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e-mail: cedetusa@cedet.com.br
Editor:
Thomaz Perroni
Editor assistente:
Felipe Denardi
Capa:
Guilherme Conejo
Diagramação:
Virgínia Morais
Revisão de provas:
Paulo Bonafina
Tamara Fraislebem
Conselho editorial:
Adelice Godoy
César Kyn d’Ávila
Silvio Grimaldo de Camargo
FICHA CATALOGRÁFICA
www.ominimoeditora.com.br
Reservados todos os direitos desta obra. Proibida toda e qualquer reprodução desta edição por
qualquer meio ou forma, seja ela eletrônica, mecânica, fotocópia, gravação ou qualquer outro
meio de reprodução, sem permissão expressa do editor.
Sumário
UMA ILUSTRE DESCONHECIDA
AMOR À SABEDORIA
AS DISCIPLINAS FILOSÓFICAS
GUIA DE LEITURA
NOTAS DE RODAPÉ
UMA ILUSTRE DESCONHECIDA
A filosofia é complexa e profunda, mas ela não precisa ser obscura e
confusa. No contexto da pedagogia atual, muitos têm um contato
traumático com a filosofia, por meio de uma disciplina escolar ou
universitária em que as idéias filosóficas são lançadas de modo
praticamente aleatório e arbitrário.
o que é a filosofia?
Qual é a sua finalidade? Este livro foi escrito como um mínimo para
que comecemos a desmistificar esse preconceito e permitir a
redescoberta da filosofia, com um novo colorido, demonstrando o
impacto que ela pode ter na nossa vida, pela expansão do nosso
horizonte intelectual.
Aliás,
O APERITIVO DE UM BANQUETE
Para as próximas páginas, não espere longas reflexões filosóficas,
com demonstrações analíticas dos argumentos, apenas um convite na
forma de um aperitivo que aguce o seu paladar para um banquete que
será servido em seguida, caso você se disponha a me acompanhar
nesta longa caminhada, que não tem um ponto de chegada fixo.
Como a dança,
UM PASSEIO APRAZÍVEL
Após uma definição breve da filosofia, procedo com uma descrição
sumária das suas disciplinas, naturalmente fronteiriças e superpostas
umas às outras: as ciências práticas da ética, política e poética e as
ciências teóricas da ontologia e epistemologia. Em seguida, menciono
a dialética da filosofia com suas rivais sofísticas, as antifilosofias que
tendem a neutralizá-la, como o ceticismo e o relativismo. Ao cabo,
proponho um guia de leitura de obras que ajudam a se iniciar na
filosofia, além dos seus principais clássicos.
A QUINTESSÊNCIA DA FILOSOFIA
Em meio a este mar de dúvidas e incertezas que constituem a natureza
da filosofia, há um consenso que chega a ser uma unanimidade entre
os filósofos: Platão inaugurou uma série de questões permanentes e
incontornáveis.
Desde o seu mais célebre aluno, Aristóteles, passando pelo seu mais
conhecido herdeiro cristão, Santo Agostinho, até o seu mais inflamado
inimigo moderno, Nietzsche, praticar filosofia é dialogar com Platão,
é responder aos seus múltiplos questionamentos. Por isso, o
importante filósofo da matemática Whitehead afirmou, famosamente,
que a melhor caracterização da filosofia européia (ocidental) é que ela
consiste numa série de notas de rodapé a Platão.
amor à sabedoria,
portanto, não é acidental, produto de uma contingência lingüística,
porém revela a sua essência. Em grego, as palavras sophos e sophistes
eram usadas para referir aos sábios, aqueles reconhecidos pela
sociedade em geral como dotados de um conhecimento abrangente
sobre as ciências e sobre os negócios da cidade (ética e política). Eram
os poetas, cientistas, legisladores, estadistas e oradores, capazes de
dissertar sobre praticamente todos os temas concernentes à religião e à
sociedade.
DOIS MÉTODOS
UM AMOR ORDENADO
A filosofia é o amor ao todo da realidade e, como a realidade se
apresenta altamente complexa, composta por múltiplas partes
interdependentes, para alcançá-la na sua inteireza, a filosofia precisa
analisá-la por partes. Essa é a origem das tradicionais disciplinas
filosóficas, em que normalmente os cursos universitários são
divididos.
