis, do mais geral ao mais
específico, abrangendo nove grandes áreas nas quais se
distribuem as 48 áreas de avaliação da CAPES. Estas áreas
de avaliação, por sua vez, agrupam áreas básicas (ou áreas do
conhecimento), subdivididas em subáreas e especialidades:
CAPES
16
1º nível - Grande Área: aglomeração de diversas áreas do
conhecimento, em virtude da afinidade de seus objetos, métodos
cognitivos e recursos instrumentais refletindo contextos
sociopolíticos específicos;
2º nível – Área do Conhecimento (Área Básica): conjunto de
conhecimentos inter-relacionados, coletivamente construído,
reunido segundo a natureza do objeto de investigação com
finalidades de ensino, pesquisa e aplicações práticas;
3º nível - Subárea: segmentação da área do conhecimento (ou área
básica) estabelecida em função do objeto de estudo e de
procedimentos metodológicos reconhecidos e amplamente
utilizados;
4º nível - Especialidade: caracterização temática da atividade de
pesquisa e ensino. Uma mesma especialidade pode ser enquadrada
em diferentes grandes áreas, áreas básicas e subáreas.
Áreas da CAPES
17
Ciências Exatas e da Terra

Ciências Biológicas
Engenharias
Ciências da Saúde
Ciências Agrárias
Ciências Sociais Aplicadas
Ciências Humanas
Linguística, Letras e Artes
Multidisciplinar
O que define uma produção científica no campo das
ciências humanas?
18
Existe um debate sobre o critério de cientificidade

nas diferentes áreas de produção do conhecimento.
O princípio da experimentação não se aplica às

ciências humanas. Não existe consenso sobre o que
define a cientificidade neste campo de saber.
O que define uma produção científica no campo
das ciências humanas?
19
Pesquisa deve ser rigorosa, de conjunto e buscar a

essência (a raiz) de um problema.
O que garante a rigor na produção do conhecimento é

a metodologia da pesquisa.
O rigor metodológico, é essencial para validar

uma pesquisa e definir sua relevância científica.
O que é metodologia?
O que é metodologia científica?
20
Metodologia é uma palavra derivada de

“método”, do Latim “methodus” cujo significado é
“caminho ou a via para a realização de algo”.
Método é o processo para se atingir um determinado
fim ou para se chegar ao conhecimento.
Logia = Estudo do ...
 METOTOLOGIA = ESTUDO DO MELHOR CAMINHO ou
Metodologia é o
campo em que se estuda
os melhores métodos praticados em
determinada área para a produção do conhecimento.
21
O MÉTODO CIENTÍFICO pode ser definido como a

maneira ou o conjunto de regras básicas empregadas
em uma investigação científica com o intuito de
obter resultados o mais confiáveis quanto for
possível.
Este curso tratará das características de um projeto

de pesquisa posteriormente.
Nesta aula o foco reside na discussão da
metodologia científica.
22
Pensando na elaboração de um projeto de

pesquisa a metodologia pode e/ou deve
conter ao menos cinco elementos
Referencial Teórico
Referencial Metodológico
Delimitação do Objeto de Estudo
Procedimentos de Coleta de Dados
Procedimento de Análise dos Dados
RESUMINDO
23
Metodologia do projeto deve definir:

Em que se referencia para pesquisa (Referencial
Teórico - Referencial Metodológico).
O que vai pesquisa (Delimitação do Objeto de
Estudo)
Como vai fazer isso (Procedimentos de Coleta de
Dados, Procedimento de Análise dos Dados)
Pesquisa é a busca de
conhecimentos
24
25
26
Referencial Teórico
27
Autores e perspectiva teórica (epistemológica) que

sustentam a pesquisa.
A indicação de um referencial teórico já indica
filiação a determinado campo de estudo.
É necessário cuidado ao citar autores que tem
diferentes orientações teóricas, mostra
desconhecimento da área de estudo.
Referencial Metodológico
28
Se refere a diferentes elementos que explicitam os

“métodos” utilizados para executar a pesquisa.
- ‘abordagem’ da pesquisa: ex. quantitativa /
qualitativa
- tipo de pesquisa que será desenvolvida: ex. estudo
de caso, tipo etnográfica, pesquisa ação, pesquisa
documental, pesquisa ação, pesquisa bibliográfica.
Delimitação do Objeto de Estudo
29
Implica em definir de forma precisa o que será

investigado. (objeto de estudo).
Essa definição comporta a definição de pelo menos três
elementos:
- objeto de estudo;
- sujeitos da pesquisa;
- recorte temporal.
Pressupõe que já tem definidos os problemas e

objetivos da pesquisa que são anteriores à metodologia.
Procedimentos de Coleta de Dados
30
Se refere à forma como se obtém os dados para a pesquisa.

