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Amor de Perdição
AMOR DE PERDIÇÃO
Sugestão biográfica (Simão e o narrador)
Memórias de Família
O subtítulo da obra relaciona-se com o facto do enredo ficcional
basear se na condenação ao degredo (para a Índia) de Simão
Botelho tio de Camilo Castelo Branco daí a obra também ter um
valor “biográfico”.
AMOR DE PERDIÇÃO
Estrutura
Introdução
O narrador/autor dá início ao processo narrativo. Perante
o acesso ao registo da condenação de Simão Botelho no
cartório da cadeia propõe-se a narrar a história do jovem
Simão que sintetiza na frase Amou, perdeu-se, e morreu
amando.
AMOR DE PERDIÇÃO
Estrutura
Conclusão
Desfecho da intriga
Identificação de Manuel Botelho como sendo o
pai do narrador/autor
Os Diálogos
• Encontramos diálogos de vários tipos , preenchendo várias funções. São
diálogos de informação, de expansão sentimental, de confrontação, de
decisão.
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Amor-Paixão
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Teresa Mariana
Simão
• Amor-paixão
• Sincero, puro, excessivo , oposto às convenções
sociais e à ordem instituída.
Teresa
• Denúncia do conflito
Famílias de Simão e Ódio e rivalidade intergeracional e de uma
de Teresa sociedade marcada pelo ódio, pela
violência.
• Ódio e rivalidade entre famílias.
Mariana • Amor-paixão (não correspondido)
• Denúncia de autorrepressão
relacionada com a classe social
Simão (povo) e com o sexo (feminino).
AMOR DE PERDIÇÃO
A construção do herói romântico
Simão como um herói romântico tem as seguintes características:
- Virilidade física e moral;
- Impulsividade;
- Rebeldia face à sociedade e a luta contra as suas convenções;
- Instintos violentos;
- A vivência de um amor transformador, que redime os erros;
- A valorização dos sentimentos sob á razão;
- O idealismo amoroso;
- A firmeza e a dignidade face à ameaça da forca e do degredo;
- A associação da ideia do amor com a ideia da morte encarando a como salvação e
transcendência.
- Amor sofrido e proibido que leva á morte
- Destino traçado trágico
- Lealdade
- O amor que só alcança a sua plenitude na morte
AMOR DE PERDIÇÃO
Capítulo I – 1779/1801
•O início da novela é datado de 1779, mas logo é sugerida
uma época anterior.
•Abrange os antecedentes da ação, mas o tempo é
delimitado imprecisamente.
•O ritmo narrativo é rápido e a noção cronológica de tempo
é nítida.
AMOR DE PERDIÇÃO
A concentração temporal da ação
– A sociedade é repressiva.
A relação pais/filhos evidencia o conflito de mentalidades:
pais repressivos e inflexíveis que se opõem à felicidade dos
filhos (cf. autoritarismo de Tadeu de Albuquerque, por
exemplo, o casamento por conveniência, a restrição à
ação das mulheres).
– A Igreja enquanto instituição que age de acordo com a
sociedade por interesse, promove a clausura das jovens
mais rebeldes (aliás, os vícios e a corrupção dos conventos
são bem salientados ao longo da obra).
AMOR DE PERDIÇÃO
A obra como crónica da mudança social
narrador/autor
Exemplo:
Na Introdução, o narrador/autor relata a história,
assumindo ser protagonista: utiliza a primeira pessoa como
suporte da verdade que vai ser narrada.
O autor parece procurar a subversão do ficcional.
É tipicamente romântico porque
está envolvido na história que criou.
AMOR DE PERDIÇÃO
O narrador
Focalização externa
AMOR DE PERDIÇÃO
O narrador
Focalização omnisciente
AMOR DE PERDIÇÃO
O narrador
Focalização interventiva
AMOR DE PERDIÇÃO
Focalizações O narrador