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PSICOLOGIA INSTITUCIONAL - O

MOVIMENTO INSTITUCIONALISTA, A
AUTOANÁLISE E A AUTOGESTÃO

U N I V E R S I D A D E C AT Ó L I C A D E P E L O TA S
SINARA FRANKE DE OLIVEIRA
PRINCIPAIS CONCEITOS:
• É conjunto de escolas, um leque de tendências. “Não existe nenhuma escola ou tendência que
encarna plenamente o ideário do movimento institucionalista, contudo, pode encontrar-se em
diversas dessas escolas algumas características em comum. Existem o que se chama de “ideais
últimos”, os “ideais máximos” do movimento.”
• Podemos chamar também de propósitos mais importantes ou de objetivos mais ambiciosos dessas
escolas. As diferentes escolas do movimento institucionalista se propõe propiciar, apoiar e
deflagrar nas comunidades, nos coletivos, os processos de AUTOANÁLISE E AUTOGESTÃO.
• Experts: São os detentores do conhecimento que tem maior poder na sociedade capitalista, que são
os conhecedores dessa estrutura e do processo dessa sociedade em si. “Esses conhecedores tem se
colocado, em geral, a serviço das entidades e das forças que são dominantes em nossa sociedade,
estão a serviço daquela entidade que representa o máximo da concentração de poder, o extremo da
concentração de controle e da hegemonia sobre a sociedade que é o Estado. Além disso, dentro da
sociedade civil esses experts se colocam a serviço das grandes entidades proprietárias da riqueza
social, do poder social, do prestígio social, que são as empresas nacionais e multinacionais e etc.”
• https://www.youtube.com/watch?v=o8vt_hJeClI
PRINCIPAIS CONCEITOS:
• Então, as comunidades de cidadãos tem visto o seu saber acumulado ao longo dos anos,
alienado, subordinado, ao saber dominante: saber científico e tecnológico - Saber dos
experts- ”Além do saber - esses coletivos - tem perdido o controle sobre suas próprias
condições de vida, ficam alheios ao poder de gerenciar a sua própria existência.”
• Quais experts? Aos dos ramos produtivos primários, secundários e terciários, aos especialistas
de produção de bens materiais: comida, vestuário, moradia e transporte, problemas de saúde e
educação, assuntos psicológicos e subjetivos em geral, aos que atingem a comunicação em
massa. Os do plano da administração da justiça, dos tribunais com advogados, despachantes,
registros civis e leis. Sobre o exercício da força se não da força física, da força de persuasão, da
força da sedução. Cada um desses campos, cada um desses serviços que se prestam nessas
áreas, “os bens que se produzem e administram nesses territórios: sua qualidade, sua
quantidade, sua necessidade, sua conveniência, tudo é decidido pelos experts.
PRINCIPAIS CONCEITOS:
• “Esses experts conhecem e decidem prevalentemente segundo os interesses das classes, níveis
hierárquicos e grupos dominantes aos quais pertencem parcialmente.”
• Demanda: “O institucionalismo questiona o conceito clássico de demanda que é a ideia de que as
comunidades tem necessidades básicas, indiscutíveis e universais e que seriam colocadas através de
serviços espontâneos e através da exigência de produtos e serviços. Vai mostrar que em todas as
épocas da história mas particularmente na nossa não existem necessidades básicas naturais, não
existem demandas espontâneas se não que cada uma dessas organizações que acabamos de
descrever, a noção de necessidade é produzida, a demanda é modulada; aquilo que os povos
pensam que todos os membros de uma população e todos os povos do mundo precisam - como
mínimo- não existe. Esse mínimo é gerado em cada sociedade e é diferente para cada
segmento da mesma. Ainda dentro do condicionamento histórico, as comunidades que tem alguma
noção vivencial acerca das suas necessidades a perdem - de modo que já não sabem mais do que
precisam e não demandam o que aspiram. MAS ACHAM QUE NECESSITAM DAQUILO QUE
OS EXPERTS DIZEM QUE ELAS NECESSITAM, PEDEM O QUE LHES ENCULCAM QUE
DEVEM PEDIR.”
PRINCIPAIS CONCEITOS:
• Os coletivos tem perdido, tem alienado o saber acerca da sua própria vida, das suas reais
necessidades, de seus desejos eles tem perdido um certo grau de compreensão e o controle
sobre que tipos de recursos e formas de organização devem dispor para resolver seus
problemas.
• Autoanálise: consiste em que as comunidades mesmas como protagonista de seus problemas,
de suas necessidades, de suas demandas possam enunciar, compreender, adquirir ou readquirir
um vocabulário próprio que lhes permita saber acerca de sua vida
• Autogestão: processo de auto-organização, em que a comunidade se articula, se organiza para
construir os dispositivos necessários, para produzir ela mesma, ou para conseguir os recursos
de que precisa para melhorar a sua vida sobre a terra.
PRINCIPAIS CONCEITOS:
• Experts especiais: especialista que submetem o seu saber, seus métodos, suas técnicas, suas inserções
sociais como profissionais a uma profunda crítica que os faça separar dentro desse processo o que é
produto do bloco dominante e das forças sociais e o que pode ser útil a serviço de uma autoanálise e
de uma autogestão.
• Como? Eles não podem faze-lo nas academia ou exclusivamente nos laboratórios. Eles tem que entrar
em contato direto com esses coletivos, tem que incorporar-se a essas comunidades desde uma
posição que seja resultado de uma crítica das posições, postos, hierarquias que tem dentro dos
aparelhos jurídicos – políticos do Estado ou das diretivas das grandes empresas nacionais e
multinacionais.
• O movimento institucionalista reconhece:
A-gênese histórico-social: a história de todas as tentativas que houveram na história da humanidade e as
que hoje existem e exercitam um institucionalismo espontâneo
B-gênese conceitual: todas aquelas teorias, conceitos, ideias, categorias que têm sido produzidas pela
humanidade no decorrer da história do conhecimento e podem contribuir para dar base, para fundamentar a
proposta institucionalista
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

• 5º. Ed. Baremblitt, Gregorio, 1936 Compêndio de análise institucional outras correntes: teoria e
prática / Greorio F. Baremblitt;-5º. Ed. – Belo Horizonte, MG: Instituto Felix Guattar,i 2002 –
(Biblioteca Instituto Félix Guattari;2)
• https://www.youtube.com/watch?v=FGy2DiprBXQ

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