Foi Aristóteles que procurou, pela primeira vez, sistematizar e fundar
essas disciplinas, no entanto nunca descurou as suas inter-relações. Ao
estudar filosofia, é importante nunca perder de vista
CIÊNCIAS PRÁTICAS
Na Metafísica de Aristóteles, o tratado fundacional da ontologia, a
filosofia primeira que ordena todas as disciplinas filosóficas, consta
uma divisão elementar entre as ciências teóricas e as ciências práticas.
A ética clássica reflete sobre o agir humano a partir dos fins (bens)
que ele alcança, na busca pela felicidade, que é um estado de
realização e plenitude.
ÉTICA E POLÍTICA
Uma das expressões mais conhecidas da filosofia é a de que o homem
é um animal político. Cunhada por Aristóteles, ela se encontra no
livro I da Política, tratado de filosofia prática posterior à Ética a
Nicômaco, que lhe serve de pano de fundo conceitual e metodológico.
O homem é naturalmente político não como as formigas ou abelhas,
que coordenam a atividade para a subsistência do grupo, e sim porque
é dotado de razão que unifica o pensamento do grupo em torno do que
é a justiça, princípio que guia a colaboração social.
O homem bom também não sente que sua liberdade é limitada pelo governo. Ele não quer
mais liberdade do que consegue usar sem prejudicar os outros. Só o homem mau quer mais
liberdade do que isso, e portanto só ele sente que sua liberdade de fazer o que quiser, sem
preocupar-se com os outros, é limitada pelo governo.4
de Aristóteles.
CIÊNCIAS TEÓRICAS
As ciências teóricas são contemplativas, porque buscam espelhar (do
termo latino speculum, de que deriva também a palavra especulação)
na mente a realidade que não se pode transformar. Elas são ciências
puras e desinteressadas, visam tão-somente compreender a realidade
das coisas, independentemente da eventual aplicação técnica desse
conhecimento.
A ONTOLOGIA CLÁSSICA
A ontologia clássica dos antigos (como Platão e Aristóteles) e
medievais (como Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino) buscava
a unidade do todo da realidade, a partir da sua abóbada metafísica, o
ser ou Deus. Dessa premissa, deriva uma série de análises
epistemológicas da relação do conhecimento sensível (dos órgãos
corporais) e inteligível (da inteligência abstraída da experiência
sensível).
A EPISTEMOLOGIA MODERNA
A epistemologia moderna se concentra não tanto no ser, como a
ontologia clássica,porém no conhecer, no modo como acessamos a
realidade. Partindo dos embates entre racionalistas, como Descartes,
Spinoza e Leibniz, e empiristas, como Locke, Berkeley e Hume, Kant
concebe o projeto do criticismo transcendental, buscando fundamentar
a ciência moderna, como a praticada por Isaac Newton, que era o
modelo de cientista moderno.
Para que não seja nem tautológica (como no caso dos juízos
analíticos), nem contingente (como no caso dos juízos sintéticos em
geral), a ciência precisa de juízos sintéticos a priori (baseados em
intuição não sensível). Isso em três âmbitos, (1) na Estética
Transcendental, (2), na Analítica Transcendental e (3) na Dialética
Transcendental.
CONCEITUAÇÃO DIALÉTICA
O CÃO E O LOBO
O filósofo é um intelectual, alguém que desempenha a atividade do
pensamento, contudo certamente não é o único que faz isso. Como há
outros tipos de intelectuais, Platão precisou distinguir o filósofo (cujo
modelo fundamental é Sócrates, o protagonista dos seus diálogos) dos
poetas e dos retóricos.
FILOSOFIA E ANTIFILOSOFIAS
A partir dessa distinção fundamental entre filosofia e sofística, deve-
se atentar às formas intelectuais concorrentes, as antifilosofias que
tendem a neutralizar a dimensão pedagógica e cognitiva da filosofia,
apelando para formas variadas de ceticismo e relativismo.
PHYSIS E NOMOS
A filosofia nasce da interseção dialética entre duas tendências
intelectuais vigentes na época de Platão, que ele incorporou num
impressionante gesto de síntese. Trata-se da investigação sobre a
natureza (physis) e da sobre a lei e os costumes humanos (nomos).
