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Risc

PERCEPÇÃO DE
PERCEPÇÃO
É o ato tomar consciência, por meio dos sentidos (audição, tato, visão, olfato, paladar) e conhecimento dos
riscos, de algum perigo eminente, tomando a decisão adequada para evitá-lo.

1 2 3

IDENTIFICAR INTERPRETAR AGIR


Eduardo Machado Homem

"Você pode escolher ver a taça


ou os rostos, nunca os dois ao
mesmo tempo. Escolher ver a
taça não significa que os rostos
não estão lá. Você apenas não
Você escolhe ver a taça ou os está vendo porque escolheu ver
rostos? a taça".

Desenvolvendo a
Percepção de Riscos
Desenvolvendo a
Percepção
Desenvolvendo a
Percepção

EM QUAL DIREÇÃO ESTÁ VIAJANDO O ÔNIBUS ABAIXO?


Divergência de Percepção
de Riscos
A identificação individual traz menos resultados que em
conjunto.

Considere todos os ângulos e todos os detalhes!

Cada um pode ter uma percepção, e isso não significa que


elas estejam erradas, precisam ser consideradas e
analisadas como ferramentas de percepção de riscos.
RISCOS AMBIENTAIS

FÍSICOS QUIMÍCOS BIOLÓGICOS

ERGONÔMICOS ACIDENTES
RISCOS
O risco é a combinação da frequência,
probabilidade de ocorrência e da severidade
(consequências) de um evento.

Conforme ISO 31000 na NOTA 1 “A


identificação de riscos envolve a identificação
Frequência Frequência que aquele evento acontece
das fontes de risco, eventos, suas causas e
suas consequências potenciais”.

Probabilidade Possibilidade do risco acontecer


Conforme ISO 31000 no ponto 2.16 fonte de
risco é um elemento que, individualmente ou
combinado, tem o potencial intrínseco para
dar origem ao risco
Severidade Severidade dos danos daquele risco

ISO 31000
Gestão de RIscos
RISCOS
GERENCIAMENTO
DE RISCOS AVALIAÇÃO TRATAMENTO
A análise de riscos, “processo de compreender a natureza DE RISCOS DE RISCOS
do risco e determinar o nível de risco”, fornece base para
a avaliação de riscos e para as decisões sobre o
tratamento de riscos.

ANÁLISE DE RISCOS

Conforme ISO 31000 no ponto 2.21


Gestão de Riscos
TRATAMENTO
DE RISCOS

Avaliação de Riscos e
Tratamento de Riscos
Processo para modificar o risco.
O tratamento de risco pode envolver:
• A ação de evitar o risco pela decisão de não iniciar ou
descontinuar a atividade que dá origem ao risco;
• Assumir ou aumentar o risco, a fim de buscar uma
AVALIAÇÃO oportunidade;
DE RISCOS • A remoção da fonte de risco (2.16);
• A alteração da probabilidade (2.19);
• A alteração das consequências (2.18);
• O compartilhamento do risco com outra parte ou partes
Processo de comparar os resultados ANÁLISE DE RISCOS
(incluindo contratos e financiamento do risco);
da análise de riscos com os critérios
• A retenção do risco por uma escolha consciente.
de risco para determinar se o risco
e/ou sua magnitude é aceitável ou
tolerável.
Conforme ISO 31000 no ponto 2.21
Gestão de Riscos
A Percepção dos Riscos e sua
Influência na Redução dos
Acidentes de Trabalho
Se a percepção de riscos for aprimorada e precisa, a identificação de
riscos será mais eficiente, e trará base para tomada de decisões e
priorização de riscos que necessitam de tratamento, mas
principalmente para a prevenção de acidentes.

Conforme ISO 31000 Figura 3 – Processo de Gestão de riscos


Gerenciamento de Riscos
Ações que fazem a diferença
Foco no comportamento e atitudes durante a realização das tarefas, cumprindo o
padrão pré-estabelecido.

COMPORTAMENTO
Ato observável
Aquilo que alguém faz (ou não faz). 5%
Falada
ATITUDE
Guia interno para o comportamento
Refere-se ao indivíduo (valores pessoais, crenças). 25 %
Escrita

70 %
Atitudes + Comportamentos
70% =
Exemplos dados
Atitudes de
Papel da Liderança
Comportamentos
Atitude X Comportamento
Comportamento é uma “materialização” da atitude, portanto devemos gerir
as atitudes.

