O PRINCÍPIO DO PRAZER VERSUS O PRINCÍPIO DA REALIDADE
O texto "Os Três Porquinhos" apresenta elementos da psicanálise, como
a transferência e os princípios de prazer e realidade. As casas construídas pelos porquinhos simbolizam o progresso da personalidade dominada pelo id (princípio de prazer) para a personalidade influenciada pelo superego (princípio de realidade) e controlada pelo ego. O terceiro porquinho é o único que aprendeu a viver de acordo com o princípio de realidade, agindo com previsão e adiando a gratificação imediata. O lobo representa os poderes antissociais, inconscientes e devoradores contra os quais devemos nos proteger, e que podemos derrotar com a força do próprio ego. A fábula paralela de Esopo, "A Cigarra e a Formiga", é moralista e não apresenta elementos da psicanálise, diferentemente do conto de fadas "Os Três Porquinhos", que deixa as decisões por conta do leitor e apresenta significados ocultos que podem se relacionar à experiência de vida e ao estágio de desenvolvimento pessoal. O mito de Hércules e o conto dos Três Porquinhos apresentam a escolha entre seguir o princípio do prazer ou o princípio da realidade. Enquanto o conto dos Três Porquinhos enfatiza a importância do planejamento e do trabalho árduo para alcançar a vitória sobre o inimigo, o conto da Cigarra e a Formiga apresenta uma moral explícita. Já o conto de fadas deixa as decisões por conta do leitor, que decide se deseja aplicar a história à sua vida ou apenas apreciar as situações fantásticas apresentadas. A comparação entre os contos acentua a diferença entre um conto de fadas e uma fábula moralista. Ideias gerais do texto "O Mito de Hércules e Os Três Porquinhos": O mito de Hércules e o conto "Os Três Porquinhos" abordam a escolha entre seguir o princípio de prazer ou o princípio de realidade na vida. Histórias como "Os Três Porquinhos" são mais apreciadas pelas crianças do que contos realistas, pois são apresentadas de forma dramática e emocionante. "Os Três Porquinhos" ensinam às crianças a importância do planejamento, previsão e trabalho árduo para vencer obstáculos e inimigos. As casas construídas pelos porquinhos simbolizam o progresso da humanidade ao longo da história. Os porquinhos mais novos representam a personalidade dominada pelo id, enquanto o mais velho representa a personalidade influenciada pelo superego, mas controlada pelo ego. O terceiro e mais velho dos porquinhos é o único que aprendeu a viver de acordo com o princípio de realidade, sendo capaz de adiar o desejo de brincar e de prever o comportamento do lobo. O lobo selvagem e destrutivo representa os poderes antissociais e inconscientes contra os quais devemos nos proteger e que podemos derrotar com a força do ego. As fábulas são contos populares transmitidos de geração em geração que pretendem instruir moralmente por meio de personagens irracionais ou inanimados que agem e falam como seres humanos. O conto de fadas deixa as decisões sobre a aplicação dos significados ocultos por conta do leitor e oferece a possibilidade de apreciar situações fantásticas. A comparação entre "Os Três Porquinhos" e "A Cigarra e a Formiga" acentua a diferença entre um conto de fadas e uma fábula, na qual a moral é afirmada explicitamente.
A NECESSIDADE INFANTIL DE MÁGICA
Mitos e contos de fadas respondem a questões eternas sobre o mundo e a natureza humana. As respostas dos mitos são taxativas, enquanto os contos de fadas são sugestivos, deixando à fantasia da criança o modo de aplicar as lições. Os contos de fadas são convincentes para a criança porque procedem de uma maneira consoante ao caminho pelo qual ela pensa e experimenta o mundo. A criança assume que suas relações com o mundo inanimado formam um só padrão com as do mundo animado das pessoas. O pensamento animista da criança permanece até a idade da puberdade e pode ser formado e informado pelos contos de fadas. Para a criança animista, o sol, a pedra e a água são habitadas por espíritos muito semelhantes às pessoas, e portanto sentem e pensam como pessoas. A criança espera que o animal fale sobre as coisas que são realmente significativas para ela, como fazem os animais nos contos de fadas. No pensamento animista, não só os animais são dotados de inteligência e vontade, mas também objetos inanimados como o vento. Crianças desenvolvem conceitos altamente personalizados sobre aquilo que experimentam; Até os 8 ou 10 anos, as crianças têm dificuldade em compreender conceitos abstratos; As crianças veem a ordem do mundo à imagem de seus pais e do que se passa dentro da família; A figura materna protetora oferece segurança quando é mais necessária e permite uma visão do mundo racional; A noção de uma mãe-celeste protetora pode ser uma limitação para a mente se ficar presa a ela por muito tempo; As imaginações e projeções são bem mais preferíveis a nenhuma segurança; A crença na mágica dá coragem às crianças e pode compensar a falta de experiência de vida. Este texto fala sobre como muitos jovens, particularmente no final da adolescência, buscam a crença na magia como uma forma de compensar a falta de experiência de vida e a realidade áspera que enfrentaram na infância. Isso os leva a buscar escape em sonhos induzidos por drogas, adesão a gurus, astrologia, magia negra, entre outras coisas. No entanto, o autor defende que a segurança no mundo e dentro de si mesmo é o que permite buscar interpretações racionais e dissolver projeções "infantis". O texto também destaca a importância da segurança fornecida pela família na formação da criança e como a Bíblia, apesar de rica em histórias, nem sempre é suficiente para lidar com as necessidades psíquicas do homem. Este resumo destaca a abordagem psicanalítica do processo de amadurecimento do personagem Jonas na história da Bíblia em que é engolido por um grande peixe. A jornada dentro do peixe representa um momento de perigo e transformação para Jonas, onde ele descobre sua moralidade mais elevada e seu eu mais alto. A psicanálise considera que a mente humana é composta por três partes: o id, o ego e o superego. O id é o instinto primitivo e impulsivo, o superego é a parte moral e consciente, e o ego é a parte da mente que busca equilibrar as demandas do id e do superego. No caso de Jonas, a jornada dentro do peixe representa a luta entre seu id e seu superego. Ele é confrontado com sua moralidade mais elevada e seu eu mais alto, o que o leva a renascer e estar pronto para enfrentar as exigências rigorosas de seu superego. No entanto, a verdadeira humanidade e liberdade só são alcançadas quando Jonas não é mais subserviente a nenhuma instituição de sua mente, nem ao id nem ao superego. Ele reconhece a sabedoria de Deus ao julgar o povo de Nínive de acordo com a fragilidade humana, em vez das estruturas rígidas do superego de Jonas. Assim, a jornada de Jonas dentro do peixe é vista como um processo de amadurecimento e autoconhecimento, onde ele aprende a superar as demandas e limitações impostas por sua própria mente e a encontrar sua verdadeira humanidade e liberdade.