Podem ser utilizados vários instrumentos em uma mesma
pesquisa. Os principais (da pesquisa educacional) são:
 pesquisa documental;
 entrevistas,
 questionários;
 observação;
 pesquisa bibliográfica;
 grupo focal.
Procedimento de Análise dos dados
31
Para a análise dos dados diferentes técnicas e

referencias teóricos podem ser utilizados.
Podemos citar como exemplo a análise de conteúdo,
análise do discurso, a análise estatística, entre
outros.
Porque esse curso é introdutório
32
Porque esse curso é introdutório
33
Cada um dos elementos destacados comporta uma

aula (ou um curso) para destacar seus elementos
principais. (não é possível dominar qualquer um
desses elementos sem muita leitura e prática
investigativa)
É necessário saber como se articulam entre sí.
Por exemplo quais os tipos de pesquisa são
adequadas à uma abordagem qualitativa? Quais são
adequadas à uma abordagem quantitativa?
34
Método Tipo de Pesquisa

Materialismo Histórico Abordagem
Pesquisa documental
Hermenêutica Qualitativa
Estudo de Caso
Teoria da Quantitativa
Pesquisa Bibliográfica
Representação Social Mista (Quanti-
Quali) Pesquisa Participante
Histórico Crítica Pesquisa Ação
Pesquisa Etnográfica
Instrumento de
coleta de dados Procedimento de
Grupo Focal análise
Questionário Analise de
Conteúdo
Entrevista
Análise do discurso
Observação
35
Como escolher o instrumento de coleta
36
A abordagem e o tipo de pesquisa desenvolvida é que

levam ao uso de um ou de outro instrumento de
pesquisa, não se trata de “mero desejo” do
pesquisador mas de coerência interna do projeto.
Cada instrumentos de coleta serve à um
propósito específico e cabe ao pesquisador
(conhecendo todos) definir o que mais se adéqua à
sua pesquisa.
Gatti afirma que uma forma de “cercar seu objeto” para
acessar informações de forma mais completa possível.
Pensar um Projeto de Pesquisa
37
Não é necessário antecipar toda a metodologia no

início da pesquisa, mas ela pode (e deve) ser
construída ao longo dela.
É muito importante a revisão bibliográfica (não é
possível fazer uma pesquisa sem dominar os
conhecimentos produzidos na área).
“Estado do conhecimento” ou “Estado da Arte”
exige mais profundidade e uso de várias fontes.
Pensar um Projeto de Pesquisa
38
Existem vários livros de metodologia científica que

sugerem uma ordem para a construção de um
projeto de pesquisa.
Em geral esse começa pela identificação de um
problema a ser investigado, ou seja um questão a
ser respondida,
Em seguida de outros elementos como hipóteses,
objetivos, definição do objeto, justificativa entre
outros elementos.
Como esquematizar uma pesquisa?
Formulação do Construção de Determinação do
problema objetivos plano (delimitações)
Escolha dos Escolha dos

instrumentos/procedimentos de coleta referencias e
de dados autores de
referencia
Elaboração dos instrumentos Pré-teste dos Seleção da

de coleta de dados instrumentos amostra
Redação do
relatório de Análise de interpretação Coleta de dados
pesquisa dos dados
Adaptado de GIL (2008, p. 21)