• Exemplo ilustrativo: considere um piso com uma poça d’água em um local


de passagem de muitas pessoas. Um funcionário responsável pela limpeza
vê e tem as seguintes reações:
A. Finge que não viu ou que não é com ele, ignorando a situação;
B. Vê e providencia a limpeza, pois se o seu chefe passar e vir irá chamar
sua atenção;
C. Vê e providencia a limpeza, pois sabe de sua responsabilidade e se
preocupa com a segurança das pessoas, afinal, se a água ficar naquele local
alguém poderá machucar-se.

Na essência, tivemos dois comportamentos: aquele que providenciou a


limpeza e aquele que não providenciou. Mas as atitudes do exemplo “b” e
“c” são totalmente diferentes.
Comportamento Seguro
O comportamento seguro de um trabalhador, de um grupo ou de uma
organização, pode ser definido por meio da capacidade de identificar e
controlar os riscos da atividade no presente para que isso resulte em
redução da probabilidade de consequências indesejáveis no futuro, para
si e para o outro (BLEY, 2004).

O comportamento seguro não garante que o acidente não vá


acontecer, mas reduz muito a probabilidade de que isso aconteça.
Comportamento seguro ganha status de
hábito por meio da articulação entre três
dimensões:

• A dimensão cognitiva (nível de conhecimento e informações que o


trabalhador tem a respeito
das suas atividades e todas as suas interfaces numa frente de trabalho);
• A dimensão afetiva (que é composta pelos aspectos interiores do ser
humano como suas
razões pessoais para se prevenir, seu nível de motivação, ou seja, o
elemento emocional que
leva o trabalhador ao comportamento seguro)
• A dimensão da ação (que nada mais é do que a forma como o indivíduo
realiza o seu
trabalho, é composta por aquilo que pode ser observado pelas outras
pessoas, é a prática).

Pensar, sentir e agir.


Dimensão afetiva
Percepção de riscos e Comportamento seguro não
são sinônimos
É possível que a pessoa perceba que pode se machucar e escolha fazer o serviço assim mesmo. Se
existir pressão desmedida por produção, heroísmo, condições de trabalho precárias, despreparo.
Ou seja, o fato de perceber os riscos não levará, isoladamente, a uma mudança de
atitudes.

• O comportamento seguro é um resultado de fatores (internos ao indivíduo e do ambiente de


trabalho) que permitem às pessoas agir de maneira preventiva no trabalho.
Condições Inseguras e Atos inseguros

• Condições inseguras: São equipamentos, máquinas, ferramentas ou estrutura ambiental que apresentam defeitos ou
estão com falta de algum acessório.

• Atos inseguros: são comportamentos que você adota, muitas vezes, sem perceber, que podem
causar um acidente.

Perfil das pessoas que podem comprometer a segurança delas e dos outros trabalhadores: o(a) desatento(a), o(a) brigão
(brigona), o(a) “nervosinho”(a), o (a) exibicionista, o(a) curioso(a), o(a) adivinhão (adivinhona), o(a) teimoso(a).
Princípios que PRINCÍPIO DO QUASE NUNCA: Eventos de alta gravidade,
mas de baixa frequência percebida, serão desprezados. “ – Isso é
influenciam na muito difícil de acontecer”

percepção de riscos PRINCÍPIO DA AUTO EXCLUSÃO: Não admitimos que o


evento possa ocorrer conosco; Negamos a possibilidade de termos
sofrimentos (lesão ou morte),e isso leva à negação inconsciente do
risco.

PRINCÍPIO DA FATALIDADE: Fenômeno cultural (conversa de


velório) – As pessoas acreditam que certos acidentes são
simplesmente “inevitáveis” ou “
imprevisíveis”.

PEQUENOS DELITOS: A ausência de consequências, mesmo


após várias “tentativas” leva a um processo mental de desprezo do
risco.
Por que nos • Ignoramos os POP’s
• Toleramos os riscos
expomos aos riscos? • Ignoramos os riscos
• Aceitamos os riscos
• Hábitos e Rotina
Pensamentos que podem causar
acidentes no ambiente de trabalho

O trabalhador, muitas vezes, se submete à algumas


situações por tentativa de valorização, por medo da
perda do emprego ou até mesmo por desconhecimento
real de possíveis consequências de equívocos na
operacionalidade que, porventura, gere acidentes e
racionaliza através de
crenças como:

• “não é tão perigoso assim!”


