Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Fátima Momade
Luís De Savio
Otília Marcelino Afonso
Sheerley Desejada
Vânia Da Conceição Alberto
Universidade Rovuma
Nampula
2023
2
Fátima Momade
Luís De Savio
Otília Marcelino Afonso
Sheerley Desejada
Vânia Da Conceição Alberto
Universidade Rovuma
Nampula
2023
3
Índice
Introdução..........................................................................................................................4
Cultura...........................................................................................................................5
Hábitos alimentares........................................................................................................5
Os Macua.......................................................................................................................6
Os Nyanja......................................................................................................................6
Conclusão........................................................................................................................12
Referências bibliográficas...............................................................................................13
4
Introdução
Cultura
Hábitos alimentares
Os hábitos alimentares podem variar de acordo com a faixa etária da população. Tendo
em conta que, Crianças, adolescentes, adultos e idosos têm necessidades nutricionais
diferentes. A cultura e os hábitos alimentares são elementos fundamentais da identidade
de um povo. Eles refletem a história, a geografia, os recursos naturais e as crenças de
um determinado grupo social.
Os Macua
Nos ritos de iniciação ensina-se que no mundo há tanta coisa que pode causar
sofrimento: o trabalho, a doença, a pobreza, as calamidades naturais e outras
vicissitudes.
Cada vez que nasce uma criança este ideal realiza-se concretamente. Outro filho
significa, para a família e para a comunidade, a esperança concreta de que a vida
não acaba, é sinal de que os antepassados continuam a ser intermediários entre a
fonte da vida e a sociedade.
O povo Macua despreza o homem e a mulher estéreis porque suspendem a vida; sendo
estéreis, opõem-se de facto a transmissão da vida. Com homens e mulheres assim
quebra-se a ligação que nos une aos medianeiros da vida, interrompendo-se a
corrente vital.
Os Nyanja
7
Este povo segue a tradição, muito generalizada em povos da África Central, de fixarem
a sua origem na metade do continente Africano. A organização social e familiar dos
Nyanja é idêntica à dos Yao, bem como idênticos são os seus usos e costumes. As
cerimónias da iniciação dos rapazes, que entre os Yao, se seguem: a circuncisão que é
uma das práticas culturais mais importantes e que se desenvolve durante um período
bastante longo de segregação em lugar isolado.
Na iniciação das mulheres elas são confinadas numa palhota distante da sua casa e
instruídas na prática sexual. As cerimónias rituais não têm o significado nem obedecem
as formalidades complicadas praticadas entre os Yao. O regime familiar é matrilinear e
uxorilocal. Tradicionalmente, no que segue a regra em uso dos povos da áfrica central,
patrilinear e virilocal. Neste contexto entre toda a população Nyanja, coexistem ainda,
os
Para compreendermos o povo Yao temos de fazer uma descrição histórica. Segundo
Pascuali (2013), O WaYao, ou Yao, é um dos principais grupos étnicos e linguísticos no
Sul do Lago Niassa, que desempenhou um papel importante na história da África
Oriental durante os anos de 1800.
Os Yao também conhecidos por Ajauas são uns grupos étnicos oriundos
do monte Yao, perto de Muembe, entre o rio Lugenda e Lucheringo;
vivem actualmente entre o Lago Niassa, o Lugenda e o Rovuma,
desviando-se para o Sudoeste para montanhas do Shire, onde se mistura
com os Anyanjas. Uma parte dos Ajauas fixou-se na Tanzânia e no
Malawi, tendo os seus números maiores fixados em Maniamba,
Lichinga, Unango, Catur, Mandimba e Marrupa e na Serra do Mitucue
nas vizinhanças de Cuamba.
segundo Amide (2008) afirma que no povo yao os princípios educativos e a moralidade
estão ligados aos ritos de iniciação. Para o yao a vida se transmite através da união de
um homem e uma mulher em família. Através dos ritos preserva-se no povo yao o
respeito, a sexualidade, a temperança, o amor, o namoro, o casamento, o valor do
trabalho, o valor do sofrimento, a coragem, a responsabilidade, a amizade entre outros.
O casamento ocorre entre homem e mulher, não existem outra forma de casamento
aceite. Durante o casamento as mulheres quando estiverem com o ciclo menstrual não
devem colocar sal na comida, nem pode por as panelas ao lume, inclinar se sobre o fogo
nem acende-lo na presença do marido, apenas a mulher deve fechas as portas, olhar para
o marido quando estiver deitada, usar fios de missanga a cintura, deixar agua num
9
recipiente para ser bebida por um parente, por fermento na bebida, usar a esteira que lhe
serviu durante o período menstrual quando voltar ao estado normal. Tradicionalmente o
yao acredita que se uma mulher confecionar alimentos pode provocar no marido
doenças como lukweso ou mwela.