Porque fazer um bom levantamento bibliográfico?
40
UM POUCO MAIS SOBRE PESQUISA
41
SEGUNDA PARTE
UM POUCO MAIS SOBRE PESQUISA
42
Vamos pensar em algumas questões mais comuns

nas pesquisa no campo das ciências humanas
abrangendo:
- Método
- Abordagem
- Tipos de Pesquisa
- Instrumentos de Coleta de Dados
- Procedimento de Análise dos Dados
Introdução ao Referencial Teórico
43
Existem muitas referencias epistemológicas, (não cabe

aqui aprofundar-las) mas é importante conhece-las. O
que exige muita leitura das obras de referencia.
- Marxista: diferentes correntes Gramsci, por exemplo.
- Estruturalista:
- Fenomenológica:
- Pós Moderna:
Alguns autores transitam entre esses campos e não é
fácil classifica-los apenas como exemplo podemos citar
Paulo Freire e Foucault.
Referencial Marxista
44
Como um dos mais citados apontaremos alguns

princípios do referencial marxista.
Para Triviños
45
A concepção materialista elenca três elementos

importantes,
a primeira é a “materialidade do mundo, isto é,
todos os fenômenos, objetos e processos que se
realizam na realidade são materiais,
a segunda peculiaridade do materialismo ressalta
que a matéria é anterior à consciência.
A terceira o materialismo afirma que o mundo é
conhecível.”
Marxismo
46
Considerando estes três elementos podemos inferir

como princípio fundamental para a pesquisa
científica o fato de que o mundo pode ser
conhecido, ... a observação, a análise, a reflexão
sobre a realidade é capaz de desvelar seus
significados e seus mecanismos de funcionamento.
Em relação ao materialismo dialético podemos
destacar de forma elementar que sua “categoria
essencial é a contradição que se apresenta na
realidade objetiva” (TRIVIÑOS, 2011, p. 54).
Marxismo
47
 Trabalha com o conceito de TOTALIDADE

como unicidade de contrários.
 O todo é formado por partes, mas conhecer as partes
não leva a conhecer o todo.
 É necessário compreender as mediações
(categoria central da dialética).
 Como cada parte se relaciona com o todo e entre sí.
(conjunto das relações sociais).
Abordagens de Pesquisa
Quantitativa e Qualitativa
48
Pesquisa quantitativa foi historicamente dominante

no processo de consolidação das ciências no século
XIX.
Pesquisa qualitativa é em essência uma crítica ao
modelo anterior, apontando suas limitações para as
pesquisas sociais. (área de humanidades).
Pesquisas Quantitativas
49
Concepção positivista das ciências, características do

século XIX.
Consolidação das ciências naturais influenciam as
ciências humanas.
Tem entre seus elementos a ideia de que:
O pesquisador deve ser neutro, não interferindo nos
resultados. (Separação entre sujeito e objeto).
Os métodos devem ser objetivos e os dados passíveis
de mensuração.
Histórico da Pesquisa em Educação
50
No Brasil até a década 1930 as pesquisas em

educação eram dispersas.
Criação do INEP em 1938 marca um novo rumo para
as pesquisas na área educacional.
Passou a haver uma preocupação em subsidiar as
políticas de pesquisa em educação.
Influencias dos estudos sobre aprendizagem e
desenvolvimento e também do escolanovismo.
1944 - Criação da Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos.
51
2º Momento: 1956-1963 – influencia das ciências

sociais. Principais temas envolvem correlação
escolaridade/ nível sócio econômico, composição
socioeconômica da clientela, mobilidade social
3º Momento: 1965-1975 – temas de natureza
econômica – educação investimento (teoria do
capital humano). Valorização de testes
psicológicos, instrução programada.
Temas: caracterização dos alunos, professores e
escolas, estudos descritivos de métodos de ensino.
52
Esse momento foi o início da pós-graduação no Brasil.

