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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Educação e Comunicação

Paradigmas de Investigação
Agenda de apresentação:

 Conceito de paradigma de investigação;

 Paradigmas de investigação educacional e;

 Conclusão.
Conceito de paradigma de investigação

Termo paradigma:

Etimologicamente – vem do latim “paradigma” e,


Significa – aquilo que serve de exemplo, de modelo.

Costa (2005) sustenta, afirmando que “o conceito de


paradigma satisfaz a ideia de conjunto de crenças
epistemológicas e de opções metodológicas que guiam as
investigações que se fazem em cada época ou contexto e
que guiam as interpretações da investigação educacional”
(p. 158).
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Conceito de paradigma de investigação (cont.)

O que é, então paradigma de investigação?

Amado (2014, cit. em Jacob, 1987) define que, “um


paradigma é uma espécie de tradição que permite que um
grupo de investigadores chegue a acordo acerca da natureza
do universo a estudar, da validade das questões a colocar e da
legitimidade das técnicas a empregar na investigação” (p. 29).

Paradigma de investigação é, portanto um conjunto de


orientações epistemológicas e metodológicas que uma
comunidade de investigadores adopta para elaboração de
pesquisas.
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Paradigmas de investigação educacional
Da busca efectuada, considerou-se três paradigmas de investigação
educacional:

Thomas Paradigma positivista – metodologia quantitativa,

Kuhn

Paradigma interpretativo - metodologiqualitativo


Paradigma misto.

Amado (2014, cit. em Denzin e Lincoln, 2003; Cohen et al., 2006) apresenta
três principais aspectos de diferenciação dos paradigmas: concessões
ontológicas; concessões antropológicas e concessões epistemológicas.
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Paradigma Características Resumo
Ontologia Antropologia Epistemologia
Quantitativo a realidade social e o sujeito o que se pode Sampieri,
humana é vista, à humano é conhecer de um Collado e Lucio
semelhança do determinado nos mundo assim (2006)
mundo físico. seus concebido, esclarecem,
comportamento enquanto coisa, é portanto que “o
s e saber a (s) causa (s), paradigma
circunstâncias como se divide e quantitativo usa
contextuais e como funciona; relações de
ambientais, etc., tudo isto se alcança dados para
pelo que é através do método provar
submetido às descritivo, hipóteses com
mesmas correlacional e base na
situações; o experimental e, medição de
diverso, o através de números e
particular, o instrumento de análise
único e o recolha de dados, estatístico, para
específico. tais como, inquérito estabelecer
ou questionário, padrões de
entrevista comportament
estruturada e o e provar
testes. teorias” (p. 5).
Paradigma Características Resumo
Ontologia Antropologia Epistemologia

Qualitativo os fenómenos o ser humano é, a investigação de “O paradigma


sociais são ao mesmo tempo realidades sócias qualitativo utiliza
considerados como um produto e um centra-se no modo a recolha de
como elas são
resultados de um produtor de dados sem fazer
sistema complicado cultura; interpretadas, a medição
entendidas,
de interacções dos experienciadas e numérica para
sujeitos humanos produzidas pelos descobrir e
entre si e com o próprios atores. Para responder
mundo natural; tal utiliza-se o perguntas de
método investigação
interpretativo, durante o
etnográfico, processo de
investigação-acção,
estudo de caso e interpretação”
técnicas de recolha e (Sampieri et tal.,
análise de dados tais 2006, p. 8).
como, observação,
entrevista, discussão
de grupos, pesquisa
documental e a
análise de conteúdo.

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Conclusão

Embora, tenham sido caracterizados três paradigmas de


investigação educacional (quantitativo, qualitativo e
misto), qualquer que seja a configuração por cada um
preferida para servir de orientação à práticas educativas, é
consensual que a delimitação dos paradigmas nunca será
rígida, antes flutuante e modifica-se com o passar do
tempo.

Contudo, a delimitação e caracterização geral dos


paradigmas facilita a análise de um conjunto de trabalhos
científicos.
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Referências bibliográficas

Amado, J. (coord.). (2014). Manual de investigação qualitativa em educação


(2ª. ed.). Coimbra, Portugal: Imprensa da Universidade de Coimbra.
Canastra, F., Haanstra, F. & Vilanculos, M. (2015). Manual de Investigação
Científica da Universidade Católica de Moçambique (2ª. ed.). Beira,
Moçambique: Instituto Integrado de Apoio à Investigação Científica.
Costa, M. (2005). Percursos de cientificidade em educação: uma abordagem
aos textos normativos. Tese de Doutoramento em Ciências da Educação.
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Vila Real, Portugal.
Mira, M. & Ramos, A. (2013). Modelos explicativos e paradigmas,
investigação e intervenção em Turismo. Comunicação e ciências
empresariais. Revista Científica da Escola Superior de Educação de
Coimbra, 8, 35-55.
Sampieri, R., Collado, C. & Lucio, P. (2006). Metodología de la investigación
(4ª. ed.). Iztapalapa, México: McGraw-Hil

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