• “sei como fazer!”
• “sou macaco velho!”
• “tenho o corpo fechado!”
Como não agir? Como agir?
• Achar que a rotina é sempre igual; • Colocar em prática o que sabe;
• Achar que isso nunca vai acontecer comigo; • NA DÚVIDA, PARE ! NÃO SABE, PERGUNTE !
• Apostar nas possibilidades (roleta russa); • Olhar o antigo com novos olhos;
• Não ler APR e PT; • Ir além do que está na cara;
• Trabalhar com pressa; • A minha segurança é a segurança de todos;
• Descuidar dos pequenos detalhes; • Ser guardião da própria saúde física e mental
• Quando encontrar DESVIOS dizer: “Isso não é comigo”.

Percepção de Riscos
Método para Percepção de Riscos
CONHECIMENTO
Inclui, mas não está limitado a, descrições, hipóteses, conceitos,
teorias, princípios e procedimentos.

HABILIDADE
Grau de competência que uma pessoa frente a um determinado

COLABORADOR
objetivo.

ATITUDE
CHAVE
Tendência a responder, de forma positiva ou negativa, a pessoas,
objetos ou situações.

VALOR
Valores que a empresa e seus colaboradores possui e transmite

EMPRESA
para os colaboradores, e zelando pela assimilação e prática dos
mesmos.
ÉTICA
Conduta ética da empresa e seus colaboradores em que as ações
praticadas pela mesma visam o bem e impactam positivamente
sobre o meio.
Percepção de Riscos
MUDANÇA DE CULTURA Nível de maturidade em SSA - vídeo

3
4
1e2 5
6 = Desejo
1 – DSM 7
CULTURA DE SEGURANÇA

4
2 – Diretoria
= Definição de papéis
5
1, 2 e 3
6
7

3 – Gerência
5

4 – Coordenação
1, 2, 3 e 4 6
7 = Cultura em fase de aceitação
5 – Supervisão

= Cultura não sai das reuniões


6
1, 2, 3, 4 e 5
7

6 – Encarregados

7 – Operação 1, 2, 3, 4, 6 e 7
= Diluição da Cultura em toda a empresa
Como Engenheiro (alta), Supervisor (média) e

Supervisão ativa na Encarregado (baixa) gestão, é necessário obter


uma percepção aguçada dos riscos, pois além da
responsabilidade consigo mesmo, estes lideram

percepção de riscos equipes que dependem de suas ordens e


direcionamento nas atividades.

Engenheiros
Supervisores
e Encarregados
Atitudes dos Engenheiros,
Supervisores e Encarregados
01 02 03
Realce a memória de acidentes Observe a percepção dos Além da condição insegura,
colaboradores observe o ato inseguro

• Memórias influenciam nosso • Analise o grau de percepção de • Além de perceber os riscos no

comportamento seus liderados. ambiente é necessário perceber

• Alguns colaboradores não tem • Demonstre visualmente a o colaborador

percepção por não possiblidade do risco • Analise seu estado emocional,

vivenciarem acidentes • Considere e enalteça os e sua predisposição ao erro

• Conte histórias de acidentes. comportamentos seguros. pela falta de prudência ou


conhecimento

Percepção de Riscos
Atitudes dos Engenheiros,
Supervisores e Encarregados
04 05 06
Adote uma cultura pedagógica Avalie o grau de eficácia da Adapte o treinamento as
aprendizagem necessidades dos ouvintes

• Esclareça como os processos devem ser feitos e o porquê • Uma alternativa viável é a aplicação • Adapte seus programas de

devem ser executados daquela maneira. de mecanismos de verificação de informação e o instrumento de

• Quando passamos mais tempo ensinando o trabalhador aprendizagem, não só após o avaliação às necessidades especiais

aquilo que ele não deve fazer, do que aquilo que ele DEVE treinamento, mas também com alguns da população. O conteúdo não será

saber, estamos reduzindo Comportamento Seguro a um meses de intervalo. relevante se não for compreendido

código de regras que dizem o que é permitido e o que é pelos colaboradores.

proibido. Ele é muito mais do que isso.