Primeiro curso em 1965 PUC/RJ.
De 1971 a 72 – 10 cursos.
Após 1970 as pesquisas se descolam para as
universidades.
Maior diversidade com ampliação das universidades
Desvinculação da pesquisa da área política traz algumas
benefícios como maior autonomia das pesquisas.
Por outro lado deixa de exercer influência direta na
política.
“Maioridade” da Pesquisa
53
Temas se ampliam e diversificam: cotidiano escolar,

currículo, interações sociais, aprendizagem da leitura
e escrita, disciplina, avaliação formas de organização
do trabalho da escola.
Enfoques multidisciplinares com aportes da
psicologia, sociologia, antropologia, história,
linguística, filosofia.
Nesse contexto, já na década de 1980 é que
surgem as abordagens qualitativas.
Pesquisa Qualitativa
54
Desde o século XIX pesquisadores questionavam que

um método único não dava conta de responder as
questões sociais.
Portanto as pesquisa qualitativas nascem de uma
crítica à pesquisa tradicional.
Nega a separação sujeito/objeto, nega a
neutralidade do pesquisador, critica as
concepção positivistas de ciência.
Opõe-se à fragmentação da realidade em
unidades passíveis de mensuração.
Princípios da abordagem qualitativa
55
Valorização dos sujeitos, os significados atribuídos,
os contextos de produção das práticas, as suas
experiências
Tem influencias das abordagens etnográficas
(antropologia)
Ver mais em:
- Seminário de Pesquisa da Região Sudeste (1980)
Publicado nos Cadernos de Pesquisa da FCC
- Seminário do INEP em 1983 com mexicana Justa Speleta
(livro pesquisa participante Espeleta e Rockwel, 1986.
- Publicação Em aberto do INEP publicou vários seminários
sobre pesquisa.
Década de 1980
56
Literatura francesa; Bourdieu, Passeron, Lapassade.

Com abertura política ganha corpo a ideia de “dar
voz” aos diferentes sujeitos.
Teorias de inspiração marxista
Porque não fazemos Pesquisa Quantitativa?
57
São necessárias para a formulação de políticas públicas

por exemplo.
Educadores não dominam as ferramentas para
fazer boa pesquisa quantitativa.
Essa ficam nas mãos dos economistas e demógrafos por
exemplo. (isso é ruim para educadores)
Discussão sobre atualidade dessa abordagem para
educação pode partir do artigo de GATTI (2004).
- Ver mais em: Gatti, B. Estudos quantitativos em
educação. Educação e Pesquisa, SP, v. 30, n.01. pp. 11-
30, 2004.
Contribuições das pesquisa qualitativas
58
Esquemas mais flexíveis para o estudo de processos

sociológicos, psicológicos e culturais.
Enfoques Multidisciplinares.
Foco nos atores escolares
Consciência da interferência da subjetividade
(permite para controla-la).
Destaque para os contextos escolares.
Problemas ou Dificuldades – Abordagem Qualitativa
59
Implicações dos usos de certas formas de coleta de

dados: (narrativa, registros escritos, memoriais,
grupo focal)
Tratamento da subjetividade.
 Rigor na condução e na análise (planejamento e
sistematização).
Superação da mera descrição, em busca da
interpretação.
Problemas ou Dificuldades – Abordagem Qualitativa
60
Marli André afirma que pesquisa tem se tornado muito

superficiais.
O estudo do óbvio.
Estudos tendem a reproduzir as falas dos sujeitos, (ligado
ao positivismo, ideia de que os fatos falam por sí).
Falta de domínio de autores teóricos que nos
ajudam ir além das aparências.
É necessário articular os níveis micro e macro
(portugueses formulam o nível meso).
Domínio dos fundamentos dos métodos e dos
instrumentos necessários á aproximação do real.
Desafios Contemporâneos da pesquisa qualitativa
61
Condições para a pesquisa.

Maior apoios das universidades e agências de
fomento.
Tempo dos cursos é insuficiente para formar
pesquisadores.
Dar importância aos grupos de pesquisa
(graduação/pós).
Melhoria das condições de trabalho dos
docentes/pesquisadores.
Pulverização / fragmentação das pesquisas.
Tipos de Pesquisa
62
Tipo Etnográfica;
Estudo de Caso;
Pesquisa Ação;
Documental;
Bibliográfica.
Pesquisa Documental
63
Ludke e André (1986, p. 38) conceituam documentos

como “São considerados documentos “quaisquer
materiais escritos que possam ser usados como fonte
de informação sobre o comportamento humano”
(Phillips, 1974, p. 187).
Estes incluem desde leis e regulamentos, normas,
pareceres, cartas, memorandos, diários pessoais,
autobiografias, jornais, revistas, discursos, roteiros
de programas de rádio e televisão até livros,
estatísticas e arquivos escolares”.
Pesquisa Documental
64
Ao recorrermos à pesquisa documental não podemos