A DIALÉTICA FILOSÓFICA
O resultado dessa síntese platônica de buscar uma verdade sobre a
natureza e sobre o homem implica o reconhecimento de uma dialética
estrutural (não necessariamente um dualismo dicotômico) entre o que
nós chamamos de ciências da natureza (como física, química, biologia
e astronomia) e ciências humanas (como sociologia, economia,
antropologia e direito).
HARMONIA DE FÉ E RAZÃO
É este teor exortativo e convertedor que me parece o traço mais
saliente desta obra, capaz de transformar a existência de quem a lê
com abertura de espírito. O autor nos apresenta um horizonte antes
insuspeitado de articulação da vida intelectual com a vida espiritual,
admoestando-nos a nunca abandonar a oração, fonte da humildade e
da paciência, virtudes sem as quais a inteligência se embota ou
extenua.
O cristão deve ter fome de saber. Desde o cultivo dos saberes mais abstratos até às
habilidades do artesão, tudo pode e deve levar a Deus. Porque não há tarefa humana que não
seja santificável, que não seja motivo para a nossa própria santificação e oportunidade para
colaborarmos com Deus na santificação dos que nos rodeiam. A luz dos seguidores de Jesus
Cristo não deve permanecer no fundo do vale, mas no cume da montanha, para que vejam as
vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus (Mt 5, 16).
Trabalhar assim é oração. Estudar assim é oração. Investigar assim é oração. Não saímos
nunca do mesmo: tudo é oração, tudo pode e deve levar-nos a Deus, alimentar esse convívio
contínuo com Ele, da manhã até à noite. Todo o trabalho honrado pode ser oração; e todo o
trabalho que for oração, é apostolado. Desse modo, a alma se enrijece numa unidade de vida
simples e forte.17
Não é sensato, não é profícuo, mesmo que se tenha que seguir uma especialidade muito bem
delimitada, fechar-se nela logo de saída. Seria o mesmo que colocar antolhos. Nenhuma
ciência basta a si mesma; nenhuma disciplina por si só constitui-se em luz eficiente para seu
próprio percurso. No isolamento, ela se encolhe, se seca, se debilita e, na primeira
oportunidade, se extravia.
[...] Cortar as comunicações de seu objeto é falseá-lo, pois suas conexões fazem parte dele.
[...] Assim, se quiserem garantir para si um espírito aberto, preciso, verdadeiramente forte,
previnam-se, antes de tudo, contra a especialidade [...]. Um especialista, se não for um
homem, não passará de um burocrata; sua esplêndida ignorância fará dele um transviado
entre os humanos; ele será desajustado, anormal e doido. O intelectual católico não se
pautará nesse modelo.24
A articulação das ciências particulares depende da unidade
epistemológica do conjunto, que é garantida pela filosofia. Ademais,
como a razão humana não exaure toda a realidade, devemos sorver a
sabedoria da ciência divina, a teologia. Filosofia e teologia são as
ciências arquitetônicas que estruturam as ciências particulares pela
remissão ao fundamento metafísico da ordem do ser, que é Deus. Sem
esse eixo ontológico gravitacional, as ciências não têm uma órbita
coesa e carecem de qualquer unidade epistemológica, dispersando-se
e fragmentando-se:
Toda ciência, cultivada em separado, não só não se basta a si mesma, mas apresenta perigos
que todos os homens sensatos reconheceram. A matemática tomada isoladamente deturpa o
raciocínio, habituando-o a um rigor que nenhuma outra ciência, e menos ainda a vida real,
comporta. A física e a química obcecam por sua complexidade e não conferem ao espírito
nada de amplo. A fisiologia leva ao materialismo, a astronomia à divagação, a geologia os
transforma num cão de caça farejador, a literatura os esvazia, a filosofia os estufa, a teologia
os abandona ao falso sublime e ao orgulho doutoral. É preciso passar de um espírito ao
outro a fim de corrigi-los um pelo outro; é preciso alternar as culturas para não arruinar o
solo.25
Outros sistemas se contrapõem aos sistemas vizinhos: esse os concilia numa luz mais
elevada, tendo investigado o que os seduzia e preocupando-se em reconhecer tudo que há
neles de correto. Outros sistemas foram renegados pelos fatos: esse vem ao seu encontro, os
envolve, os interpreta, os classifica e os consagra como se fosse um direito deles.26
AS VIRTUDES DO FILÓSOFO
Dos muitos conselhos e exortações do imprescindível livro do padre
Sertillanges — que inclui métodos práticos de leitura e anotação,
assim como o cuidado com o sono e o corpo —, destaco, como
conclusão, a virtude da paciência. Ela é imprescindível para o
intelectual, o maior antídoto à pressa e ao imediatismo da nossa época
virtual, assim como a disposição propícia para a ação da Graça em
nossa vida, cuja temporalidade difere da nossa:
Evitem a agitação do homem com pressa. Apressem-se lentamente. No âmbito do espírito, a
calma vale mais que a afobação. [...] O homem que dá tempo ao tempo tem todo o tempo do
mundo, que está sediado na eternidade. Assim sendo, trabalhem com espírito de eternidade.
