Você está na página 1de 24

Etapa Ensino Fundamental

Anos Finais História

Vida nas fazendas e


engenhos: trabalho e
exploração dos
escravizados
7o ANO
Aula 11 – 4o Bimestre
Conteúdo Objetivos
• Formas de organização do ● Compreender como era
trabalho escravo; organizado o trabalho dos
escravizados nas plantations
• Condições de vida e de
e engenhos na América
trabalho dos escravizados;
Portuguesa;
• Plantations e engenhos.
● Analisar o impacto do sistema
escravista na economia
colonial e no cotidiano das
pessoas escravizadas.
Para começar
Assista ao vídeo
sugerido ou faça a
visita virtual 360º e
reflita sobre o tema.

Visita virtual 360º


https://www.historia360.com.br/

Reconstrução virtual 360º


do Engenho São Jorge dos
Erasmos. https://www.youtube.com/watch?v=hZ3miqsBuNo
Foco no conteúdo
Vamos explorar como o sistema escravocrata estava organizado,
entendendo como ele impactou tanto a economia colonial quanto o
cotidiano das pessoas escravizadas. Prepare-se para uma jornada
de descobertas que nos permitirá compreender melhor as raízes e
as consequências desse importante capítulo histórico.

Vamos começar essa viagem pelo tempo com uma análise


aprofundada!
Foco no conteúdo
Organização do trabalho de escravizados nas
plantações e engenhos da América Portuguesa
Nas plantações e engenhos da América Portuguesa, o trabalho de
escravizados era organizado de forma rigorosa e brutal, maximizando
a produção agrícola e açucareira. O sistema de trabalho foi
estruturado em uma hierarquia, na qual os escravizados eram
considerados propriedade de seus donos, resultando no completo
controle e exploração de suas vidas.
Em duplas, a partir da
análise, leitura e explicação
Foco no conteúdo de seu professor acerca das
fontes.
FONTE 1
“Os engenhos eram grandes complexos arquitetônicos, com edificações
que cumpriam funções diferenciadas e imbricadas entre si. O número de
edificações e os partidos (ou padrões) arquitetônicos variavam de acordo
com a capacidade de produção e a importância de cada um. Alguns
complexos assumiam o caráter de povoações semiautônomas*, enquanto
outros se restringiam ao indispensável para a produção do açúcar.”
AZEVEDO, E. B. Engenhos do Recôncavo Baiano. Brasília, DF: Iphan/Programa
Monumenta, 2009. p. 10

Povoações semiautônomas referem-se aos assentamentos ou comunidades que


possuíam certo grau de independência administrativa e organizacional, mas ainda
estavam ligadas a uma autoridade maior, seja por vínculos políticos, econômicos ou
sociais.
1) Casa-grande
Foco no conteúdo 2) Capela
3) Senzala
4) Roda-d´água
5) Moenda
6) Fornalha
7) Cozimento do caldo
8) Casa de purgar
9) Roça
10) Moradia de trabalhadores
livres
11) Canavial
12) Roça dos escravos
13) Transporte de cana
14) Transporte de lenha para
a fornalha
Foco no conteúdo

FONTE 2 Engenho de Itamaracá. Imagem: Pintura de Frans


Post para mapa de Gaspar Barlaeus, 1647.
2 – Agora, vamos trabalhar com nossa atitude historiadora realizando
uma análise das imagens e fontes a partir do que estudamos até o
momento.

a) Como as estruturas do engenho estão representadas na


pintura? Explique o que os personagens estão fazendo na
imagem.

b) De que forma a pintura sugere a ideia de que alguns engenhos


poderiam assumir o caráter de povoações semiautônomas,
conforme referência na Fonte 1? Explique.
TODO MUNDO
ESCREVE
Correção
a) Como as estruturas do engenho estão representadas na pintura?
Explique o que os personagens estão fazendo na imagem.
Resposta: na pintura "Engenho de Itamaracá", as estruturas do
engenho são retratadas com detalhes espaciais. As edificações estão
dispostas de maneira organizada, com a casa grande, possivelmente
a capela e outras estruturas visíveis. A presença de várias edificações
sugere uma complexidade do engenho e uma variedade de funções
desempenhadas.
Os personagens retratados na imagem podem estar realizando
tarefas relacionadas à produção açucareira, como o cultivo da cana
ou o trabalho nas edificações. Isso remete à exploração do trabalho
dos escravizados, vinculando às atividades representadas para a
produção econômica do engenho.
Correção
b) De que forma a pintura sugere a ideia de que alguns engenhos
poderiam assumir o caráter de povoações semiautônomas, conforme
referência na Fonte 1? Explique.
Resposta: a pintura "Engenho de Itamaracá" sugere a ideia de
engenhos como povoações semiautônomas ao representar uma
variedade de edificações com funções distintas. Essa complexidade
arquitetônica na imagem reflete a descrição da Fonte 1 sobre os
engenhos como "grandes complexos com edificações que cumpriram
funções diferenciadas e imbricadas entre si". A presença de diversas
estruturas na pintura insinua que esse engenho poderia abrigar não
apenas a produção de açúcar, mas também atividades de subsistência e
comunitárias, proporcionando uma organização semiautônoma.
Foco no conteúdo
As condições de vida e de trabalho dos escravizados nas
plantações e engenhos da América Portuguesa eram
extremamente adversas e desumanas. Esses indivíduos
enfrentaram uma realidade de exploração brutal, falta de liberdade
e condições precárias. Seguem alguns pontos-chaves sobre suas
condições:
Habitação e infraestrutura: senzalas superlotadas e construídas
com materiais simples.
Jornadas exaustivas: longas horas de trabalho sob o sol, desde o
amanhecer até a noite.
Foco no conteúdo
Exploração e castigos: violências frequentes, açoites e torturas
para manter o controle.
Saúde e nutrição precárias: falta de cuidados médicos, má
nutrição e alta mortalidade.
Famílias fragmentadas: separação frequente de familiares
devido ao comércio de escravizados.
“Em 1745, por exemplo, uma escrava do Engenho Pitanga foi vendida a
um lavrador de cana da vizinhança. Seu companheiro fugiu para juntar-
se a ela, e o assunto não foi resolvido enquanto o lavrador não mandou
em troca um outro escravo de igual valor. O casal cativo estava
determinado a não ser separado. Henry Koster relatou uma outra
'negociação' desse tipo. Uma escrava procurou ser comprada por um
certo senhor de engenho com a permissão de seu proprietário. Isso feito,
no dia seguinte, ela pediu ao novo senhor que comprasse um escravo de
seu ex-dono, provavelmente seu parente ou amante. O novo senhor
tentou comprar o escravo, mas o dono não quis vendê-lo. Três dias
depois, porém, a venda foi efetuada, pois o cativo em questão recusara-
se a trabalhar e ameaçara tirar a própria vida, e o dono, temendo o
prejuízo, concordou em vendê-lo. Os cativos tinham, de fato, formas de
tornar seus desejos conhecidos por seus senhores.”
SCHWARTZ, S. B. Segredos internos. Engenhos e escravos na sociedade colonial.
Trad. Laura Teixeira Motta. São Paulo, Cia das Letras, 1988, p. 318.
3 – A partir das leituras e análises feitas, desenvolva
suas ideias sobre o tema:

a) De que maneira as fontes lidas dão voz aos escravizados,


permitindo-nos entender seus desejos, aspirações e
estratégias para resistir às adversidades?

Fale mais sobre isso!


Correção
a) De que maneira as fontes lidas dão voz aos escravizados,
permitindo-nos entender seus desejos, aspirações e estratégias para
resistir às adversidades?

Resposta: as fontes dão voz aos escravizados ao relatar suas ações e


respostas perante as dificuldades. Esses relatos permitem
compreender os desejos dos escravizados por liberdade, melhores
condições de vida e estratégias para resistir. Ao mostrar que eles
buscaram progredir mudando suas vidas, as fontes os humanizam,
revelando sua resiliência diante das adversidades.
Foco no conteúdo
“Os escravizados eram proibidos de
praticar sua cultura, qualquer tipo de
luta ou dança: a capoeira, uma forma
de luta de resistência dos negros,
passou a ser mascarada pela dança,
principalmente no quilombo e nas
senzalas, e se transformou em um
importante instrumento de resistência
dos escravizados brasileiros.”
SCHEIFER, B. Cultura e religiosidade afro- Capoeira por volta de 1824.
brasileira. Indaial: Uniasselvi, 2012, p. 123
Aplicando

● Após seus estudos da aula de hoje, para


sintetizar suas ideias, elabore frases que
possam ser discutidas coletivamente sobre
o tema respondendo à seguinte questão:

Como a análise das condições de vida e do trabalho dos


escravizados e de suas estratégias de resistência pode contribuir
para uma compreensão mais profunda das desigualdades
históricas e de suas reverberações na sociedade contemporânea?
O que aprendemos hoje?
• Na aula de hoje, mergulhamos profundamente na história
da América Portuguesa para compreender como o trabalho
dos escravizados era organizado nas plantações e
engenhos. Exploramos as diferentes formas de
organização desse sistema, desde as complexas estruturas
das plantações até os diversos aspectos das condições de
vida e trabalho dos escravizados. Analisamos como o
sistema escravocrata impactou de maneira significativa
não apenas a economia colonial, mas também o dia a dia
das pessoas escravizadas. Discutimos em detalhes as
condições precárias sob as quais esses indivíduos viviam e
trabalhavam, examinando os desafios que enfrentavam e
as estratégias de resistência que desenvolviam.
Tarefa SP
Localizador: 102251

1. Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com seu login:


tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br;
2. Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”;
3. Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”;
4. Copie o localizador acima e cole-o no campo de busca;
5. Clique em “Procurar”.

Tutorial em vídeo: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/


Referências
Lista de imagens e vídeos

Slide 7 –
https://www.facebook.com/GladissonGB/photos/a.831557870318137/83
1557726984818/?type=3

Slide 8 –
https://ensinarhistoria.com.br/s21/wp-content/uploads/2016/01/01_cas
a-de-engenho_original-Copia-768x341.jpg

Slide 17 –
https://pt.wikipedia.org/wiki/Augustus_Earle#/media/Ficheiro:CapoeiraE
arle.JPG
Referências

SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Currículo Paulista: Etapas Educação Infantil e


Ensino Fundamental. Secretaria da Educação – São Paulo: SEE, 2019.
SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Coordenadoria Pedagógica – COPED, 2023.
Currículo em Ação – 7º ano, Volume 2, São Paulo, 2022.
LEMOV, D. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência.
Trad. Leda Beck; consultoria e revisão técnica Guiomar N. de Mello e Paula Louzano.
São Paulo: Da Prosa, Fund. Lemann, 2011.
SCHWARTZ, S. B. Segredos internos. Engenhos e escravos na sociedade colonial.
Trad. Laura Teixeira Motta. São Paulo, Cia das Letras, 1988.
SCHEIFER, B. Cultura e religiosidade afro-brasileira. Indaial: Uniasselvi, 2012.
Referências
PONCIO, G. V. Trabalho, sociedade e resistência na história
brasileira. Indaial: Uniasselvi, 2012.
AZEVEDO, E. B. Engenhos do Recôncavo Baiano. Brasília, DF:
Iphan/Programa Monumenta, 2009.
Material
Digital

Você também pode gostar