deixar de considerar o contexto de produção dos
mesmos, ou seja, “Não são apenas uma fonte de
informação contextualizada, mas surgem num
determinado contexto e fornecem informações sobre
esse mesmo contexto” (LUDKE, ANDRÉ, 1986,
p.39). Também é preciso romper com a ideia de
que os documentos contém a ‘verdade’.
Pesquisa Documental
65
Cellard (2008) define cinco procedimentos inerentes à pesquisa

documental
O contexto - O exame do contexto social global, no qual foi produzido o
documento.
O autor ou os autores - Não se pode pensar em interpretar um texto,
sem ter previamente uma boa ideia da identidade da pessoa que se
expressa, de seus interesses e dos motivos que a levaram a escrever.
A autenticidade e a confiabilidade do texto - É também importante
assegurar-se da qualidade da informação transmitida.
A natureza do texto - deve-se levar em consideração a natureza de um
texto, ou seu suporte, antes de tirar conclusões.
Os conceito-chave e a lógica interna do texto - deve-se
compreender satisfatoriamente o sentido dos termos empregados pelo
autor ou os autores de um texto.
Pesquisa Bibliográfica
66
Se refere à pesquisa em obras escritas por

outros autores, são fontes secundárias, que podem
se referir a pesquisas realizadas ou outros tipos de
produção.
No caso da pesquisa educacional é mais comum a
pesquisa bibliográfica sobre teóricos clássicos da
educação e sua produção.
IMPORTANTE considerar que utilizar de outra
obras para fundamentar sua pesquisa não caracteriza
um pesquisa bibliográfica, esta tem como fonte
principal a produção bibliográfica.
Pesquisa Tipo Etnográfica
67
Na perspectiva de (ANDRÉ, 1995), podemos elencar

alguns elementos importantes que podem
caracterizar este tipo de pesquisa, sobretudo, pelo
“[...] uso das técnicas que tradicionalmente são
associadas à etnografia, ou seja, a observação
participante, a entrevista intensiva e a análise
de documentos” (ANDRÉ, 1995, p. 28-29).
68
Outro aspecto que demarca a natureza desse tipo de

investigação é que “Subjacente ao uso dessas
técnicas etnográficas existe o princípio da interação
constante entre o pesquisador e o objeto
pesquisado”.
“O pesquisador é o instrumento principal na coleta e
na análise de dados”.
“a ênfase no processo, naquilo que está ocorrendo e
não no produto ou nos resultados finais”.
69
“preocupação com o significado, com a maneira

própria com que as pessoas veem a si mesmas, as
suas experiências e o mundo que as cerca.
Ela sempre envolve o trabalho de campo, a
aproximação do pesquisador das pessoas e situações
que está investigando.
O pesquisador faz uso de grande quantidade de
dados descritivos, (situações, pessoas, ambientes
depoimento, diálogos,
Estudo de Caso
70
Destaco que algumas vezes vemos pesquisas

nomeadas como estudo de caso sem embasamento
metodológico.
O “Estudo de Caso” não se refere ao estudo de
qualquer coisa, não se define por estudar apenas
uma escola, ou apenas um curso, um elementos
específico. É necessário definir porque esse
elemento se constituí em um “caso” a ser
estudado.
Estudo de Caso
71
Se refere a um sistema bem delimitado (o caso a ser

estudado). Como um pessoa, um programa, uma
instituição, ou um grupo social.
Enfatiza o conhecimento da particularidade.
Em geral tem resultados que não podem ser
generalizáveis. Porém pode-se inferir que uma dada
realidade semelhante apresente resultados próximos.
Uma das mais comuns nas pesquisas educacionais.
Pesquisa Ação
72
Parte de uma ação sistematizada e conduzida pelo

próprio pesquisador. Que acompanha, observa e
interpreta os resultados de sua ação.
Exemplo de um professor que muda sua prática de
ensino e monitora os resultados desse processo na
aprendizagem dos alunos.
Essa metodologia tem tido seu uso crescente e se aplica
em diferentes situações na pesquisa educacional.
Depois de surgir na década de 1950, ela se amplia e se
diversifica após a década de 1970 com diferentes
correntes.
Modelo “antigo” de pesquisa - ação
73
Um metodologia totalmente ordenada e disciplinada.