[...] Cristãmente, os senhores têm de respeitar a Deus em sua providência. É Ele quem
determina as condições do saber: a impaciência é para com Ele uma revolta. Quando forem
tomados de febre, a escravidão espiritual já estará a espreitá-los, a liberdade interior se
dissolve. Não são mais os senhores que estão agindo, muito menos o Cristo nos senhores. Já
não estão fazendo a obra do Verbo.
De que serve querer adiantar-se de modo tão impróprio, quando o caminho já é em si uma
meta, o meio, um fim? Quando se olha o Niágara, sente-se vontade de vê-lo acelerar? A
intelectualidade tem valor por si mesma em todos os seus estados. O esforço virtuoso é uma
conquista. Aquele que trabalha para Deus e segundo Deus, encontra em Deus sua morada.
Que importa se o tempo correr, quando se está instalado ali?27
Dito de outro modo e com o outro mestre espiritual que nos mostra o
caminho da inteligência, São Josemaria Escrivá: “Qual é o segredo da
perseverança? O Amor.
— Enamora-te, e não O deixarás”.29
☘
GUIA DE LEITURA
A scontando
editoras Paulus e Loyola têm um catálogo relevante de filosofia,
com duas coleções de volumes pequenos e acessíveis,
que permitem dar os primeiros passos na filosofia.
3. BRAGUE, Rémi. Âncoras no céu: A infraestrutura metafísica. São Paulo: Loyola, 2013.
8. MARITAIN, Jacques. Sete lições sobre o ser. São Paulo: Loyola, 2005.
10. PORTA, Mario Ariel González. A filosofia a partir de seus problemas. São Paulo:
Loyola, 2002.
2. BOTTER, Barbara. Fazer filosofia: Aprendendo a pensar com os primeiros filósofos. São
Paulo: Paulus, 2013.
4. TEIXEIRA, João de Fernandes. Por que estudar filosofia? São Paulo: Paulus, 2016.
5. NASCIMENTO, Carlos Arthur Ribeiro do. Um Mestre no Ofício: Tomás de Aquino. São
Paulo: Paulus, 2011.
3. MARCONDES, Danilo; FRANCO, Irley. A Filosofia: O que é? Para que serve? Rio de
Janeiro: Ed. Jorge Zahar; PUC-RJ, 2011.
7. ORTEGA Y GASSET, José. O que é filosofia? Campinas, SP: Vide Editorial, 2016.
8. PINHEIRO, Victor Sales. A crise da cultura e a ordem do amor: Ensaios filosóficos. São
Paulo: É Realizações, 2021.
12. SCIACCA, Michele Federico. Filosofia e antifilosofia. São Paulo: É Realizações, 2011.
ENCICLOPÉDIAS
A editora Idéias & Letras tem traduzido os importantes Companions
da Universidade de Cambridge, que são compilados de artigos
acadêmicos de especialistas sobre temas (como filosofia medieval,
ciência e religião, e filosofia crítica) ou autores (como Primórdios da
Filosofia grega, Sócrates, Platão, Aristóteles, Plotino, Agostinho,
Aquino, Scotus, Descartes, Spinoza, Hobbes, Locke, Kant, Hegel,
Nietzsche, Freud, Foucault e James). Todos eles são valiosos e
retratam o estado da arte da pesquisa acadêmica sobre o assunto, com
suas múltiplas interpretações.
