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Factores de risco para

natimortalidade fetal ante e


intraparto

Apresentado Por: Luís walle, Outubro de 2007


• Para examinar as disparidades nos
factores de risco para a natimortalidade e
as suas ocorrências no período antes e
durante o parto; foi feito um estudo da
prevalência usando dados de mulheres
que deram a luz de gravidezes simples
entre as 20 e 43 semanas de gestação em
Missouri (1989 – 1997), n = 626.883
• Palavras chaves:

– Natimortalidade ante parto;


– Etiologia;
– Natimortalidade intra parto
– Factores de risco
• Os nados mortos contam com uma
percentagem importante para a taxa de
mortalidade perinatal, dos quais a
etiologia permanece obscura.

• Apresar de um decréscimo significativo na


taxa de natimortalidade entre 1981 e
2000, persistia nos EUA, uma grande
disparidade racial. Havendo 2 vezes mais
risco, entre os Afro-americanos do que
nos brancos.
• Muitos estudos reportam vários factores
de risco, para a natimortalidade ante e
intra parto, dos quais se destacam:

• Idade materna avançada


• Multiparidade
• Raça materna (Afro-americana e Hispânica)
• Status social baixo
Factores de risco

• Obesidade
• Consumo de tabaco durante a gestação
• Cuidados pré natais inadequados
• Complicações obstétricas (maternas e médicas)
• Nado morto no parto anterior
• As principais variáveis examinadas foram:
– Morte fetal intra-uterina no fim da gravidez
– Morte fetal durante o trabalho de parto
Exclusões do estudo
• Dos 711.015 nascimentos no estado de
Missouri entre 1989 e 1997
• Gravidezes múltiplas
• Gravidezes que terminaram < 20 sem e > 43 sem
completas para evitar erros na estimativa da IG
• Gravidezes de raças q não a branca e a Afro-
americana, devido ao peq. número da amostra.
• Gestações com dados incompletos.
Depois das exclusões o estudo incluiu 626.883
gestações simples com nados vivos e mortos
Análise estatística
• 1º analizou-se a distribuição dos factores de
risco para o aparecimentos da mortalidade
perinatal.
• Comparação das taxas de mortalidade ante e
intraparto em relação as caracteristicas
maternas, repetidas separadamente para as
raças branca e afro-americana.
A variável estudada foi:
“Tempo para o Evento”
Análise estatística
• Foi analisada a associação de raças
específicas; o estado sócio demográfico
materno; o comportamento; a medicação
e factores de risco obstétricos.
• Comparados os riscos de mortalidade
ante e intra parto entre as brancas e afro-
americanas, de forma a excluir a
disparidade da raça no risco de ter nado
morto.
• O estudo foi aprovado pelo comité de
ética da escola de medicina Robert Wood
Johnson.
Resultados
• A incidência global para a natimortalidade, foi de
5.5 por 1000 nascimentos de gestações simples
com n = 3465
• As incidências para a natimortalidade ante e
intraparto foram respectivamente de 3,7 (n =
2337) e 0,6 (n = 384) por 1000 nascimentos.
• A taxa de dados incompletos nos nados mortos
foi de 1,1 (n = 774) por 1000 nascimentos.
Resultados

• A taxa de natimortalidade ante e intra


parto entre as Afro-americanas foi de 5,6
e 1,1 por 1000 nascimentos
respectivamente e as taxas
correspondentes entre as brancas foram
de 3,4 e 0,5 por 1000 nascimentos
respectivamente.
Nados mortos
Caracteristicas Nascidos vivos
Idade materna N = 624.162 Ante parto Intra parto
n = 2.337 n = 384
< 20 anos 13.9 14.4 19.5

20 - 24 26.7 27.0 28.7

25 – 29 29.3 24.5 21.3

30 – 34 21.1 20.6 15.9

> 35 9.0 12.8 14.1

incógnita 0.0 0.7 0.3


Nados mortos
Caracteristicas Nascidos vivos
Educação N = 624.162 Ante parto Intra parto
materna n = 2.337 n = 384

< 8 anos 1.3 8.6 9.4


8 – 11 18.2 20.8 22.7

> 12 80.4 70.6 67.7

incógnita 0.2 0.3 0.2


Nados mortos
Caracteristicas Nascidos vivos
Raça materna N = 624.162 Ante parto Intra parto
n = 2.337 n = 384

Branca 83.6 75.4 70.1

Afro- 16.3 24.6 29.9


americana
Nados mortos
Caracteristicas Nascidos vivos
paridade N = 624.162 Ante parto Intra parto
n = 2.337 n = 384
Nulípara 39.2 31.5 28.4

Multípara 60.8 68.5 71.6


Nados mortos
Caracteristicas Nascidos vivos
estado civil N = 624.162 Ante parto Intra parto
n = 2.337 n = 384
Casada 69.7 61.8 55.5

Solteira 30.0 38.2 44.5

incógnita 0.1 0.0 0.0


Nados mortos
Caracteristicas Nascidos vivos
tabaco durante N = 624.162 Ante parto Intra parto
a gravidez
n = 2.337 n = 384