1 – Estudante define seu projeto de intervenção.
2 - Elabora o enunciado e o problema da pesquisa.
3 – Planeja um projeto de intervenção.
4 – Realizado o projeto.
5 – Apresenta e analisa os resultados.
6 – Concluí o projeto com a interpretação dos
resultados seguindo o roteiro proposto.
Novo modelo de pesquisa – ação.
74
Mais flexível, não parte de um roteiro de intervenção

definido a priori.
Diferentes tendências a ideia é de que o pesquisador se
coloca a disposição de um grupo (uma escola por
exemplo) para intervir na realidade.
Diagnosticar um problema.
Implantar soluções.
Analisar os resultados.
Um processo de reflexão – ação – reflexão.
Em outras tendências o pesquisador intervém de forma
militante sobre a realidade a ser modificada.
Pesquisa Ação
75
Se dividirmos sua origem em dois grandes blocos, ou

momentos, pode-se dizer que:
Um primeiro foi um período mais americano de
surgimento e consolidação do pós-guerra até 1960.
Um segundo de radicalização mais europeu e
canadense do final da década de 1960 até hoje.
Procedimentos de Coleta de Dados
76
Observação;
Entrevistas;
Grupo Focal;
Questinário.
Observação
77
A observação comporta vários elementos

anteriormente sistematizados
Caderno de campo deve constar:
i) breves descrições de ocorrências;
ii) elementos esquecidos e que depois voltam à
lembrança;
iii) ideias analíticas e inferências;
iv) impressões e sentimentos; e
v) notas para futuras informações”.
Lofland (1971 apud (VIANNA, 2003, p. 32).
Entrevistas
78
Por exemplo as entrevistas podem ser

- semi-estruturadas;
- livres;
- estruturadas (fechadas);
- abranger a história de vida.
Composição da entrevista
Adaptado de SILVA (2011, p. 162)

Questionário
80
Um dos instrumentos mais utilizados para coleta de

dados nas pesquisa na área de educação.
Em geral a coleta de dados se assemelha ao que

podemos captar com as entrevistas.
Como escolher?
Questionários e entrevistas...
81
 possibilitam a obtenção de dados a partir do ponto de vista

dos pesquisados; assim, apresentam sempre algumas
limitações no que se refere ao estudo das relações sociais
mais amplas, sobretudo quando estas envolvem variáveis
de natureza institucional;
 são instrumentos eficientes para coletar informações sobre
o que a pessoa “sabe, crê ou espera, sente ou deseja,
pretende fazer, faz ou fez, bem como a respeito de suas
explicações ou razões para quaisquer das coisas
precedentes” (SELLTIZ, 1967, p. 273);
Questionário ou Entrevista?
82
Questionário Entrevista
a informação obtida pelo  maior flexibilidade para a

pesquisador limita-se às respostas obtenção de informações, pois
escritas a questões pré- permite repetir a pergunta ou
determinadas. apresentá-la de outra forma para
que possa ser compreendida;
 tem-se a oportunidade de
observar a pessoa que responde e
analisar seu comportamento não
verbal.
Questionário ou Entrevista?
83
Questionário Entrevista
 meio mais rápido e barato de  aplicáveis as pessoas que não
obtenção de informações, além de sabem ler e escrever;
não exigir treinamento de pessoal  técnica mais adequada para a
e garantir o anonimato, pode ser
aplicado a um grande número de revelação de informações sobre
pessoas ao mesmo tempo, mas assuntos complexos,
não é adequado para população emocionalmente carregados ou
que tem dificuldade para ler para verificar sentimentos
escrever. subjacentes a determinada
opinião.
Grupo Focal
84
De origem anglo-saxônica, a técnica de grupo focal (GF) foi

