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Mov.

Institucional,
autoanálise e
autogestão
Disciplina: Estudos Avançados em Processos Sociais
Prof. Antônio Honório Ferreira
Curso de Psicologia – UNILESTE – 2sem2020
• Propiciar, apoiar, deflagrar nas

Objetivo comunidades, nos coletivos, nos


conjuntos de pessoas, processos
do MI de auto-análise e processos de
autogestão (p. 14).
• A nossa civilização atingiu um grau de
grande complexidade – houve um
processo de produção de saber muito
intenso (p. 14).

Experts • Os experts são os conhecedores dessa


estrutura e têm se colocado a serviço
das entidades e forças que são
dominantes em nossa sociedade (p. 15).
• Os povos têm-se visto despossuídos

de um saber que tinham. As

Experts comunidades têm visto o seu saber

ser alienado, subordinado ao saber

dos experts (p. 15).


• O próprio conhecimento dos experts já
está produzido com instrumentos e

Experts resultados que privilegiam os interesses


das classes, níveis hierárquicos e grupos
dominantes. (p. 16) (não é sempre
intencional, muitas vezes)
• As necessidades das comunidades são
colocadas claramente por meio de

A noção
demandas espontâneas, através de
exigências de produtos, de serviços. Essa
é uma ideia das tantas que vai ser

de questionada pelo institucionalismo,


porque ele vai tentar mostrar [...] que
não existem necessidades básicas

demanda “naturais”; não existem demandas


“espontâneas”, senão que [...] a noção de
necessidade é produzida, assim como a
demanda é modulada; [...] (p. 17).
• [...] dentro de um condicionamento
histórico, as comunidades que têm

A noção
alguma noção vivencial de suas
necessidades a perdem, de modo que já
não sabem mais do que precisam e não
de demandam o que aspiram, mas acham
que necessitam daquilo que os experts
demanda dizem que eles necessitam e acham que
pedem o que querem e como querem,
mas, na verdade, pedem o que lhes
inculcam que devem pedir (p. 17).
• [...] os coletivos têm perdido, têm alienado

Alienaçã
o saber acerca de sua própria vida, o saber
acerca de suas reais necessidades, de seus

o desejos, de suas demandas, de suas


limitações e das causas que determinam
estas necessidades e limitações.
Alienaçã • Eles tem perdido um certo grau de
compreensão e o controle sobre que tipos

o de recursos e formas de organização devem


dispor para resolver seus problemas (. 17).
• [...] consiste em que as comunidades mesmas, como
protagonistas de seus problemas, de suas necessidades,
de suas demandas, possam enunciar, compreender,
adquirir ou readquirir um vocabulário próprio que lhes

Autoanálise permita saber acerca de sua vida (p. 17).

• É um processo que ocorre simultâneo com o processo de


auto-organização.

• Nesse processo o lugar do expert deve ser de facilitador,


numa relação de horizontalidade (p. 18-19).
• É a auto-organização dos coletivos, em
que a comunidade se articula, se
institucionaliza, se organiza para
Autogestão construir os dispositivos necessários para
produzir, ela mesma, ou para conseguir,
os recursos de que precisa para o
melhoramento de sua vida [...] (p. 18).
• Auto-análise e autogestão são processos
diferenciados, mas são concomitantes,

Autoanálise simultâneos e articulados (p. 19).

e auto- • Na autogestão não há hierarquia de


poder (p. 20).
gestão
• O saber produzido, através da auto-
análise, é um saber coletivo (p. 20).
• Provavelmente haverá necessidade de

Autoanálise muitas gerações autogestivas e autoanálise


para que o processo possa exercitar-se em
e auto- sua plenitude. Se bem que este caminhar

gestão está orientado por uma Utopia Ativa que


não esta colocada num futuro longínquo,
senão em cada ato do cotidiano (p. 22).
• [...] esses processos se dão em condições
altissimamente desfavoráveis, severamente
contraproducentes (p. 23)
Autoanálise
e auto- • [...] os coletivos em questão não são donos
do saber, não são donos da riqueza, não são
gestão donos dos recursos que são propriedade e
servem ao poder dos organismos e entidades
de classe e grupos dominantes (p. 23).
• [...] os objetivos do institucionalismo
encontram impedimentos, que fazem
com que eles não sejam atingidos nunca
Autoanálise de forma definitiva

e auto- • - correntes reformistas (introdução


relativa de alguns mecanismos)
gestão
• - correntes ultra-revolucionárias (buscam
a instalação plena da autogestão) (p. 24).
• BARENBLIT, Gregório. Compêndio
de análise institucional e outras
Referências correntes: teoria e prática. Rio de
Janeiro:Rosa dos Tempos, 1992, p.
13-24.
Auto-gestão (exemplo)

• Documentário Noivas do Cordeiro – 43:44 – 21 de abri 2013

• https://www.youtube.com/watch?v=cVmj1hORxso

• O documentário "Noivas do Cordeiro", de Alfredo Alves. O filme conta a


história da localidade Noiva do Cordeiro, no município de Belo Vale, a
cem quilômetros de Belo Horizonte, que é aparentemente uma
comunidade rural como tantas outras.

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