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Os pré-socráticos exortavam um
conhecimento pela ordem da razão, tal
como Heraclito já nos seus fragmentos
dizia que “Logos é o ser do mundo” que
portanto são “más testemunhas para os
homens os olhos e os ouvidos”
PRINCIPAIS
ELEMENTOS DA
ESTÉTICA
Prof. Dr. Mário César Barreto Moraes
ATITUDE ESTÉTICA
• Para evitar as cristalizações e dominio do mundo empirico sobre a Razão
humana a atitude estética é a predisposição para ver o mundo com outros olhos:
os olhos de ver os objectos de modo crítico, despriveligiando sempre o banal à
favor de uma atitude criadora, activa de um sujeito ou espectador que rompe
com as convenções e hábitos ligados a um objecto.
• A atitude estética é sempre a criação do novo.
• A atitude estética, criadora, neste sentido, é trágica. A personalidade criadora
pela arte reproduz e transmite nas fórmulas de entusiasmo, êxtase, vibração e
sonho. As artes na música, pintura, arquitectura, poesia são formas de criar a
essência para perpetuar os efémeros momentos de delícia segundo Válery.
• Serve as formas de expressão da atitude estética como forma de dissipação dos
símbolos, das generalidades que disfarçam a realidade verdadeira (Bergson).
Prof. Dr. Mário César Barreto Moraes
JUÍZO ESTÉTICO
• O juízo de gosto não é um juízo de conhecimento, portanto, não é
lógico, é, sim estético, pois o seu fundamento não é objectivo, mas o
subjectivo. São juízos ao que referem ao belo como empíricos e ao
referirem aos objectos no juízo dão assentimento lógico; mesmo se
as representações fossem racionais no juízo seriam sempre
considerados juízos estéticos (Kant: 1992).
• Este juízo estético sobre a beleza não mescla com o interesse, pois,
se trata de um juízo puro.
• O juízo de gosto é a faculdade de julgamento de um objecto
representando-o sem interesse (Kant: 1992)
Prof. Dr. Mário César Barreto Moraes
EDUCAÇÃO ESTÉTICA:
• O Belo não se imita, ela se inventa (Dufrenne; 1967). O espectador atento ao Belo
deve ser dócil, gosto formado, atento ao objecto que se proponha a percepção.
Neste sentido o Belo requer faculdades apuradas e não só a pré-disposição
cognitiva. O Belo não requer a direcção da lógica da verdade, nem da vontade
como usual, nem a afectividade como agradável ou amável. Requer a
universalidade do objecto experimentado pelo sentimento - experiência dada a
todos de forma universal.
• A crítica na óptica de Gillo Dorfles sugere validade universal pela “interpretação”
não como criação, nem percepção, mais especialização específica. A obra de arte
é acompanhada sempre por um elemento interpretativo que permite-nos “fazer
nossa” e unir qualquer obra no tempo e no espaço, ao estético que cria e
interpreta a nossa maneira estética: eis a universalidade (Dorfles, 1979).
Prof. Dr. Mário César Barreto Moraes
PRAZER ESTÉTICO
O prazer estético é sensível porque “a sensação é o começo da arte”. O prazer é afectivo, pois
estimula, como diz Delacroix, os sentidos fazendo a condição sine qua non para o objecto belo
(Delacroix, 1927). O prazer formal reúne sobre uma ordem construtiva estética de uma unidade
numa variedade, inteligibilidade, clareza, subordinação monárquica e simétrica.
• Um prazer estético deve acompanhar um arranjo de ideias, palavras, sentido, vida e significação,
afim de produzir o gosto. É o que pensa Henri Delacroix (1927):
• “Existem obras bem feitas e agradáveis, mas vazias. Inversamente, existem obras carregadas de
belas intenções mas não chegam a expressão adequada. Sabemos que Degas se queixava a
Mallarmé e de quanto lhe custava ser bem sucedido nos seus sonetos, “contudo acrescentava
ele, tenho tantas ideias!” “Mas Degas, respondeu Marllarmé, não é com ideias que se fazem
versos, é com palavras”.
• O prazer estético pelo lado do entendimento compraze com as ideias; no lado formal compraze
com a ordem harmónico e unitário; no lado dos afectos precisa dos sentimentos excitados por
um residiumm de sentimento.
Prof. Dr. Mário César Barreto Moraes
ARTE
A
OBRA
DE ARTE
como
quotidiano a busca de outro, que mais perfeito, a forma
deste corroído, por isso, imaginário, mas um objectivo
humano que só o prazer da sabedoria e o prazer da
emancipação permanência o equipara (DELACROIX, 1927). A artísta é
Philopulcrum (amante do belo). A sua intenção é
compensar as insatisfações da vida, criando uma
realidade distinta que pode substituir a realidade que a
sua finitude corrompe.