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AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

Prof. Samuel Ramalho Torres Maia


AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

 Feito depois da avaliação primária

 Processo ordenado que visa descobrir lesões ou


problemas clínicos que, se não tratados, poderão
ameaçar a vida

 Verificação dos sinais vitais

 Exame físico

 Anamnese
SINAIS VITAIS

 Refletem o estado atual dos sistemas respiratório e


circulatório:

 1. Verificar a frequência respiratória e a qualidade da


respiração;
 2. Verificar a frequência cardíaca e a qualidade do pulso;

 3. Verificar a pressão arterial.

 4. Temperatura

 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA E
QUALIDADE DA RESPIRAÇÃO

 a)     A respiração normal é fácil, sem dor e sem esforço;


 b)     Observar a expansão do tórax da vítima;

 c)     Palpar o pulso radial para evitar que a vítima


perceba que o socorrista está checando a respiração;
 d. Observar os movimentos torácicos e contar durante 30
(trinta) segundos, multiplicando-se por 2 (dois), obtendo
a frequência de movimentos respiratórios por minuto
(m.r.m.)
 e. Se a respiração for irregular, contar durante 1 minuto.
OBSERVAR A QUALIDADE DA RESPIRAÇÃO,
AVALIANDO SE:

 § Normal;
 § Superficial;

 § Profunda;

 § Rápida;

 § Lenta.
FREQUENCIA RESPIRATÓRIA NORMAL

RESPIRAÇÃO EM REPOUSO
    NORMAL – de12
  Idade acima de 8 anos a 20 rpm
  LENTO  – menor
  que 12 rpm
  RÁPIDO  – maior
FREQUÊNCIA que  20 rpm
         NORMAL – de 20
Idade entre 1 a 8 anos a 40 rpm
LENTO  – menor
que 20 rpm
RÁPIDO  – maior
que  40 rpm
  NORMAL – de 40
Idade abaixo de 1 ano a 60 rpm
LENTO  – menor
que 40 rpm
RÁPIDO  – maior
que  60 rpm
ANORMALIDADES DE PULSO

COR DA PELE MOTIVADOR DE ALTERAÇÕES

Pulso rápido e forte Hipertensão, susto, medo

Pulso rápido e fraco Hemorragia, desidratação

Pulso ausente Parada cardíaca, lesão arterial


FREQUÊNCIA CARDÍACA NORMAL
IDADE VALORES

Recém-nascido até 3 meses 85 – 205 bpm

3 meses até 2 anos 100 – 190 bpm

2 a 10 anos 60 – 140 bpm

> 10 anos 60 – 100 bpm

 Fonte: American Heart Association


VALORES NORMAIS DE PRESSÃO ARTERIAL

Idoso – acima de 50 anos 140-160/90-100 mmHg


Idade acima de 16 anos 120/80 mmHg
Idade – 16 anos 118/75 mmHg Idade – 6 anos 82/62 mmHg

Idade – 12 anos 108/67 mmHg Idade – 4 anos 78/60 mmHg

Idade – 10 anos 90/65 mmHg RN (3Kg) 52/30 mmHg


PAS (PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA)
 Importante indicador do Sistema Cardiovascular

IDADE VALOR mínimo da PAS


RN (0 – 28 dias) 60 mmHg
Lactente (29 dias – 1 ano) 70 mmHg
> 1 ano 70 + (2 x idade em anos)
AVALIAÇÃO DAS PUPILAS

 As pupilas quando normais são do mesmo diâmetro e


possuem contornos regulares.
 Pupilas contraídas podem ser encontradas nas vítimas
viciadas em drogas. 
 As pupilas indicam um estado de relaxamento ou
inconsciência, geralmente tal dilatação ocorre
rapidamente após uma parada cardíaca.
ENCONTRADAS NAS VÍTIMAS COM LESÕES DE
CRÂNIO OU ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
NA MORTE, AS PUPILAS ESTÃO TOTALMENTE
DILATADAS E NÃO RESPONDEM À LUZ.
ALTERAÇÕES PUPILARES

TIPO MOTIVADOR DE ALTERAÇÕES


Midríase paralítica Morte cerebral
Miose Uso de alguns tipos de drogas
Anisocoria Lesão cerebral localizada devido a TCE, AVC
EXAME DA CABEÇA AOS PÉS

 1. Cabeça:
· Ferimentos ou deformidades;
· Crepitação óssea;
· Secreção pela boca, nariz e/ou ouvidos;
· Hálito;
· Dentes quebrados, próteses dentárias;
 
 Transporte do paciente?
 A TC de crânio só está indicada para pacientes
hemodinamicamente estáveis
 Equipamento especializado
FRATURAS DE BASE DE CRÂNIO SÃO SUSPEITAS NA
PRESENÇA DE HEMATOMAS
PERIORBITÁRIOS (SINAL DE GUAXINIM)
TCE, TRAUMA DE FACE, TRAUMA DE BASE DE
CRÂNIO  SONDA OROGÁSTRICA SEMPRE
TÓRAX E COSTAS:
  Ferimentos e deformidades;
 · Respiração difícil;

 · Alteração da expansibilidade;

 · Crepitação óssea;
ABDOME:
 Ferimentos (contusões, escoriações, etc.);
 Dor à palpação;

 Rigidez da parede abdominal (abdome em tábua).


PELVE E NÁDEGAS
· Ferimentos ou deformidades;
· Dor à palpação;
· Crepitação óssea;
· Instabilidade da estrutura óssea.
EXTREMIDADES INFERIORES E
SUPERIORES:
 Ferimentos ou deformidades;
 Pulso distal (extremidades superiores - artéria radial;
extremidades inferiores - artéria pediosa);
 Resposta neurológica (insensibilidade,
formigamentos) para avaliar lesão de nervos;
 Avaliar a motricidade e a força muscular para
verificar lesão de nervos ou músculos;
 Perfusão capilar, para avaliar lesão arterial ou sinais
de choque;
 Verificar temperatura e coloração da pele
 Todas as articulações também devem ser avaliadas
quanto à dor, edema e mobilidade anormal.

 No indício de fratura óssea ou lesões das articulações, a


conduta deve ser imobilização, com o objetivo de aliviar
a dor e prevenir fratura exposta.
 Na ausência ou diminuição dos
pulsos, pensar imediatamente em
possível lesão vascular
ANAMNESE
 Colher dados com a própria vítima, testemunhas
e/ou familiares, durante o atendimento

 Buscar informações que complemente o estado de


saúde.

 usando a regra mnemônica S A M P L A:


REAVALIAÇÃO
 No alívio da dor, opiáceos, analgésicos potentes ou seus
sucedâneos devem ser evitados, porque mascaram sinais
neurológicos e abdominais, causam depressão
respiratória e prejudicam a avaliação posterior.

 O exame secundário inclui a investigação de todas as


queixas do paciente, com novas informações sobre
doenças anteriores pessoais ou familiares, monitorização
contínua dos sinais vitais, e débito urinário, antes do
tratamento definitivo ou transferência.
TRANSFERÊNCIA
 Pacientes estabilizados com condições clínicas satisfatórias
podem ser transferidos
 central de regulação de leitos

 Assegurar:

1. manutenção da permeabilidade das vias aéreas e suporte


ventilatório nos casos de TCE graves
2. reposição volêmica por acesso venoso adequado

3. controle das hemorragias externas

4. imobilização provisória

5. limpeza das fraturas,

6. imobilização da coluna

7. sondagens necessárias ao caso.


OBRIGADO!

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