Sim 22.9 27.4 27.3

Não 77.7 70.7 71.6

incógnita 0.4 1.9 0.1


Nados mortos
Caracteristicas Nascidos vivos
cuidados pré N = 624.162 Ante parto Intra parto
natais
n = 2.337 n = 384
Início 82.4 73.0 73.4
precoce
Início 16.5 21.1 71.5
tardio
incógnita 1.1 6.0 9.1
Nados mortos
Caracteristicas Nascidos
índice de masa vivos Ante parto Intra parto
corporal N = 624.162 n = 2.337 n = 384
<18.5 kg/m2 7.6 6.2 9.6

18.5 – 24.9 58.2 47.6 49.2

25 -29.9 18.4 18.1 15.6

>30 kg/m2 13.2 16.4 13.5

incógnita 2.6 11.7 12.0


Nados mortos
Caracteristicas Nascidos vivos
género N = 624.162 Ante parto Intra parto
n = 2.337 n = 384
Masculino 51.3 51.1 55.2

Feminino 48.7 48.1 44.0

incógnita 0.0 0.8 0.8


Nados mortos
Caracteristicas Nascidos vivos
PPT - PIG N = 624.162 Ante parto Intra parto
n = 2.337 n = 384

sim 1.4 2.9 5.7

não 98.6 97.1 94.3


Nados mortos
Caracteristicas Nascidos vivos
PPT N = 624.162 Ante parto Intra parto
n = 2.337 n = 384
<32 sem 1.9 48.4 72.4

<34sem 3.3 57.2 76.6

<37sem 10.7 71.5 84.1


• Esteve aparente uma grande disparidade
em relação a raça, no aparecimento da
mortalidade anteparto, em gravidezes
complicadas por hipertensão crónica ou
Hta crónica induzida pela gravidez, rotura
precoce de membranas com ou sem febre
e descolamento prematuro da placenta.
• Os factores de risco para a
natimortalidade ante e intraparto,
atribuídos a população foram de longe
mais altos nas Afro-americanas (54,9% e
19,7%) do que nas brancas (46,6 e 11,9)
Discussão
• Este estudo baseado na população, corobora
com os achados de muitos estudos anteriores
sobre os factores potenciais de risco para a
natimortalidade ante e intra parto incluindo, a
idade materna, baixa escolaridade, estado
civil solteira, consumo de tabaco durante a
gravidez, ter sobre peso ou ser obesa, e
riscos obstétricos maternos e fetais.
• E dá uma vista sobre relações entre a raça e a
natimortalidade
Discussão
• Este estudo mostrou um risco acrescido
de 60% para natimortalidade ante e intra
parto entre as Afro-americanas
comparado com as brancas com baixo
peso corporal, contudo a razão de fundo
para esta disparidade em relação a raça
nao pode ser explicada por este estudo.
Discussão
• Ganho excessivo de peso durante a
gravidez, não estava associado ao risco
em ambas raças.
• Por outro lado foi encontrada uma
associação grande entre o sobre peso ou
obesidade nas mulheres brancas e a
natimortalidade ante parto.
Discussão
• Estudos que examinaram o risco de
natimortalidade pela idade gestacional
reportaram altos riscos no pré-termo e no
pós-termo comparado com as gestações
de termo.
• O risco de nado morto ante parto em
gestação com menos de 30 semanas, foi
menor nas afro-americanas do que nas
brancas.
Conclusão
• O estudo revela uma heterogenicidade
considerável nos factores de risco entre a
natimortalidade ante e intra parto.
Conhecimento sobre os factores críticos
de risco em relação ao tempo em que
determinam a morte fetal, podem ajudar
aos médicos na diminuição desses
factores de risco de mortalidade ante e
intra parto através da monitorização e
intervenção atempada.
Foi conduzido um estudo baseado na
comunidade em paises em
desenvolvimento
- Congo; Guatemala; Índia; Zâmbia;
Paquistão e um estudo num pais do nível
médio a Argentina, foi um estudo
prospectivo de 18 meses no qual nascidos
com peso > 1000g sem sinal de vida
foram definidos como nados mortos.
Resultados
• Foram incluídos 60.324 partos.
• As taxas de natimortalidade variaram de:
34 por 1000 em Paquistão até 9 por 1000
na Argentina e altas taxas de nati-
mortalidade estavam significativamente
associadas a baixos níveis de cuidados
pré-natais, partos fora dos hospitais, e
baixas taxas de cesarianas.
• A maceração estava presente em 17,2%
dos nados mortos
Conclusão

• As taxas de natimortalidade nestes países


em desenvolvimento foram
substancialmente altas do que as
reportadas pelos países desenvolvidos (3-
5/1000 nascimentos)
Conclusão

• Devido a diferentes definições de nados


mortos (>20 sem ou > 500g nos países
desenvolvidos) e porque quase a metade
dos nados mortos tem <1000g, A
diferença entre país desenvolvido e país
em desenvolvimento, é aparentemente
muito maior do que o que este estudo
mostra.
Conclusão
• A maceração não foi comum, o que indica
que a maioria das mortes ocorreu durante
o parto.
• As baixas taxas de atendimento por
médico, parto institucional e cesariana,
sugere que as taxas de natimortalidade
Podem ser reduzidas pelo acesso a
cuidados pré-natais mais diferenciados e
partos nos hospitais

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