Percepção de Riscos
Promova o Cuidado Ativo
Segundo Bley (2006), um contexto organizacional favorável à prevenção
caracteriza-se pelo cuidado como atitude essencial.

• Cuidar de si mesmo, cuidar do outro e deixar-se cuidar pelo outro podem ser
considerados como sendo um tripé no qual se apoia uma cultura organizacional
que tem como característica essencial a prevenção (cultura de saúde e
segurança).

VÍDEO – O que é segurança pra você?

Percepção de Riscos
Direito de Recusa
A legislação garante ao funcionário o direito de recusa ao
trabalho em caso de situação de risco grave e iminente.

• “1.4.3 O trabalhador poderá interromper suas atividades


quando constatar uma situação de trabalho onde, a seu ver,
envolva um risco grave e iminente para a sua vida e saúde,
informando imediatamente ao seu superior hierárquico”.
• “1.4.3.1 Comprovada pelo empregador a situação de grave e
iminente risco, não poderá ser exigida a volta dos
trabalhadores à atividade, enquanto não sejam tomadas as
medidas corretivas”.

Norma Regulamentadora 01
Responsabilidade Civil e Criminal
CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940

Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente:


Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais
grave.

Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a exposição


da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas
para a prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em
desacordo com as normas legais. (Incluído pela Lei nº 9.777, de 1998).
Método para
Percepção de Riscos

APR
Análise Preliminar de Risco
Exercício para Percepção de Risco
• Vítimas do risco: quem serão as pessoas vítimas do risco sendo avaliado, são iniciantes, experts pertencentes ha um grupo seleto?

• Controle: o potencial de lesão encontra-se sob controle? É a própria vítima em potencial que exerce este controle ou uma outra pessoa de
confiança ou não?

• Escolha: a vítima em potencial possuem uma alternativa real de não se expor ao risco ou abandoná-lo a qualquer momento?

• Tempo de ação: os efeitos maléficos do fenômeno estudado se apresentam de forma aguda ou crônica, como uma doença acumulativa que
demora para mostrar seus efeitos?

• Incerteza: qual é o grau de incerteza sobre os possíveis estados do sistema que pode resultar em risco?

• Complexidade e probabilidade: qual é o grau de complexidade e probabilidade envolvido para ocorrência do risco em potencial?

• Consequência: o quão terríveis, severas e vívidas são as consequências imaginadas

Percepção de Riscos
MATRIZ DE RISCOS

Probabilidade
Probabilidade
Severidade 1 2 3 4 5
1 Muito Improvável - Possibilidade de
ocorrer anualmente

Improvável - Possibilidade de ocorrer


2 semestralmente
Muito baixo
1 1 2 3 4 5 Remota - Possibilidade de ocorrer
3
Baixo
2 2 4 6 8 1 mensalmente

Ocasional - Possibilidade de ocorrer


Moderado
3 3 6 9 1 1
0
4 semanalmente

Alto
4 4 8 1 1
2 52 5
Frequente - Possibilidade de ocorrer
diariamente

Muito alto
5 5 1 1
2 2
6 2
0 Início da Ação
Gravíssimo
6 6 1
0 1
5 2
0 3
5 1 Pontuação 0a9 De 0 a 60
Frequência Anual Mensal Semanal Diário dias
Semestral
2 8 4 0 2 Pontuação 10 a 18 De 0 a 30
dias
3 Pontuação 19 a 30 De 0 a 07
dias
Análise de
Risco
Pirâmide da Causas

Acidentes CAF e Fatal


REATIVAS

Acidentes SAF e 1º Socorros


AÇÕES

Danos materiais e ambientais


PREVENTIVAS

Quase acidentes – Near Miss


AÇÕES

R.N.C | Inspeções | Interdições | Notificações Desvios


QUIZ KAHOOT

Percepção de Riscos
Medição do nível de preocupação
A falta de percepção dos riscos que estão submetidos os trabalhadores influencia
diretamente na falta de preocupação com os riscos que estão expostos.

LINK PARA ACESSO

Percepção de Riscos
Aperfeiçoamento
Participe de treinamentos, lives do DSM, busque conteúdos, faça uma
auto-avaliação sobre a sua percepção de riscos, mas não se acomode!
Sempre busque o aperfeiçoamento em sua função! Além de impactar
seus liderados isso desenvolve você!

" O aperfeiçoamento é a base do sucesso de um grande profissional".


- Tell Anderson

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