DICIONÁRIO
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
5. REALE, Giovani; ANTISERI, Dario. História da filosofia. 3 vols. São Paulo: Loyola,
2017.
Em inglês
1. KREEFT, Peter. The platonic tradition, Indiana: St. Augustine Press, 2018.
4. Socratic Logic: A logic text using socratic method, platonic questions and aristotelian
principles. Indiana: Augustine, 2014.
OS CLÁSSICOS
Estas obras permitem o mergulho efetivo na filosofia. Ainda que não
sejam plenamente entendidas, merecem ser lidas e estudadas com
calma e dedicação.
4. Plotino, Enéadas.
18. Nietzsche, Gaia ciência, Assim falou Zaratustra e Para além do bem e do mal.
4 Mortimer Adler, Aristóteles para todos: Uma introdução simples para um pensamento
complexo. São Paulo: É Realizações, 2010, pp. 126–127.
7 A.–D. Sertillanges, A vida intelectual: Seu espírito, suas condições, seus métodos & A
arte e a moral. Edição bilíngue. São Paulo: É Realizações, 2020.
8 Ibid., p. 23.
12 Ibid., p. 11.
13 Ibid., p. 95.
14 Ibid., p. 12. Disposições semelhantes são recomendadas pelo Cardeal Robert Sarah aos
que verdadeiramente desejam uma vida espiritual: Robert Sarah e Nicolas Diat, A força do
silêncio: Contra a ditadura do ruído. Prefácio de Bento XVI. São Paulo: Fons Sapientiae, 2017.
15 A.-J. Festugière, Contemplation et vie contemplative selon Platon. Paris: Vrin, 1975;
Henrique de Lima Vaz, Experiência mística e filosofia na tradição ocidental. São Paulo:
Loyola, 2000.
17 São Josemaria Escrivá, É Cristo que passa. São Paulo: Quadrante, p. 34 (n. 10).
18 São Josemaria Escrivá, Caminho. Edição comentada por Pedro Rodríguez. São Paulo:
Quadrante, 2016, p. 432–434 (n. 335–336).
20 Paul Johnson, Os intelectuais. Rio de Janeiro: Imago, 1990. Nesse sentido, ver também o
clássico livro de Julien Benda, A traição dos intelectuais. Rio de Janeiro: Peixoto Neto, 2007.
21 Eric Voegelin, Ciência, política e gnose. Coimbra: Ariadne, 2005. Ver também C. S.
Lewis, A abolição do homem. São Paulo: Martins Fontes, 2005. Interessa conhecer a tese de
Mario Vieira de Mello, segundo a qual esse gesto de transformação gnóstica da realidade
natural, em detrimento do cuidado moral e espiritual com a alma, remonta à ruptura de
Aristóteles com Platão, que vingou na modernidade a partir de Descartes: Mario Vieira de
Mello, O homem curioso: O problema da exterioridade na filosofia de Aristóteles. São Paulo:
Paz e Terra, 2001. Note que esse autor foi um dos responsáveis pela recepção de Voegelin no
Brasil, com obras como O conceito de uma educação da cultura: com referência ao estetismo e
à criação de um espírito ético no Brasil. São Paulo: Paz e Terra, 1986; O humanista: A ordem
na alma do indivíduo e na Sociedade. Rio de Janeiro: Topbooks, 1996.
22 Josef Pieper, Só quem ama canta: Arte e contemplação. São Paulo: Quadrante, 2021. No
prefácio que escrevi a este livro, intitulado “Epifania da beleza”, distingo também a
experiência moderna da clássica.
23 Este é um dos temas que enfrento no meu livro A crise da cultura e a ordem do amor:
Ensaios filosóficos. São Paulo: É Realizações, 2021.
25 Ibid., p. 91.
26 Ibid., p. 99.
29 São Josemaria Escrivá, Caminho. Edição comentada por Pedro Rodríguez. São Paulo:
Quadrante, 2016, p. 912 (n. 999).