introduzida no final da década de 1940.
Muito utilizada como metodologia de pesquisas sociais,
principalmente aquelas que trabalham com avaliação de
programas, marketing, regulamentação pública, propaganda e
comunicação.
O custo relativamente baixo
Possibilidade de obtenção de dados válidos e confiáveis
Tempo abreviado de coleta
Nos grupos focais, encontramos na literatura uma variação entre
seis a 15 participantes. O tamanho ótimo para um grupo focal é
aquele que permita a participação efetiva dos participantes e a
discussão adequada dos temas (PIZZOL, 2004).
GRUPO FOCAL
85
Morgan (1997) define grupos focais como uma técnica de

pesquisa qualitativa, derivada das entrevistas grupais, que
coleta informações por meio das interações grupais.
Para Kitzinger (2000), o grupo focal é uma forma de
entrevistas com grupos, baseada na comunicação e na
interação. Seu principal objetivo é reunir informações
detalhadas sobre um tópico específico (sugerido por um
pesquisador, coordenador ou moderador do grupo) a partir
de um grupo de participantes selecionados. Ele busca colher
informações que possam proporcionar a compreensão de
percepções, crenças, atitudes sobre um tema, produto ou
serviços
Análise dos Dados
86
Análise de Conteúdo;
Análise do Discurso;
Análise a partir dos referencias adotados.
Análise dos Dados
87
Existem muitas formas e analisar os dados coletados

na pesquisa.
Muito citado e pouco praticado entre nós podemos
citar a Analise de Conteúdo.
Também temos:
Analise do discurso
Análise a partir dos referencias (teóricos
epistemológicos).
Análise de Conteúdo
88
Bardin, 2009, aponta que a análise de conteúdo

organizam-se em torno de três pólos:
1. A pré-análise;
2. A exploração do material;
3. O tratamento dos resultados: a inferência e a
interpretação (2009, p.121).
Análise de Conteúdo
89
Pré-análise: escolha dos documentos a serem

submetidos à análise, também a formulação de
hipóteses para a elaboração de indicadores para a
interpretação final. “A amostragem diz-se rigorosa se
a amostra for uma parte representativa do
universo inicial” (Bardin, 2009, p.123).
Segue essa definição inicial a exploração do material
e sua análise, que é apresentada na forma de
categorias e sua frequência no material analisado.
Analise do discurso
90
A Análise do Discurso é uma prática

da linguística no campo da Comunicação, e consiste
em analisar a estrutura de um texto e a partir disto
compreender as construções ideológicas presentes no
mesmo.
As ideologias presentes em um discurso são
diretamente determinadas pelo contexto político-social
em que vive o seu autor.
Mais que uma análise textual, a análise do Discurso é
uma análise contextual da estrutura discursiva
em questão.
Análise a partir dos Referencias Adotados
91
Se a pesquisa começa com uma pergunta ela deve

terminar com uma resposta.
 Os referencias adotados servem de guia para a análise
dos dados.
Uma pesquisa que se referencia no Marxismo busca
compreende a totalidade, a relação estabelecidas entre
as partes do todo, as contradições, etc.
De uma forma mais simples uma pesquisa investiga um
conceito (participação, gestão, autonomia, etc) busca
dos dados identificar nos dados o que esses conceitos
trazem na literatura.
Encerrando
92
Assim como o referencial teórico o referencial

metodológico também tem que ser estudado, lido e
referenciado.
Diferentes autores tem diferentes definições sobre os
procedimentos metodológicos, por isso é necessário
conhecer os referencias que se utiliza, sob pena de
comprometer a pesquisa ou sofrer com a “alienação
do trabalho intelectual”.
93
Encerrando
Referencias Bibliográficas
94
LUKÁCS, G. Existencialismo ou marxismo? São Paulo:

Editora Senzala, 1967.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação:
abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
THIOLLENT, Michel. Aspectos qualitativos da metodologia de
pesquisa com objetivos de descrição, avaliação e reconstrução.
Cadernos de Pesquisa, v.49, n.1, p.45-50, 1984.
TRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências
sociais: a pesquisa qualitativa em educação. 1ª ed. 20ª reimpr.
São Paulo: Atlas, 2011.
KITZINGER, J. Focus groups with users and providers of health
care. In: POPE, C.; MAYS, N. (Org.). Qualitative research in health
care. 2. ed. London: BMJ Books, 2000.
95
CELLARD, André. A análise documental. In: POUPART, Jean. A