Para Wegher (1995, p.308), o Djando e o Nsondo são os ritos que são mais praticados
na Província do Niassa, estes são característicos nas tribos influenciados pela religião
muçulmana. O Djando é o rito praticado nos rapazes o qual consiste na operação
cirúrgica do prepúcio, removendo-o da glande do pénis. Ao contrário do Nsondo é
praticado para às meninas que consiste na preparação da abertura vaginal da menina,
introduzindo ovo de pombo no órgão sexual, incitando a menina fazer movimentos
como se tivesse introduzido órgão sexual masculino. Assim depois de algumas semanas
de preparação algures numa casa da aldeia, a rapariga é reconhecida como ser humano
completo.
A circuncisão dos rapazes Unhago e das raparigas obedecem a três tempos distintos: a
cerimónia do Manawa, que se realiza por volta dos dez anos; a do Msondo, que é uma
iniciação de carácter exclusivamente muçulmano, pouco tempo depois da primeira
iniciação, e finalmente Litiwo, que se verifica quando a mulher esta grávida.
Os Yao uma vez que a maioria é muçulmana são polígamos, por tradição e por
determinação do alcorão. Pois podem possuir quantas esposas puderem se a sua
importância social consentir. Existem algumas motivações para que haja divórcio nos
Yao, como por exemplo: impotência do marido, adultério da mulher, falta de respeito de
um dos cônjuges.
Para Wegher (1995), afirma que todos que morrem passam a ser antepassados e nos
rituais tradicionais são invocados os seus nomes. Neste mesmo aspecto. Amide (2008)
inspirando se nos escritos de Calandri e de Amaral, afirma que para ser antepassado
neste povo não significa para todos que morrem, mas sim, para aqueles que durante a
sua vida tiveram descendentes e foram consagrados como régulos ou chefes de uma
certa região. Estes é que são invocados nos seus cultos.
Segundo MACY (1997:38), se o cônjuge sobrevivo for homem ou mulher, deve passar
por um período de isolamento e abstinência sexual de 40 dias, até que termine os rituais
de purificação, após os quais tanto viúvas como viúvos podem voltar a casar.
Os filhos permanecem geralmente com as viúvas, embora por vezes podem ficar com os
familiares do falecido. Em caso de viúvos, os filhos ficam geralmente com a família da
Falecida; registam-se, no entanto, casos em que umas crianças ficam com a família da
falecida e outras com o viúvo, e outros casos ainda em que as crianças acompanham o
pai, mas quando crescem regressam para junto da família materna.
Mas para a população Nyanja em caso de morte da mulher, o viúvo fica com filhos.
Porém, quando é o homem a falecer, a mulher pode eventualmente perder os filhos,
ficando estes com a família do falecido. No entanto, existe uma prática
denominada sororato,
sempre que a família da falecida tivesse interesse em manter esse homem na família,
devido às suas qualidades como trabalhador, o que significa que nalguns casos, se
verifica a matrilocalidade. Em relação aos bens, em caso de morte do homem ou ficam
com a viúva e os filhos, ou dividem-se entre a viúva os familiares do falecido que, ficam
com os bens de maior valor, em caso da morte da mulher dividem-se geralmente entre o
viúvo e a família da mulher, que fica com maior parte.
No Niassa, as crianças têm uma dieta rica em carboidratos, como mandioca, milho e
arroz. Os adolescentes também consomem uma grande quantidade de carboidratos, mas
começam a incluir mais proteínas e gorduras em sua dieta. Os adultos, por sua vez, têm
uma dieta mais equilibrada, com uma variedade de alimentos. Os idosos, por fim,
precisam de uma dieta rica em nutrientes, para manter a saúde e o bem-estar.
11
Os pratos típicos da província do Niassa têm um valor cultural importante. Eles são
parte da herança cultural do povo local e refletem as tradições e costumes da região.
A província possui uma rica variedade de pratos típicos. Alguns dos mais populares
são:
Alguns pratos típicos, como o mafe e a cachupa, são consumidos em ocasiões especiais,
como casamentos e funerais. Outros, como o nhambiu e o mbuzi, são consumidos no
dia a dia.
celebrada pelo povo em diversas ocasiões e situações, tais como cerimónias civis ou
outros momentos julgados oportunos pela comunidade.
Em nyanja ou chewa – um dos idiomas falados no Niassa, o termo n´ganda tem duplo
significado: o primeiro é que a palavra quer dizer “gule wa malipenga” (dança das
cabaças) e o segundo tem a ver com a designação da dança propriamente dita e o rufar
do principal tambor de n´ganda, o bombo ou ng´oma.
Conclusão
Referências bibliográficas