pesquisa qualitativa Enfoques epistemológicos e
metodológicos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
SELLTIZ, Claire; JAHODA; DEUTSCH; COOK. Métodos de
pesquisa nas relações sociais. São Paulo: E.P.U., 1974.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação:
abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
ANDRÉ, Marli. Estudo de Caso: seu potencial na educação.
Cadernos de Pesquisa. (49): p. 51-54. 1984.
CAREGNATO, Rita Catalina Aquino; MUTTI, Regina. Pesquisa
qualitativa: análise de discurso versus análise de conteúdo. Texto
Contexto - enferm., Florianópolis , v. 15, n. 4, p. 679-684, Dec.
2006
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de pesquisa com objetivos de descrição, avaliação e
reconstrução. Cadernos de Pesquisa, v.49, n.1, p.45-50,
1984.
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ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. 1ª ed.
20ª reimpr. São Paulo: Atlas, 2011.
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pesquisa nas relações sociais. São Paulo: E.P.U., 1974.
97
TRAD, Leny A. Bomfim. Grupos focais: conceitos, procedimentos e

reflexões baseadas em experiências com o uso da técnica em pesquisas de
saúde. Physis, Rio de Janeiro , v. 19, n. 3, p. 777-796, 2009.
MORGAN, D. L. Focus group as qualitative research. London: Sage,
1997.
WELLER, W. Grupos de discussão na pesquisa com adolescentes e jovens:
aportes teórico-metodológicos e análise de uma experiência com o
método. Educação e Pesquisa. São Paulo, v. 32, n. 2, p. 241-260, 2006.
IZZOL, S. J. S. Combinação de grupos focais e análise discriminante: um
método para tipificação de sistemas de produção agropecuária. Rev.
Econ. Sociol. Rural, Brasília, v. 42, n. 3, p. 451-468, 2004.
ORLANDI, ENI P. Análise de Discurso: Princípios e
procedimentos. Campinas: Editora Pontes. 2015.
98
OBRIGADO PELA ATENÇÃO !!!!
fabioperboni@ufgd.edu.br

Metodologia Científica GEPPEF 2018

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No século XX descobriu-se que o átomo pode ser dividido por

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Após o século XIX as áreas de conhecimento

Geralmente divididas em ao menos três grandes

A título de curiosidade a CAPES, que avalia toda a

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Ciências Exatas e da Terra

Existe um debate sobre o critério de cientificidade

O princípio da experimentação não se aplica às

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O que garante a rigor na produção do conhecimento é

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Metodologia é uma palavra derivada de

O MÉTODO CIENTÍFICO pode ser definido como a

Este curso tratará das características de um projeto

Pensando na elaboração de um projeto de

Metodologia do projeto deve definir:

Autores e perspectiva teórica (epistemológica) que

Se refere a diferentes elementos que explicitam os

Implica em definir de forma precisa o que será

Pressupõe que já tem definidos os problemas e

Se refere à forma como se obtém os dados para a pesquisa.

Para a análise dos dados diferentes técnicas e

Cada um dos elementos destacados comporta uma

Método Tipo de Pesquisa

A abordagem e o tipo de pesquisa desenvolvida é que

Não é necessário antecipar toda a metodologia no

Existem vários livros de metodologia científica que

Escolha dos Escolha dos

Elaboração dos instrumentos Pré-teste dos Seleção da

Adaptado de GIL (2008, p. 21)

Vamos pensar em algumas questões mais comuns

Existem muitas referencias epistemológicas, (não cabe

Como um dos mais citados apontaremos alguns

A concepção materialista elenca três elementos

Considerando estes três elementos podemos inferir

 Trabalha com o conceito de TOTALIDADE

Pesquisa quantitativa foi historicamente dominante

Concepção positivista das ciências, características do

No Brasil até a década 1930 as pesquisas em

2º Momento: 1956-1963 – influencia das ciências

Esse momento foi o início da pós-graduação no Brasil.

Temas se ampliam e diversificam: cotidiano escolar,

Desde o século XIX pesquisadores questionavam que

Literatura francesa; Bourdieu, Passeron, Lapassade.

São necessárias para a formulação de políticas públicas